Crença não se discute, se aceita ou não se aceita. Pode até ser levada ao conhecimento da população quando esta está disposta a ouvir. Todavia, impô-la por meio de legislações, isso extrapola a liberdade fundamental do indivíduo em querer segui-la ou não.
Mais uma vez, cristãos fundamentalistas e fanáticos, por meio de projetos de lei querem obrigar que prateleiras de bibliotecas públicas tenham a bíblia. Vejam bem: obrigar... por meio de futura lei.
Publishnews - 25/11/2008 - por Agência Brasil Que Lê
Na quinta-feira da semana passada, 20 de novembro, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou o Projeto de Lei 2865/08, do deputado Filipe Pereira (PSC-RJ), que obriga o Poder Público a colocar um exemplar da Bíblia em cada biblioteca pública do País.
O projeto foi aprovado em caráter conclusivo e seguirá para o Senado. O autor apresentou o projeto por causa da "sólida tradição cristã" no Brasil e para tornar a Bíblia acessível às populações carentes. O relator da proposta, deputado Carlos Willian (PTC-MG), elaborou parecer favorável à constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do projeto.
O deputado Roberto Magalhães (DEM-PE) também manifestou-se favorável ao projeto, mas fez uma advertência: "Ele pode encontrar dificuldades com aqueles que entendem que a obrigatoriedade prevista é inconstitucional". Em agosto, a iniciativa já havia sido aprovada na Comissão de Educação e Cultura.
Senhor deputado:
O senhor deveria se ater em idealizar projetos de lei que obrigassem as bibliotecas a terem em seu acervo livros para os alunos aprenderem alguma coisa e serem alguém na vida, em vez de se preocupar em fazer proselitismo religioso cristão.
Afinal, o senhor é remunerado (aliás, muito bem remunerado) pelo País, não para defender a sua crença religiosa nem para fazer proselitismo na Câmara, mas para atender aos interesses do povo brasileiro, ou seja, educação, saúde e segurança.
Sua atitude, bem como a de seus comparsas, é inoportuna, imbecil e violadora de direitos fundamentais de crença religiosa.
Uma biblioteca deveria ter todos os livros, se assim fosse possível. Mas isso é uma utopia, principalmente para o Brasil.
Dessa forma, como o projeto diz respeito à apenas um livro religioso, em particular, eu o complementaria com livros de todas as disciplinas seculares, bem como com Bíblia, Torah, Vedas, Evangelho de Buda, Corão, Wicca, Zoroastrismo, Satanismo, Ateísmo, Xintoísmo, mitos escandinavos, egípcios, greco-romanos, babilônicos, celtas, indígenas, esquimos, africanos, autralianos, etc, para que a pessoa pudesse confrontar as diversas ideologias, mitos e pensamentos abordados no tema religião, além de romances nacionais e estrangeiros.
O Brasil não é um país de "sólida" formação cristã como o senhor ingenuamente pensa, pois a fé do povo é vascilante e oscilante. Aos domingos estão na missa e as sextas no terreiro.
Como exemplo, veja se o Estado da Bahia é cristão na essência do cristianismo... è claro que não. A maioria da população se volta ao Candomblé que, ao que me consta, nada tem de cristianismo.
A população carente não precisa de bíblia, mas de escolas descentes, acesso fácil ao conhecimento, preparo profissional, trabalho, saúde e segurança, a fim de que deixem de ser pessoas carentes. Aliás, o senhos sabe quanto custa um livro didático? Lhe asseguro que não sai por menos de R$ 50,00, sendo que em nosso País o salário minimo é cerca de R$ 400,00 (em meados de 2008).
Este projeto é nitidamente inconstitucional, pois privilegia uma forma de religião em detrimento de outras. Não respeita o direito de minoria, uma vez que no Brasil, pode não parecer, mas há muita diversidade religiosa.
O melhor que a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) tem a fazer, é arquivar o Projeto de Lei 2865/08, do deputado Filipe Pereira (PSC-RJ) , por inconstitucionalidade patente no que se refere ao privilégio de uma forma de crença religiosa, quanto à facilitação de seu acesso, patrocinado pelo poder público, em detrimento de outras formas de crença religiosa, o que indiretamente, restringe a liberdade de escolha e de pensamento do indivíduo.
Como alternativa para salvar este projeto seria reformulá-lo, obrigando aos Governos de Municípios, dos Estados e Federal que abasteçam as bibliotecas não apenas com a bíblia, mas com outros livros de cunho religioso, bem como com livros didáticos, científicos, literatura nacional e estrangeira, de modo a ilustrar a nossa população, a qual não é apenas carente de recursos, mas de conhecimentos.
Senhor deputado, quando quiser fazer proselitismo, dirija-se ao seu templo, aos fieis de sua seita e àqueles que estiverem diospostos a ouvi-lo.
Dar bíblias para a galera ler não resolve o problema no que se refere à educação do povo.
Temos de dar escolas com qualidade de ensino, remunerar bem e preparar professores, expandir as universidades públicas, cedendo cotas a pessoas carentes, diminuir a criminalidade, ressocializar presos, tratar idosos, crianças e adolescentes com dignidade, melhorar nossa economia., punir com severidade o trabalho escravo, aproveitar de forma melhor os recursos públicos, tornar menos escorchante a carga tributária, reformar o Judiciário para que ganhe celeridade, reformar nossas leis para que atendam a atual realidade do País, erradicar a prostituição infantil, entre outros temas.
Viu só quanta coisa que tem para se pensar, senhor deputado, e o senhor me vem com bíblias.... francamente....
Sinceramente deputado, arregace as mangas e vá trabalhar em vez de fazer proselitismo em prol de sua crença!!!!
Justifique o seu salário ao povo brasileiro com trabalho e não com bobagens sem nexo.
Caso existisse o recall político nesse País (o poder de cassar e revogar o mandato de qualquer representante político, pelo eleitorado; é chamar de volta para "reavaliação" popular, não só os mandatários reconhecidamente corruptos, mas os incompetentes ou inoperantes), o senhor seria um dos primeiros da minha lista (eu o classificaria como inoperante), vindo logo atrás dos bandidos congressistas.
Posso dizer tudo isso sim, pois sua função como deputado é representar o povo brasileiro como um todo e não apenas os seus correligionários de crença religiosa.
Como faço parte do povo brasileiro, indiretamente sou seu patrão, logo estou no meu direito e no meu dever de fazer exigências, pois pago tributos e assim, exijo que trabalhe de modo a atender aos interesses do meu povo e do meu País.
O projeto foi aprovado em caráter conclusivo e seguirá para o Senado. O autor apresentou o projeto por causa da "sólida tradição cristã" no Brasil e para tornar a Bíblia acessível às populações carentes. O relator da proposta, deputado Carlos Willian (PTC-MG), elaborou parecer favorável à constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do projeto.
O deputado Roberto Magalhães (DEM-PE) também manifestou-se favorável ao projeto, mas fez uma advertência: "Ele pode encontrar dificuldades com aqueles que entendem que a obrigatoriedade prevista é inconstitucional". Em agosto, a iniciativa já havia sido aprovada na Comissão de Educação e Cultura.
Senhor deputado:
O senhor deveria se ater em idealizar projetos de lei que obrigassem as bibliotecas a terem em seu acervo livros para os alunos aprenderem alguma coisa e serem alguém na vida, em vez de se preocupar em fazer proselitismo religioso cristão.
Afinal, o senhor é remunerado (aliás, muito bem remunerado) pelo País, não para defender a sua crença religiosa nem para fazer proselitismo na Câmara, mas para atender aos interesses do povo brasileiro, ou seja, educação, saúde e segurança.
Sua atitude, bem como a de seus comparsas, é inoportuna, imbecil e violadora de direitos fundamentais de crença religiosa.
Uma biblioteca deveria ter todos os livros, se assim fosse possível. Mas isso é uma utopia, principalmente para o Brasil.
Dessa forma, como o projeto diz respeito à apenas um livro religioso, em particular, eu o complementaria com livros de todas as disciplinas seculares, bem como com Bíblia, Torah, Vedas, Evangelho de Buda, Corão, Wicca, Zoroastrismo, Satanismo, Ateísmo, Xintoísmo, mitos escandinavos, egípcios, greco-romanos, babilônicos, celtas, indígenas, esquimos, africanos, autralianos, etc, para que a pessoa pudesse confrontar as diversas ideologias, mitos e pensamentos abordados no tema religião, além de romances nacionais e estrangeiros.
O Brasil não é um país de "sólida" formação cristã como o senhor ingenuamente pensa, pois a fé do povo é vascilante e oscilante. Aos domingos estão na missa e as sextas no terreiro.
Como exemplo, veja se o Estado da Bahia é cristão na essência do cristianismo... è claro que não. A maioria da população se volta ao Candomblé que, ao que me consta, nada tem de cristianismo.
A população carente não precisa de bíblia, mas de escolas descentes, acesso fácil ao conhecimento, preparo profissional, trabalho, saúde e segurança, a fim de que deixem de ser pessoas carentes. Aliás, o senhos sabe quanto custa um livro didático? Lhe asseguro que não sai por menos de R$ 50,00, sendo que em nosso País o salário minimo é cerca de R$ 400,00 (em meados de 2008).
Este projeto é nitidamente inconstitucional, pois privilegia uma forma de religião em detrimento de outras. Não respeita o direito de minoria, uma vez que no Brasil, pode não parecer, mas há muita diversidade religiosa.
O melhor que a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) tem a fazer, é arquivar o Projeto de Lei 2865/08, do deputado Filipe Pereira (PSC-RJ) , por inconstitucionalidade patente no que se refere ao privilégio de uma forma de crença religiosa, quanto à facilitação de seu acesso, patrocinado pelo poder público, em detrimento de outras formas de crença religiosa, o que indiretamente, restringe a liberdade de escolha e de pensamento do indivíduo.
Como alternativa para salvar este projeto seria reformulá-lo, obrigando aos Governos de Municípios, dos Estados e Federal que abasteçam as bibliotecas não apenas com a bíblia, mas com outros livros de cunho religioso, bem como com livros didáticos, científicos, literatura nacional e estrangeira, de modo a ilustrar a nossa população, a qual não é apenas carente de recursos, mas de conhecimentos.
Senhor deputado, quando quiser fazer proselitismo, dirija-se ao seu templo, aos fieis de sua seita e àqueles que estiverem diospostos a ouvi-lo.
Dar bíblias para a galera ler não resolve o problema no que se refere à educação do povo.
Temos de dar escolas com qualidade de ensino, remunerar bem e preparar professores, expandir as universidades públicas, cedendo cotas a pessoas carentes, diminuir a criminalidade, ressocializar presos, tratar idosos, crianças e adolescentes com dignidade, melhorar nossa economia., punir com severidade o trabalho escravo, aproveitar de forma melhor os recursos públicos, tornar menos escorchante a carga tributária, reformar o Judiciário para que ganhe celeridade, reformar nossas leis para que atendam a atual realidade do País, erradicar a prostituição infantil, entre outros temas.
Viu só quanta coisa que tem para se pensar, senhor deputado, e o senhor me vem com bíblias.... francamente....
Sinceramente deputado, arregace as mangas e vá trabalhar em vez de fazer proselitismo em prol de sua crença!!!!
Justifique o seu salário ao povo brasileiro com trabalho e não com bobagens sem nexo.
Caso existisse o recall político nesse País (o poder de cassar e revogar o mandato de qualquer representante político, pelo eleitorado; é chamar de volta para "reavaliação" popular, não só os mandatários reconhecidamente corruptos, mas os incompetentes ou inoperantes), o senhor seria um dos primeiros da minha lista (eu o classificaria como inoperante), vindo logo atrás dos bandidos congressistas.
Posso dizer tudo isso sim, pois sua função como deputado é representar o povo brasileiro como um todo e não apenas os seus correligionários de crença religiosa.
Como faço parte do povo brasileiro, indiretamente sou seu patrão, logo estou no meu direito e no meu dever de fazer exigências, pois pago tributos e assim, exijo que trabalhe de modo a atender aos interesses do meu povo e do meu País.