Em virtude de uma análise sobre o tema denominado "TEORIA DA ABIOGENESE EM CRISE", publicado em http://www.michelsonborges.com/, obtive o seguinte texto como resposta:
{Há poucos meses instalei aqui no blog um sistema de pesquisa em forma de enquete. Os dados me são muito úteis e reveladores: do total de 2.681 que responderam (até hoje, 5/04), 79,82% são adventistas, 6,86% são evangélicos e 3,43% se dizem ateus. Os outros grupos são católicos (3,28%), pentecostais (2,31%), outros (1,57%) e sem religião (1,16%).
(Ou os ateus acham que meu blog está prestando um desserviço aos internautas e querem corrigir isso, ou têm grande necessidade de refutar argumentos criacionistas, ou o motivo é outro, que desconheço. Mas não deixa de me chamar a atenção essa “militância ateísta”. De qualquer forma, os comentários deles serão sempre bem-vindos. Como sempre tenho dito, este é um espaço democrático e aberto a todas as idéias. A menos que os comentários envolvam palavras de baixo calão ou ataques pessoais, sempre serão publicados.)
Entre esses céticos, alguns são muito ativos e comentam quase todas as minhas postagens, especialmente quando o tema é ciência e religião ou envolve algum aspecto do darwinismo. Aí esses leitores, via de regra, saem em defesa de Darwin.
Quem já leu o livro Viagem ao Sobrenatural (Casa), de Roger Mourneau, compreende o que está por trás desse “conflito”. (Se você ainda não leu, recomendo.)
Um desses comentaristas darwinistas, num comentário extenso postado dias atrás aqui no blog, me acusa de “sorrateiramente mesclar a religião com a ciência” e intitula seu texto de “A manobra criacionista”. Faltou-lhe ler o banner aí de cima, que deixa bem claros os temas preferenciais do meu blog: mídia, ciência e religião. O “Quem sou eu”, aí ao lado, também informa de maneira nada sorrateira que sou cristão e criacionista. Nunca escondi isso. Portanto, não vejo por que ser acusado de "sorrateiro".
O comentário do leitor foi motivado por minha série de postagens “Abiogênese: uma teoria em crise”.
Pensei em não gastar meu tempo com essa acusação, mas não quero agir como o ultradarwinista Richard Dawkins, que afirma não debater com criacionistas para não lhes dar “verniz de respeitabilidade” (longe de mim tal arrogância!).
O leitor começa afirmando que se deve “proceder à separação entre os temas: origem e evolução do Universo, origem do sistema solar, origem da Terra, origem da vida, evolução das espécies e origem e evolução do homem. Estes temas, embora correlacionados, são distintos e assim devem ser analisados a fim de que integrem em um todo”. Até posso concordar com isso. O problema é que os livros didáticos não fazem essa separação. E mesmo a mídia popular trata todo e qualquer aspecto da vida (aqui e fora da Terra) como podendo ser explicado pelo darwinismo (até as relações sociais na casa do Big Brother foram explicadas sob essa ótica!).
Depois o leitor avisa que pelo fato de eu ser “jornalista e teólogo” (errado: não sou teólogo; faço mestrado em teologia) se deve levar em conta meu “grande conhecimento de neurolinguística associado ao poder de persuasão que impregna a fé religiosa”. Puxa! Depois dizem que os criacionistas é que crêem em teorias de conspiração... Sinceramente, acho que o leitor me superestimou aqui. Procuro sempre fazer “jogo aberto” e não me valho de técnicas neurolinguísticas para convencer quem quer que seja, até porque não tenho grande conhecimento nessa área, como supôs o comentariasta.
“Quanto ao discurso criacionista, seu caráter é puramente ideológico”, prossegue o leitor. “Suas evidências são inconsistentes e seu ponto de partida, a fim de sustentar seus argumentos, é o mundo intangível. Valem-se do jargão científico a fim de confundir a opinião do leitor leigo ... [e agem] por má fé ou desconhecimento da matéria.” E o que dizer do “ser vivo primordial”, da origem da informação genética e de problemas como a falta de ancestrais fósseis (elos transicionais) entre os períodos Cambriano e Pré-cambriano? Isso tudo é tangível? É testável? É falseável, como pede a ciência experimental?
Depois o leitor demonstra desconhecimento do jargão editorial didático e supõe erroneamente que eu errei ao chamar o livro de Gewandsznajder e Copozoli de “paradidático”. E diz que “tratar um livro didático como paradidático é no mínimo desrespeitoso com os autores e com os estudantes a quem estes são destinados”. Eu mesmo tenho seis paradidáticos publicados pela Casa Publicadora Brasileira. Paradidáticos são livros utilizados como apoio aos didáticos. Não há nada de pejorativo nessa classificação. O leitor quer ver chifre em cabeça de cavalo.
O fato de eu ter dito que a versão evolucionista para a origem da vida é “difícil de engolir” foi interpretado como “ataque criacionista”. E o que dizer de um texto publicado há alguns anos pela revista IstoÉ (25/08/99), no qual se diz que o relato das origens de Gênesis é uma “bobagem sem tamanho”? E o Marcelo Gleiser, que praticamente chamou os criacionistas de “criminosos”, na Folha de S. Paulo? E a revista Ciência Hoje (da SBPC), que classifica o ensino do criacionismo de “esquizofrenia pedagógica”? A lista de adjetivos e opiniões grosseiras pode ser ampliada, mas fico por aqui.
Depois, o comentarista do meu blog diz que “o experimento de Pasteur não reuniu as condições de uma Terra pré-biótica, conforme proposto no modelo de experimento de Urey-Miller”. Claro que não. A tal “Terra pré-biótica” nem é consenso entre os cientistas e é mais um modelo desenvolvido para sustentar a possibilidade do surgimento da vida. Leia mais aqui.
Em seguida, o leitor tenta esclarecer dois conceitos que, para ele, apliquei erroneamente, e “explica”: (1) abiogênese é transformar a matéria bruta em vida, desde que haja certas condições favoráveis a isso; (2) geração espontânea é o surgimento de vida animal ou vegetal sem uma razão aparente para que tal ocorra. Você nota muita diferença entre um e outro? Depois sou eu quem “se vale de um discurso cujo fim é confundir o leitor leigo, ao mesclar dois conceitos completamente diferentes no campo acadêmico a fim de atacar uma teoria científica que contraria a sua ideologia”.
Mas o mais interessante vem a seguir. O comentarista me acusou inicialmente de utilizar recursos lingüísticos para tentar ludibriar meus leitores. Mas note o texto que ele usa para “explicar” a abiogênese:
“A terra pré-biótica era um mundo ainda quente e instável e com características bem diferentes das atuais. Sua temperatura provável segundo dados geológicos era próxima a da ebulição da água... Sua provável atmosfera, era conforme proposta no modelo de Urey-Miller...” [Itálicos supridos.]
Depois, o autor do texto afirma: “O sol era mais frio, porém isso era compensado por esses gases na atmosfera (efeito estufa). Não havia oxigênio e, portanto, não havia camada de ozônio... Os oceanos eram rasos e quentes e havia todos os elementos naturais da tabela periódica, o que não impedia a ocorrência de reações químicas”. [Itálicos supridos.]
Isso, sim, é lavagem cerebral bem ao estilo Erich von Däniken. Primeiro o autor lança a hipótese “provável”. Depois afirma que é assim e pronto. Só o leitor desavisado cai nesse tipo de discurso. E nem precisa ser especialista em neurolingüística...
E para completar, o comentarista ainda arremata: “Creio com isso ter elucidado o mistério de uma atmosfera redutora e seus protagonistas.” Ainda bem que ele diz que “crê”, pois é preciso mesmo muita fé para isso. E ele ainda se diz cético... Mas não descansa. Depois, diz ainda que “o autor [no caso, eu] se olvida de que os ‘oceanos primitivos’ eram bem reduzidos se comparados aos atuais”. Veja só! O que antes era “provável” agora é líquido e certo.
Ainda falando em oceanos, ele comenta: “As afirmações feitas pelo autor [eu] são de credibilidade, no mínimo, duvidosa, uma vez que os dados comparativos parecem se referir a oceanos de acordo com os que conhecemos atualmente. Assim os valores das concentrações de produtos acima apresentadas são completamente errôneos se comparados a um ambiente de dimensões lacustres, como os prováveis oceanos pré-bióticos. Logo, resta refutada a afirmação do autor.” Opa! Olha o “prováveis” aqui de novo! O com uma probabilidade ele considera refutada a idéia que apresento na postagem. Mas sobre o que ele diz, como comparar algo com outro algo que não existiu? E o curioso é que são os próprios evolucionistas que se valem do uniformitarismo (o presente é a chave do passado). Quando interessa, né?
“Na década de 60 Carl Woese, Francis Crick e Leslie Orgel, ao contemplarem a extraordinária complexidade funcional e estrutural do RNA, propuseram que essa macromolécula poderia possuir uma função catalítica além de sua função básica informacional. Uma descoberta dessa função poderia abrir um novo campo de estudo sobre os primórdios da vida.” Que bom que o leitor menciona Crick, assim posso recordar uma frase dele:
“Os biólogos devem sempre ter em mente que aquilo que vêem não foi planejado, mas que evoluiu.”
Com essa postura, é evidente que Crick e seus seguidores sempre verão o que querem ver!
A seguir, o leitor diz que as ribozimas constituem-se numa “solução elegante” para as dificuldades da origem da vida. Aqui é bom lembrar que, para Niels Bohr, “não existem teorias feias, nem teorias bonitas [ou elegantes]. Existem teorias verdadeiras e teorias falsas”.
Mas o pior é a “profecia evolucionista” feita no comentário: “...muito, muito em breve as últimas barreiras que separam o vivo do não-vivo cederão frente ao trabalho paciente e poderoso do pensamento científico”. Profecia não vale como argumento científico. Fé no laboratório? Não é disso que nos acusam?
Agora leia esta: “As membranas dos organismos atuais são compostas por diferentes tipos de lipídios, proteínas e carboidratos, cujas funções são tão complexas e calibradas com tanta precisão que estamos longe de compreendê-las [mas o Crick vai dizer que você nem deve pensar que elas foram planejadas]. Mas a primeira membrana fosfolipídica, ao contrário de várias outras estruturas encapsulantes que também podem ser formadas no cadinho da natureza, era capaz, graças unicamente às suas propriedades químicas, de concentrar soluções de outros compostos orgânicos. Ela podia manter a interação de componentes próximos, permitindo a entrada de ‘nutrientes’ e impedindo a saída de água. ... Ainda há um elo faltando entre as misturas mais complexas obtidas pelos cientistas e a mais simples célula viável, tanto em teoria quanto no laboratório. Há uma enorme distância entre pequenas substâncias químicas orgânicas, como aminoácidos e nucleotídeos, e compostos bioquímicos maiores, como RNA e proteínas. Mas algumas centenas de milhões de anos de atividade molecular representam muito, muito tempo.” Você percebe que o tempo é o deus dos darwinistas? Como surgiu a informação do núcleo de uma ameba, que é correspondente a 30 volumes da Enciclopédia Britânica? Foi o tempo. Em os bilhões de neurônios que funcionam de forma integrada no cérebro humano, fazendo dele "um lugar muito grande num espaço muito pequeno"(nas palavras de Carl Sagan)? Foi o tempo também. E se você for tentado a pensar em design inteligente, não se esqueça: evoluiu, evoluiu, Evoluiu.
Depois de tudo, o leitor conclui: “Acredito que, embora hipotético, o texto trouxe elucidações sobre a formação de uma possível membrana celular.” Um texto hipotético agora serve para elucidar mistérios... Não consigo ter esse tipo de fé. Lamento.
Agora note novamente a lavagem cerebral, várias linhas abaixo, no comentário: “A questão das proteínas sem DNA e RNA e RNA e DNA sem proteínas teoricamente se resolveu com a descoberta das ribozimas, já abordada anteriormente”. A hipótese agora está teoricamente resolvida.
Também não consigo aceitar afirmações como esta: “A célula é uma organela simples, porém se comparada a um vírus é extremamente complexa, pois envolve uma série de reações bioquímicas nascidas a [sic] mais de 2 bilhões de anos, além de possuir organelas divesrsas, seja uma célula procarionte, como uma eucarionte.” Comparada ao vírus ou não, a célula nunca deixará de ser um sistema supercomplexo. Dizer que ela é simples é novamente um recurso lingüístico para tentar diminuir o tamanho do problema da origem da célula.
Muito mais poderia ser dito sobre o comentário do leitor cético (e há bons livros que tratam disso, para quem quiser se aprofundar na controvérsia), mas procurei me ater à questão da linguagem, já que fui acusado de manipulá-la para convencer meus leitores. Por isso, encerro com os seguintes trechos:
“A proposta criacionista de que cientistas criem uma célula em laboratório a fim de provar que isso pode ser feito sem o planejamento inteligente no momento não é viável, pela própria falta de conhecimento humano no campo da bioquímica bem como da citologia [mesmo que isso venha a ser feito um dia, somente iria provar a biogênese; que vida só provém de vida]. É como pedir a alguém para viajar a velocidade da luz para demonstrar a veracidade da teoria da relatividade, ou que alguém vá até um buraco negro a fim de verificar se suas propriedades estão conforme os estudos científicos.” [Pelo menos essas duas últimas possibilidades são testáveis, pois eventualmente poderiam ser realizadas. A origem da vida no passado continuará sendo não-testável, tanto para evolucionistas quanto para criacionistas.]
“Aqui cabe a clássica afirmação do discurso criacionista: 'Se você não crê na influência de uma inteligência superior, cabe a você o ônus da prova que ela não existe; prove realizando a sintetização de uma célula.'” [Confesso que nunca ouvi um criacionista bem informado lançando um desafio desses. Até porque a sintetização de uma célula, como já disse, provaria a biogênese, e não o contrário.]
“Em suma, seu [dos criacionistas] discurso é puramente ideológico e se vale em persuadir o leitor leigo a crer em suas teorias, as quais em nada contribuem na construção da ciência séria e imparcial.” [Acho que demonstrei quem é que se vale de discurso ideológico. E sobre a tal de “ciência imparcial”, especialmente quando o assunto é darwinismo, creio que isso não existe. E provo. Leia esta citação: “Por causa da excelência de seus ensaios, {Gould} tornou-se conhecido entre não-biólogos como o mais destacado teórico da evolução. Em contraste, os biólogos evolucionistas com quem discuti seu trabalho tendem a vê-lo como um homem cujas idéias são tão confusas que quase não vale a pena ocupar-se delas, mas alguém que não se deve criticar em público por ao menos estar do nosso lado contra os criacionistas” {New York Review of Books, novembro de 1995; publicado em 13 de dezembro de 1998 no caderno “Mais!” da Folha de S. Paulo}. Imparcial, né?]
E para encerrar mesmo: “Se pensássemos conforme os criacionistas, jamais teríamos sequer entendido a reprodução humana e descoberto vírus e bactérias. As doenças e fenômenos naturais ainda seriam compreendidos como castigo dos deuses, pois nos manteríamos restritos a um determinado limite e jamais ousaríamos ir além pois estaríamos invadindo os domínios das divindades.”
Aqui o leitor cético esquece (ou procura ignorar) que os “pais da ciência” eram homens de fé. Criam em Deus. Criam na volta de Jesus (como Newton). E, no entanto, nos legaram o método científico. E aí? Galileu, Kepler, Copérnico e Newton também eram ignorantes e “manobristas”?
Os criacionistas não são inimigos da ciência experimental. Não crêem em pseudociências e nem querem proibir as pessoas de pensar. Apenas lamentamos e erguemos a voz contra a blindagem feita em torno do darwinismo (que impede a discussão de suas fragilidades epistêmicas e torna suspeitos todos os que as mencionam) e a exclusão a priori de qualquer teoria que aponte para um Criador todo-poderoso.}
Minha tréplica é a seguinte:
Sinto ter-se melindrado.
Não o acuso de sorrateiro e nem de prestar desserviço. Acuso o criacionismo de sorrateiro e pseudocientífico. Caso não queira ter seus posts comentados, blinde seu blog, como faz o Enézio.
Eu o respeito, pois é hábil com a palavra e para mim isso é uma grande qualidade. Jornalistas são conhecedores de neurolinguística. Conheço alguns e me revelaram possuir tal conhecimento.
Se não é teólogo, retifico o engano: Jornalista mestrando em teologia.
Voltando a discussão:
Traga evidências contundentes de que o criacionismo é verdadeiro. Se o fizer com um discurso científico adequado (formulando hipóteses e defendendo as teses), me calo para sempre e o adotarei como uma teoria plausível e passarei a divulgá-la.
Até então, criacionismo não passa de uma manobra sorrateira da religião querer se intrometer num campo que não lhe diz respeito.
Em meu texto, não digo nada em ser cético. Vc põe palavras onde não as pus. Não seja leviano. Pura falácia ad hominem abusiva.
Fale sobre explicação química que deixei de modo a tratar da atmosfera primitiva. Se não acredita nela, vá a um laboratório e faça as reações.
[Opa! Olha o “prováveis” aqui de novo! O com uma probabilidade ele considera refutada a idéia que apresento na postagem. Mas sobre o que ele diz, como comparar algo com outro algo que não existiu? E o curioso é que são os próprios evolucionistas que se valem do uniformitarismo (o presente é a chave do passado). Quando interessa, né?]
Tudo em se tratando de um mundo que não conhecemos é provável. Mais uma vez, "MINHA BASE SÃO EXPLICAÇÕES CIENTÍFICAS", não idéias tiradas de minha cabeça. Aqui se vale do argumentum ad ignorantiam.
Mais uma vez erra: não estamos tratando de evolução e sim de origem da vida. Se acha que os oceanos eram como os de hoje, creia nisso então; só lhe digo que está equivocado.
Refuto suas idéias (vc disse que são idéias, assim nem podem ser consideradas hipóteses) criacionistas com hipóteses científicas.
Usei o discurso científico em vez da falácia criacionista. Não me vali de uniformitarismo, simplesmente tomei por base teorias científicas.
Lhe digo mais, há hipóteses de a vida ter surgido não em mares mas em lagos de água doce. (lembra dos magnésios e calcios iônicos, pois é, em agua doce sua concentração é baixa e não forma sabão com as gorduras).
[Mas o pior é a “profecia evolucionista” feita no comentário:]
Isso estava no livro que usei como modelo (reproduzi o texto na íntegra).
Aqui, fala-se de trabalho, não de criação religiosa. A postura é bem diferente da criacionista, por isso não as iguale. Comete uma falsa analogia.
Em suma, fez mais um típico discurso criacionista-religioso. Foi agressivo, não refutou os argumentos com evidências que provassem ser sua crença correta, usou falácia ad hominiem e me criticou por adotar hipóteses.
Esse é o mal de vocês: apenas criticam sem trazer nada de sustentável e que enriqueça a ciência. Por isso não são levados a sério. Deveriam repensar sua forma de disseminar suas idéias.
Aqui faço um apelo: "Criacionistas, tragam evidências concretas e não falácias."
A ciência embora tenha evidências, mesmo sendo fracas as têm. São falseáveis ao contrário do criacionismo que é dogma, logo irrefutável e portanto é ideologia.
Até hoje o que li sobre criacionismo somente vi pseudociência, ataques e nenhuma demonstração cabal de suas teses.
As conclusões partem de um ponto, surge o inexplicável e tecem a brilhante conclusão: "Só pode ser Deus e claro, o cristão".
Para chegarmos a tal conclusão, não há necessidade de estudarmos origens do universo, da vida e evolução das espécies. Não precisa ser um PHd para concluir que Deus fez tudo. Até uma criança de quatro anos é capaz disso.
O que fiz foi tentar explicar as coisas conforme se faz em ciência.
Se para vc é superficial, não atendeu suas expectativas, sinto muito. Creia no criacionismo. Paciência.
Eu não creio e, na minha opinião, os criacionistas não fazem ciência.
Não fiz lavagens cerebrais em ninguém, somente escrevi artigos científicos. Aliás boa parte extraí de literatura correspondente.
Se acha que um mistério se elucida em dizer "foi Deus" vá em frente.
Seja a ciência, como a pseudociência criacionista, ambas fazem hipóteses para ter seu ponto de partida.
Porém o criacionismo estanca a questão com seu "designer inteligente", diferente da ciência que é submetida a falseabilidade.
Não me cabe elucidar mistérios, pois não trabalho na área e se os elucidasse estaria rico, famoso e super requisitado em muitas universidades.
Óbvio que tudo que eu lhe disser em termos ciêntificos refutando o criacionismo vc não acreditará, como eu não acreditarei nos argumentos criacionistas.
Em ciência células são consideradas organelas simples. Compare-as a um tecido que é uma união delas.
Darwinismo não é criação da vida; é evolução de espécies. Não confunda mais isso porque ao fazê-lo estará cometendo erros conceituais.
Abiogenese e geração expontânea são conceitos distintos. Não cometi erros e não lavei o cérebro de ninguém. Mais uma vez usou leviandade e falácia ad hominem abusiva.
De novo:
ABIOGÊNESE: ORIGEM DA VIDA A PARTIR DE MATÉRIA BRUTA DESDE QUE HAJA UMA RAZÃO FAVORÁVEL PARA QUE TAL FENÔMENO OCORRA. LEMBRETE: REAÇÕES QUÍMICAS TÊM UMA RAZÃO PARA OCORRER CONFORME JÁ EXPLIQUEI.
GERAÇÃO EXPONTÂNEA: ORIGEM DA VIDA A PARTIR DE MATÉRIA BRUTA SEM UMA CAUSA APARENTE PARA QUE O FENÔMENO OCORRA.
Acho que desta vez deu para entender. Como pode ver são dois conceitos distintos. Não há erros nem lavagem cerebral. Não use a falácia ad hominem.
E o experimento de Pasteur nada tem a ver com a experiência de Urey-Miller.
O Sol a 4 bilhões de anos era mais frio, uma vez que era bem mais jovem e seu combustível (H2) estava iniciando uma fusão nuclear, a qual é controlada, pois se não fosse não estariamos aqui.
A atmosfera primitiva era rica em gases estufa (a água é um deles).
Obs: não fui eu que disse isso, foram análises geológicas e cientistas da área. Consulte os livros nos quais me baseei.
Quanto a hipotese provável, até parece que o criacionismo não as faz e pior, sem evidências concretas. A ciência as procura, estuda e formula suas hipóteses.
Saiba que em todas as ciências se criam modelos. Estes se sustentam até que surja um melhor, isto é, que seja refutado.
Não pertenço a militância nenhuma, pouco me importa o que ateus pensam ou deixam de pensar. Não dou a mínima para eles.
Simplesmente combato a pseudociência (nela pode incluir astrologia, iridiologia, quiromancia, criacionismo, numerologia Erich Von Daniken, Benitez e seu cavalo de troia, mau uso de conceitos científicos e codigo da Vinci entre outras pérolas).
[E o que dizer do “ser vivo primordial”, da origem da informação genética e de problemas como a falta de ancestrais fósseis (elos transicionais) entre os períodos Cambriano e Pré-cambriano? Isso tudo é tangível? É testável? É falseável, como pede a ciência experimental?]
1-ninguem achou nenhum ser vivo primordial. Se existiu, provavelmente já era. O que temos são fósseis de bactérias de uns 3,5 bilhões de anos.
2-elos transacionais e elos perdidos não existem, o que existem são variacões ao longo de alguns milhares de anos dentro da própria espécie.
3- Não há conhecimento aínda para se explicar a formação de genes, o que há são hipóteses.
4- Tudo isso está aqui no nosso planeta, logo é tangível é palpável e caso se encontre evidências serão postas a prova (bem diferente do criacionismo).
Vamos à Flor do Lácio:
O prefixo "para" pode assumir os seguintes significados:
Ao lado de: paraninfo (ao lado do noivo);
Oposição: paradoxo (conceito contrário ao comum);
falso: paralogismo (raciocínio falso).
Pela sua conotação e sua aversão à teoria da abiogênese, optei pela terceira opção. Portanto, não estou de todo errado, só houve um erro de interpretação.
Acho Hawking fácil de ler pois ele transforma uma matéria intrincada em compreensível até para um leigo. Não digo o mesmo de Dawkins.
Se Gould tivesse a mesma clareza, em suas idéias talvez os biologos lhe dessem mais atenção, pois o sujeito é muito bom, porém complexo.
Em se tratando da galera dos pais da ciência, mais uma vez digo:
CRER EM DEUS NÃO É FATOR DETERMINANTE PARA UM ESTUDIOSO SER CONSIDERADO RUIM. CRENÇA RELIGIOSA É IRRELEVANTE PARA A CIÊNCIA. O QUE É RELEVANTE É O TRABALHO DO CIENTISTA TER SUSTENTAÇÃO NA COMUNIDADE CIENTÍFICA.
NÃO HÁ BLINDAGENS EM CIÊNCIA; HÁ TRABALHOS QUE NÃO SE SUSTENTAM.
TEORIAS QUE SE BASEIAM EM RELIGIÃO NÃO SÃO CIÊNCIA POIS NÃO SÃO FALSEÁVEIS, SÃO DOGMÁTICAS, LOGO SÃO IRREFUTÁVEIS E CRIAM BARREIRAS ALÉM DAS QUAIS NÃO SE PODE SEGUIR.
RELIGIÃO, DEUSES E CORRELATOS PERTENCEM AO CAMPO DA TEOLOGIA E DA FILOSOFIA E NÃO AO MUNDO CIENTÍFICO.
Separem as coisas. Ajam com profissionalismo científico. Do contrário continuarão à margem da ciência, restritos unicamente aos seus meios.
Resumindo, a réplica do autor, a denomino como muita gritaria e nenhuma hipótese ou tese sustentável. Somente críticas e mais criticas.
Mais uma vez, o autor parte para o "gran finale" típico dos discursos criacionistas: apelo ao emocional religioso.
Sinto em insistir novamente:
"NÃO É ASSIM QUE SE FAZ UM TRABALHO SÉRIO EM CIÊNCIA. SEJAM PROFISSIONAIS E DEIXEM A INFLUÊNCIA RELIGIOSA DE LADO QUANDO DA REALIZAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS. BUSQUEM EVIDÊNCIAS SUSTENTÁVEIS PARA SUAS TEORIAS SE QUISEREM SER ENCARADOS COM SERIEDADE. FEITO ISSO SUBMETAM SEUS TRABALHOS AO CRIVO DA COMUNIDADE CIENTÍFICA. SE SUSTENTADOS, AI SIM TERÃO O CARÁTER DE CIENTÍFICO."
Quanto a cientistas fundarem associações, como a criacionista brasileira, qualquer um pode fazê-las. Daí, a serem associações sérias, há um longo percurso a ser coberto.