COMO
SE DESCOBRIU O BÓSON DE HIGGS?
Essa descoberta se deu
dentro do LHC –
Large Hadron Collider, que consegue prioduzir choques de partículas a
99,999999,1% da velocidade da luz. Os choques ali produzidos destroçam prótons,
que se desmancham em partículas elementares, existentes nos primórdios do Universo,
momentos após o Big Bang. O choque de prótons é produzido da seguinte forma:
Large Hadron Collider - LHC |
1 - Um campo elétrico rompe átomos de hidrogênio para liberar os prótons, sendo que pacotes com 100 bilhões de prótons são injetados no acelerador.
2 - Os prótons são
acelerados inicialmente no SPS - Super Proton Synchrotron por
campos elétricos criados por quatro equipamentos de radiofreqüência
(sincrotrons) a uma velocidade próxima a da luz, percorrendo os 27 Km de extensão
do LHC.
3 – Os feixes de
prótons são injetados em sentidos contrários no LHC. Há quatro detectores no
LHC, onde 100 bilhões prótons dando 11.254 voltas por segundo no túnel e
colidindo 32 milhões de vezes por segundo. Para se obter o bóson de Higgs
realizaram-se cerca de quatro quatrilhões colisões, sendo analisadas 800
trilhões de colisões, nos últimos dois anos, sendo 1/100 bilhões de colisões a probabilidade
de se encontrar o bóson de Higgs.
Ao passarem por um dos
quatro detectores do LHC, os prótons colidem entre si, gerando inúmeras
partículas extremamente instáveis, para serem diretamente observadas.
Esquema do LHC |
CMS |
ATLAS |
Alice |
LHCb |
4 – Os detectores identificam o rastro deixado pela decomposição destas partículas, que resultam em fótons, múons, taus, elétrons e muitas outras.
Traços do Boson de Higgs (longitudinal) |
Traços do bóson de Higgs (transversal) |
5 – Assim, o bóson de Higgs também é detectado indiretamente pelo seu rastro, ou seja, 125,3 massas do próton (ou GeV), detectado no CMS e 126 massas do próton detectado no ATLAS.
Não se sabe de o bóson
de Higgs é uma partícula elementar. Também, não se sabe qual o tipo desse Higgs
e se é parte de uma nova simetria da natureza, a supersimetria, ou se existe
mais de um tipo de Higgs.
A supersimetria é
a simetria que relaciona uma partícula fundamental com um certo valor de spin
com outras partículas com spins diferentes por meia unidade. Em uma teoria com
essa simetria, para cada bóson existe um férmion correspondente com a mesma
massa e mesmos números quânticos internos, e vice-versa. Ou seja, os parceiros
supersimétricos, se a supersimetria existir, são mais pesados que seus
correspondentes no modelo padrão. Somente há evidências indiretas de sua
existência.
Partículs do modelo padrão e seus parceiros supersimétricos |
Quanto à fiabilidade do sinal produzido no detector CMS
pela partícula , "é de 4,9 sigma", quase atingindo, portanto, a meta
dos "5 sigma", que os cientistas consideram ser o nível de fiabilidade
desejado para afirmar a existência da nova partícula.
Com um sinal de 5 sigma, a probabilidade de as observações serem o fruto do acaso e não corresponderem à produção de uma partícula é de apenas 0,00005733%, o que equivale a dizer que há uma hipótese em 1.744.278 de os cientistas estarem enganados ao afirmar que estão de fato a observar uma partícula nova.
Com um sinal de 5 sigma, a probabilidade de as observações serem o fruto do acaso e não corresponderem à produção de uma partícula é de apenas 0,00005733%, o que equivale a dizer que há uma hipótese em 1.744.278 de os cientistas estarem enganados ao afirmar que estão de fato a observar uma partícula nova.
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