Objeções
a velocidade de dobra:
As
distribuições de densidade de energia negativa compreendem o que é muitas vezes referido
como matéria exótica. Estas distribuições permitem várias possibilidades
intrigantes: por exemplo, a potencialidade da velocidade de dobra de Alcubierre
ser mais rápida do que a velocidade da luz em viagens espaciais.
Desigualdades
Quânticas restringem a extensão e a magnitude do espaço-tempo no tocante a
densidades de energia negativas. No caso do motor de dobra de Alcubierre, as
desigualdades quântica preveem que a quantidade de matéria exótica necessária
para criar e manter a velocidade de dobra "bolha" excede em muito a
massa-energia total do universo.
Com isso,
a violação das condições de energia teria de ser confinadas a regiões com
comprimento de Planck gerando a espessura da parede da bolha dada como Δ, que
para estar de acordo com o comprimento de Planck, Δ ≤ 102 (v0/c)
LP, onde LP = comprimento de Planck.
Pode-se
demonstrar que paredes finíssimas, a fim de suportarem uma bolha de velocidade
de dobra, requereriam quantidades de matéria exótica enormes, e.g. uma bolha
com 100 m e propagando-se com v0 ≈ c,
requereria uma energia negativa total da ordem de 1011 M⊙ (massas
solares).
Ainda que reduzida a
área das bolhas, o
que demandaria energias da ordem de 0,3 M⊙, para uma bolha de
100 m de raio, há que se adicionar
uma energia positiva externamente a bolha de 2,5 M⊙, isto ainda está fora da realidade.
Ao se impor um estado quântico de vácuo de
Boulware (estado que descreve efeitos quânticos nos buracos negros) ao
espaço-tempo, análogo a um estado de buraco negro eterno, o vetor renormalizado
de tensão e energia (RSET), diverge nos horizontes.
Esta circunstância independente da
disponibilidade de matéria exótica pra construir a bolha de velocidade de
dobra, implica em dizer que esta divergência impossibilita gerar geometria da
bolha de velocidade de dobra, a qual, se superluminal, seria aniquilada por
efeitos semi-clássicos da TRG. Mas a bolha de velocidade de dobra poderia ser
criada a velocidades subluminais e então acelerada até velocidades
superluminais.
Pode-se esperar então que o estado quântico
globalmente definido em tal geometria dinâmica automaticamente seria
selecionado pela dinâmica uma vez que sejam fornecidas as condições adequadas
de fronteira (e.g. no início do tempo).
Isto é sem dúvida um caso de colapso
gravitacional, o qual pode ser demonstrado sempre que um horizonte de
aprisionamento se forma, sendo que este estado quântico é globalmente definido
como sendo um vácuo, em ζ- e tem de ser térmico em ζ+, na
temperatura de Hawking e regular no horizonte.
Em outros termos, a dinâmica do colapso evita a
seleção de estados semelhantes ao de Boulware com sua divergência associada no
horizonte, terminando em vez de selecionar o estado análogo para configurações
colapsantes do estado de vácuo Unruh definido sobre buracos negros eternos, o
que leva a um RSET perfeitamente regular.
Logo, pergunta-se: É a dinâmica da criação de
uma bolha de velocidade de dobra, com a sua seleção associada do estado de
vácuo global, capazes de evitar a presença de divergências na RSET ?
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