Objeções à velocidade de dobra:
A condição de energia fraca média consiste na
ideia de que, em cada campo vetorial de tempo, a densidade de matéria observada
jamais será negativa, isto é:
Caso seja violada a condição de energia fraca
média, o horizonte de Cauchy se estabiliza, sendo que o horizonte de
espaço-tempo passa a atuar como uma lente divergente. Assim, poderá ocorrer a
densidade de matéria negativa e a radiação de Hawking perderia seu efeito
dentro da bolha.
Estudos recentes, realizados por
J. Macher and R. Parentani, intitulado “Black/White hole
radiation from dispersive theories”, parecem sugerir que as divergências assintóticas
acima encontradas do RSET no horizonte
branco podem desaparecer
se a simetria de Lorentz for
quebrada em altas energias.
Em física, a simetria de
Lorentz é a característica da natureza que diz que os resultados
experimentais são independentes da orientação ou do aumento da velocidade do
laboratório através do espaço sendo que esta ideia tem resistido desde que
Einstein propôs a TRG.
Espera-se que o RSET adquira grandes valores logo após a formação do horizonte. Não se sabe se isso seria suficiente para impedir a manutenção
da sustentabilidade do sistema
de dobra. Tal questão poderia ser objeto e pesquisa em modelos
analógicos de gravidade (ver aqui).
Ainda que se queira produzir uma bolha que
viagem a velocidade subluminal, embora os horizontes branco e negro não se
formem, o que evita a radiação de Hawking, haveria a necessidade de matéria
exótica para que a bolha fosse criada (a ser explicado mais adiante).
O trabalho “The Alcubierre warp drive: On the matter of matter” aponta a problemática da metodologia
desenvolvida por Alcubierre, no que consiste ao tensor de energia-momento de
tensão ser negativo para todos os observadores, mesmo quando operado a baixas velocidades.
Isso implica em que se requer densidade de
energia negativa, o que somente pode ser atingida pela utilização de matéria
exótica, o que viola as condições de energia, o que permite a criação de curvas
fechadas tipo temporais - CTC e, consequentemente, a questão envolve todos os
problemas que essas curvas apresentam.
Em física matemática, uma curva
tipo tempo fechada (CTC) (ler aqui) é uma linha universal situada numa variedade
de Lorentz, de uma partícula material
no espaço-tempo, que é "fechada", e sempre retorna ao seu
ponto de partida.
Caso as CTCs, existam, isso parece implicar a possibilidade teórica
de viajar no tempo para trás,
aumentando o espectro do paradoxo do avô,
embora o princípio
de auto-consistência de Novikov parece mostrar que
tais paradoxos poderiam ser evitados.
As curvas fechadas no espaço-tempo permitidas por um
espaço-tempo particular são como uma trajetória de um objeto. São essas curvas
que formam a base para a pssível viagem no tempo, conforme ilustra a figura
abaixo:
O Princípio de Novikov é um
princípio utilizado para resolver o problema de paradoxos em viagens
no tempo, o que é teoricamente
permitidos em certas soluções da relatividade geral (soluções
contendo o que são conhecidos como
curvas fechadas).
Dito de forma simples, o
princípio de consistência de Novikov
afirma que: “Se existe um evento que daria
origem a um paradoxo, ou a
qualquer alteração para o passado que seja, então a probabilidade deste evento
é zero. Em suma,
ele diz que é impossível criar
paradoxos do tempo.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário