4 – Objeções a velocidade de dobra:
De acordo com pesquisadores como Stefano Finazzi et al, no
trabalho intitulado “Semiclassical instability of
dynamical warp drives”, a radiação de Hawking
cozinharia tudo o que estivesse dentro da bolha teórica utilizada para a
velocidade de dobra, se deslocando pelo continuum do espaço-tempo.
O
observador dentro da bolha de dobra experimentaria um fluxo térmico de
partículas de Hawking cuja radiação se associa à radiação de energia e, por
conseguinte, à perda de massa resultante da evaporação de buracos negros. A
radiação de Hawking seria gerada e se irradiaria a altíssimas temperaturas nos
tripulantes da nave viajando dentro da bolha de dobra.
A radiação de Hawking seria gerada como horizontes, tanto atrás
quando na frente da bolha possivelmente a 1030 K sendo a máxima
temperatura possível conhecida como Temperatura de Planck cujo valor é de 1032K.
Isso desestabilizaria a bolha de dobra em nível quântico, pois o
tensor renormalizado de tensão e energia – RSET cresceria, na frente da bolha,
de modo exponencial, em função do tempo. Isso criaria um buraco negro que
desastabilizaria a geometria da bolha de dobra.
O Tensor de Energia e tensão - SET é um tensor quantitativo que
descreve a densidade e o fluxo de energia e o momento no espaço-temposendo uma
generalização do tensor das tensões de Newton. É um atributo da matéria,
radiação e campos de forças não gravitacionais. O tensor de energia de tensão é
a fonte de campos gravitacionais nas equações de campo de Einstein referentes a
TRG, assim como a massa é a fonte dos campos na gravitação de Newton. (Ver aqui e aqui). Suas contravariantes são dadas conforme abaixo:
Um dos problemas centrais da teoria
quântica de campos em espaços-tempos
curvos é o
cálculo do tensor energia
renormalizado (RSET) dos campos de matéria.
O RSET é então o ponto de partida para qualquer cálculo
em gravitação semiclássica. O espaço-tempo é mantido como
uma entidade clássica, enquanto o tensor de tensão-energia clássica das fontes da
matéria é complementado com a RSET
dos campos quânticos em um estado de vácuo adequado.
(Ver aqui e aqui)
Inicialmente, a geometria da velocidade de dobra é dada por:
Onde r é a distância do centro da bolha dada por:
E v0 é a velocidade de dobra dada por:
Sendo f
uma função adequadamente suave que satisfaz f(0) = 1, f(r) → 0 quando r → ∞.
Após a
propositura da velocidade de dobra, o fator que deve ser investigado é a
quantidade de matéria exótica requerida para suportá-la. Esta quantidade não se
relaciona apenas com o tamanho da bolha de dobra, mas também com a espessura de
suas paredes.
Este resultado
é determinado se a exoticidade for provida pela natureza quântica de um campo
satisfazendo as assim chamadas desigualdades quânticas.
As
desigualdades quânticas são restrições locais sobre a magnitude e extensão da
distribuição de densidade de energia negativa no espaço-tempo.
Inicialmente
concebida para esclarecer um problema de longa data, em teoria quântica de
campos (ou seja, o potencial para a densidade de energia negativa irrestrita em
um ponto), as desigualdades quânticas demonstraram ter uma grande variedade de aplicações,
sendo a sua forma uma reminiscência do princípio da incerteza.
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