sábado, 21 de julho de 2007

TERRA JOVEM REFUTADA













INTRODUÇÃO:


Nos círculos criacionistas é freqüente o levantamento de evidências que induzem à existência de uma Terra jovem.
Entretanto, a argumentação é falha, uma vez que os dados não são consistentes e os métodos utilizados a fim de fundar suas teorias ora são errôneos, ora omitem ou utilizam convenientemente os dados.


Aqui fiz uma s
eleção destas "PÉROLAS" e a sua respectiva refutação.

Boa leitura.

http://www.talkorigins.org/faqs/faq-age-of-earth.html

Segundo o tema abaixo,

Existem evidências de que a Terra não tenha os bilhões de anos que lhe são atribuídos pela geologia convencional


1- Radiohalos de Polônio.



É interessante notar que o comportamento dos elementos radioativos nem sempre promove, em todos os casos, a idéia de uma Terra extremamente antiga, como querem os evolucionistas. R. V. Gentry, incontestável perito mundial em halos radioativos, percebeu isso. Os radiohalos (ou halos radioativos) correspondem a microscópicas feições encontradas preferencialmente em biotita, um dos minerais essenciais das rochas graníticas. Essas minúsculas estruturas são originadas pela emissão de partículas alfa, a partir de um pequeno grão de material radioativo. No seu trajeto, essas partículas danificam a porção mineral circunjacente. Tendo em vista o contínuo processo de desintegração radioativa de “pai” para “filho”, partículas alfa com energias ou velocidades diferenciadas são produzidas, gerando então uma estrutura equivalente a várias esferas concêntricas, cujo centro conteria o referido grão radioativo. Segundo o próprio Gentry, sua maior descoberta foi verificar a presença de radiohalos de Polônio, de origem primária, em granitos pré-cambrianos (0,6 a 4,6 bilhões de anos). Acrescentando-se à descoberta o fato de que os halos radioativos só são preservados a temperaturas inferiores a 300°C, chegou a seguinte conclusão: os granitos “pré-cambrianos” foram criados a baixa temperatura e de maneira praticamente instantânea, afinal, a meia-vida do Polônio218 é de apenas três minutos! A evidência era tão grande que Gentry passou a considerar-se criacionista. Gentry descobriu que os granitos tiveram de ser criados de forma rápida e à frio. Para o pesquisador, o granito “pré-cambriano”, ou embasamento cristalino primordial da crosta terrestre, teria sido criado por Deus no primeiro instante (tempo inferior a três minutos) do primeiro dia da criação, há cerca de 6 mil anos.

Esta foi a que até hoje deu mais trabalho. Entretanto, como tudo pode ser explicado de um modo racional, no site abaixo está a refutação na íntegra, no que se refere ao trabalho do
Gentry.

http://www.talkorigins.org/faqs/po-halos/gentry.html

Farei apenas um resumo da conclusão e do estudo acima apresentado, conforme segue:

Gentry não seguiu procedimentos geologicamente aceitos o que em relação à consistência do trabalho é falho em fornecer informações de que o terceiro grupo necessitaria de coletar amostras comparáveis para os testes. Para sua pesquisa, Gentry utilizou finas secções microscópicas das rochas oriundas das amostras enviadas a ele provenientes de diversos lugares do planeta.

Dessa forma, Gentry foi incapaz de dizer como suas amostras se encaixam com o cenário do local ou região geológica da coleta. Ele também não forneceu informação sobre as amostras individuais de rocha com as quais realizou seus estudos, ou seja, abundância e distribuição principal, acessórios ou traços minerais, textura, tamanho do cristal, alteração e aspecto das rochas, além da presença ou ausência de fraturas ou descontinuidade das rochas.

Gentry não reconhece que o período Pré-cambriano representa pelo menos 7/8 da história da Terra, assim como foi determinado por décadas de trabalhos realizados em campo e em laboratórios por vários geólogos.
Desse modo, não reconhece a gama de diversidades geológicas de terrenos que surgem e se vão ao longo do tempo. A afirmação de que suas amostras representam as rochas do solo primordial é patentemente incorreta. Em seu modelo, Gentry considera que qualquer rocha que se pareça, mesmo que vagamente, com um granito e que seja classificada como pré-cambriana é considerada como uma rocha primordial. Na verdade, granitos são considerados como uma evidência significante da reciclagem da crosta terrestre e possuem diferenças elementares (veja Taylor and McLennan, 1996), e não podem ser considerados como primordiais.

Um trabalho de investigação por Wakefield (1988) mostrou que finalmente uma parte das amostras de rochas estudadas por Gentry não eram oriundas de granitos, mas de uma variedade mais jovem de rochas pré-cambrianas metamórficas e de veios de pegmatita da região próxima a Bancroft, Ontário. Algumas unidades dessas rochas cortavam ou estavam sobre rochas mais antigas, sobre rochas fósseis ou mesmo sedimentares.

Gentry não explicou como o polônio sozinho encontrou seu caminho na biotita e na fluorita ou por que halos causados por radiação nesses minerais são comuns em áreas conhecidas onde há urânio e raros onde não há abundância do metal.

A hipótese de Gentry parece sugerir que deveria haver uma distribuição uniforme de isótopos de polônio nas rochas primordiais ou nenhuma associação espacial em particular com o urânio.

Gentry (1974), ele mesmo percebeu que halos não são encontrados em meteoritos e material lunar, cujas concentrações de urânio são baixas. Lorence Collins (1997) percebeu estas, além de outras contradições a respeito das hipóteses dos halos de polônio com relações geológicas observadas em campo.
• Halos
de polônio em mica são encontrados apenas em granitos ou rochas aparentadas com granitos; não em mica oriunda de rochas adjacentes de outra composição.
• Halos de polônio são encontrados apenas em rochas que contêm mirmequita, um mineral substituto de preenchimento. Isso claramente demonstra que a rocha não é primordial.

Gentry adotou e expandiu o trabalho de Joly (1917) que os isótopos de polônio eram a causa dos fenômenos observados.
O trabalho de Joly se deu numa época onde o átomo começara a ser estudado e pouco se sabia sobre radioatividade.
Joly supôs que as partículas alfa podiam passar de 3 a 7 centímetros pelo ar, então elas passariam 1/2000 dessa distância na biotita e na mica.
Dessa generalização, e sem considerar a variação da densidade na estrutura do cristal, da mica Joly tentou correlacionar o tamanho radial concêntrico dos halos com partículas alfa de isótopos específicos (polônio foi o primeiro a ser sugerido).
Gentry seguiu a aproximação de Joly em suas pesquisas baseada na distância média percorrida pela partícula alfa no ar com diferente energia. Assim mediu os raios concêntricos na mica (fluorita e corderita). Suas medições estão de acordo com o efeito Bragg.

Entretanto, Gentry notou que um grande número de aspectos referentes aos halos concêntricos não poderiam ser explicados pelo decaimento alfa. Desse modo, Joly e Gentry atribuíram a explicação às partículas beta. Entretanto, nenhum de ambos atribuiu bases a sua regeição, além da errônea declaração de que a energia das partículas beta ser tão baixa que não causaria qualquer efeito. Sabe-se que as partículas beta são capazes de romper ligações químicas, uma vez que sua energia é maior que a das partículas alfa. Logo, combinações de decaimento alfa e beta ou só o decaimento beta podem ser as causas do fenômeno em tela.

Caso se assuma serem os halos na verdade devidos à radiação alfa surge um problema relacionado à curta meia-vida dos isótopos de polônio. A fim de que o halo provocado pela radiação fique visível, a mica ou a fluorita devem cristalizar antes do polônio decair aos níveis de fundo (10 meias vidas). Para isótopos de polônio isto se dá em frações de segundo (Po-212, Po-214, Po-215) e 138.4 dias (Po-210).
A hipótese de Gentry baseia-se em polônio puro no centro de cada anel, sem distinguir que isótopo deste estaria presente. Assim, o modelo atribui certa verossimilhança a todos os isótopos de polônio. Gentry salienta que não há processo geoquímico conhecido a fim de fazer com que tais concentrações ocorram durante a cristalização do magma. Portanto sua conclusão atribui aos halos de polônio uma ocorrência não natural.

Uma alternativa possível é explorada por Brawley (1992) e Collins (1997). Ambos notaram que muitos halos concêntricos se dispõem ao longo de linhas visíveis de fratura na mica, muito comuns neste tipo de rocha. As microfraturas podem criar dutos para rápida movimentação de e concentração de radônio-222 (gás produto de decaimento do U-238), o qual decai em polônio.
O radônio-222 é um emissor de partículas alfa e sua meia vida é de 3,82 dias e é produzido continuamente com o decaimento do urânio. O radônio pode ser apanhado em pontos da fratura que o confinam. Desse modo, ao decair, resultará exatamente nos mesmos halos concêntricos conforme o padrão observado por Gentry, uma vez que o polônio é resultado de seu decaimento.
Assinalar o diâmetro de um halo de radônio é difícil, uma vez que está próximo de um formado por polônio-210. Não é possível distinguir as estruturas (Moazed, et al., 1973).

Gentry refuta a medida da idade da terra por meios radiométricos afirmando que as taxas de decaimento radioativo variam ao longo do tempo. Entretanto para sustentar sua hipótese, o decaimento do polônio é tratado pela sua teoria como uma constante, enquanto os demais isótopos possuem muitas ordens de decaimento ao longo de 6 a 10 mil anos.
Isso gera uma série de inconsistências, conforme seguem:
• Rochas têm sido datadas por uma variedade de técnicas usando diferentes pares de isótopos os quais têm diferentes processos de decaimento, o que dá uma notável consistência à medida da idade do planeta. A hipótese de Gentry requer que todos os diferentes tipos de decaimento dos diferentes isótopos radioativos tenham sido acelerados ao tempo exato, porém em diferentes quantidades a fim de dar consistência às idades das rochas atuais. Por exemplo, a taxa de decaimento do U-238 (meia vida 4,5 bilhões de anos) deveria ser acelerada quase em quatro vezes a do K-40 (meia vida 1,25 bilhões de anos). Isso levaria a um grande número de diferentes isótopos radioativos e de modos de decaimento que seriam usados para datar as rochas. A probabilidade para tal ocorrência é essencialmente zero.
• Como princípio geral da radioatividade, quanto mais rápido o decaimento, maior a energia liberada. A baixa taxa de decaimentop do U, do Th e do K-40 foram identificadas como a fonte primária de calor interno da Terra. Caso fosse acelerada de acordo como Gentry sugere em seu modelo de idade entre 10 e 6 mil anos para a Terra, o planeta estaria derretido.
• A proposição de variabilidade no decaimento radioativo de outros elementos ao longo do tempo sugere que não há razões para que o polônio se comporte de forma diferente. Sob o modelo de variação da taxa de decaimento, pode-se propor que o polônio possuía meia vida bem mais longa que a atual. A idéia de taxas variáveis de decaimento torna impossível o surgimento de halos de qualquer série isotópica ou de qualquer isótopo em particular. Isso leva a hipótese de Gentry cair por terra.
Concluindo, a tese apresentada por Gentry é formada por uma série de suposições. Não há demonstração de que os halos concêntricos em micas são unicamente causados por emissão de partículas alfa resultantes do decaimento de isótopos de polônio. Suas amostras não são de pedaços da crosta terrestre primordial, mas de rochas que foram recompostas extensivamente. Suas hipóteses não sustentam alternativas às evidências de antiguidade do planeta.
A fim de rebater pontos contrários às suas hipóteses, Gentry propõe singularidades que se referem à intervenção divina nos últimos 6000 anos. Tal afirmativa escapa ao campo da análise científica, uma vez que o sobrenatural não faz parte de seu campo de estudo.


Conclusão: a tese dos radiohalos de polônio é inconsistente, devido a falhas na metodologia utilizada por Gentry.




2 Enfraquecimento do campo magnético terrestre.




Existe ainda um outro geocronômetro um tanto diferente, porém, muito importante. Baseia-se na intensidade do campo magnético da Terra. Esta evidência é encontrada em um estudo feito pelo Dr. Thomas G. Barnes, professor de Física na Universidade do Texas, em El Paso. O Dr. Barnes é autor de muitos artigos nos campos de física atmosférica, e de um livro-texto amplamente usado nas universidades acerca de eletricidade e magnetismo. Ele diz que a intensidade do campo magnético (isto é, o seu momento magnético) tem sido medida cuidadosamente durante 135 anos; e também tem sido demonstrado, através de estudos analíticos e estatísticos, que ele está declinando exponencialmente durante esse período com uma meia-vida bastante provável de 1.400 anos. Isso significa que o campo magnético terrestre era duas vezes mais forte há 1.400 anos do que agora, quatro vezes mais forte há 2.800 anos, e assim por diante. Assim, há sete mil anos ele deveria ser 32 vezes mais forte do que agora. É quase inconcebível que ele pudesse jamais ter sido mais forte do que isso. Assim, há 10 mil anos, a Terra teria um campo magnético tão forte quanto o de uma estrela magnética! E isso é totalmente impossível. As estrelas magnéticas têm processos termonucleares com que estabelecem e mantêm campos magnéticos com essa intensidade, mas a Terra não conta e nunca contou com essa fonte energética. O Dr. Barnes demonstra, sem sombra de dúvida, que a única fonte possível para o magnetismo da Terra devem ser as correntes elétricas que circulam livremente em seu núcleo férreo. As correntes elétricas, porém, precisam fluir contra alguma resistência, e tal resistência gera calor, que então é dissipado através do meio circundante, e se perde. Tais correntes devem decair gradualmente por causa dessa perda de calor e isto é a razão para o declínio do seu campo magnético induzido. Assim, dez mil anos parece ser o limite máximo para a idade da Terra, de acordo com o declínio atual do seu campo magnético. Quaisquer objeções a esta conclusão precisam ser baseadas na rejeição do mesmo pressuposto uniformitarista – de que o presente seria a chave do passado – que os evolucionistas desejam manter e empregar em qualquer processo através do qual possam, assim, chegar a uma idade avançada para a Terra.

Esta é mais uma pérola frequente no rol criacionista:

http://www.talkorigins.org/faqs/magfields.html

http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Hangar/2437/magnetic.htm

Barnes não traz evidências que sustentem sua teoria a respeito da queda exponencial do campo magnético te
rrestre ou que ele se tornou progressivamente mais intenso no passado.

Partículas metálicas, especialmente de ferro, são parcialmente magnetizadas pelo campo magnético terrestre e se alinham conforme os pólos magnéticos. por meio do exame de tais partículas, pode-se determinar a intensidade do campo magnético do planeta. o exame nãpo demonstrou que o campo magnético terrestre vem decaindo de modo constante, mas que ele oscila (potes de argila datados de 6.500 anos apresentaram um campo magnético 20% menos intenso que o atual e potes datados de 3.000 anos apresentaram um campo 45% nais intenso que o atual).

Quando se examinam rochas do solo marinho elas demonnstram um surpreendente padrão magnético: de
cada lado da fissura do meio Atlântico onde as placas tectônicas emergem do manto, diferentes linhas de variação de intensidade magnética podem ser vistas cada uma é uma imagem espelho das linhas do outro lado. Quando cada área da crosta emerge e solidifica, partículas metálicas são magnetizadas e ampliam a tensão e a polaridade do campo magnético para o qual energem. A medida que o solo marinho separa-se das placas tectônicas novas áreas rochosas emergem e são similarmente magnetizadas. Isso produz padrões de intensidade magnética diferentes. Criacinistas alegam que rochas locais sofrem um processo de magnetismo reverso. Porém, se isso fosse verdade, haveria um trabalho reverso e não o padrão de imagens -espelho como é encontrado.

Evidências sobre a oscilação desse campo magnético são encontradas em determinadas rochas e podem ser da
tadas conforme o método denominado paleomagnetismo. O campo magnético terrestre também é afetado por diversos outros fatores como raios cósmicos e ventos solares.

O estudo referente ao magnetismo do planeta Terra é feito pela disciplina denominada paleomagnetismo, conforme segue a explicação:


O paleomagnetismo é o conjunto de dados que mediante o magnetismo terrestre nos dá indícios sobre a situação de um planeta ou um terreno no passado. Puedem se encontrar registrado nas faixas de rochas vulcânicas de um lado e do outro das dorsais oceânicas, onde o paleomagnetismo se alterna nas faixas de norte a sul.
O campo magnético terrestre faz com que certos minerais de ferro fiquem magnetizados ou polarizados antes de se solidificarem mediante cristalização, isto faz com que os minerais se orientes paralelos ao campo existente nesse momento e lugar onde se formam. Quando esses minerais solidificam, permanecem orientados para sempre.
Entre os mais importantes descobrimentos, graças ao paleomagnetismo, podemos citar l dinâmica magnética da Terra. Há alguns lugares onde os minerais estão orientados para p Pólo Sul magnético, o que indica a inversão do campo.

En 3,6 milhões de anos ocorreram 9 inversões da posição dos pólos magnéticos. O ritmo de inversões magnéticas não é constante.

A inversão se dá em vários milhões de anos. As causas são desconhecidas. No processo de inversão diminue a quantidade magnética. Coincide con mutações dos materiais e mudanças climáticas.

As anomalias magnéticas são as alterações nos valores da intensidade do campo magnético terrestre, produto do magnetismo própio de algumas rochas.


Conclusão: a tese apresentada por Barnes não é plausível. O campo magnético da Terra é flutuante e não se encontra em decrescimo.



3 Poeira lunar.


Para muita gente a Lua tem aproximadamente a mesma idade do planeta ao redor do qual orbita. Se for assim, podemos dizer que ambos – Terra e Lua – são mais novos do que se pen
sa. Quando a NASA (Agência Espacial Norte-Americana) preparava o módulo que iria pousar pela primeira vez na Lua, equiparam-no com pés providos de grandes pratos, no centro dos quais havia um pino. O propósito de pés tão estranhos – semelhantes às pontas das hastes usadas pelos esquiadores – era manter o módulo lunar estável ao pousar. Os cientistas da NASA acreditavam que havia uma grossa camada de poeira na superfície da Lua, afinal, durante supostos bilhões de anos o satélite estivera recebendo todo tipo de detritos do espaço. E como praticamente não há erosão na atmosfera rarefeita da Lua, a poeira deveria estar lá. A grande surpresa veio quando, em 1969, o módulo Eagle pousou na superfície solar, oscilando levemente. Logo em seguida, o astronauta Neil Armstrong pisou a superfície cinzenta. Seus pés afundaram poucos milímetros. Onde estava espessa camada de poeira? (Poeira espacial interplanetária é continuamente depositada na superfície da Lua numa média de mais de 14.300.000 toneladas por ano. Caso a Lua tivesse realmente os quase cinco bilhões de anos a ela atribuídos, deveria haver lá uma camada de 132 a 297 metros. No entanto, verificou-se que essa camada de poeira vai de 0,5 a 8 centímetros, o que daria uns 7 a 8 mil anos para o nosso satélite natural, aponta o geofísico e astrofísico Dr. Harold S. Slusher.)

Mais uma pérola que os próprios criacionistas evitam usar.

http://www.talkorigins.org/faqs/faq-age-of-earth.html#sne01

Vejamos um resumo do site acima:

O solo lunar é u
ma fina camada (usualmente com uma polegada ou menos) de poeira solta na superfície da Lua.

Entretanto, o solo lunar não é o único material oriundo de material meteórco na superfície da Lua. É oriundo de impactos de micrometeoros. Abaixo há o rególito, que é uma mistura de fragmentos de rocha e pó compactado, com uma média de 5 metros na parte negra da lua e 10 metros nas terras altas lunares.
Além disso as pedras lunares podem ser quebradas por outros processos como impactos de micrometeoros e radiação. Logo, boa parte do pó lunar, até mesmo a porção solta não tem origem meteórica.

Um recente documento criacionista admite que a profundidade do pó lunar concorda com a idade do sistema solar segundo o Abstract de Snelling and Rush (1993) :

"Assim, pare
ce que a quantidade de entulho e pó meteórico no rególito lunar a sobre a superfície de depósito, mesmo levando em conta o bombardeamento intenso de épocas passadas não contradiz a escala de tempo evolucionista de bilhões de anos (embora não a prove). Infelizmente, a tentativa de oposição a tal argumento por parte dos criacionistas falhou devido a argumentos espúrios e por falta de medidas por meio de cálculos. Assim, até que uma nova evidência apareça, os criacionistas não devem se valer da poeira lunar como uma evidência contra a idade antiga da Lua e do Sistema Solar".


O documento de Snelling e Rush também refuta o freqüente mito criacionista sobre a expectativa da fina camada de pó quando da missão da Apollo. Tal missão foi precedida por vários pousos não tripulados - Soviet Luna (seis landers), American Ranger (cinco landers) and Surveyor (sete landers). Obs. "lander" é o veículo espacial desenhado para pousar em outros planetas. Logo, as propriedades do solo lunar eram conhecidas anos antes de o homem pisar o seu solo.
Além disso, mesmo antes dos pousos não tripulados, o documento de Snelling and Rush não apresenta claro consenso na comunidade astronômica sobre a profundidade esperada em relação ao pó lunar. Desse modo, eles teceram o argumento como um álibi de que não havia consenso antes dos pousos de veículos não tripulados.
Portanto a tese do pó lunar não é plausível.



4 O encolhimento do diâmetro solar

Também provê uma evidência à respeito da idade do Sistema Solar que deve ser considerada. Desde 1836, mais de cem observadores diferentes do Observatório Naval dos Estados Unidos e do Observatório Real de Greenwich tiraram medidas visuais diretas que mostram que o diâmetro do Sol está encolhendo a uma média de 1,52m por hora (o que é quase imperceptível, devido a seu tamanho). Os registros de eclipses solares sugerem que esse relativamente rápido encolhimento tenha acontecido pelo menos nos últimos 400 anos. Até onde os pesquisadores conhecem, essa média tem sido constante desde a “formação” do Sol. Utilizando as informações mais conservadoras, parece que o Sol teria o dobro de seu tamanho atual há 100 mil anos. Há 20 milhões de anos, a superfície solar estaria tocando a Terra. Os especialistas concluíram que há “apenas” 1 milhão de anos ou menos o Sol teria sido tão grande que não poderia ter existido vida no planeta; e, portanto, não poderia ter havido evolução biológica alguma. Argumentar que esse encolhimento solar pode ter sofrido variações ao longo dos milênios é negar, uma vez mais, o princípio evolucionista de que “o presente seria a chave do passado”.

Essa é a mais absurda de todas.


Russel Akridge na verdade tomou os dados do artigo de Eddy e Boornazian, de 1979, em que afirmavam ter observado a tal contração de 5 pés por hora, e concluiu que essa taxa deveria ser constante. É curioso que Akridge tenha falado em "observações ao longo de 400 anos" quando no próprio título do artigo de Eddy e Boornazian se lê "Secular Decrease in the Solar Diameter, 1836-1953."?
O período foi de só 90 anos. O fato é que nenhum outro estudo encontrou esse tal "encolhimento do sol". Na verdade, descobriu-se que a metodologia usada por Eddy e Boornazian tinha falhas, e o texto completo do seu estudo jamais foi publicado. Além disso, em 1980, quando o texto de Akridge foi publicado, haviam sim outras medições que não mostravam nenhum encolhimento para o sol, e no entanto ele preferiu não usá-las! Observações subseqüentes também não mostraram o tal encolhimento. Sugiro dar uma lida em:

http://www.talkorigins.org/faqs/faq-solar.html#_Toc430357875

http://www.editthis.info/sapiens/index.php/Encolhimento_do_Sol


Dentro da comunidade cientifica profissional, um estudo preliminar que sugeria um rápido e constante encolhimento do diâmetro do Sol apresentou um enigma para os astrônomos da época. Consequentemente, estudos posteriores foram realizados e a credibilidade dos dados foi reavaliada. O resultado foi de que nenhum tipo de encolhimento secular foi evidenciado, mas um comportamento oscilatório de 80 em 80 anos foi descoberto.

Apesar de todas as medições em contrário e apesar da única fonte de Akridge ter sido desacreditada, suas idéias continuam até hoje, 20 anos depois, sendo divulgadas pelos criacionistas. Estes corrigiram suas conclusões com base nos estudos mais recentes, como a boa ciência faz. Isso somente tem um nome: MÁ FÉ.
Conclusão: a tese de encolhimento permanente do Sol, conforme as taxas apresentadas, não é plausível.

5 O acúmulo de sedimentos marinhos.


Um dos argumentos a favor de uma terra com idade recente repetidos com mais freqüência pelo criacionista Henry Morris centra-se no fluxo de sedimentos dos rios para os oceanos. O raciocínio de Morris é o seguinte: se medirmos a quantidade de alguns minerais, como níquel, sódio, estanho ou magnésio, sendo lançados nas bacias oceânicas pelos rios do mundo cada ano, e depois medirmos a quantidade destes minerais que já foi depositada nos oceanos, podemos presumivelmente calcular quantos anos levaria para acumular estes sedimentos, e conseqüentemente a idade dos oceanos (e presumivelmente da terra). Morris apresenta os dados resultantes numa tabela:



Elemento
Químico
Anos de Acumulação no Oceano
devido a Fluxo dos Rios
Sódio 260.000.000
Magnésio 45.000.000
Silicone 8.000
Potássio 11.000.000
Cobre 50.000
Ouro 560.000
Prata 2.100.000
Mercúrio 42.000
Chumbo 2.000
Estanho 100.000
Níquel 9.000
Urânio 500.000
(Morris, Scientific Creationism, 1974, p. 154)

No parágrafo imediatamente depois dessa tabela, Morris também menciona casualmente que o número para o elemento alumínio é apenas 100 anos (Morris, Scientific Creationism, 1974, p. 154). E qual é a conclusão de Morris? "O mero fato de que o conteúdo de níquel do oceano pode ter-se acumulado a partir de influxo de rios em cerca de 9.000 anos parece estabelecer um limite superior para a idade do oceano." (Morris, Scientific Creationism, 1974, p. 153)

Esta é uma pérola em que o autor se vale de utilização apenas dos dados que lhe convêm.

Mas porquê o níquel? Por que não a prata, que dá uma idade de 2,1 milhões de anos, ou o sódio, que dá uma idade de 260 milhões?
A resposta, é claro, é que Morris já "sabe" quão antiga é a terra -- Deus disse-lhe que a terra tem menos de 10.000 anos de idade.
Por isso ele sente-se livre para selecionar da sua tabela as datas que gosta, e rejeitar as outras que não gosta, sem explicação.
A partir dos dados que Morris apresentou, também poderíamos igualmente concluir (do número relativo ao fluxo do alumínio) que a terra só tem 100 anos de idade, e que a Declaração de Independência, a Guerra de 1812 e a Guerra Civil Americana realmente nunca ocorreram. (Presumivelmente, todas as indicações de que estas coisas aconteceram mesmo são simplesmente parte da "aparência de antigüidade" que os criacionistas alegam que Deus deu ao universo.)
Dada a grande disparidade que resulta do "método de datação" de Morris (que dá "idades" variando entre 260 milhões de anos e apenas 100 anos), não nos deve surpreender que o raciocínio dele esteja errado e que a metodologia que ele está a seguir se desmorone. É verdade que há uma taxa à qual estes vários metais são depositados nos oceanos pelo influxo dos rios.
Mas também há vários processos que removem estes minerais dos oceanos -- um processo importante é a sobreposição dos leitos oceânicos através das placas tectônicas.
Conseqüentemente, os números que Morris cita não representam idades possíveis para o mar -- representam meramente o período médio de tempo que um metal permanece no mar antes de ser removido por métodos físicos ou químicos.
Como seria de esperar, as substâncias mais inertes, como a prata ou o magnésio, permanecem mais tempo, ao passo que elementos altamente radioativos como o alumínio são removidos rapidamente.
Os dados de Morris sobre o influxo de rios são simplesmente irrelevantes para a questão de saber quão antiga é a terra.

http://www.geocities.com/gilson_medufpr/ocean.html

Conclusão: a tese dos sedimentos marinhos é totalmente implausível, devido a má utilização de dados em sua metodologia.



6 Redução na velocidade de rotação da Terra:



Esse até então não apareceu entre o rol de pérolas criacionistas (pelo menos ainda não tomei conhecimento de sua existência).
Porém, antes que apareça, por intermédio de mais um brilhante trabalho científico, é melhor nos precavermos e refutá-lo o quanto antes.



O período de rotação do planeta diminui 2,3 milissegundos/dia por século (Astronomy Brasil, Vol. 2, n 16 - O lado sinistro da gravidade).

Conforme sabemos, nosso planeta tem 4,5 bilhões de anos que corresponde a:

4.500.000.000/100 = 45. 000.000 séculos;
2,3 milissegundos = 2,3/1000;

assim,

45.000.000 X 2,3/1000 = 103.500 segundos

103.500 seg = 103.500 s/(3600 s/h) = 28,75 horas = 1 dia, 4 horas e 45 minutos.

O que representa praticamente nada em 4, 5 bilhões de anos.

Aqui pode-se entender quais os movimentos de rotação relativos ao planeta Terra:

http://www.feiradeciencias.com.br/sala24/24_A35.asp

Conclusão: caso o mito em questão apareça, ele é totalmente implausível.




7 Taxa de crescimento populacional da Terra:



O criacionista clássico, fundamentado na Bíblia, admite que a vida na Terra tenha cerca de 6 a 10 mil anos. Assumindo a origem da população humana com Noé, e admitindo um crescimento médio anual da ordem de 0,5% (hoje ele se situa em torno de 2%) para assimilar guerras, epidemias, pragas, baixo nível de conhecimento e outros fatores que fazem baixar o nível de crescimento populacional, 4.300 anos seriam suficientes para ser atingida a atual população da Terra. Um crescimento médio de 0,35% ao ano, desde Noé até Cristo, permitiria que a população mundial atingisse os supostos 300 milhões de habitantes daquele tempo. Por outro lado, se a espécie humana tivesse um milhão de anos de existência, como dizem, mesmo a pequena taxa de crescimento médio de 0,1% ao ano faria surgir um número fantasticamente grande de habitantes, os quais nem todo o Sistema Solar poderia conter!
Extraído de:

http://michelsonentrevistas.blogspot.com/2007/07/em-busca-das-digitais-do-criador.html

Esta argumentação assume um crescimento para a população do planeta em 0,5% constante ao longo dos anos, pelo prazo de 4300 anos.

Há que se levar em conta que no passado tal taxa certamente estaria bem abaixo dos 2% atuais, uma vez que a população de estados antigos era extremamente sensível a qualquer evento (guerras, pragas, fome, alterações climáticas, etc).
Sendo assim, houve períodos em que a população chegou a decrescer. Estudos demográficos passaram a ser feitos, com propriedade, nos últimos 500 anos.

http://www.monergismo.com/textos/criacao/como_tanta_gente_pouco_tempo_sarfati.htm

(Está em um site cuja temática é religião - o acima exposto)

http://pessoal.educacional.com.br/up/4770001/1306260/t131.asp

http://www.coladaweb.com/geografia/demografia.htm

Dados disponíveis sobre crescimento vegetativo (CV) somente passaram, a existir após 1650 (fonte Létat du monde 2000. paris La decouverte, 1999 CHALIAND Gerard e RAGEU Jean Pierre Atlas Politique du XX siecle Paris Seuil 1988).

No segundo grau aprende-se que o boom da população teve inicio após a revolução industrial (entre 1750 a 1850), com taxas de CV entre 0,16 e 0,60%. (Recomendo a Leitura de Geografia Geral e do Brasil de Marcos de Amorim Coelho e Lygia Terra. Ed. Moderna e História Geral de Luiz Koshiba. ed Atual de modo a esclarecer o tema sobre demografia e história da revolução industrial).
A vida, a medicina e as tecnologias melhoraram. Assim passamos a viver mais. É sabido que durante a pré história humanos duravam entre 19 e 23 anos, na idade média entre 25 e 35 anos, na idade moderna entre 40 e 50 anos e atualmente entre 70 e 85 anos (valores médios).

Sendo assim, a taxa ora apresentada não é constante e nem tão pouco pessoas se acumulam no planeta (elas morrem).
O cálculo aqui parece fazer uma acumulação conforme a fórmula V = v (1 + t) ^n, o que não reflete a realidade de uma população. Tal cálculo serve apenas para capitalização financeira onde valores se acumulam, o que não ocorre com pessoas.

O trabalho abaixo demonstra como se fazem os cálculos demográficos.

http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/outraspub/demoedu/parte1cap1p13a44.pdf

Teorias a respeito do crescimento populacional:



Teoria de Malthus

Em 1798, Malthus publicou uma teoria demográfica que apresenta basicamente dois postulados:

- A população, se não ocorrerem guerras, epidemias, desastres naturais, tenderia a duplicar a cada 25 anos. Ela cresceria, portanto, em progressão geométrica.

- O crescimento da produção de alimentos ocorreria apenas em progressão aritmética e possuiria em limite de produção, por depender de um fator fixo: o próprio limite territorial dos continentes.

Malthus concluiu que o ritmo de crescimento populacional seria mais acelerado que o ritmo de crescimento da produção alimentar. Previa ainda que um dia estariam esgotadas as possibilidades de aumento da área cultivada, pois todos os continentes estariam plenamente ocupados pela agropecuária e a população do planeta continuaria crescendo. A conseqüência seria a fome, a falta de alimentos para abastecer as necessidades de consumo do planeta.

Hoje, sabe-se que suas previsões não se concretizaram: a população do planeta não duplicou a cada 25 anos e a produção de alimentos cresceu no mesmo ritmo do desenvolvimento tecnológico. Os erros dessa previsão estão ligados principalmente as limitações da época para a coleta de dados, já que Malthus tirou suas conclusões a partir da observação do comportamento demográfico em uma região limitada. Não previu os efeitos decorrentes da urbanização na evolução demográfica e do progresso tecnológico aplicado a agricultura.

A fome que castiga mais da metade da população mundial é resultado da má distribuição, e não da carência na produção de alimentos. A fome existe porque as pessoas não possuem o dinheiro necessário para suprir suas necessidades básicas, fato facilmente do enorme volume de alimentos exportados, as prateleiras dos supermercados estão sempre lotadas e a panela de muitas pessoas não tem nada para comer.

Teoria de neomalthusiana

Foi realizada uma conferencia de paz em 1945, em São Francisco, que deu origem a Organização das nações Unidas. Foram discutidas estratégias de desenvolvimento, visando evitar a eclosão se um novo conflito militar em escala mundial.

Mas havia um ponto de consenso entre os participantes: a paz depende da harmonia entre os povos e, portanto, da diminuição das desigualdades econômicas no planeta.

Passaram a propor amplas reformas nas relações econômicas, é óbvio, diminuíram as vantagens comerciais e, portanto, o fluxo de capitais e a evasão de divisas dos países subdesenvolvidos em direção ao caixa dos países desenvolvidos.

Foi criada a teoria demográfica neomalthusiana, ela é defendida pelos países desenvolvidos e pelas elites dos países subdesenvolvidos, para se esquivarem das questões econômicas. Segundo essa teoria, uma população jovem numerosa, necessita de grandes investimentos sociais em educação e saúde. Com isso, diminuem os investimentos produtivos nos setores agrícolas e industriais, o que impede o pleno desenvolvimento das atividades econômicas e, portanto, da melhoria das condições de vida da população.

Segundo os neomalthusianos, quanto maior o numero de habitantes de um país, menor a renda per capita e a disponibilidade de capital a ser distribuído pelos agentes econômicos.

Ela passa, então, a propor programas de controle de natalidade nos países subdesenvolvidos e a disseminação da utilização de métodos anticoncepcionais. É uma tentativa de encobertar os efeitos devastadores dos baixos salários e das péssimas condições de vida que vigoram nos países subdesenvolvidos a partir de uma argumentação demográfica.



Teoria reformista

Nessa teoria uma população jovem numerosa, em virtude de elevadas taxas de natalidade, não é causa, mas conseqüência do subdesenvolvimento. Em países desenvolvidos, onde o padrão de vida da população é elevado, o controle da natalidade ocorreu paralelamente a melhoria da qualidade de vida da população e espontaneamente, de uma geração para outra.

É necessário o enfrentamento, em primeiro lugar, das questões sociais e econômicas para que a dinâmica demográfica entre em equilíbrio.

Para os defensores dessa corrente, a tendência de controle espontâneo da natalidade é facilmente verificável ao se comparar a taxa de natalidade entre as famílias brasileiras de classe baixa e as de classe média. Á medida que as famílias obtém condições dignas de vida, tendem a diminuir o números de filhos para não comprometer o acesso de seus dependentes aos sistemas de educação e saúde.

Essa teoria é mais realista, por analisar os problemas econômicos, sociais e demográficos de forma objetiva, partindo de situações reais do dia-a-dia das pessoas.



O crescimento vegetativo ou natural
Atualmente, o que se verifica é uma queda global dos índices de natalidade e mortalidade, apesar de estar aumentando o numero de pessoas que vivem na miséria e passam fome. Essa queda está relacionada principalmente ao êxodo rural, e suas conseqüências no comportamento demográfico.
- Maior custo para criar os filhos: é muito mais caro e dificil criar filhos na cidade, pois é necessário adquirir maior volume de alimentos básicos, que não são cultivados pela família. As necessidades gerais de consumo com vestuário, lazer, medicamentos, transportes, energia, saneamento e comunicação aumentam substancialmente.
- Trabalho feminino extradomiciliar: no meio urbano, aumentam sensivelmente o percentual de mulheres que trabalham fora de casa e desenvolvem carreira profissional.
- Aborto: sabe-se, porém, que a urbanização elevou bastante a sua ocorrência, contribuindo para uma queda da natalidade.
- Acesso a tratamento médico, saneamento básico e programa de vacinação: esses fatores justificam um fenômeno: nas cidades, a expectativa de vida é maior que no campo. Mas isso não significa que a população esteja vivendo melhor, vive apenas mais.
Em alguns países desenvolvidos, as alterações comportamentais criadas pela urbanização e a melhoria do padrão de vida causaram uma queda tão acentuada dos índices de natalidade que, em alguns momentos, o índice de crescimento vegetativo chegou a ser negativo.
Nos países subdesenvolvidos, de forma geral, embora as taxas de natalidade e mortalidade venham declinando, a de crescimento vegetativo continua elevado de 1,7% ao ano.


O movimento populacional
O deslocamento de pessoas pelo planeta se deve principalmente por causas econômicas. Nas áreas de repulsão populacional, observa-se crescente desemprego, subemprego e baixos salários, enquanto nas áreas de atração populacional são oferecidas melhores perspectivas de emprego e salário.
Há tipos diferenciados de movimentos populacionais: espontâneos, quando o movimento, étnica ou política e, por fim, controlados, quando o estado controla numérica ou ideologicamente a entrada de imigrantes.
Qualquer deslocamento de pessoas traz conseqüências demográficas e culturais. Tem crescido, a cada ano, os conflitos entre povos que passam a compartilhar o mesmo espaço nacional em seu cotidiano. Em todo o planeta, crescem os movimentos neonazistas e separatistas, que estão assumindo dimensões criticas na Europa, tendo em conseqüência do grande fluxo de movimento populacional.


A transição demográfica


Em oposição às teorias descritas anteriormente, para as quais o mundo vive um processo de explosão demográfica, tem sido cada vez mais aceita a teoria da transição demográfica. Segundo os defensores dessa teoria, formulada em 1929, o crescimento populacional tende a se equilibrar no mundo, com a diminuição das taxas de natalidade e mortalidade.

Esse processo se daria em três etapas distintas, conforme o gráfico:
- Primeira fase ou Pré-industrial: caracterizada pelo equilíbrio demográfico e por baixos índices de crescimento vegetativo, apoiados em elevadas taxas de natalidade e de mortalidade. Nascem muitos, mas morrem muitos. A elevada mortalidade era decorrente principalmente das precárias condições higiênico-sanitárias, das epidemias, das guerras, fome, etc.

- Segunda fase ou transicional: que apresenta as seguintes modificações: num primeiro momento, a redução da mortalidade com o fim das epidemias e os avanços médicos (decorrentes da Revolução Industrial), porém a natalidade ainda se mantém elevada, ocasionando um grande crescimento populacional; num segundo momento, a natalidade começa a cair, reduzindo-se então o crescimento populacional.



- Terceira fase ou Evoluída: etapa em que a transição demográfica se completa, com a retomada do equilíbrio demográfico, agora apoiado em baixas taxas de natalidade e de mortalidade. Atualmente estão nessa fase os países desenvolvidos, a maior parte dos quais apresenta taxas de crescimento inferiores a 1% e até negativas. Países cujo crescimento vegetativo se encontra estagnado.






Atualmente, conforme demontra o gráfico, o CV vem apresentando sinais de queda no planeta, fruto de uma vida melhor e da carestia dos meios para se criarem filhos, além dão fato de que a mulher teve de ir para o mercado de trabalho onde as economias estão se desenvolvendo.

A análise criacionista demográfica é equivocada e, em nada, se coaduna aos estudos referentes à demografia populacional, conforme o acima exposto. Tão pouco possui base histórica para afirmar com tanta veemência sobre uma população que não caberia no sistema solar. Em suma, a analise é inconsistente.



8 O inexplicável para o criacionismo


É bem verdade que existem ainda algumas coisas difíceis de se explicar. Por exemplo: os grandes canyons. Dizem que seriam necessários milhões de anos para que se formassem. Dinossauros: os métodos de datação podem estar errados quanto à idade dos fósseis, mas como explicar sua extinção súbita? Muitas dessas dúvidas, no entanto, podem ser solucionadas quando consideramos um evento que alguns têm por lenda: o Dilúvio de Gênesis. Mas esso é outro assunto.


Não são difíceis de se explicar caso os temas forem abordados de acordo com as teorias científicas de que dispomos.

O Grand Canyon é um acidente geográfico (desfiladeiro) dos Estados Unidos da América. É uma depressão que o rio Colorado moldou durante milhares de anos à medida que suas águas percorriam o leito, aprofundando-o ao longo de 446 km. Chega a medir entre 6 e 29 km de largura e atinge profundidades de 1600 metros. Cerca de 2 bilhões de anos da história geológica da Terra foram expostos pelo rio, à medida que este e os seus afluentes vão expondo camada após camada de sedimentos.
O dilúvio não oferece respostas satisfatórias à diversidade das espécies conforme o lugar que vivem, nem tão pouco de onde veio e para onde foi toda a água que caiu sobre a Terra. Também, não há evidências de sua marca no planeta, exceto em alguns locais onde é sabido que, durante as eras glaciais, ficaram cobertos por gelo. São meras marcas de derretimento de geleiras.

Em relação a queão dos fósseis vide o texto abaixo:



Um pouco sobre fósseis




Os fósseis são restos de seres que habitavam a Terra em tempos geológicos remotos, desde há mais de 2 bilhões de anos.
A preservação de vestígios e restos animais e vegetais ocorre sob condições muito especiais, e o processo de formação de fósseis é chamado de fossilização, onde os restos orgânicos são destruídos e transformados, sendo muitas vezes preservada a estrutura das células do antigo vivente.

A composição original dos tecidos, no entanto, foi substituída por substâncias minerais como sílica, carbonatos, fosfatos, pirita, opala e outros, o que permitiu sua preservação nas rochas antes da destruição pela decomposição.
Para que um organismo deixe registro de sua passagem pelo Planeta Terra, os seus restos devem permanecer em ambientes em que não existam correntezas fortes no fundo de lagos, rios e mares e nem ataques de outros organismos que se alimentem de seus restos mortais.

Tampouco o ambiente pode conter oxigênio, que provoca a rápida decomposição da matéria orgânica antes que ela possa vir a ser “mineralizada”.
Uma vez que o organismo morto é paulatinamente enterrado por acumulação continuada de lama e outros sedimentos, as condições podem se tornar propícias para a lenta substituição por substâncias minerais de suas partes mais resistentes como: ossos, conchas, escamas, carapaças, dentes, troncos (madeira petrificada), sementes, etc.

Os animais e vegetais podem se preservar como fósseis de diferentes maneiras. Um organismo se fossiliza como resultado de um conjunto de processos que ocorrem a partir de sua morte e seu sepultamento. Os animais que possuem partes duras, com um esqueleto mineralizado (concha dos moluscos, por exemplo), e as partes mais resistentes dos vegetais (troncos e galhos) têm maiores chances de se preservar. Animais que não apresentam esqueleto, como os invertebrados sem concha, e as partes mais delicadas dos vegetais (flores e frutos) têm um potencial muito baixo de fossilização.

Dependendo das condições ambientais, o organismo, após sua morte, poderá se preservar de diferentes maneiras: através da moldagem (impressão, por contato, de seu corpo em sedimentos, como areias e argilas, que se consolidam no decorrer do tempo geológico e se transformam em rocha, mantendo a forma original do organismo), incrustação mineral, substituição das partes moles por substâncias minerais, mumificação ou congelamento. Pode também ocorrer a preservação dos registros da atividade biológica dos organismos quando vivos. São os icnofósseis, que incluem as pegadas e as fezes fossilizadas (coprólitos).

Para a datação dos fósseis é usada sua posição dentro da sucessão de estratos rochosos que compõem a crosta terrestre. Trata-se de um tipo de datação conhecida como datação relativa. Os estratos mais inferiores da crosta terrestre são os mais antigos, assim como todo o conteúdo fossilífero neles existente.

Havendo minerais radioativos nas rochas desses estratos, existe a possibilidade de uma datação radiométrica ou absoluta – baseada na quantidade de átomos radioativos ainda presente nesses minerais e em sua meia-vida (tempo necessário para que o número inicial de átomos radioativos se reduza à metade) –, o que possibilita então a definição de idades quantificadas em milhares ou, mais comumente, em milhões de anos.

http://cienciahoje.uol.com.br/49059




Conclusão:


A argumentação criacionista não apresenta bases que a sustentem. Suas teorias apresentam erros e inconsistência nos dados, além de se valer de uma retórica falaciosa e sofismática.

O criacionismo, da forma em que este termo é utilizado nos dias de hoje, principalmente na imprensa, é um fenômeno tipicamente americano.
Refere-se principalmente ao
protestantismo norte-americano, de origem sulista e fundamentalista.

Os fundamentalistas bíblicos que querem incluir nas escolas a idéia de que os relatos bíblicos são uma descrição literal, científica, de como o mundo foi criado, e não como o vêem os
católicos e outras igrejas, como uma alegoria. Os fundamentalistas insistem em que esta interpretação é errada, e que o mundo realmente foi criado por volta do ano 4000 AC, como se deduz do relato bíblico, somando-se as idades dos patriarcas.

Já o Design Inteligente (ou projeto inteligente
) é o nome dado a um estudo que procura provar a existência de uma inteligência criadora na origem do universo e da vida.
Segundo ela, o projeto somente poderia surgir graças a um projetista consciente. Então, segundo o seu argumento científico, também conhecido como argumento do design, a suposta presença de objetividade criacionista (projeto) no mundo provaria a existência de um projetista (criador), normalmente considerado Deus (apesar de que os defensores nem sempre sejam religiosos).

Nas décadas passadas houve propostas de uma alternativa por parte de estudiosos de filosofia e teóricos neo-Darwinianos da evolução, onde é possível falar de projeto sem ser preciso sempre falar de um projetista consciente.

Tradicionalmente a comunidade científica internacional ignora esta teoria, considerando-a um caso de pseudo-ciência, fato que por sua vez, os defensores da Teoria do Design Inteligente, encaram como preconceito ou mesmo boicote da parte de seus oponentes.

Em suma, é patente que por trás da argumentação criacionista e de seus cientistas se esconde o proselitismo religioso, em especial o cristão, cujo intuito é fazer com que nas escolas seja ensinada essa teoria por meio de seu correlato
"o design inteligente" e assim disseminar sua crença e angariar fiéis ao seu culto.

Basta um breve exame a respeito do caso Rosinha e Garotinho no Rio de Janeiro. Trata-se de uma violação à liberdade de pensamento em termos religiosos, pois nem todas as pessoas que frequentam uma sala de aula são cristãs.

A fim de rerspeitar os direitos de cada um, necessário que se chamem pessoas de diversos segmentos religiosos a fim de ministrarem a aula sobre o tema em questão. Isso sem dúvida seria um grande inconveniente para as escolas.

Vejam a entrevista com o deputado Carlos Minc.

http://www.comciencia.br/200407/entrevistas/entrevista1.htm

Agora comparem com a do
ex-deputado Carlos Dias (PP-RJ) é autor da lei 3459 que instituiu o ensino religioso confessional nas escolas públicas do estado do Rio de Janeiro:

http://comciencia.br/200407/entrevistas/entrevista2.htm

Atenham-se a este ponto:

ComCiência - Mas por que o senhor diz que o evolucionismo darwinista está superado?
Dias - Porque ninguém acredita hoje que o homem evoluiu do macaco. Essa é uma tese mais do que surrealista. Nós temos uma dimensão como criaturas de Deus e é assim que procedemos não só do ponto de vista da fé, mas da própria certeza humana, que não provou efetivamente essa origem de outra forma. Quer dizer, nós temos toda uma condição de fé e também, sem dúvida nenhuma, científica que não nos faz seguir qualquer parâmetro desses. É até ridículo ficar debatendo isso. (destaque nosso).
Acredito que o senhor não tem a mínima noção do que é biologia, genética, citologia, etc dirá do que é teoria da evolução e o que vem a ser um ancestral comum entre as espécies. Talvez fósseis sejam coisa do diabo para enganar as pessoas (RSSSSS).

Ex deputado: Recomendo ao senhor a leitura de "Origem das Espécies de Charles Darwin" (não se preocupe, existe a versão em português). 


 


Seria bom também uma reciclagem em biologia do ensino médio (que tal um curso supletivo?).





Talvez aprenda alguma coisa e não saia mais por ai falando absurdos.
É o senhor que vive em um mundo
surrealista e obscurecido pelas crenças e mitos (primeira fase do homem).



Acorde para a realidade e vá estudar um pouco em vez de atrapalhar aqueles que pretendem fazê-lo.
 















 Sua lei é absurda e viola direitos humanos sim; principalmente aqueles que se referem à liberdade de consciência e de crença, uma vez que é nítido o proselitismo cristão, segundo consta em sua entrevista.

Só uma breve Ex Deputado: O homem não veio do macaco; o homem é um macaco, uma vez que todos os primatas possuem um ancestral em comum.
Dê uma olhadinha em genética, anatomia e fisiologia comparadas. Talvez consiga compreender alguma coisa a fim de elucidar as dúvidas que pairam em sua mente. Caso fique complicado, recomendo a leitura de Biologia de Cesar e Sezar.


Recomento ao senhor também a leitura do artigo 5 da Constituição de República Federativa do Brasil (aquela publicada em 1988), principalmente o inciso VI.




Eis o boletim de Marcelo Manzatti:

http://www.overmundo.com.br/blogs/ensino-religioso-no-rio-aumenta-discriminacao-nas-escolas


Eis o artigo de Amtonio Carlos Cândia:

http://www.str.com.br/Libertas/educacao2.htm


Vejam o que diz Sala de Imprensa

http://www.sinpro-rio.org.br/Imprensa/2003/Publicacoes/artigo_ensinoreligiao.html

Ex Deputado, preocupe-se em propiciar aos alunos do ensino público uma escola melhor com professores mais capacitados, de modo a que tenham oportunidades de concorrer em vestibulares de universidades de primeira linha.

O quadro das escolas públicas é lamentável; faltam professores, materiais, laboratórios e salas de aula. Os educadores são mal remunerados e despreparados. As bibliotecas estão em péssimo estado e desatualizadas. A escola é o local onde se prepara os alunos para seguirem uma carreira no futuro e não para ficarem debatendo crenças religiosas.





Faça leis que tire os menores das ruas e lhes dêem oportunidades para serem alguém na vida, de se tornarem profissionais em alguma área. Há muitas coisas mais importantes para se pensar, além de sustentar credos religiosos, angariar fiéis para doutrinas e se manter o debate evolução X criação.



Acorde Ex Deputado!!!! Saia do mundo surreal e venha para a realidade de seu País!!!! Não seja mais um propagador da ignorância!!!


Dessa forma, a meu ver, é mais salutar que o criacionismo e seu correlato, o DI, mantenham-se afastados do ensino secular e se restrinjam às aulas de religião, cada qual em sua respectiva igreja ou templo.


Não se trata de preconceito tratar o criacionismo e suas vertentes como pseudo-ciência, uma vez que suas teorias apelam para o emocional e o para sobrenatural, além do fato de que encerram qualquer debate científico, devido à postura dogmática que assume.

Em ciência as premissas são adaptadas ao problema e, à medida que se fazem novas descobertas, tais premissas ou são corroboradas ou refutadas.

Ao contrário no criacionismo, o problema se adapta a premissa de que há um "criador inteligente", ou seja a premissa é irrefutável e se o problema não se adapta a ela simplesmente é descartado.

Para se expandir uma crença, não há necessidade de se invadir as salas de aula com teorias que em nada contribuem para o avanço científico. Basta trazer uma mensagem atraente àquele que está disposto a ouvir.