sábado, 25 de outubro de 2008

Nó criacionista desatado As confusões com o arqueopterix

Mais uma vez, fazemos um retorno triunfal à má compreensão ou má fé dos círculos criacionistas quanto a explicar a relação entre aves e répteis.

Desta vez, a confusão paira sobre o fóssil do arqueopterix, um ave pré histórica que viveu no Jurássico superior, sendo a primeira ave extinta a ser encontrada.

Esta ave possuia cerca de 1 metro de comprimento e 4 quilogramas, sendo seu esqueleto mais pesado que o das aves normais, o que provavelmente, lhe limitava o vôo.

Excetuadas as penas, o arqueopterix se parece bastante com o compossognato e com outros pequenos dinossauros do tipo celurossauro. A maior diferença é que as patas dianteiras do arqueopterix foram modificadas para acomodar as penas. Os três dedos das patas dianteiras do arqueopterix tinham garras e suas mandíbulas abrigavam presas afiadas.


Além do Archoeopteryx, também tinham dentes duas outras espécies plumadas, batizadas pelos cientistas com os nomes de Ichthyornis e Hesperornis, que em grego significam "ave dos peixes" e "ave da noite".








O festival de abobrinhas é oriundo deste site (aqui).



Depois que Charles Darwin publicou seu livro A Origem das Espécies, em 1859, os evolucionistas iniciaram a busca de espécies intermediárias de “transição” para comprovar suas alegações. O primeiro fóssil de Archaeopteryx foi descoberto na formação calcária de Solnhofen, na Bavária, Alemanha, em 1861.

Os darwinistas o consideraram como a “salvação” que deveria dar apoio a sua teoria. O esqueleto do Archaeopteryx (cujo significado é “asa antiga”) é um fóssil incrivelmente raro, de grande valor. A importância desse fóssil para os darwinistas tem a ver com as suas características que, como eles alegam, pertencem tanto a aves quanto a répteis.

Com grande empolgação, eles apresentaram o fóssil como um “elo perdido”, intermediário entre répteis e aves. O Archaeopteryx foi honrado com um lugar de destaque em muitas exibições em museus e também em livros-texto como a “prova” definitiva a favor da evolução.


Entretanto, as várias críticas feitas com relação ao fóssil e às inconsistências que foram surgindo com um exame mais acurado dele permaneceram ignoradas.

O Archaeopteryx tinha garras com penas, nas asas, dentes na mandíbula e uma cauda óssea semelhante à dos de répteis – essas características levaram os darwinistas a interpretar o bicho como prova da teoria da evolução.

Entretanto, os últimos exames feitos dos fósseis de Archaeopteryx mostraram que essa criatura definitivamente não era uma forma intermediária, mas uma espécie extinta de ave, com várias características que a tornavam distinta das aves modernas.

Os cientistas hoje concordam que o Archaeopteryx possuía esqueleto, estrutura de penas e músculos de vôo idênticos aos das aves atuais, e era capaz de voar perfeitamente. Além disso, o exame científico comprovou que com a sua fúrcula (osso bifurcado em frente ao esterno no peito das aves) e a estrutura de penas assimétricas, o Archaeopteryx era uma ave voadora plenamente desenvolvida.

Resumindo, o Archaeopteryx não poderia ser classificado como uma forma intermediária, com base em algumas poucas características singulares. Particularmente, o sétimo fóssil de Archaeopteryx, que foi escavado em 1992, confirmou isso, e demoliu completamente as alegações evolucionistas baseadas em qualquer “semelhança” com os répteis.

Colin Patterson, um cientista evolucionista, afirma que as alegações feitas a favor do Archaeopteryx estão longe de ser científicas: “Seria o Archaeopteryx ancestral de todas as aves? Talvez sim, talvez não: não existe uma maneira de responder essa pergunta. É bastante fácil construir histórias a respeito de como uma forma dá origem a outra, e descobrir razões pelas quais os estágios deveriam ser favorecidos pela seleção natural. Porém, tais estórias não fazem parte da ciência, pois não existe maneira de submetê-las a testes.”

O texto já começa dizendo besteiras:
Cientistas não contam historinhas como fazem religiosos. As histórias que cientistas contam são pautadas em evidências, logo são testáveis, como veremos ao longo da desmistificação das besteiras criacionistas. Aliás o termo criacionista vem a calhar pois são criadores de bobagens conforme as que analisaremos abaixo.


Por que o Archaeopteryx não é uma forma intermediária
O Archaeopteryx realmente possui várias características que o diferem das aves modernas. Não obstante, suas características mostram também que ele era capaz de voar, ou seja, ele era uma ave verdadeira.

O mero fato de que o Archaeopteryx possuía várias características singulares não demonstra que fosse uma espécie de forma intermediária. Veja algumas provas de que ele não é um intermediário meio-dinossauro, meio-ave, mas sim meramente uma espécie extinta de ave:
Até hoje se discute se o arqueopterix é uma ave, um dinossauro, um intermediário entre ambos ou uma espécie única. Todavia as evidências apontam para que ele se trate de uma ave.

Outro problema nessa discussão sempre foi a falta de fósseis de transição. Não se encontrou ainda um fóssil de animal meio ave meio réptil. Entretanto, a natureza forneceu muitas evidências que mostram a relação de parentesco entre essas classes tão distintas.

1. A fúrcula do Archaeopteryx e a descoberta posterior do seu esterno


Os dinossauros não possuem fúrcula, embora o Archaeopteryx, como todas as aves, possua uma fúrcula. O anatomista David Menton refere-se à fúrcula do Archaeopteryx nestes termos:

O Archaeopteryx tem uma fúrcula robusta. Alguns fascinantes estudos recentes utilizando raios-X, mostrando pássaros em movimento quando em vôo, mostram como a fúrcula tem de ser flexível para suportar as forças incríveis necessárias para o bater de asas no vôo. Pode-se ver, em tempo real, a fúrcula fletindo-se em cada bater de asas.(vi)

Até a década de 1990, o fato de que faltava o esterno ao Archaeopteryx era apresentado como a mais importante evidência de que ele não podia voar (O esterno é encontrado na parte da frente da caixa torácica, e a ele são ligados os músculos necessários para o vôo. Este osso é presente em todas as aves atuais que voam ou que não voam – e até mesmo em morcegos!).

Entretanto, o sétimo fóssil de Archaeopteryx, descoberto em 1992, mostrou que essa afirmativa era incorreta, e que aquele fóssil continha realmente o esterno, que os evolucionistas de há muito imaginavam não existir. Esta descoberta destruiu completamente o fundamento mais básico da alegação de que o Archaeopteryx era uma meia-ave, que não voava.

Errado!!!! A possível ligação entre os dinossauros e as aves foi proposta, pela primeira vez, pelo naturalista Thomas Henry Huxley, em meados do século XIX.

Na década de 70, John Ostrom, da Universidade de Yale, realizou uma comparação anatómica meticulosa do Archaeopteryx (considerada a primeira ave no registo fóssil) com vários dinossauros, concluindo que este era muito parecido com um terópode (dinossauro carnívoro e bípede) conhecido por Deinonychus.
Ostrom deu particular atenção à fúrcula, um pequeno osso do punho, partilhado pelos dois fósseis, que é necessário para bater as asas.
A mais importante semelhança entre aves e dinossauros é a fúrcula, pequeno osso do punho, existente nos dois fósseis, e que é necessário para bater as asas.

Ultimamente, vários dinossauros semelhantes às aves foram descobertos, como o Velociraptor e o Oviraptor. As semelhanças foram ficando cada vez mais evidentes, entre elas os ossos e as patas com três dedos virados para a frente.

Entre as características que ligam dinossauros terópodes a pássaros são um furcula, ossos enchidos por ar e, em alguns casos como o Velociraptor Mongoliensis a presença de penas.
Durante a década de 90, na China, foram achados fósseis que praticamente sacramentaram a ligação ave-dinossauro.
Esses fósseis estavam tão bem preservados que conseguiu-se ver as asas com penas impressas nas rochas.Algumas dessas espécies descobertas na China:


- Archaeoraptor liaoningensis: era considerado o "elo perdido". mas se trata de uma fraude forjada por traficantes de fósseis. Leia mais aqui e aqui.











- Sinornithosaurus millenii: Tinha braços compridos, e possuía muitas penas e os ossos do peito e ombros semelhantes aos das aves;











- Beipiaosaurus inexpectus: Com pescoço e garras compridas, foi até agora o maior dinossauro com penas já encontrado. Tinha penas duras e curtas. Não voava, mas devia usar as penas para se aquecer ao sol (provando que as penas não tiveram em todos os estágios da evolução a função de voar);









- Protarchaeopteryx robusta: Tinha penas muito simétricas, o que indica que talvez não fosse capaz de voar;










- Caudipteryx zoui: Rápido corredor veloz, com penas primitivas, ainda insuficientes para o vôo;









O interessante é que estes fósseis, além de praticamente ratificarem a teoria da ligação entre aves e dinossauros, vieram demonstrar que durante o processo de evolução, as penas tiveram funções diferentes inicialmente.

Deviam servir como isolantes de calor ou para simples exibição, para fins de acasalamento.

Com o decorrer do tempo, após séries de adaptações, as espécies foram apresentando asas maiores. Desse modo, as asas puderam adquirir a função de vôo.

Essas descobertas reforçam outra hipótese: de que a presença de penas deveria ser uma característica comum entre os dinossauros terópodes, até mesmo em relação ao Tyrannosaurus rex. Com isso podemos dizer que os dinossauros não foram extintos. Apenas evoluíram para as aves.

Logo, as alegações acima estão desclassificadas como algo que induza a qualquer afirmação pautada em estudos consistentes. Mais estudos aqui.

2. A estrutura das penas do Archaeopteryx :

Uma das mais convincentes evidências de que o Archaeopteryx era uma verdadeira ave voadora é a estrutura de suas penas. A sua forma assimétrica, idêntica àquela das aves modernas, revelavam que o Archaeopteryx era perfeitamente capaz de voar. Como afirmou o paleontólogo Carl O. Dunbar.

Por causa de suas penas, [o Archaeopteryx deve ser] classificado distintamente como ave.(vii)
Alan Feduccia destaca também a estrutura assimétrica nas penas das criaturas ao afirmar que o Archaeopteryx era uma ave capaz de voar:

O significado das características assimétricas é que elas indicam a capacidade de vôo; aves que não voam, como o avestruz e a ema, têm asas [com penas] simétricas.(viii)

A forma e as proporções gerais das asas do Archaeopteryx são idênticas às das aves modernas.

O fato de que a estrutura da asa do Archaeopteryx se manteve até os dias de hoje, desde presumivelmente 150 milhões de anos atrás (desde o período Jurássico) indica que as suas asas foram criadas para o vôo.

Quem disser que o Archaeopteryx não era capaz de voar, não pode explicar o porquê daquela estrutura assimétrica.(ix)

Certo, porém não apresenta consistência em negar a origem reptiliana das aves.

As penas evoluíram de escamas encontradas em répteis e dinossauros. As aves têm vários tipos de penas, cada uma com sua estrutura especializada dependendo de sua função.

Os ornitólogos distinguem cinco tipos de penas: de contorno (que recobrem o corpo e também são penas de vôo), semiplumas, plúmulas de vários tipos (relacionadas ao isolamento térmico), cerdas e filoplumas (com função sensorial).

As aves dependem destas penas especializadas para propósitos cruciais. Sua habilidade de voar, em particular, depende das penas de contorno e de vôo.

As penas de contorno são encontradas na superfície do corpo e ajudam a fazer com que a ave fique aerodinâmica e plana, e reduz a turbulência. As penas grandes de vôo nas asas e cauda atuam como um leme no vôo, dando controle aerodinâmico.

As penas de vôo dividem-se em dois grupos principais, as remiges (penas das asas) e as rectrizes (penas da cauda).

A principal diferença entre ambas está na sua simetria. No caso das remiges, o bordo posterior é bastante mais largo, o que lhes confere capacidade de sustentação.

Quanto às rectrizes, essa assimetria é menos acentuada, uma vez que estão ligadas à orientação e “navegação” em vôo.

Em 1998, paleontólogos que trabalhavam na Província de Liaoning, no Nordeste da China, fizeram duas descobertas incríveis - e derrubaram por terra as dúvidas sobre o parentesco entre as aves e os dinossauros. As evidências vieram de dois fósseis extraordinariamente bem preservados: o do Caudipterix e o do Protoarchaeopterix.

Ambos possuíam penas, mas não eram capazes de voar - lembre-se que aves como o avestruz também não voam. Esses fósseis possuíam dois tipos de penas: plúmulas e penas com vexilos, que são as penas de contorno. Isso apenas veio confirmar as teses de Huxley.

As penas de vôo do Archaeopteryx estão bem preservadas, e são virtualmente indistinguíveis das penas de aves modernas. Possuem o ráquis central e as barbas laterais que encontramos em qualquer ave canora atual.

As penas também são assimétricas e mais largas na borda de saída do que na frontal -- uma adaptação mostrada pelas aves voadoras mas não em aves que não voam como os pingüins ou avestruzes.



Isso indica que o Archaeopteryx provavelmente era capaz de voar (embora os fósseis careçam de um grande esterno com quilha [ou carena], que todas as modernas aves utilizam para inserir seus potentes músculos de vôo, sendo os pontos de inserção muito menores do que nas aves modernas -- desse modo é possível que o Archaeopteryx conseguisse apenas planar não sendo capaz de imprimir energia a seu vôo). Veja aqui:


As grandes penas de contorno é a única classe de penas encontrada nos fósseis do Archaeopteryx -- não foram encontradas as felpudas penas menores, embora estas se encontrem em todas as aves modernas.


Todavia, entre as características de dinossauro que o Archaeopteryx exibe estão:


- articulação côncava simples nas vértebras cervicais, no lugar da articulação alongada em forma de sela encontrada nas aves;

- vértebras da região torácica livres e móveis, no lugar das fusionadas nas aves;

- presença de gastralia, ou costelas abdominais, que são encontradas em répteis e terópodos porém não em aves;

- uma caixa torácica sem os processos uncinados e que não se articula com o esterno, ao invés das articulações semelhantes a escoras entre os uncinados e o esterno encontradas em todas as aves;

-um sacro constituído de apenas 6 vértebras, no lugar das 11 a 23 encontradas nas aves (de acordo com o gênero);

-articulações móveis nos ossos do cotovelo, punho e dedos, no lugar de articulações fusionadas que encontramos nas aves;

- um encaixe do ombro voltado para baixo como nos terópodos, no lugar de voltado para fora como nas aves;

- ossos sólidos (compactos) e pesados, no lugar dos ossos pneumáticos das aves que são ocos e leves;

- uma longa cauda óssea com vértebras livres, no lugar de pequenos pigostilos fusionados encontrados nas aves.

Também existem alguns aspectos presentes no Archaeopteryx que estão presentes em formas primitivas de terópodos, e também em formas mais avançadas de aves.

Nos terópodos, por exemplo, o hálux, ou dedo maior do pé, localiza-se na parte posterior do pé formando uma pequena garra que não alcança o solo. Nas aves, este dedo é bastante alongado e é utilizado para empoleirar-se.
No Archaeopteryx, o hálux está inverso, mas é alongado em uma posição que é intermediária entre os terópodos e as aves.

Nos terópodos, os dedos dos membros anteriores são longos; nas aves, estes dedos se reduzem a diminutas terminações (as garras nas asas).

O Archaeopteryx está a meio caminho entre estas duas possibilidades.

Nas aves, as asas são apoiadas pela fúrcula, ou "ossinho da sorte", que é composta pela fusão das duas clavículas, e o Archaeopteryx também possui uma fúrcula fusionada (porém não tão forte como a das aves modernas).

Uns poucos terópodos tinham clavículas, como por exemplo as espécies de aspecto avícola como o Velocirraptor. E acredita-se que uma espécie de terópodo conhecido como Ovirraptor possuía uma fúrcula fusionada, como nas aves. Vide as fotos abaixo:



Terópodo










Archaeopterix









Ave moderna













O Archaeopteryx NÃO tinha membros capazes de empoleirar (tampouco existe esta característica em muitas aves modernas), e seu hálux não era tão bem desenvolvido como nas aves modernas.

As penas de vôo são virtualmente idênticas as penas das aves modernas, porém jamais se encontrou as outras classes de penas nos fósseis de um Archaeopteryx.

Embora o Archaeopteryx possuísse a fúrcula e penas de vôo das modernas aves voadoras, ele não tinha a grande quilha do esterno ou as articulações fusionadas dos membros anteriores que são uma parte necessária para o vôo, e é por isso que se questiona se o Archaeopteryx era capaz de voar por sua própria potência.

Assim, o jogo de palavras acima apresentado (em preto) não afasta a proximidade que existe entre o archaeopteryx, os terópodos e as aves modernas, sendo que o Archaeopteryx, mesmo que considerado uma ave, estar em um ponto intermediário entre estas e os répteis terópodes.

3. As garras nas asas do Archaeopteryx

Os evolucionistas destacam as garras nas asas do Archaeopteryx como evidência de que ele evoluiu a partir dos dinossauros, e que portanto ele era uma espécie de transição. Na realidade, entretanto, esta característica de maneira alguma sugere qualquer relacionamento entre essa criatura e os répteis.

De fato, duas espécies vivas de aves – Touraco corythaix e Opisthocomus hoazin – ambos têm garras que servem para se prender a ramos de árvores. Essas criaturas são aves plenamente emplumadas, sem qualquer característica de réptil. Esses exemplos modernos invalidam a alegação de que as garras nas asas do Archaeopteryx significam que ele deva ser uma forma intermediária.


Errado!!! A garra presente em asas de aves jurássicas, como presente em asas de aves modernas, apenas no início foi considerada uma ligação com os dinossauros.

Como anteriormente estudado, asas de répteis, de aves e de mamíferos se tratam de membros transformados adaptados ao vôo (veja
aqui).

Atualmente, de acordo com estudos realizados, foram desvendadas muitas características comuns entre as aves e dinossauros terópodes conforme segue:

- Pescoço alongado e móvel em forma de "S".

- Pé com três dedos - e apenas dois deles se apóiam no chão para andar.

- Ossos ocos: fundamentais para voar, pois tornam o esqueleto mais leve. Atualmente, apenas as aves possuem essa característica.

- Dados atuais mostram que o dromeossauro, incluindo Velociraptor, enquanto evoluía estava adquirindo características semelhantes às das aves.

A estrutura óssea do pulso permitia a esses animais girarem as mãos ao capturar suas presas - essa habilidade é usada pelas aves modernas quando realizam o vôo batido (vôo batendo as asas).

Outro dromeossauro, o Unenlagia, possuía uma articulação no ombro que lhe permitia mover os braços para cima e para baixo - outro componente fundamental para o vôo potente. O Unenlagia
foi um predador terrestre de dois metros de comprimento e seu fóssil foi descoberto na Patagônia.

A descoberta dos fósseis de
Caudipterix e de Protoarchaeopterix
vieram apoiar a hipótese de que as penas primitivas evoluíram para o isolamento térmico ou para exibição, em vez de serem usadas para voar.

Dentre os animais homeotérmicos (de sangue quente), aqueles cujo corpo se encontra coberto por penas ou pêlos são também os que apresentam as maiores taxas metabólicas. Sendo assim, a descoberta destes fósseis dá mais peso à hipótese de que estes dinossauros eram homeotérmicos.

Por outro lado, estas descobertas evidenciam que a existência de penas deveria ser uma característica bem disseminada no seio dos dinossauros terópodes.

Com estas descobertas, as descrições de muitas espécies podem ter que ser alteradas, à medida que os museus recriam a aparência destes precursores das aves modernas.

A maioria dos cientistas defende agora que os dinossauros não se extinguiram, mas que vivem ainda nos dias de hoje sob a forma alada, como águias, pardais, cegonhas, andorinhas, etc.

Se por um lado, estes achados fazem com que a ligação entre aves e dinossauros se torne mais evidente, por outro fazem com que o conceito de Ave se torne cada vez mais indistinto.


A comparação entre os fósseis de Liaoning e as aves modernas revela que os dromeossauros possuíam algum controle sobre o calor do corpo e que estavam desenvolvendo penas para o vôo. Os dromeossauros e as aves modernas são muito semelhantes em vários aspectos anatômicos, razão pela qual a maior parte dos estudiosos no assunto concorda que as aves evoluíram de dinossauros terópodos.

Não há mais dúvidas: a classe Aves é uma linhagem especializada dos dromeossauros, os quais eram predadores bípedes e cursores. Então, evolutivamente, as aves se desenvolveram a partir de predadores terrestres - os dromeossauros -, passaram para dinossauros basicamente terrestres de vôo batido (o
Caudipterix), e chegaram ao Archaeopterix
.

Esse, por sua vez sofreu mutações que originaram o
Iberomesornis, o dinossauro arborícola. Da mesma maneira, o Ibero originou o Enantiornithes, já uma ave, mas com baixa capacidade de vôo.


A "passagem" evolutiva seguinte foi o Ichthyornithiformes, capaz de realizar vôo pleno. Finalmente, chegou-se às aves modernas, os Neornithes. Todas essas passagens evolutivas de um animal para outro, ocorrem através de mutações genéticas.

Assim, a alegação do artigo (em preto) pode ser desconsiderada como algo que mereça crédito.

4. Os dentes da mandíbula do Archaeopteryx

Quando os biólogos evolucionistas descrevem o Archaeopteryx como uma forma intermediária, uma das principais características nas quais eles se baseiam são os seus dentes. Esta característica, entretanto, realmente não mostra relacionamento algum entre esta criatura e os répteis. Os evolucionistas enganam-se ao sugerirem que estes dentes são uma das características de réptil, porque dentes não são características exclusivas de répteis.

Isto é o óbvio. Há dentes até em moluscos.

O tubo digestivo dos moluscos é completo, isto é, inicia-se pela boca, continua por um esôfago, estômago, intestino e finaliza-se com o ânus. Neste, como em outros aspectos, os moluscos são muito evoluídos, apesar de serem vistos como animais simples ou primitivos.

O ânus se abre na cavidade do manto e assim os resíduos são levados para o exterior por uma corrente exalante.

Na base da boca, os moluscos (com exceção dos bivalvos) possuem uma estrutura denominada rádula, que é uma espécie de língua raladora dos moluscos.

Ela é coberta por carreiras longitudinais de dentículos curvos de quitina. Os músculos movimentam a rádula e os dentículos raspam o alimento, que no caso de gastrópodos marinhos, podem ser algas e outros organismos incrustados nas rochas.

Novos dentes são continuamente secretados. A presença da rádula é uma característica marcante nos moluscos. A rádula só não existe nos bivalvos pois estes alimentam-se filtrando a água. Pequenos organismos ficam retidos nas brânquias, de onde são conduzidos à boca.

Assim, o argumento acima não apresenta subsídios que afastem a hipótese da origem reptiliana das aves.

Alguns répteis modernos têm dentes, porém outros, não. Ainda mais importante do que isso, espécies distintas de aves com dentes não se limitam ao Archaeopteryx. O registro fóssil contém um grupo separado que podemos descrever como “aves com dentes” que viveram tanto na mesma época que os Archaeopteryx como posteriormente – e, de fato, até tempos bastante recentes.

Também há mamíferos modernos que tem dentes e outros não, por exemplo um gato e um tatu respectivamente.


Um fato bastante importante, sempre ou freqüentemente ignorado, é que a estrutura dental do Archaeopteryx e de outras aves com dentes é bastante diferente daquela dos dinossauros.

De acordo com medidas levadas a efeito por ornitólogos tão bem conhecidos como L. D. Martin, J. D. Stewart e K. N. Whetstone, a superfície dos dentes do Archaeopteryx e de outras aves com dentes são planas e têm raizes largas.


Entretanto, a superfície dos dentes dos dinossauros terópodes, que alegadamente são os antepassados dessas aves, são serrilhados como dentes de serras, e suas raízes são estreitas.(x)

Estudos feitos por anatomistas como S. Tarsitano, M. K. Hecht e A. D. Walker revelaram que algumas das “semelhanças” sugeridas entre o Archaeopteryx e os dinossauros são inteiramente resultado de interpretação falaciosa.(xi)

Sinceramente, desconheço o estudo acima citado, uma vez que não há fonte bibliográfica acessível.

Todavia, segue o
estudo abaixo:

“Cientistas da Universidade de Manchester fizeram um estudo comprovando que é possível ativar genes de galinhas para induzir ao crescimento de dentes. A pesquisa foi publicada na edição desta semana da revista Current Biology.

A descoberta pode ter aplicações na regeneração de tecidos humanos. Os pesquisadores queriam saber se a memória genética da ave - remontando há 80 milhões de anos, quando aves tinham dentes - poderia ser despertada. Então induziram o crescimento em galinhas normais, com sucesso.

O estudo foi possível depois que o bico de uma galinha mutante chamada Talpid, morta há 50 anos, foi reexaminado, e uma arcada dentária completa foi encontrada.

“O que descobrimos foram dentes similares àqueles dos crocodilos. Não por acaso, porque as aves são os parentes vivos mais próximos do réptil”, disse Mark Ferguson, cientista da universidade.“

Quanto aos dentes do arqueopterix (
aqui), eram inseridos em alveolos e pontudos e curvados para trás, tal como ocorre nos terópodos.

Estas características de réptil encontradas no Archaeopteryx também são encontrados
em primitivas aves extintas, como o Hesperornis e o Icthyornis. Todavia, características reptilianas do esqueleto do Archaeopteryx não são encontradas em nenhuma outra espécie de ave, viva ou extinta.

O Archaeopteryx tinha, por exemplo, um conjunto completo de dentes em cavidades alveolares, que são típicas dos dinossauros terópodos.

Embora o primitivo Hesperornis também possuísse dentes em cavidades alveolares, eles não existem em nenhuma ave moderna, e de acordo com os paleontólogos, esses dentes de réptil se perderam nas aves antigas conforme o bico das aves se desenvolvia.

Dessa forma, podemos considerar o estudo acima postado pelo autor do texto (em preto), se realmente ocorreu, como duvidoso, por encerrar impropriedades em sua avaliação, se relacionada à dentição do arqueopterix, bem como há que se desconsiderar a péssima retórica utilizada nos dois primeiros parágrafos.

5. O osso quadrato do Archaeopteryx

Refutando a alegação de que o osso quadrato do Archaeopteryx (o osso com o qual a mandíbula é articulada) é semelhante ao dos dinossauros, Haubitz et al. usaram tomografia computadorizada que revelou que esse osso quadrato de fato é idêntico ao das aves modernas.(xii)

O movimento das mandíbulas é outra importante evidência que destroi as alegações evolucionistas. Na maioria dos vertebrados, incluindo-se os répteis, somente a parte inferior da mandíbula é móvel; nos pássaros entretanto, incluindo-se o Archaeopteryx, a mandíbula superior também se move.


Errado!!!!!!!!!!!!

Quanto ao esqueleto cefálico das aves, este não apresenta aberturas. As órbitas são, no geral, grandes e as mandíbulas não têm dentes, tendo-se transformado num bico. É idêntico ao dos répteis, com um osso quadrado onde se suspende a mandíbula.

O crânio do Archaeopteryx também é tipicamente reptiliano em sua estrutura, exibindo:

- várias aberturas ou "fenestras" no crânio, dispostas como nos dinossauros terópodos e não como nas aves;

- um pesado porém curto osso quadrático que se inclina para frente como nos répteis;

- uma curvatura nas mandíbulas atrás da fileira de dentes, um processo retro-articular grande, que é encontrado nos répteis mas não nas aves; um osso malar delgado e reto como nos répteis;

- uma barra pré-orbital separando a fenestra ântero-orbital e a órbita do olho (uma característica dos répteis);
- um côndilo occipital e um forame magno localizado acima do limite dorsal do osso quadrado como nos terópodos, ao invés de abaixo do quadrado como em todas as aves; e uma estrutura cerebral que exibe hemisférios cerebrais delgados e alongados que não sobrepõem o mesencéfalo (nas aves, os hemisférios cerebrais são pesados e se entendem por sobre o mesencéfalo).
Assim, o estudo ora apresentado pode se considerar como desclassificado, uma vez que as informações resultante de suas conclusões estão completamente erradas.

6. Os dedos do Archaeopteryx

Outro golpe à tese evolucionista relacionada com o Archaeopteryx provém de seus dedos. Foi descoberto que o desenvolvimento embrionário dos ossos do antebraço é completamente diferente nas aves e nos dinossauros terópodes. Os antebraços dos dinossauros terópodes, ou “mãos”, consistem dos dígitos I, II e III, enquanto que as asas das aves consistem dos dígitos II, III e IV. Essa evidência importante, distinguindo dinossauros de aves, foi ressaltada em 1997 em um artigo na revista Science.(xiii)


O estudo realizado segue abaixo:


Segundo J.R. Hinchliffe, que utilizou como técnica a aplicação isotopos em embriões de pintinho para analisá-los, reivindica ter estabelecido que a "mão" de pássaros consiste nos dígitos II, III e IV, enquanto os dígitos da " mão " dos dinossauros terópodes consistem nos dígitos I, II, e III.
Assim conclui que, não há descendência entre aves (incluindo o Archaeopterix) e dinossauros (conf. "International Archaeopteryx Conference", Journal of Vertebrate Paleontology 5(2):177, Junho de 1985).


Em resposta, segue abaixo estudo apresentado em Ciência Hoje.
A identificação dos dígitos das mãos das aves é um dos pontos mais polêmicos na discussão de sua origem. Todos concordam que os animais que deram origem às aves tinham cinco dedos nas mãos e que perderam dois com o tempo.

O problema está na identificação dos dígitos que sobraram: enquanto os estudos experimentais embriológicos aceitos até agora diziam que os três dedos das aves seriam o segundo, o terceiro e o quarto, as evidências nos fósseis indicavam que os dígitos deveriam ser o primeiro, o segundo e o terceiro.

A controvérsia era um dos principais argumentos dos pesquisadores que se opõem a considerar que as aves descendam de um grupo de dinossauros.

No entanto, um estudo recém-publicado no Journal of Experimental Zoology mostra que os paleontólogos estavam com a razão: os dedos das aves recentes são o primeiro, o segundo e o terceiro.

Quanto ao Archaeopteryx, este também possuia os dedos 1, 2 e 3.

Assim, as evidências que suportam a teoria da evolução das aves, a partir dos dinossauros, ganha cada vez mais peso.

Portanto, está rechaçada a afirmação do articulista no que se refere aos dígitos das aves e dos dinossauros.

Além disso, os ornitólogos L. D. Martin, J. D. Stewart e K. N. Whetstone compararam os ossos astrágalos do Archaeopteryx com os dos dinossauros, e revelaram que não havia similaridade alguma entre eles.(xiv)

O suposto estudo não menciona qualquer diferença entre os astrágalos de terópodes e de aves. Apenas alega que tais diferenças existem.


O osso astrágalo pertence ao pé e articula com os ossos da perna (tíbia e fíbula) formando o tornozelo.Este articula com o calcâneo, que forma o calcanhar dos bípedes e que articula com dois ossos.

- O cubóide, que articula com os dois últimos metatarsais;
- O navicular, que articula com três cuneiformes que, por sua vez, articulam com os primeiros três metatarsais;

A fusão dos ossos do tornozelo (calcâneo e astrágalo) é um dos caracteres mais importantes para definir o estágio de evolução de terópodes totalmente adultos.


Nos ancestrais dos dinossauros não havia essa união, que permitia aos animais ficar em posição digitígrada e totalmente eretos (terópodes), sem despender muita energia. Aqui.

Os terópodes do Triássico encontrados na Formação Santa Maria, no Rio Grande do Sul, apresentavam dimensões muito mais modestas: tanto Staurikosaurus pricei quanto Guaibasaurus candelariensis tinham cerca de 0,7 m de altura, aproximadamente 2,3 m de comprimento e pesavam pouco mais de 30 quilos.

Outros terópodes da época seriam Herrerasaurus ischigualastensis (com 1,5 m de altura, 4,5 m de comprimento e cerca de 250 quilos) e Eoraptor lunenesis (com 40 cm de altura, 1,1m de comprimento e menos de 3 quilos).

As conclusões mais importantes tiradas pelos pesquisadores dizem respeito ao estágio de evolução do animal.

Características como a pneumatização das vértebras e dos ossos (o ‘osso oco’ das aves de hoje) e a perfeita fusão entre os ossos do tornozelo (astragalocalcâneo), que se articulam com a perna, o aproximam de gigantes de tempos mais recentes.

Quanto às aves, todos os ossos do tarso e metatarso se encontram fundidos num único osso, chamado tarsometatarso.

Um experimento do século passado, desenvolvido por Hampé, gerou embriões de galinha com anatomia das patas muito semelhante àquela dos répteis. Uma análise mais detalhada nos mostra que as patas das aves diferem das de outros répteis por possuírem ossículos do tornozelo fusionados, e uma fíbula reduzida.

Quando experimentalmente, se induz um crescimento maior da fíbula, nota-se a formação daqueles ossículos do tornozelo que haviam sido perdidos ao longo da evolução. Isso nos mostra que muitas vezes, o potencial genético necessário para formar certas estruturas não foi perdido, faltando apenas um estímulo para que a formação ocorra.

Assim, em se tratando das conclusões apresentadas pelo articulista, no que se refere ao estudo apresentado, pode-se concluir que também são equivocadas.

7. A estrutura óssea do Archaeopteryx


Não são confirmadas pelas descobertas científicas as interpretações de que o púbis do Archaeopteryx aponta para baixoalegadamente uma posição em transição com relação aos dinossauros, em que aponta para cima. A. D. Walker afirmou que conjecturas nessas direções são falsas e que da mesma forma como os pássaros, o púbis do Archaeopteryx aponta para trás.(xv)

Segue aqui um estudo:

Uma das classificações dos dinossauros feitas pela Paleontologia se baseia na estrutura da pélvis. Eles podem ser saurísqueos ("quadris de lagarto", com três extremidades ósseas) ou ornitísqueos ("quadris de ave", com quatro extremidades). Mas, curiosamente, as aves descendem dos saurísqueos.














Os ornitomimossauros ("lagartos imitadores de aves ") pertenciam ao grupo dos saurísqueos, nos quais uma das extremidades do osso púbis encaixava-se na pélvis.

Tinham pescoço longo, boca sem dentes e cauda comprida, com ossos separados. Acredita-se que possuíssem moela (estômago muscular) para triturar alimentos - uma característica das aves.




O arqueoptérix aliava características de dinossauros - pélvis com três extremidades, cauda longa etc. - às das aves, como as clavículas soldadas num osso único, a fúrcula, indispensável ao vôo.














Nas aves, as duas extremidades do púbis estão livres, formando uma estrutura de quatro pontas com o ísquio e o ílio. Elas também possuem o osso esterno, inexistente no arqueoptérix.













Os dinossauros podem ser divididos em dois grupos principais , conforme a estrutura da cintura pélvica (ossos da bacia):

ornitisquianos (cuja cintura pélvica é semelhante a de outros répteis que possuíam o ílio relativamente longo e um púbis direcionado para trás.

Os ornitisquianos representam uma linha mais derivada de dinossauros , que modificou ligeiramente a estrutura de sua pélvis (composta por um púbis voltado para trás), de forma muito similar à encontrada nas aves.

No entanto essa similaridade não os coloca em grau de parentesco próximo a elas. Todos apresentavam dentes especializados na parte traseira da boca e focinhos em forma de bicos córneos.

saurisquianos que em sua maioria possuíam um ílio mais curto e profundo e um púbis direcionado para frente. Vale lembrar que aves descendem de um ancestral saurísquio.

Os Dinossauros saurísquios eram divididos em quatro grupos:

- Prossaurópodes: iniciaram o seu desenvolvimento no final do Triásico e, durante o Jurássico, foram gradualmente substituídos pelos saurópodes.

- Sauropodomorpha ou saurópodes, gigantescos comedores de plantas;

- Theropoda ou terópodes, que incluíam todos os carnívoros. Estes deram origem às aves.

- Herrerassauros, que possuíam ossos pélvicos semelhantes aos dos saurisquianos (púbis direcionado para frente).
As aves e alguns dinossauros terópodes guardam muitas semelhanças, tais como patas de três dedos com pulso muito bem articulado, ambos os grupos possuem muitas cavidades nas vértebras, que continham vesículas aéreas, as quais eram partes dos pulmões.
A descoberta do Sinosauropteryx em 1996 mostrou que dinossauros e aves tinham outra característica em comum importante: uma cobertura de penugem.

Ainda podem ser citadas as seguintes semelhanças entre aves e terópodes:

- Estrutura semelhante entre braços de dinossauros e asas de aves
- Presença nos dois grupos de ossos ocos
- Estrutura de pernas e bacia semelhantes entre os dois grupos
Desse modo, variações apenas no púbis das aves e dos dinossauros não são argumentos suficientes a fim de rechaçar a teoria da origem das aves a partir dos terópodes.

Basear uma conclusão em apenas uma diferença desconsiderando as semelhanças apresentadas é prematuro uma vez que a postura de uma ave moderna ou do archaeopteryx difere daquela dos terópodes.

A própria seleção natural pode ter adaptado a estrutura óssea pubiana das aves a sua postura, exatamente como o bipedalismo fez com a pélvis humana.

Assim, o estudo ora apresentado pelo articulista, além de duvidoso no que se refere à conclusão que estatui, desconsidera dados de outras fontes de pesquisa que a tornam duvidosa. Portanto, o ora concluido não é algo que mereça o devido crédito.

Quanto à suposta conclusão de nosso amigo, ai vai o seu brilhantismo científico:

Em resumo, a “evolução” das aves não é uma tese consistente com as evidências biológicas ou paleontológicas, porém somente uma alegação fictícia, irrealista, derivada dos preconceitos darwinistas. O assunto da evolução das aves, que alguns especialistas insistem mencionar como sendo um fato científico, é um mito mantido vivo por razões ideológicas.

A verdade revelada pela ciência é que a criação das aves é resultado de uma sabedoria infinita. Em outras palavras, tanto o Archaeopteryx como todas as espécies de aves foram criadas pelo Deus todo-poderoso.
Nenhuma tese científica é absolutamente consistente. Aliás, quantas vezes teremos de repetir isso para que os criacionistas entendam queo modo de pensar da ciência é bem diferente do modo de pensar religioso. Este é dogmático, onde tudo é absoluto sem contestações, encerrado em si mesmo. Quanto àquela, é zetética, sendo que os questionamentos são infinitos.

A ciência não se trata de um sistema de crenças, onde se pede para que as perssoas acreditem em algo porque está escrito em um livro dito sagrado, ou porque os antepassados nos legaram histórias que contam sagas de deuses.

A ciência sai em busca de indícios, estuda estes indícios, e, por meio destes estabelece teorias que explicam de forma lógica fatos, procurando leis, segundo as quais esses fatos se comportam. Teorias, se bem embasadas, são aceitas, do contrário corrigidas ou rechaçadas, mas para tal deve-se trazer á tona indícios que a desconfirmem, não retórica filosófica ou religiosa.

Na visão apresentada pelo articulista, creio que é mais realista dizer que algum deus fez as aves,os répteis e tudo mais que há no universo. A falta de compreensão é tanta que classifica o pensamento darwinista de preconceituoso e ideológico (Preconceituoso com o que? Ideológico com o que?).

É importante frisar que a natureza (o mundo do ser) não leva em consideração o que nós humanos vemos como certo ou errado (o mundo do dever ser).

Ossos de aves semelhantes aos de dinossauros não se tratam de mito, mas de fato, uma vez que, tanto uns, quanto outros existem e estão ai para qualquer pesquisador estudar.

Quanto às fantasias criacionistas..... podemos ver a brilhante conclusão "científica" do articulista: "Diante do problema, chute a bola para deus que ele resolve" (até uma criança saberia estabelecer uma conclusão melhor que a do brilhante articulista).

A conclusão ora apresentada é a típica falácia non sectur, espantalho e da indução preguiçosa, extremamente usadas por criacionistas a fim de justificar as limitações e jogos retóricos por eles criados, com o propósito de rebater as teses apresentadas pela teoria da evolução.

Simplesmente encerra a questão sobre a origem das aves no dogmatismo religioso, o que não possui nada de científico, impossibilitando qualquer eventual debate que se possa estabelecer acerca da origem e evolução destes seres. A resposta é bem digna de um fundamentalista religioso.

CONCLUSÃO:

É sempre o mesmo método que criacionistas se utilizam:

Se baseiam em estudos inascessíveis, lançam um bombardeio retórico contra teorias que derrubam os mitos de sua fé e concluem que foi Deus.

Mais uma vez senhores criacionistas:

"NÃO É APONTANDO FALHAS EM TEORIAS QUE UMA OUTRA TEORIA CONSEGUE RESPALDO. TEORIAS SÃO FUNDAMENTADAS COM ESTUDOS QUE AS CONFIRMEM."
Todavia, repito: nada em termos científicos respalda o criacionismo e sua roupinha nova ,travestida de ciência, o DI.

Eis a suposta Bibliografia citada pelo articulista, porém toda ela inacessível exceto no sítio de onde foi coletado o artigo.


i Nature, Vol. 382, 1 August 1996, p. 401.

ii Carl O. Dunbar, “Historical Geology”, New York: John Wiley and Sons, 1961, p. 310.

iii Virginia Morell, “Archaeopteryx: Early Bird Catches a Can of Worms”, Science, Vol. 259, No. 5096, 5 February 1993, pp. 764-765.
iv John Ostrom, “Bird Flight: How Did It Begin?,” American Scientist, No. 67, January-February 1979, p. 47.

v Colin Patterson, “Darwin’s Enigma: Fossils and Other Problems”, El Cajon, CA: Master Book Publishers, 4th edition, 1988, p. 89.

vi “Bird Evolution Files out the Window: An Anatomist Talks about Archaeopteryx”, David Menton e Carl Wieland, Creation Ex Nihilo, Vol. 16, No. 4, July-August 1994, pp. 16-19.

vii Carl O. Dunbar, “Historical Geology”, New York: John Wiley and Sons, 1961, p. 310.
viii Storrs L. Olson, Alan Feduccia, “Flight Capability and the Pectoral Girdle of Archaeopteryx,” Nature, No. 278, March 1979, p. 248.
ix Alan Feduccia, Harrison B. Tordoff, “Feathers of Archaeopteryx: Asymmetric Vanes Indicate Aerodynamic Function,” Science, Vol. 203, 9 March 1979, p. 1021.
x L. D. Martin, J. D. Stewart, K. N. Whetstone, The Auk, Vol. 98, 1980, p. 86.
xi S. Tarsitano, M. K. Hecht, Zoological Journal of the Linnaean Society, Vol. 69, 1985, p. 178; A. D. Walker, Geological Magazine, p. 595.
xii Haubitz, M. Prokop, W. Döhring, J. H. Ostrom, P. Welinhofer, Paleobiology, Vol. 14, No. 2, 1988, p. 206.xiii Richard Hinchliffe, “The Forward March of the Bird-Dinosaurs Halted?”, Science, Vol. 278, 24 October 1997, pp. 596-597.
xiv L. D. Martin, J. D. Stewart, K. N. Whetstone, The Auk, Vol. 98, 1980, p. 86; L. D. Martin, “Origins of Higher Groups of Tetrapods”, Ithaca, NY: Comstock Publishing Association, 1991, pp. 485, 540.

xv A. D. Walker, Geological Magazine, Vol. 117, 1980, p. 595.


FONTES: