domingo, 15 de março de 2009

SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA - A MÁ FÉ CRIACIONISTA PROSSEGUE (PARTE 9)

O fato da Teoria da Evolução simplesmente não elucidar a origem da vida a partir da matéria não viva é algo tão improvável e absurdo que os evolucionistas admitem descaradamente, tomarei como exemplo a última publicação da revista Super Interessante, que trazia como matéria de capa “Darwin o homem que matou Deus”. Veremos o que a própria revista afirmou:
Era uma molé­cula capaz de se replicar, de sugar maté­ria orgânica do ambiente e usar como matéria-prima para produzir cópias dela mesma. Motivo? Nenhum: ela fazia répli­cas por fazer e pronto. Vai entender...[xii]

[A Teoria da evolução nem deveria elucidar o enigma da vida. Isso é objeto da teoria da origem da vida. Não confunda mais alhos com bugalhos.

Mais uma vez, A VIDA SURGIU DE MATÉRIA INERTE E NÃO DE MATÉRIA NÃO VIVA, POIS O QUE É NÃO VIVO UM D
IA VIVEU E MORREU. Escreva isso 100 vezes quem sabe entra na sua cabeça.]


E é assim que a ciência evolucionista é feita, com frases dogmáticas como vemos acima “ela fazia répli­cas por fazer e pronto”, mas se você caro leitor achou isso pouco, o que dizer dessa próxima frase:Essa aparição foi algo tão improvável quanto se esta revista (que também é fei­ta de cadeias de carbono) comesse seus dedos agora e, a partir dos átomos da sua carne, pele e ossos, construísse uma có­pia dela mesma. Improvável, mas foi exatamente o que aconteceu naquele dia.[xiii]

[Sim a aparição da vida é um evento difícil de ocorrer, não sabemos ainda como ocorreu e por que. Mas de dogmático isso não tem nada, tanto que está aberto a diversos cientistas realizarem e contestarem os trabalhos de outros dentro desta área.

Mas e sobre o DI e o criacionismo? O que existe além de criador inteligente e de deus? Ora, "eles simplesmente são o que são". Eis o grande mistério (dogma) da fé.

Quando o artigo aborda Darwin, o faz há cerca de quase 200 anos. Sequer se sabia o que sabemos hoje sobre DNA, células e reações metabólicas.

Mas o fato é que a vida está ai. Não sabemos como eram as condições do planeta e o que pode ter desencadeado isso e como se procedeu.

Mas algo ser improvável não remete a seres divinos (mais improváveis até mesmo que o evento da vida, além de subjetivos em se avaliar qual deus foi quem criou a vida), remete a estudos para se desvendar o problema.]

A questão toda é, até quando aceitaremos esse tipo de ciência? Acusar os criacionistas de usar a fé, e pedir para que acreditemos em algo como o escrito acima é no mínimo ridículo.

[Bem, se vamos falar de ridículo, seu entendimento de teoria da evolução e de termodinâmica eu os considero ridículos em virtude dos erros que comete e de sua abordagem infantil.

Caso tenha agido de má fé, considero também sua atitude ridícula, pois como professor (se é que realmente o seja) deveria agir de forma imparcial, sem considerar suas crenças e seus dógmas religiosos. Deveria ser franco e sincero com seus alunos em vez de formá-los e informá-los mal.


Quando eu era criança, me contentava com o “foi deus”. Depois do ensino fundamental isso se apagou da minha mente. Passei a investigar e deixar de ter “preguiça mental” Aliás deveria estimular seus alunos para que não se entregassem ao mal da preguiça e ao "jogo de empurra" para o senhor resolve tudo (deus).]


Por isso que nós podemos afirmar categoricamente, que em conformidade com a Segunda Lei da Termodinâmica, certos eventos simplesmente não ocorrem, e a evolução é um deles. E vimos também que não é só o fato da Terra ser um sistema aberto que a torna imune a segunda lei, ou que, o fato de um sistema aberto ser mais favorável a redução da entropia não quer dizer que necessariamente a redução da entropia venha a ocorrer; além de contemplarmos também que não é só ter energia disponível mas é como a energia é utilizada no processo, como afirmam Simpson e Beck:
(…) o simples fornecimento de energia não é suficiente para desenvolver e manter a ordem. Um touro em uma loja de porcelana executa trabalho, mas ele nem cria nem mantém organização. O trabalho necessário é um trabalho específico; tem que seguir especificações; requer informação em como proceder.

[Sim, Beck está correto, mas você, ao interpretá-lo, não. Como explorei acima, a redução de entropia pode ocorrer em muitos sistemas abertos desde que observadas condições para tal.

A vida não é o único processo onde podemos observar uma diminuição na entropia e o aparecimento espontâneo de ordem a partir da desordem. Flocos de neve, por exemplo, são formados quando moléculas de água movendo-se aleatoriamente usam energia para organizarem-se em um padrão cristalino ordenado. Charcos d'água, nos quais as moléculas de água movem-se aleatoriamente, podem usar a energia da luz solar que cai sobre elas para formar células de convecção ordenadas e regularmente construídas.

A afirmação criacionista de que não existe nenhum "mecanismo" natural para produzir vida ordenada a partir de substâncias químicas desordenadas (outro que não a Intervenção Divina) é simplesmente falsa.

A química única dos átomos de carbono torna possível para estes átomos usar energia livre (na forma de fótons vindos do sol) para quebrar e formar novas ligações químicas e assim formando longas cadeias de átomos -- a base química fundamental para a vida.

Nada de misterioso a respeito disto e nenhum Milagre Divino é necessário -- simplesmente uma conseqüência das leis da química e da física aplicadas a camada eletrônica externa de um átomo de carbono.

As leis da química e da física que governam a formação de moléculas biológicas são as mesmas que governam a formação de qualquer outro composto de carbono.

No nível químico, não há nada de diferente a respeito da "vida" -- a química de um átomo de carbono é a mesma seja o átomo parte de uma molécula de DNA ou parte de um pedaço de carvão.

Por esse motivo, é necessário não apenas um afluxo de energia livre (a qual vem do sol), mas também um mecanismo para capturar esta energia e usá-la para processos biológicos.

Felizmente para a vida na Terra, as propriedades químicas únicas dos átomos de carbono fazem com este processo seja praticamente inevitável (e é tão simples, na verdade, que os aminoácidos são encontrados flutuando livres no espaço interestelar, onde eles se formam espontaneamente a partir de cadeias de carbono utilizando energia livre).

Processos químicos similares, sustentados pela mesma energia livre vinda do Sol, permitem que a vida cresça em complexidade, sem que viole de maneira alguma qualquer lei da termodinâmica.

Assim, seu argumento é falho.]


Não quis aqui criar um compêndio sobre a Segunda Lei da Termodinâmica, mas demonstrar as suas implicações em decorrência da Teoria da Evolução. E reafirmar a posição de que tal lei interfere sim, e é, ainda que alguns evolucionistas não sejam sinceros para admitir, um problema à Teoria da Evolução.


[Realmente Xavier, com sua má compreensão de conceitos básicos da termodinâmica, o que você conseguiu criar foi um assassinato da segunda lei.

Quanto ao universo, Xavier, este pode ser explicado, mas quanto a deuses o criarem... Como você gosta de termodinâmica aqui vai o raciocínio: o que criou deus?

Se a resposta for “ele simplesmente é” acabamos de furar a primeira lei da termodinâmica.

Mas, o que teria reduzido a entropia para um ser tão complexo quanto deus ter se formado e não se degradar?

Se a resposta for “ele próprio” furamos a segunda lei, pois em deus sendo um sistema fechado não terá de onde se retroalimentar.

Logo, a base fundamental dos princípios do criacionismo (deus) é quem viola todas as leis naturais, principalmente as da termodinâmica. Assim, pautar as premissas da vida e do universo em deus, leva a crer que nada existiria.

E não me venha com o papo da eternidade de deus (alias quem seria esse deus - Brahma, Panku, Olorum, Odin, YHWH, Zeus, Ormuz, Izanami e Izanagui, Tupã, o grande espírito, o monstro do espaghetti, etc.).

Como vê, dar uma aura de misticismo à ciência, não é nada sadio nem didático. A discussão perde o rumo científico e passa a ser teológica. Somente atrapalharia o desenvolvimento da ciência.

A vida na Terra reduz a entropia pela utilização de energia livre do sol, que proporciona esta energia livre queimar seu combustível e aumentar sua entropia.

No final a entropia vencerá, e o sistema solar (na verdade, o universo inteiro) perecerá em uma morte, no estado máximo de entropia.

A vida na Terra é um passo temporário no processo de decaimento universal. Neste meio tempo, entretanto, processos locais podem reverter este fluxo e temporariamente produzir pequenas áreas locais de organização e de uma menor entropia, as áreas estas que chamamos de "vida", formação de estrelas, planetas, nebulosas, etc..

Vale a leitura do texto abaixo:

Embate constante (Adilson de Oliveira - Departamento de Física Universidade Federal de São Carlos):

A manutenção da vida é um embate constante contra a entropia. A luta contra a desorganização é travada a cada momento por nós. Desde o momento da nossa concepção, a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozóide, nosso organismo vai se desenvolvendo e ficando mais complexo. Partimos de uma única célula e chegamos à fase adulta com trilhões delas, especializadas para determinadas funções. A vida é, de fato, um evento muito especial e, até o momento, sabemos que ela ocorreu em um único lugar do universo – o nosso planeta.

Entretanto, com o passar do tempo, nosso organismo não consegue mais vencer essa batalha. Começamos a sentir os efeitos do tempo e envelhecer. Nosso corpo já não consegue manter pele com a mesma elasticidade, os cabelos caem e nossos órgãos não funcionam mais adequadamente. Em um determinado momento, ocorre uma falha fatal e morremos.
Como a manutenção da vida é uma luta pela organização, quando esta cessa, imediatamente o corpo começa a se deteriorar e rapidamente perde todas as características que levaram muitos anos para se estabelecer. As informações acumuladas ao longo de anos, registradas em nosso cérebro a partir de configurações específicas dos neurônios, serão perdidas e não poderão ser novamente recuperadas com a completa deterioração do nosso cérebro.

A entropia nos mostra que a ordem que encontramos na natureza é fruto da ação de forças fundamentais que, ao interagirem com a matéria, permitem que esta se organize. Desde a formação do nosso planeta, há cerca de cinco bilhões de anos, a vida somente conseguiu se desenvolver às custas de transformar a energia recebida pelo Sol em uma forma útil, ou seja, capaz de manter a organização.
Para tal, pagamos um preço alto: grande parte dessa energia é perdida, principalmente na forma de calor.
Dessa forma, para que existamos, pagamos o preço de aumentar a desorganização do nosso planeta. Quando o Sol não puder mais fornecer essa energia, dentro de mais cinco bilhões de anos, não existirá mais vida na Terra. Com certeza a espécie humana já terá sido extinta muito antes disso. O universo também não resistirá ao embate contra o aumento da entropia.
Em uma escala inimaginável de tempo de 10 100 anos (10 seguido de 100 zeros!), se o universo continuar a sua expansão, que já dura aproximadamente 15 bilhões de anos, tudo o que conhecemos estará absolutamente disperso. A entropia finalmente vencerá. Mas essa historia fica para um outro dia.]
Coclusão:

[Depois de tudo o que foi apresentado pelo Sr. Ronaldo Xavier Pimentel Júnior, ainda querem obrigar que todo esse lixo faça parte do currículo escolar como uma visão alternativa ao que é científico.

Conforme o texto acima, podemos ter um “raio X” do que vem a ser o criacionismo: mau uso da verdadeira ciência, invenção de dados, uso de frases soltas conforme a conveniência do autor, falsa autoria de citação, apelo a falácias e sofismas, pseudociência travestida de ciência, apelo ao emocional-religioso. Em suma, um desastre e um atentado à inteligência humana.

Sinceramente, caso um filho meu aparecesse com material criacionista desse nível utilizado em disciplinas científicas, eu processaria a escola e pediria meu dinheiro de volta, além de danos morais por estar formando e informando mal seus estudantes, por violação de direito de liberdade de crença e perda de tempo com tolices.

A época que se confundia a ciência com o mito terminou a cerca de 200 anos. E não é sábio que ela faça seu retorno, pois isso é pratica obscurantista, sem considerar que religião não deve dar palpites no campo científico e sim cuidar da alma de seus crentes..

Confundir o criacionismo com a biologia é o mesmo que confundir alquimia com química, metafísica com física, métodos de adivinhação com métodos estatísticos e curandeirismo com medicina. É algo completamente equivocado e sem o mínimo de sentido.

Escolas que ensinam criacionismo como ciência deveriam ser reprimidas pelo MEC, pois não estão cumprindo com sua função que é formar e informar o aluno. Estão confundindo jovens ao mesclarem religião com ciência, dando uma visão falsa a respeito dos limites de cada uma delas.

Quanto aos senhores criacionistas, vocês deveriam ser multados e perderem as credencias de professores, pois ensinam os alunos a pensarem errado no que concerne ao método e ao raciocínio científico, além de quererem tolher a capacidade de raciocinar dos jovens que, em sua maioria, ainda não atingiram o nível de maturidade econhecimento para refutar as babaquices do criacionismo.

Aliás, coitados de seus alunos.

Que Deus tenha piedade de vossa estupidez!!!!]

Deixo a você Xavier, uma mensagem:

Para você ser um crente, não é necessário deturpar a ciência a fim de adaptá-la as suas crenças. Apenas creia no que quiser, sem transformar isso em verdades universais.

A ciência busca a objetividade e não o que cremos em nossas instâncias subjetivas, pois isso não interessa, uma vez que não alterará em nada nossa compreensão sobre a natureza.

Se é um cristão, creia na mensagem que existe em sua crença e aproveite as lições de vida que ela, como as demais crenças que existem por ai pregam.

Cientistas não temem errar (aliás, errar é ótimo, pois abala nossas crenças pessoais). Tememos a dogmatização do conhecimento que é o intuito do criacionismo, pois ao esbarrarmos no sobrenatural, este se torna inacessível aos pobres mortais. Deixamos de fazer ciência e passamos a fazer teologia, sendo que ao trazê-la para o mundo da ciência incorreremos fatalmente na pseudociência.

Exemplo, comparemos as diversas formas de criação do mundo segundo as diversas crenças que existem por ai. Cada qual criou o mundo conforme sua realidade intrínseca, daí não temos elementos para dizer se esta ou aquela forma é a mais correta. Todas são subjetividades culturais dogmatizadas.

Todavia, a busca da compreensão do mundo via ciência pretende atingir a objetividade, não interessando se corrigirmos aqui ou ali, pois estas correções pretendem nos aproximar cada vez mais de uma verdade universal, ou seja, a verdade objetiva, onde nossas crenças não têm lugar se não forem confirmadas.

Assim, o cientista parte de uma hipótese calcada em observações, busca pelas evidências, testa as evidências por meios diretos ou indiretos, formula as teorias e por fim estabelece sua crença que a qualquer momento pode ser alterada. Dessa forma, a ciência baniu a dogmatização de suas questões.

Diferentemente, o criacionismo tem como ponto de partida a crença a qual se trata de sua petição de princípio. Esta crença assume papel terminantemente proibido de ser alterado ou questionado.

Considera-se também o fato de que as premissas criacionistas variam de uma crença para a outra e se calcam em seres sobrenaturais, o que as torna impossíveis de serem testatas, conforme requerido pelo método científico.

Assim, Xavier, misturar as duas coisas somente fará sua religião cair no ridículo, fazendo com que ela perca seu foco, que é tornar as pessoas e o mundo em que vivemos melhores sem elucidar questões de cunho científico, de forma condizente com o que é exigido pela ciência.

O campo científico estaria inundado pela subjetividade e as discussões se tornarão teológicas, cada qual encerrada em seus dogmas e verdades subjetivas.

As verdades científicas devem assumir cunho zetético e, assim, partirem em busca da verdade objetiva a qual tem como intuito ser aceita por todos, contestada e corrigida se e quando necessário, com as devidas fundamentações.

Assim, sobrenaturalizar a ciência é inseri-la em um mundo onde não a desenvolveremos, pois passaremos a erguer barreriras em prol da defesa dos deuses, de crenças pessoais e de dogmas religiosos que em nada contribuem para as ciências.

Infelizmente, é somente por dogmas que crenças subjetivas se sustentam e se mantêm vivas, pois são proibidos de serem contestados. Ao tentar abordá-los de forma lógica, como fizeram os filósofos cristãos, deram saltos epistemológicos imensos, largando grandes buracos pelo caminho.

Simplesmente criou-se uma redoma em torno dos seres divinos e dos "mistérios" da religião, os quais sabemos serem impossíveis de ocorrerem na natureza.

Não é isso que queremos para a ciência. Em torno de teorias científicas não devem haver redomas nem falhas epistemológicas. Essa é a razão do trabalho científico, tapar as falhas que ocorrem entre os estágios de desenvolvimentos teóricos, de forma clara e objetiva sem recorrermos ao mundo do além.

O além é subjetivo; varia conforme cada cultura. O natural está aqui é o palpável e não está nem ai para nossos deuses e crenças. Simplesmente é o que é.

Notas do autor Ronaldo Xavier Pimentel Júnior (os livros são ótimos, mas seu uso foi deturpado pelo autor):

[i] CALÇADA, Caio Sérgio; SAMPAIO, José Luiz. Termologia, fluidomecânica, análise dimensional. São Paulo: Atual, 1998. p.294
[ii] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl.
Fundamentos de física 2: Gravitação, ondas e termodinâmica. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. p.237-238.
[iii] Entendemos naturalmente como espontaneamente, ou seja, de uma maneira não forçada.
[iv] CALÇADA, op. cit., p.295
[v] ASIMOV, Issac. The genetic code.
[vi] HALLIDAY, op. cit., p.255.
[vii] HALLIDAY, loc. cit.
[viii] DAVIES, Paul. Life Force, New Scientist, 163 (2204): 27-30. 18 de Setembro, 1999.
[ix] CRICK, Francis. Life itself: Its Origin and Nature. Nova Iorque: Simon & Schuster, 1981. p. 88.
[x] SAGAN, Carl; CRICK, F. H. C.; MUCHIN, L. M.. Comunication and Extraterrestrial Inteligence. MA: MIT Press. p. 46.
[xi] BOREL, Emile. Probabilities and Life. Nova Iorque: Dover, 1962.
[xii] SUPER INTERESSANTE. Abril, n.240, junho de 2007. p. 64.
[xiii] Ibid.
[xiv] SIMPSON, George. G; BECK, William. Life: An introduction to biology. 2. ed. New York: Harcourt, Brace, e World Pub. Co, 1965. p. 466.


A ostra em que encontrei esta pérola: aqui


Bibliografia utilizada para consertar o mal entendido:

ALLINGER, Norman L. Química Orgânica. Ed. Guanabara Dois.

ASIMOV, Isaac. O Código Genético. Ed. Cultrix.

ATKINS, Perter , DE PAULO, Julio. Físico Química LTC Editora

BENNETT, Débora J. Aleatoriedade. Ed. Martins Fontes.

BOREL, Emile. Probability and Certainty. New York: Walker & Co.

BOYD, R & MORRISON, R. Química Orgânica. Ed. Calouste Gulbenkian.

BRESCH, C. e HAUSMANN. Genética Clássica e Molecular. Ed. Calouste Gulbenkian.

CAMPOS, Marcello de Moura. Fundamentos de Química Orgânica. Ed. Edgard Blücher.

CARROL, Sean B. Infinitas Formas de Grande Beleza. Ed. Jorge Zahar.

CASTELLAN, Gilbert. Fundamentos de Fisico Química. Ed. LTC;

CHAMPE, Pamela, HARVEY, Richard A. e FERRIER, Denise. Bioquímica Ilustrada. Ed. Artmed.

COLLINS, Fancis - A Linguagem de Deus. Ed. Gente

COSTA NETO, Pedro Luiz e CYMBALISTA, Melvin. Probabilidade. Ed. Edgard Blücher.

DAWKINS, Richard. A Escalada do Monte Improvável. Ed. Companhia das Letras.

DAWKINS, Richard. O Relojoeiro Cego. Ed. Companhia das Letras.

DE DUVE, Christian.Poeira Vital. Ed. Campus.

EISBERG, Robert e RESNICK, Robert. Física Quântica. Ed. Campus.

GLEISER, Marcelo. Poeira das Estrelas. Ed. Globo.

GUY, A. G. Ciência dos Materiais. Ed. LTC/EDUSP

HALLIDAY, D. & RESNICK, R. Física., vol. II e vol. IV. Ed. LTC;

HAWKING, Stephen. Uma Breve História do Tempo. Ed. Albert Einstein Ltda.

HOLLAUER, Eduardo. Química Quantica. LTC Editora

HOLTZMANN, Eric e NOVIKOFF, Alex B. Células e Estrutura Celular. Ed. Interamericana.

HAZZAN, Samuel. Matemática Elementar – Combinatória e Probabilidade. Ed. Atual.

IMPEY, Chris - O Universo Vivo: Nossa Busca por Vida no Cosmos. Ed. Larousse.

JUNQUEIRA, L.C. e CARNEIRO, J. Noções Básicas de Citologia, Histologia e Embriologia. Ed. Nobel.

KAUFFMAN S.A. The Origins of Order – self organization and selection in evolution. Oxford US Trade.

LANDIM, Maria Isabel & MOREIRA, Christiano Rangel. Charles Darwin em um Futuro Não Tão Distante. Ed. Instituto Sangari.

LEE, J. D. Química Inorgânica. Ed. Edgard Blücher.

MARGULIS, Lynn e SAGAN, Dorion. Microcosmos: quatro bilhões de anos de vida microbiana. Ed. Cultrix.

MARGULIS, Lynn e SAGAN, Dorion. O Que é Vida? Ed. Jorge Zahar.

MAYR, Ernst. Biologia, Ciência Única. Ed. Companhia das Letras.

MAYR, Ernst. Isto é Biologia. Ed. Companhia das Letras.

MEYER, Paul L. Probabilidade: Aplicações à Estatística. Ed. LTC.

QUAGLIANO, J. V. e VALLARINO, L. M. Química. Ed. Guanabara Dois.

RUSSEL, John. B. Química Geral. Ed. Mc Graw Hill.

SAGAN, Carl; CRICK, F. H. C.; MUCHIN, L. M.. Comunication and Extraterrestrial Inteligence. MA: MIT Press

SCHÜTZENBERGER, Marcel-Paul, Algorithms and the neo-darwinian theory of evolution, in Mathematical Challenge to the Neodarwinian Theory of Evolution, Wistar Institute Symposium.

SCHÜTZENBERGER, Marcel-Paul et al., Chapter: "Intelligence artificielle, néo-darwinisme et principe anthropique," in Le savant et la foi (trans. The Intellectual and Faith), Jean Delumeau (ed.), Flammarion, 1991.

SCHÜTZENBERGER, Marcel-Paul, "Les failles du darwinisme," La Recherche, No. 283.

SÉRATES, Jonofon. Raciocínio Lógico. Ed. Jonofon.

SOLOMONS, T. W. Graham. Química Organica. Ed. LTC;

TALK ORIGINS. http://www.talkorigins.org/faqs/abioprob/abioprob.html

TALK ORIGINS. http://www.talkorigins.org/faqs/abioprob/spontaneous-generation.html

TALK ORIGINS. http://www.talkorigins.org/faqs/abioprob/

TIPLER, Paul A. e Llewellyn, Ralph A. Física Moderna. Ed. LTC.

VAN WYLEN, Gordon J. e SONNTAG, Richard. Fundamentos da Termodinâmica. Ed. Edgard Blücher.

VIDEIRA,Antonio Augusto Passos. O que é Vida? FAPERJ, Ed. Relume Dumará.

WARD, Peter D. e BROWNLEE, Donald. Sós no Universo. Ed. Campus.

ZIMMER, Carl. O Livro de Ouro da evolução: o Triunfo de uma Idéia. Ed. Ediouro












SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA - A MÁ FÉ CRIACIONISTA PROSSEGUE (PARTE 8)

Talvez alguém até pense que esse número (1 chance em 10^1000), não seja lá uma possibilidade muito pequena como acredita Schutzenberger, mas vamos dar um exemplo para esclarecer. Para se ganha na mega-sena temos uma possibilidade na ordem de 10^10, perceba que as pessoas ganham na mega-sena, uma vez que não há violação da lei de Borel (10^50). Vamos dar um exemplo extremo: quanto tempo (em anos) uma ameba gastaria para transportar todos os átomos, um de cada vez, de 600.000 trilhões, de trilhões, de trilhões, de trilhões de universos do tamanho do nosso, de uma ponta a outra do universo, considerando que o universo tem um diâmetro de 30 bilhões de anos luz? A resposta é que essa ameba gastaria 10^171 anos para realizar essa tarefa, mas perceba que esse valor nem seque arranha 10^1000.
Perguntamos de novo, como podemos crer em algo cujas chances são de 1 em 10^1000 ou até 1 em 10^2.000.000.000?

[De partida, a afirmação atribuída a Sagan jamais existiu. Quanto à frase atribuída a Marcel, também é falsa.

Em se tratando da lei de Borel, esta afirma que eventos cuja escala de probabilidade seja de 1 chance em 10^50, simplesmente não ocorrem. aqui
Mas criacionistas em seus devaneios extrapolaram o uso desta lei para justificar que a vida não poderia ter ocorrido e evoluído simplesmente por mecanismos naturais, pois tal probabilidade estaria no limiar da lei de Borel.

A falha para tal argumento é a ausência de tempo. No contexto da evolução, importa a freqüência em que as formas de vida se reproduzem e com qual freqüência as mutações podem ocorrer.

Bactérias, cuja freqüência de reprodução é muito maior que de baleias, estão muito mais expostas a mutações e, portanto podem evoluir mais rapidamente.

Também há que se considerar que a formação de polímeros biológicos a partir de monômeros é função das leis da química e da bioquímica, conforme visto anteriormente. Assim, não há qualquer aleatoriedade envolvida no processo.

Outro ponto, a ser considerado se trata de que a vida propriamente dita não tenha se iniciado a partir de protobactérias, mas de moléculas simples, com cadeias de cerca de 30 a 40 subunidades. Paulatinamente, estas evoluíram em sistemas cooperativos de auto-replicação até a organismos simples.

Estes auto replicadores primordiais provavelmente eram catalisadores como proteínas, enzimas ou RNA-ribossômico (ribozimas), os quais se regeneravam em um ciclo catalítico.

Apesar do título do livro citado ser sugestivo “ Probability and Life”, Borel não fez qualquer discussão acerca da teoria da evolução ou da abiogênese.

Todavia, em Probability and Certainty, esta questão foi abordada:

Estraído de Probability and Certainty, p. 124-126:

The Problem of Life.

In conclusion, I feel it is necessary to say a few words regarding a question that does not really come within the scope of this book, but that certain readers might nevertheless reproach me for having entirely neglected. I mean the problem of the appearance of life on our planet (and eventually on other planets in the universe) and the probability that this appearance may have been due to chance. If this problem seems to me to lie outside our subject, this is because the probability in question is too complex for us to be able to calculate its order of magnitude. It is on this point that I wish to make several explanatory comments.

When we calculated the probability of reproducing by mere chance a work of literature, in one or more volumes, we certainly observed that, if this work was printed, it must have emanated from a human brain. Now the complexity of that brain must therefore have been even richer than the particular work to which it gave birth. Is it not possible to infer that the probability that this brain may have been produced by the blind forces of chance is even slighter than the probability of the typewriting miracle?

It is obviously the same as if we asked ourselves whether we could know if it was possible actually to create a human being by combining at random a certain number of simple bodies. But this is not the way that the problem of the origin of life presents itself: it is generally held that living beings are the result of a slow process of evolution, beginning with elementary organisms, and that this process of evolution involves certain properties of living matter that prevent us from asserting that the process was accomplished in accordance with the laws of chance.

Moreover, certain of these properties of living matter also belong to inanimate matter, when it takes certain forms, such as that of crystals. It does not seem possible to apply the laws of probability calculus to the phenomenon of the formation of a crystal in a more or less supersaturated solution. At least, it would not be possible to treat this as a problem of probability without taking account of certain properties of matter, properties that facilitate the formation of crystals and that we are certainly obliged to verify. We ought, it seems to me, to consider it likely that the formation of elementary living organisms, and the evolution of those organisms, are also governed by elementary properties of matter that we do not understand perfectly but whose existence we ought nevertheless admit.

Similar observations could be made regarding possible attempts to apply the probability calculus to cosmogonical problems. In this field, too, it does not seem that the conclusions we have could really be of great assistance.

Resumindo, Borel disse o que muitos disseram. Não dá para calcular a tão mencionada probabilidade. aqui

Segue abaixo o desmascaramento da falácia criacionista quanto à aplicação de conceitos estatísticos.


O mito da seqüência da vida:

Freqüentemente se ouve que há uma seqüência para a vida de 400 proteínas e que a seqüência de aminoácidos para a síntese destas proteínas não pode ser modificada por organismos vivos.

As 400 proteínas parecem ter vindo da codificação do genoma do organismo Mycobacterium genetalium, o qual possui o menor genoma hoje conhecido em um organismo, mesmo dentre os modernos.

Os primeiros protobiontes deveriam ser menores ainda e deveriam ter sistemas químicos ainda mais simples.

Há na maioria das proteínas regiões onde quase qualquer aminoácido pode ser substituído e outras regiões onde substituições conservativas podem ser feitas (onde aminoácidos carregados podem substituir outros aminoácidos também carregados, neutros por neutros e hidrofóbicos por hidrofóbicos).

Algumas moléculas equivalentes funcionais podem ter entre 30 e 50% de seus aminoácidos diferentes. De fato, é possível substituir estruturalmente proteína bacteriana por proteína de levedura e proteínas de vermes por humanas e o organismo viver muito bem.

Assim, a alegação da seqüência da vida é pura fantasia.


Lançamento de moedas e construção macromolecular para iniciantes.

Engajemo-nos no jogo criacionista sobre a formação aleatória de peptídeos a partir de aminoácidos. É claro que este jamais foi o caminho até então e nem tão pouco na terra pré-biótica, mas é bem instrutivo.

Usemos como exemplo o peptídeo auto replicador do grupo de Ghadiri. Outros exemplos como o auto replicador de hexanucleotido poderia ser usado, o replicador de SunY ou o de RNA polimerase do grupo de Eckland mas para a explicação do mal entendido criacionista um peptídeo pequeno é ideal. Este peptideo tem 32 aminoácidos em sequência como RMKQLEEKVYELLSKVACLEYEVARLKKVGE e é uma enzima uma peptídeo ligase que faz uma copia de si mesma a partir de 16 subunidades de aminoácidos.

Este também é o tamanho e a composição desejável para a sintetização de um peptídeo abiótico.


A probabilidade de gerá-lo a partir de tentativas aleatórias é de (1/20)^32 ou 1 chance em 4.29 x 10^40. é bem mais provável que 1 em 2.04 x 10^390 o qual é o padrão criacionista de geração por acaso no que se refere ao cenário de síntese de carboxi-peptidase, mas também parece absurdamente baixo.

Entretanto, há outro lado referente a esta probabilidade e este depende do fato que muitos de nos não possuem tato com estatística. Quando vemos que há uma chance em um milhão de determinado evento ocorrer, muitos de nos pensam que devem ser feitas 1 milhao de tentativas antes deste evento ser encontrado, mas isto é um erro.

Aqui vai um experimento que podemos fazer: lancemos uma moeda 4 vezes, escrevamos os resultados e façamos novamente.quantas vezes devemos repetir o procedimento a fim de termos 4 caras em seqüência?

Agora, a probabilidade de 4 caras em sequencia é de (1/2)^4 ou 1 chance em 16: temos de fazer 16 tentativas para obtermos 4 caras (HHHH)?

Não em experimentos sucessivos, a experiencia obteve 11, 10, 6, 16, 1, 5, e 3 tentativas antes do evento HHHH ocorrer.

O quadro 1 em 16 (ou 1 em um milhão ou 1 em 10^40) dá a probabilidade de um evento em uma dada tentativa mas não diz onde ele ocorrerá na série. Pode-se conseguir HHHH na primeira tentativa. Até mesmo 1 chance em 4.29 x 10^40, um auto-replicador pode aparecer surpreendentemente cedo.

Mas 1 chance em 4.29 x 10^40 é surpreendentemente improvável. É difícil lidar com este número, mesmo sabendo-se que ele pode ocorrer na primeira tentativa. As pessoas diriam que levaria mais tempo que a vida na Terra para que tal evento ocorresse de modo aleatório.

Não necessariamente, pois nos exemplos acima analisou-se apenas uma seqüência de síntese de proteína DNA/proto-replicador sendo construído por tentativa.

De fato haveria bilhões de simultâneas tentativas e bilhões de aminoácidos interagindo nos oceanos em milhares de quilômetros em praias que propiciariam formas e superfícies catalíticas.

Voltemos ao exemplo com moedas. Digamos que leve 1 minuto para jogar 4 vezes uma moeda; para gerar HHHH levaria em média 8 minutos. Mas agora imaginemos 16 pessoas jogando simultaneamente a moeda 4 vezes; agora o tempo médio para gerar HHHH seria de 1 minuto.

Tentemos HHHHHH cuja probabilidade é de (1/2)^6 ou 1 em 64. isso demoraria meia hora em média, mas recrutemos 64 pessoas e teríamos novamente a média de 1 minuto!

Agora, para 1 chance em 1 bilhão, recrutemos 1 bilhão de pessoas e em média o tempo seria o mesmo: 1 minuto!

Então, na Terra pré-biótica teríamos bilhões de peptídeos crescendo simultaneamente o que reduziria o tempo levado para gerar um replicador significativo.

Mas e sobre, 1 chance em 4.29 x 10^40? Teríamos moléculas suficientes para aleatoriamente construir o primeiro replicador em meio bilhão de anos?

Sim, 1 Kg do aminoácido arginina tem 2.85 x 10^24 moléculas assim, uma tonelada tem 2.85 x 10^27 moléculas.

Se jogarmos um basculante carregado em um lago médio ter-se-á moléculas suficientes para gerar o nosso replicador particular em dezenas de anos, sendo que poderemos obter 55 cadeias protéicas longas de aminoácidos de 1 a 2 semanas.

Assim como isso se desenvolveu na terra pré biótica? Acredita-se que os oceanos a essa época tivessem um volume de 1 x 10^24 litros. Dando-se uma concentração de 1 x 10^-6 M aos aminoácidos (uma sopa moderadamente diluída, veja Chyba e Sagan 1992) então haveria aproximadamente o potencial de 1 x 10^50 para começar a formação de cadeias, o que é um número favorável para que as pudessem ser produzidas eficientemente as peptídeo-ligases (por volta de 1 x 10^31) em menos de 1 ano, dirá em 1 milhão de anos.

A Síntese dos auto-replicadores primitivos pode ocorrer relativamente rápido mesmo com a probabilidade de 4.29 x 10^40, mesmo que desconsiderada a possibilidade de ocorrer na primeira tentativa.

Assuma-se que demore 1 semana para gerar a seqüência. Então a ligase de Ghadiri pode ser gerada em uma semana e a seqüência do citocromo C em pouco mais de 1 milhão de anos (dentre estes em torno da metade das 101 possíveis seqüências de peptídeos serem de proteínas funcionais.

Embora tenha sido usada a ligase de Ghadiri como exemplo o mesmo vale para o auto replicador de Sun Y ou a RNA polimerase de Ekland e para outros oligonucleotídeos.


Horizonte de buscas ou quantas agulha no palheiro?

Gerar uma pequena enzima não se trata de uma dificuldade inimaginável como criacionistas e Fred Hoyle sugerem.

Outro erro de compreensão se trata de que a maioria das pessoas apenas sente que o número de enzimas ou ribozimas, sem se falar nas polimerases de RNA-ribozima ou qualquer auto replicador que represente a mais improvável configuração com chance de formar uma única enzima ou ribozima, além do vasto número delas a partir de adições aleatórias de aminoácidos, nucleotídeos seja muito pequeno.

Entretanto, analises realizadas por Ekland sugerem que a sequencia de espaços de 220 nucleorídeos de longas seqüências de RNA espantosamente possuem 2.5 x 10^112 que são eficientes ligases. Nada mal para um composto que previamente pensou-se que era apenas estrutural.

Retornando ao oceano primitivo de 1 x 10^24 litros e assumindo-se que a concentração de um nucleotídeo fosse de 1 x 10^-7 M, então haveria aproximadamente o número de 1 x 10^49 potenciais cadeias de nucleotídeos, o que representa um alto número de eficientes RNA ligases ( em torno de 1 x 1034) que poderiam ser produzidas em um ano, dirá em milhões de anos.

O potencial número de RNA polimerases também é alto, em torno de 1 em cada 1020 seqüências é um RNA polimerase. Similares considerações se aplicam a acil- transferase ribossômica e a síntese de nucleotídeos de ribozimas (em torno de 1 em cada 1015 seqüências).

Similarmente de 1 x 10^130 das possíveis 100 unidades proteicas, 3.8 x 10^61 representam apenas o citocromo C.

Ha muito as enzimas funcionais no espaço amostral dos peptídeos nucleotídeos, assim, parece que seria provável que a construção funcional de de enzimas poderia ter sido realizada quando da sopa pré-biótica.

Assim, sendo, a construção aleatória de aminoácidos em sistemas de sustentação da vida como hiperciclos, mundo RNA ou co-evolução de RNA – ribozima – proteína, seriam sem dúvida plausíveis, mesmo com o quando pessimista a partir da concentração do monômero original e período para as sínteses.


Conclusões

A principal premissa dos cálculos probabilísticos dos criacionistas está incorreta, em primeiro lugar por adotar as premissas incorretas.

Além disso, o argumento é freqüentemente sustentado por meio de falácias estatísticas e biológicas.

Até o momento, não se tem idéia de quão provável seria o evento da vida. É impossível de se afirmar ou se tecer qualquer significado a respeito das probabilidades a qualquer passo da vida, exceto para os dois primeiros (monômeros para polímeros p=1.0, formação de polímeros catalíticos p=1.0).

A partir dos polímeros replicantes para a transição do hiperciclo a probabilidade poderia ser de p=1.0 se S.A. Kauffman estiver certo a respeito do fechamento catalítico e dos modelos de transição de fase, mas isto requer modelagem química mais detalhada a fim de poder ser confirmado.

Kauffman propôs que a vida teria começado não com uma única molécula capaz de se auto-replicar, mas com coletividade auto-replicante de moléculas.

Sua proposta combina conceitos de organização fechada com ensaios aleatórios da teoria gráfica. Quando polímeros interagem, o número de polímeros diferentes aumenta exponencialmente. Entretanto, o número de reações a partir das quais pode haver interconversão também aumenta mais rápido que seu número total.

Assim, com o aumento da diversidade também se dá o da probabilidade de alguns subgrupos do total que alcançam um ponto crítico onde há um atalho catalítico para todos os membros.

Tal grupo é auto-cataliticamente fechado pois cada molécula pode catalisar a replicação de outra molécula no grupo e dessa forma sua própria replicação é catalisada por outro membro do grupo.

Mas isso não se trata de um fechamento em que outras moléculas não possam ser adicionadas ao grupo.

Há evidências experimentais para esta teoria por meio do que a química oferece, bem como por meio de simulações em computador que são inequivocamente plausíveis no que concerne a sustentar esta teoria.


Para o passo hiperciclo ao protobionte, a probabilidade depende de conceitos teóricos que ainda estão sendo desenvolvidos e, portanto, são desconhecidos. Entretanto, a viabilidade de geração da vida depende da química e da bioquímica que vem sendo estudadas, não apenas de um lançamento de moeda ao acaso.

Assim, o argumento criacionista mais se trata de um jogo com números, inventado e atribuído ao um cientista de renome associado a uma lei matemática de modo a confundir o leitor leigo.

Não apresentam dados físicos ou bioquímicos a fim de que se possa proceder qualquer cálculo de probabilidades.

Com o que conhecemos hoje em biologia é impossível calcular qualquer probabilidade a correta aproximação a fim de se considerar o processo evolutivo.

O que se faz em termos de probabilidades a respeito desta questão é analisar em um intervalo de tempo a aparição de um novo gene, nunca anteriormente visto e que possa conferir vantagens suficientemente seletivas ao organismo a fim de que se espalhe entre o pool genético da espécie.

Portanto, devemos considerar a probabilidade de um passo no processo da evolução e não a comparação abstrata entre vida e sua ausência.

Assim, há que se considerar se houve tempo suficiente e se houve uma fonte suficiente para que as mutações ocorressem. Com isso, o processo evolutivo pode tranqüilamente ter se originado e ocorrido nas primeiras formas de vida, sem qualquer violação da lei de Borel.

Em relação à segunda lei, a informação contida nos genomas pode aumentar, reduzir-se ou variar, pois o processo empregado, apesar de reduzir a entropia do subsistema célula aumenta a do sistema como um todo. Não há violação da citada lei, no que se refere aos mecanismos empregados no processo evolutivo.

Não é necessário alterar-se um genótipo inteiro da espécie a fim ocorrer uma nova característica. Basta que uns 3 ou 4 Hox se alterem para ocorrerem mudanças gritantes. Assim, sua teoria de probabilidades não passa de distorção de dados.

Portanto, o argumento criacionista distorceu a lei matemática de Borel a fim de sustentar sua argumentação falha. Mas a matemática não mente.

Ela mostra que o argumento criacionista é falso, pois não considera muitas variáveis importantes no que se refere aos processos de mutação e de evolução.

Aliás, o termo criacionistas vem a calhar. São “criadores” de mentiras, besteiras e falácias.

O articulista foi bem enquanto citou suas fontes. Mas a partir da menção de dados probabilísticos deixou a desejar, pois pelo que notei são pura invenção, principalmente o ponto de partida que é atribuir a Sagan o que ele jamais disse.
Em resumo, o uso da teoria de probabilidades e estatística que o senhor Xavier faz em seu artigo é completamente equivocado, pois se vale como se na Terra pré-biótica estivesse ocorrendo reações que formariam apenas um polímero protéico, quando na verdade, ter-se-ía uma infinidade de reações químicas ocorrendo.

Sem considerar o fato de que com nosso atual conhecimento, se faz impossível discorrer sobre cálculos de probabilidades referentes a determinados eventos relativos à origem da vida, pois sequer os conhecemos (não dá para se calcular chances de um evento que desconheço suas propriedades).

De acordo com o texto apresentado, o senhor Xavier cria todo um arcabouço retórico baseado em premissas falsas, a fim de convencer o leitor despreparado.

Mas, um conhecimento razoável em química, biologia e estatística frustra suas pretenções, recheadas de má fé (prefiro entender assim) ou de falta de conhecimento sobre a temática que tenta, de maneira parca, discorrer. ]

SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA - A MÁ FÉ CRIACIONISTA PROSSEGUE (PARTE 7)

Agora o que tudo isso tem a ver com a teoria da evolução? O fato é que a teoria da evolução propõe que um sistema caótico, teve sua entropia reduzida a ponto de que as moléculas se organizaram e formaram uma célula, e daí por diante a vida teria se iniciado a partir dos seres unicelulares. Essa seria então uma das primícias da teoria da evolução, ou seja, a vida unicelular (algo extremamente complexo) teria se originado da desordem, do caos. Pergunto: isso é impossível? Não é impossível, em um sentido matemático mas é algo extremamente improvável, lembra da história do ovo quebrado que se conserta sozinho? Tal impossibilidade é conhecida no meio acadêmico, e aqui citaremos diversos exemplos, situações não ditas por mim, mas pelos maiores defensores do ceticismo, ou ateísmo como queiram.

[Quanta besteira!

Para começar não trate o sistema “Terra pré-biótica” como se ele não possuísse inúmeros subsistemas, que, como já vimos, são perfeitamente passíveis de sofrerem redução de entropia.

Uma pergunta, o que seria um sistema caótico, na sua concepção?

A teoria da evolução jamais proporia o absurdo que citou sobre do nada se formar um ser unicelular, nem mesmo a teoria da abiogênese o faria. De início propôs-se que coacervados se formaram.

Coacervado é um aglomerado de moléculas protéicas envolvidas por moléculas de água, em sua forma mais complexa. Essas moléculas formadas por proteínas foram envolvidas pela água devido ao potencial de ionização presente em alguma de suas partes. Acredita-se, portanto, que a origem dos coarcevados (e conseqüentemente da vida) tenha se dado na água.

Para a teoria da origem da vida, existiam coacervados formados de diversas maneiras. Os mais instáveis quebraram e se desfizeram. Já alguns, quebraram-se e uniram-se a outros e a moléculas inorgânicas e/ou orgânicas, formando coacervados complexos.

É possível que em algumas dessas milhares de combinações que podem ter ocorrido, alguns coacervados tenham se tornado mais estáveis, crescido e se reproduzido (eis aqui o mecanismo da seleção natural).

Estas formas de coacervados podem estar relacionadas aos hiperciclos de Wächterschäuser.

Nenhuma célula se formou na terra pré-biótica, nem a vida se iniciou por seres unicelulares. Eles apareceram há 3,8 bilhões de anos e são os extremófilos sendo que até hoje muitos deles estão vivos.

A vida ao que parece se formou de modo muito mais simples que o próprio DNA ou uma proteína.

Estamos falando de DNA primordial, bem diferente do que conhecemos atualmente com 4 bases nitrogenadas, pentose e fosfato.

São o que os estudos de Wächterschäuser têm demonstrado.

Como você fez menção ao ovo, faço menção a nossa galinha, o que derruba sua argumentação.]








Começaremos pelo cientista evolucionista Paul Davies que admite que a possibilidade de fazer as proteínas da vida por recombinação casual será semelhante a alguém imaginando que seja possível construir uma casa explodindo dinamite embaixo de um caminhão de tijolos! Num artigo da revista New Scientist, ele disse:
Agora conhecemos que o segredo da vida não consiste somente nos ingredientes químicos, porém, na estrutura lógica e no arranjo específico das moléculas.... Como um supercomputador, a vida é um sistema de processamento de informação.[viii]

[O metabolismo dos seres faz com que os organismos trabalhem e produzam os ingredientes para sua manutenção.

A lógica para as proteínas é dada pelo DNA, o qual é montado em suas bases apenas respeitando A-T e C-G, mas isso em nível celular.

Todavia, aminoácidos sob certas condições podem formar polímeros protéicos que culminam em colóides, os quais podem aprisionar determinadas substâncias.

Mas precisamos de proteína para o DNA se formar não é? Putz só Deus mesmo!!! Ainda não.

Existem as enzimas de RNA ou ribozimas, que se trata de uma molécula de RNA com capacidade catalítica, ou seja, diminuem a energia de ativação de uma reação de forma específica.

A descoberta de ribozimas trouxe uma grande contribuição para a compreensão da evolução dos seres vivos no planeta, sugerindo que, provavelmente, as moléculas de RNA precederam as de DNA neste processo.


As siglas DNA, ou ADN, e RNA, ou ARN, são talvez as mais conhecidas pelos que se interessam pelas ciências biológicas. A primeira refere-se ao ácido desoxirribonucléico, matéria-prima dos genes, e a segunda ao ácido ribonucléico, que também participa na formação de proteínas e se torna cada vez mais importante.



Distinguem-se três tipos de RNA: o mensageiro, o transportador e o ribossômico, que se concentra nos ribossomos, nódulos citoplásmicos onde as proteínas são montadas.


Na década de 60, as principais funções atribuídas ao RNA eram puramente informacionais e estruturais.



Segundo o esquema então aceito, a informação codificada no DNA é transcrita em molécula linear (RNA mensageiro), que copia o código do gene com as instruções para produção de uma proteína.


A seguir, esse RNA sai do núcleo celular e se prende a um ribossomo. Este move-se ao longo da molécula do cabeçote e traduz o código genético numa sequência de ácidos aminados que são carregados pelo RNA transportador.

Quando pronta, esta cadeia de ácidos aminados constitui a proteína. Naquele tempo, admitia-se que o RNA ribossômico fosse um mero andaime que mantinha em seus lugares os componentes da proteína. Depois, verificou-se que o andaime não é formado por proteínas do ribossomo, mas pelo RNA dessa estrutura.


Assim Cech (1982) e Altman (1983) demonstraram que o RNA exerce funções catalisadoras.


O que fazem as ribozimas? Elas participam do corte de moléculas de RNA mensageiro, o splicing, fazendo a remoção de "introns", ou seja, as regiões que não são traduzidas.


RNA autocatalítico foi descoberto no protozoário Tetrahymena e, nesse organismo, era capaz de se autoprocessar, retirando um íntron de forma perfeita, na ausência de qualquer outra proteína.
A posterior descoberta de um rRNA que era responsável pela ligação peptídica entre dois aminoácidos reforçou a idéia de que um RNA poderia ter funções catalíticas.Talvez um RNA primordial poderia ser responsável pelo início da vida e teria a capacidade de se autoduplicar e produzir polipeptídeos a partir de moléculas precursoras.


Na década de 60 Carl Woese, Francis Crick e Leslie Orgel, ao contemplarem a extraordinária complexidade funcional e estrutural do RNA, propuseram que essa macromolécula poderia possuir uma função catalítica além de sua função básica informacional. Uma descoberta dessa função poderia abrir um novo campo de estudo sobre os primórdios da vida.


E foi exatamente isso que se descobriu, RNAs com funções catalíticas. Essa descoberta permitiu a formulação de várias outras hipóteses sobre o surgimento da vida. Com a observação de algumas dessas moléculas poderiam catalisar sua própria replicação, criou-se uma hipótese de um mundo primordial formado apenas por moléculas de RNA.

Nesse mundo do RNA, como foi chamado, as moléculas de RNA comportavam praticamente como organismos vivos, competindo entre si por meio de seleção natural. Aquelas que possuíam maior longevidade, estabilidade, replicavam-se mais vezes e com maior fidelidade de cópia logo aumentavam sua população no pool de moléculas existentes e proporcionavam a extinção das moléculas mais instáveis e com características menos adequadas.


Com o surgimento do código genético e a produção de proteínas criou-se um sistema enzimático mais eficiente, já que era separado do sistema informacional e não necessitava de uma estrutura especial para realizar as duas tarefas.

É provável que, a partir daí cada um dos sistemas pode evoluir com maior eficiência, produzindo uma molécula melhor e mais estável capaz de guardar informação genética (o DNA) e outra mais maleável, capaz de assumir milhares de conformações tridimensionais diferentes que atuassem em reações diferentes, gerando uma melhor especificidade enzimática.


José Fernando Fontanari (professor titular do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo e membro do corpo editorial dos periódicos Physics of Life Reviews e Theory in Biosciences) conta que a descoberta dessas moléculas (as ribozimas) dispensou a presença de proteínas no cenário pré-biótico e, portanto, resolveu em parte o paradoxo de Eigen mostrando que “função” e “informação” podem coexistir em uma mesma molécula. Essa descoberta deu origem ao novo paradigma da origem da vida, chamado mundo de RNA.


Entretanto, o problema da limitação no tamanho das ribozimas e, portanto na quantidade de informação armazenada no RNA, permanecia à espera de uma solução. Pior que isso, a teoria previa que apenas uma única espécie de ribozima sobreviveria - aquela com maior eficiência na replicação. Com isso, fica difícil explicar a vasta diversidade de moléculas que coexistem e interagem de forma coordenada nas células modernas.


Uma solução elegante para todas essas dificuldades – o esquema do hiperciclo – foi proposta pelo próprio Manfred Eigen em parceria com seu estudante de doutorado Peter Schuster.

O hiperciclo é um esquema de reação cíclica, em que cada replicador auxilia a replicação do seguinte, até chegar ao último que, então, auxilia a replicação do primeiro, fechando assim um ciclo. Auxílio nesse caso significa catálise e, portanto, os elementos do hiperciclo deveriam ser simultaneamente replicadores e catalisadores (enzimas). Somente as ribozimas possuem essas características.


A possibilidade de coexistência entre ribozimas distintas no hiperciclo resolve o problema da limitação da informação, pois agora cada ribozima pode codificar uma parte apenas da informação total, a qual ficaria armazenada no hiperciclo como um todo. A informação contida em uma ribozima continua limitada pela fidelidade de replicação, mas se, por exemplo, três ribozimas distintas coexistirem num hiperciclo, a quantidade de informação é triplicada. Essa solução modular é adotada pela natureza ao dividir nosso genoma em 23 pares de diferentes cromossomos.


A idéia (ver desenho) é fechar um ciclo entre diferentes elementos, em que a ribozima a utiliza a b para otimizar sua replicação, enquanto b é auxiliado por c que, por sua vez, colabora com a.


Mas os hiperciclos não estão livres de problemas. A crítica mais severa levantada pelos biólogos evolucionistas é a possibilidade ou, como afirmam, inevitabilidade, de surgirem mutantes parasitas em alguma etapa desse processo. Por exemplo, um mutante gerado pela ribozima b pode continuar a receber auxílio de a, mas, por um defeito qualquer, não ser capaz de catalisar a replicação de c.

Este mutante parasita, que não contribui em nada com c, destrói todo o hiperciclo e torna-se a única molécula sobrevivente. “A manutenção de um ciclo como este depende de uma ação altruísta (de filantropia, caridade) de cada membro”, destaca Fontanari. Ele explica que essa teoria é perfeita, mas a possibilidade de surgirem parasitas faz com que o hiperciclo não seja a explicação mais robusta para a origem da vida. “É preciso existir essa cooperação, mas é necessário resolver o problema dos parasitas”, completa o físico.


Segundo o físico, “a solução pode ser alcançada de forma surpreendentemente simples através do confinamento dos hiperciclos em vesículas ou células: o parasita destrói o hiperciclo da vesícula em que se originou, mas não consegue infectar as outras vesículas”.


Quanto à origem da primeira molécula auto-replicadora, talvez a resposta esteja na auto-organização da matéria distante do equilíbrio termodinâmico, campo de pesquisa ainda pouco explorado, que pode levar a descobertas de novas leis da física, segundo Fontanari.


Para Aleksandr Oparin, bioquímico russo pioneiro no estudo científico da origem da vida, como lembrado por Fontanari em um artigo na Scientific American (edição 40, setembro de 2005), “muito, muito em breve as últimas barreiras que separam o vivo do inerte cederão frente ao trabalho paciente e poderoso do pensamento científico”.


Creio que com a explicação acima dada por cientistas a questão dos biopolímeros esteja clara.




Mas, de onde vieram as ribozimas? Já sei... deus as criou!!! Ainda não.
Desde a experiência de Urey-Miller, passou-se a sintetizar em laboratório os componentes simples das moléculas complexas, submetendo-se misturas de gases simples a energias diversas. Com isso pôde-se obter aminoácidos, ATP, Bases nitrogenadas de DNA e RNA.



Leslie Orgel do Salk Institute descobriu uma molécula semelhante ao RNA, com 50 nucleotídeos formada espontaneamente a partir de sais de chumbo, e compostos de carbono simples, na ausência de células ou compostos complexos.
Manfred Eigen do Gottigen Institute, com sua equipe criou moléculas de RNA que se auto replicaram na ausência de células vivas.



Ao reagir consigo mesmo por 5 vezes, o ácido cianídrico (componente produzido no espaço interestelar e, provavelmente mais um dos candidatos a atmosfera pré-biótica), resultou em adenina, que compõe o DNA, RNA e ATP.


Uma vez que no mundo pré-biótico não havia proteínas, as quais interagem com moéculas numa reação, servindo como catalisadores, estes devem ser procurados entre os que estavam presentes no planeta.


Assim, metais e argilas possuem atividade catalítica e facilitam a reunião de cadeias curtas como as do RNA a partir de nucleotídeos.
Assim, é possível que o rRNA tenha se formado no mundo pré-biótico, o que resolve a síntese de proteínas, enzimas, RNA´s em geral e DNA.

A descoberta das ribozimas abre luz sobre a questão da origem da vida biológica.

Talvez, foram moléculas de ARN, ou parecidas, com capacidade de se autoreplicarem, as precursoras da vida. Estas pssíveis replicases de ARN haveriam evoluído até originar proto-células.
Creio que tal explicação em termos científicos reduz as dúvidas quanto ao problema proteína/RNA/DNA.]


Vejamos o que nos diz o ganhador do prêmio Nobel de Medicina Dr. Francis Crick:
Um homem sincero, armado com todo conhecimento de que dispomos agora, só poderia afirmar que, num certo sentido, a origem da vida parece no momento ser quase um milagre, tantas são as condições que teriam que ser satisfeitas para fazê-las existir.
[ix]



[Uma afirmação pessoal do Crick não torna o evento impossível. A origem da vida realmente é algo fantástico, que por enquanto escapa a nossa compreensão (este foi o intuito da frase de Crick).





Porém, mistificá-la como algo sobrenatural não é fazer ciência, mas é fazer a pseudociência do criacionismo (parte-se da crença, adapta-se a ciência, a fim de validar as crenças e varre-se para baixo do tapete aquilo que contraria a dogmática bíblica empedernida que reside na mente dos criacionistas). 






Argumentos da autoridade em ciências naturais não são nada. Todavia o senhor Xavier transforma uma frase de Crick nesta prática falaciosa, extremamente prezada nos meios criacionistas. Assim, esses textos fora de contexto não confirmam nem desconfirmam nada acerca do evento da vida.
 

Além do mais, Crick, como bom cientista, jamais “chutaria” o problema para deus ou se valeria de argumentos da autoridade, tanto que identificou as bases da vida como a conhecemos hoje.]   
E por que não falarmos do pai do ceticismo moderno, Carl Sagan, que arrebatou multidões em sua aclamada série Cosmos. Segundo Sagan a possibilidade do homem ter evoluído é de aproximadamente 1 em 10^2.000.000.000.[x]

Se fossemos escrever esse número por extenso seria preciso o equivalente a 20.000 livros de 100 páginas. Tal probabilidade nos mostra que tal evento simplesmente não ocorreu, fere os princípios básicos da segunda lei, a possibilidade de tal organização a partir da desordem é algo que simplesmente não pode ser concebido. Impossível?

Não, mas altamente improvável.


[De onde você tirou tal afirmação, ou seja, qual a fonte? Vc é mentiroso mesmo ein!!! como todos os criacionistas (será que é isso que Deus ensina na sua crença). Sagan jamais disse isso. Sou fã dele desde que tinha 5 anos de idade. Nasci em 1967; li seus livros, assisti e reassisti a série e nunca ouvi ou li isso.







Vejamos o que Sagan realmente disse a respeito disso tudo (extraído do livro Variedades da Experiência Científica - Uma Visão Pessoal da Busca por Deus - Carl Sagan Companhia das Letras pgs. 116 a 122 - adaptado com outros capítulos do livro, bem como do livro: SAGAN, Carl;
CRICK, F. H. C.; MUCHIN, L. M.. Comunication and Extraterrestrial Inteligence. MA: MIT Press. p. 46):

A Terra formou-se a partir do calapso de agrupamentos de matéria como meteoritos, cometas, e poeira cósmica. A água trazida de fora por mais impactos com corpos celestes ou existente no interior da Terra começou a se condensar na superfície, preenchendo as crateras dos impactos. Descargas elétricas e radiação ultravioleta, bem como ourtras fontes de energia (tectonia, calor dos vulcões), produziram matéria orgânica localmente.

Esta quantidade de matéria orgânica que pode ter sido produzidanas primeiras centenas de milhões de anos da história da Terra era suficiente para ter produzido no oceano atual uma solução com grande percentagem desta matéria.

Em laboratório é possivel separar moléculas orgânicas e pelos seus fragmentos formar os blocos de construção das proteínas e dos ácidos nucleicos e, por experimentos subsequentes, formar moléculas grandes e complexas.

A Terra somente se tornou adequada para a origem da vida há talvez 4 bilhões de anos, sendo que os primeiros fósseis são de cerca de 3,5 bilhões de anos, ou seja, estão a cerca de 500 milhões de anos além da origem da vida.


Entretanto, estes fósseis não se tratam de organismos simples. São os estromatólitos que são colônias de algas. Isso demonstra que a origem da vida foi rápida e, sendo assim, é um processo , que em certo sentido, é provável, ou seja maior a rapidez de um processo, mais provável ele se torna.


Embora seja difícil de se extrapolar a partir de um único caso, a evid~encia dos estromatólitos sugere que a origem da vida foi de certa forma fácil e, de certa forma, apoiada nas leis da física e da química. E, se isso for verdade, é um fato muito importante para se analisar a vida extraterrestre.


Há uma objeção clássica a este tipo de argumento sobre a origem da vida que, segundo Sagan fora proposta por Pierre Lecompte du Noüy, em 1947 no livro Destino Humano e costuma a ser redescoberta a cada meia década. Ela é mais ou menos assim:


Pensem em algumas moléculas biológicas. Não em todas. Vamos dar aos evolucionistas o benefício da dúvida. Vamos supor uma coisa pequena, simples, não algo com milhares de aminoácidos, ou seja, uma enzima com cem aminoácidos.

Um jeito de imaginar isso é  pensar em uma espécie de colar com cem contas. Há 20 tipos diferentes de contas e qualquer delas pode estar em qualquer posição. Para reproduzir a molécula com precisão, seria necessário colocar todas as contas (aminoácidos) em sua ordem correta.  

Se você estivesse de olhos vendados montando um colar com a mesma quantidade de contas a chance de colocar a conta certa no primeiro espaço é de 1/20, no segundo espaço de (1/20) ^2 e, no centésimo espaço de (1/20)^100 , o que resultaria em uma chance aproximadamente de 10^130 que é imensamente maior que o número de partículas elementares no Universo, estimado em 10^80.

Imaginemos que cada estrela no universo tenha um sistema planetário como o nosso, que um planeta tenha oceanos tão densos como os nossos, que cada oceano deste possua uma solução com  algum percentual de matéria orgãnica, que em cada volume minúsculo do oceano esteja ocorrendo um experimento uma vez a cada microssegundo em um número enorme. O que dewscobrimos é que esta sequência de experimentos durasse a história inteira do universo, jamais seria produzida uma molécula de enzima conforme a apresentada. 

E, na vardade pior ainda: se fizessemos o mesmo experimento uma vez a cada tempo de Plank (a menor unidade de tempo permitida pela física) ainda não conseguiríamos gerar uma molécula de hemoglobina. A partir desse fato, muita gente concluiu que Deus existe, pois do contrário de que outra forma poderiam ser feitas estas moléculas?


Parece ser um argumento bem convincente... Mas observemos novamente: Faz diferênça se removermos o ácido aspártico para colocarmos o glutamínico nesta molécula de hemoglobina? 

Na maioria dos casos não, pois cada enzima possui um sítio ativo que geralmente possui mais ou menos 5 aminoácidos e é este sítio que faz as coisas acontecerem. Quanto ao restante da molécula está comprometido em dobrar a molécula, ligá-la e desligá-la. 

Assim, não é preciso explicar 100 lugares, mas 5 para fazer as coisas funcionarem. Assim, nossa probabilidade cai para (1/20)^5 que é aproximadamente 3 milhões. Dá para fazer isso em cerca de uma semana.


Mas lembrem, o que estamos tentando fazer: não estamos tentando fazer um ser humano do nada, ou seja, fazer todas as moléculas de um ser humano cairem ao mesmo tempo juntas num oceano primitivo para que alguém saia nadando da água, que fora a probabilidade dada no exemplo de Sagan no livro Communication and Extraterrestrial Intelligence.

O que estamos pedindo é alguma coisa que dê início a vida, para que a peneira imensamente poderosa da seleção natural de Darwin possa começar a escolher os experimentos naturais que funcionem e a incentivá-los, deixando de lado aqueles que não funcionem.


 Fica claro aqui que se deixa de lado um ponto importante nessas aparentes deduções da intervenção divina pela observação do mundo natural. Uma declaração bastante contundente e dramática desse tipo foi feita pelas astrônomos Fred Hoyle e N. C. Wickramasinghe, sendo a idéia deles a história do Boeing 747 se formar espontaneamente pela passagem de um redemoinho em um ferro velho.


Devemos saber que um avião desse porte não nasceu prontinho no mundo da aviação, pois é um produto final de uma longa sequência evolutiva que remonta ao DC-3 até chegar ao biplano dos irmão Wright. Esta história torna mais fácil entender a origem dada no primeiro exemplo.


 Na verdade, referente à probabilidade, o que Sagan comentou acerca da questão probabilística sobre a evolução humana, não se referiu sobre a evolução tomar o caminho que ela tomou e não sobre a questão dela acontecer de fato.

O comentário dele apenas significa que se voltássemos ao passado da Terra, no início das origens da vida começassemos novamente, os resultados poderiam ser bem diferentes do que aconteceu. 

Como exemplo, se jogassemos 5000 moedas por várias vezes, as sequências de caras e coroas seriam bem diferentes umas das outras. Cada sequência teria a probabilidade de (1/2) ^5000 de acontecer, o que é be3m maior que o número proposto por Borel de 10^50.


Eventos improváveis acontecem todo o tempo (ganhar na loteria, um óvulo ser fertilizado por um espermatozóide e nascer um determinado indivíduo, a ordem no decaimento radioativo).


Quanto aos caminhas da evolução, há várias alternativas e muitos eventos neste interim. assim, em muitos casos os resultados podem ser bem diferentes, sem se tratar de nada espantoso ou inesperado.


Atualmente sabemos que nosso genoma possui em torno de 3,1 bilhões de bases nitrogenadas. Assim, a probabilidade de eu existir seria de (1/4)^3,1 * 10^9 (impossível!!!! Só mesmo um milagre divino!!!). Mas a probabilidade de um ser humano ocorrer numa relação sexual entre meus pais, dentro de um período fértil de minha mãe, seria bem alta. 


Dessa forma, a colocação aqui realizada por você, Xavier, é equivocada, pois confunde a probabilidade de um determinado resultado com a probabilidade dos resultados, ou seja, se eu jogo minhas moedas para o alto, a probabilidade de eu ter um resultado qualquer é 1, exceto se a força de deus fizer elas evaporarem no ar...


Quanto ás origens da vida, veremos o que de fato Borel disse mais adiante. Aduiantando um pouco, um evento que desconheço como ele funciona, sua probabilidade de cálculo é impossível.

 
 Aqui vai o que Sagan disse e se relaciona ao projeto SETI - A Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI):

“Alguns cientistas que trabalham na questão de inteligência extraterrestre, e eu estou entre eles, tentaram calcular o número de civilizações técnicas avançadas na galáxia Via Láctea - isto é, sociedades capazes de radioastronomia.


Tais estimativas são um pouco melhor que chutes. Elas requerem atribuir valores numéricos a quantidades como os números e idades de estrelas, o que nós sabemos bem; a abundância de sistemas planetários e a probabilidade da origem de vida dentro deles, a qual nós sabemos menos bem; e a probabilidade da evolução de vida inteligente e o tempo de vida de civilizações técnicas sobre as quais nós sabemos muito pouco realmente.

Quando nós fazemos a aritmética, o número que meus colegas e eu propomos é ao redor de um milhão de civilizações técnicas apenas em nossa Galáxia. Este é um número de tirar o fôlego, e é divertido imaginar a diversidade, estilos de vida e comércio desses milhões de mundos. Mas pode haver tanto quanto 250 bilhões de estrelas na Galáxia Via Láctea.

Até mesmo com um milhão de civilizações, menos que uma estrela em 250.000 teria um planeta habitado por uma civilização avançada. Considerando que nós temos pouca idéia de quais estrelas são as candidatas prováveis, nós teremos que examinar um número enorme delas. Assim a busca por inteligência extraterrestre pode requerer um esforço significante.”



Aqui segue outro comentário a respeito de vidas inteligentes evoluírem no espaço, ditos por Sagan.

“Some scientists working on the question of extraterrestrial intelligence, myself among them, have attempted to estimate the number of advanced technical civilizations in the Milky Way galaxy — that is, societies capable of radio astronomy. Such estimates are little better than guesses. They require assigning numerical values to quantities such as the numbers and ages of stars, which we know well; the abundance of planetary systems and the likelihood of the origin of life within them, which we know less well; and the probability of the evolution of intelligent life and the lifetime of technical civilizations, about which we know very little indeed. When we do the arithmetic, the number that my colleagues and I come up with is around a million technical civilizations in our Galaxy alone. That is a breathtakingly large number, and it is exhilarating to imagine the diversity, lifestyles and commerce of those million worlds. But there may be as many as 250 billion stars in the Milky Way Galaxy. Even with a million civilizations, less than one star in 250,000 would have a planet inhabited by an advanced civilization. Since we have little idea which stars are likely candidates, we will have to examine a huge number of them. Thus the quest for extraterrestrial intelligence may require a significant effort.”







Acho que todo o exposto aqui é bem diferente das baboseiras que você escreveu. Ou seja, para ser delicado, Xavier, você faltou com a verdade e valeu-se de extrema má fé o que parece ser algo patológico, de altíssima probabilidade, em cristãos fundamentalistas.

Cuidado... Deus castiga quem mente ein!

O inferno te aguarda! E o capeta vai lhe dar como lição estudar big bang, evolução e origens da vida, por toda a eternidade, pois como estas são suas ciências, nada mais divertido para ele. Assim, a biblioteca dele deve ser enorme, sem falar no número de cientistas que estão lá que serão seus futuros professores....(Hua hua hua hua hua!!!!)

Já, para os humanos, o mentiroso é desacreditado e perde o seu crédito.

Melhor consultar suas fontes e se policiar mais antes de mentir... deus está vendo...]

Para tratarmos dessa questão de probabilidade, e para que entendamos o que representa tais potências num sentido prático, faremos uso da chamada Lei de Borel, que nos mostra que estatisticamente um evento cuja probabilidade esteja abaixo de 1 chance em 10^50 simplesmente não ocorre. Ora se 10^50 não ocorre[xi], então o que dizer do10^2.000.000.000. Fatidicamente Sagan, assassinara, portanto, a teoria da evolução de uma vez por todas.


[Como Sagan não disse nada disso, sua afirmação é infundada.]

Marcel P. Schutzenberger da Universidade de Paris, França, calculou a probabilidade da evolução baseado na evolução e na seleção natural. Como muitos outros cientistas ele calculou que era algo inconcebível, porque a probabilidade de um processo ao acaso realizar isso é virtualmente zero, como vemos:

Não há probabilidade (10^1000) de ver esse mecanismo surgir espontaneamente e, se surgisse, menos ainda que se mantivesse...Para concluir, cremos que existe uma brecha considerável na Teoria Neodarwinista da evolução, e cremos que essa brecha é de natureza tal que não pode ser fechada dentro da concepção corrente da biologia.


[Quais os dados utilizados e as fontes para que o dito cujo calculasse tal probabilidade se é que ele calculou mesmo?

Qual sua fonte para afirmar isso?

Não encontrei nada que Marcel P. Schutzenberger calculasse a possibilidade da evolução em termos de probabilidades, nem dentro do Dedalus da USP nem nos sistemas da Universidade de Paris ou universidades americanas. Ao que parece, é mais uma das mentiras criacionistas.

Marcel apenas critica as falhas da teoria sem calcular qualquer probabilidade.]


Alguns evolucionistas tentam argumentar que em virtude do processo ser gradual não seria estranho que uma série de impossibilidades se acumulasse no decorrer do tempo, o fato é que o espaço entre uma possibilidade e outra, não é infinitesimal uma vez que para cada passo seguinte temos que esperar um verdadeiro milagre estatístico, e não é só o evento ocorrer, mas ele se manter para possibilitar o evento seguinte, uma vez que eles são interdependentes, ou seja quando se calcula uma probabilidade para um evento final como o surgimento da vida pelo acaso, se faz necessário que uma séria de eventos consecutivos e ordenados ocorra de uma maneira lógica a fim de gerar uma “simples” vida unicelular.


[Aqui vc começa a incutir o “deus das lacunas” o típico sofisma criacionista. Saiba que pequenas mudanças em genes reguladores (Hox) podem levar a mudanças gritantes nos fenótipos.


Se a mutação se revelar melhor para a espécie, ela será transmitida mais intensamente aos futuros descendentes.

Ao final de muitas gerações, podemos ter coisas muito diferentes do ancestral comum, como seria um gorila, um chimpanzé um bonobo e um orangotango.

Lembre-se: a regra é a extinção e a evolução é a exceção.]