sexta-feira, 27 de novembro de 2009

BIOLOGO IRADO (E MAL EDUCADO) E CRIACIONISTAS DESPEITADOS...


Como sempre, Dawkins pisa nos calos de religiosos intrometidos em assuntos que não lhes dizem respeito. Em vez de cuidar das almas de seus pobres fiéis, estas personagens se intrometem no campo científico numa desesperada tentativa de sustentar seus dogmas sem sentido e atestar a validade de seus livros sagrados e seus entes metafísicos (deus, criador inteligente, dentre outras tolices).




Hoje a malhação criacionista se trade de uma cruzada contra o Maior Espetáculo da Terra (não vejo a hora que publiquem, pois há muito estou esperando este livro).

Segue em preto a reportagem de Época, em vermelho a malhação criacionista (AQUI) publicada dia 25/11/2009 e em azul meus comentários à malhação.

Um biólogo irado

O biólogo inglês Richard Dawkins, 68 anos, é sem sombra de dúvida o maior divulgador vivo da teoria da evolução. Seu primeiro livro, O gene egoísta (1976), inspirou uma geração de estudantes de biologia, enquanto o penúltimo, Deus, um delírio (2006), serviu como um poderoso argumento para elevar a autoestima dos ateus, incentivando-os a sair do armário. Com o seu novo livro, esplendidamente intitulado de O maior espetáculo da Terra - As evidências da evolução (Editora Companhia das Letras, 475 páginas, R$ 53), Dawkins faz uma defesa inabalável [como certos setores da mídia conseguem ser tão laudatórios, quando querem!] da teoria da evolução, formulada há exatos 150 anos por Charles Darwin, com a publicação de A origem das espécies (1859). O objetivo de Dawkins é justificar a validade da teoria ao público leigo – e avesso – à evolução. Sua meta é converter a massa ignara [leia-se ignorante, insensata, estúpida] que, em nome de convicções religiosas, insiste em dar as costas ao princípio basilar das biociências, da genética e da medicina do século XXI.

[Lembre-se de que Dawkins se autointitula "bright"; os que não aceitam o ultradarwinismo são, portanto, imbecis.]

Não criacionistas não são imbecis. Eles dividem-se em dois grupos:

· Aqueles que praticam o estelionato intelectual a fim de doutrinarem jovens e pessoas despreparadas na crença de que há um deus pau para toda obra e, assim manterem seu séqüito de fiéis e os intereses financeiros de suas igrejas.

· Aqueles que são simplesmente ignorantes, pensam que entendem o assunto teoria da evolução e ,assim se deixam levar pela crendice, por vislumbrarem a impossibilidade de que a natureza pode dar conta sozinha no que se refere à origem das espécies.

Partir do princípio de que seu público-alvo é estúpido não seria um bom ponto de partida para o livro. No entanto, é precisamente isso o que Dawkins faz nessa sua cruzada científica evangelizadora. Ele inicia citando dois livros seus antigos, apenas para observar que, quando os escreveu nos anos 1980, “as pessoas eram, aparentemente, mais inteligentes” e ele não precisava argumentar que a evolução de fato aconteceu. “Não parecia ser necessário”, diz.

Estava enganado. Prova disso é a expansão, principalmente nos Estados Unidos, do criacionismo, movimento pseudo-científico que renega Darwin, e defende a necessidade de uma “inteligência superior” para justificar a complexidade da vida e do universo. Definido quem é o inimigo a ser enfrentado, Dawkins, já no primeiro capítulo, compara a sua tarefa à de um professor de história forçado a ensinar “um bando de ignorantes (...) À exceção daqueles lamentavelmente desinformados, é obrigação de todos aceitarem a evolução como um fato”.
[Será que eu li isso mesmo?! Os "ignorantes" são obrigados a aceitar a evolução como fato?!!]

Sim, evolução das espécies é um fato para a infelicidade dos criacionistas, uma vez que há toneladas de evidências que corroboram esta realidade. Todavia, criacionistas insistem que estas evidências não atestam a validade da teoria, preferindo jogar tudo nas costas de um suposto deus e empurrarem para baixo do tapete aquilo que não interessa. Resumindo "Eis a nossa crença... que fatos devemos usar para corroborá-la?"

Ignorância tem cura, basta se interessar pela disciplina que se deseja entender, ler muito e estudar a fundo. O ignorante é aquele que desconhece determinado assunto. Assim, posso ser expert em física, mas sou um ignorante em odontologia.


Mas o fundamentalismo, este é difícil de ter cura, pois seu combustível é a ignorância, a miséria, a intolerância e o descaso com o ensino, além de claro a religião vista sob uma perspectiva, não alegórica, a fim de aproveitarmos o que há de bom nela e sermos pessoas melhores, mas sob o enfoque de ser a verdade acima de tudo.


Em cada capítulo, Dawkins destila ironia. “Este não é um livro antirreligioso”, afirma, antes de começar a bater sem dó nos dogmas religiosos. “Deus, é bom repetir o que deveria ser óbvio, mas não é, jamais criou uma asinha”, qualquer. Para Dawkins, os jovens criacionistas foram “iludidos até as raias da perversidade”

[ah, sim, agora os criacionistas - que procuram se pautar pelos princípios éticos da lei de Deus e não pelos ditames da competição pela sobrevivência e propagação da bagagem genética (doa a quem doer) - é que são perversos!].

Sim, são perversos porque, por meio de sua pseudociência mentem deslavadamente para jovens, que ainda não possuem conhecimento suficiente para rebater as imbecilidades “criadas” pelos criacionismos em todas as suas vertentes. Distorcem a ciência sem o menor pudor para fazer proselitismos baratos em sala de aula e assim angariar mais e mais fiéis para suas seitas fundamentalistas e assim ser mais fácil dominar as pessoas sob um único pensamento.


Leis de deuses não são guias para a ciência, pois esta é o mundo da realidade e a natureza está pouco se lixando para o que o deus X ou o deus Y disseram aos seus seguidores quando de suas supostas "revelações". A ciência é a mesma coisa, seja no Brasil, em Israel, na China, no Gabão ou no Canadá. Mas as leis de deuses variam conforme a cultura de cada povo, pois se tratam de subjetividades intrínsecas a cada sistema cultural.


Competição pela vida ocorre de fato na natureza os menos favorecidos perecerão e assim tem sido por 3,8 bilhões de anos. Infelizmente, o que transmite nossas características aos nossos descendentes, sejam elas boas ou ruins, não é um prêmio ou um castigo dos deuses, mas sim os genes e eles é quem determinam se somos bons ou ruins para determinado meio.

Criacionistas em geral, podem chorar e reclamar, mas a vida é o mundo do ser e não do dever ser. Porém, como somos humanos, podemos cuidar daqueles mais fracos (idosos, doentes, deficientes, crianças, os menos favorecidos financeiramente, etc.) pois criamos uma estrutura para suprir estas pessoas.


O darwinismo social, teorizado por Herbert Spencer, em que os grupos mais favorecidos devem suplantar os menos favorecidos, é uma tentativa para justificar o capitalismo selvagem. Façamos uma pequena digressão para compreender este conceito tão aventado por criacionistas.


O DARWINISMO SOCIAL:


O século XIX foi marcado pelo desenvolvimento do conhecimento científico. A busca por novas tecnologias, alavancada pela Revolução Industrial, fez com que os estudiosos se multiplicassem nas mais variadas áreas do conhecimento. Nessa época, várias academias e associações voltadas para o “progresso da ciência” reconheciam a figura dos cientistas e colocavam os mesmos como importantes agentes de transformação social.

No ano de 1859, um estudioso chamado Charles Darwin transformou uma longa caminhada de viagens, anotações e análises no livro “A origem das espécies”. Nas páginas daquela obra revolucionária nascia a teoria evolutiva, o mais novo progresso galgado pela ciência da época. Negando as justificativas religiosas vigentes, Darwin apontou que a constituição dos seres vivos é fruto de um longo e ininterrupto processo de transformação e adaptação ao ambiente.

Com o passar do tempo, observamos que as noções trabalhadas por Darwin acabaram não se restringindo ao campo das ciências biológicas. Pensadores sociais começaram a transferir os conceitos de evolução e adaptação para a compreensão das civilizações e demais práticas sociais. A partir de então o chamado “darwinismo social” nasceu desenvolvendo a ideia de que algumas sociedades e civilizações eram dotadas de valores que as colocavam em condição superior às demais.

Na prática, essa afirmativa acaba sugerindo que a cultura e a tecnologia dos europeus eram provas vivas de que seus integrantes ocupavam o topo da civilização e da evolução humana. Em contrapartida, povos de outras regiões (como África e Ásia) não compartilhavam das mesmas capacidades e, por tal razão, estariam em uma situação inferior ou mais próxima das sociedades primitivas.

A divulgação dessas teorias serviu como base de sustentação para que as grandes potências capitalistas promovessem o neocolonialismo no espaço afro-asiático. Em suma, a ocupação desses lugares era colocada como uma benfeitoria, uma oportunidade de tirar aquelas sociedades de seu estado “primitivo”. Por outro, observamos que o darwinismo social acabou inspirando os movimentos nacionalistas, que elaboravam toda uma justificativa capaz de conferir a superioridade de um povo ou nação.

De fato, o darwinismo social criou métodos de compreensão da cultura impregnados de equívocos e preconceitos. Na verdade, ao falar de evolução, Darwin não trabalhava com uma teoria vinculada ao choque binário entre superioridade e inferioridade. Sendo uma experiência dinâmica, a evolução darwiniana acreditava que as características que determinavam a “superioridade” de uma espécie poderiam não ter serventia alguma em outros ambientes prováveis.

Com isso, podemos concluir que as sociedades africanas e asiáticas nunca precisaram necessariamente dos valores e invenções oferecidas pelo mundo ocidental. Isso, claro, não significa dizer que o contato entre essas culturas fora desastroso ou marcado apenas por desdobramentos negativos. Entretanto, as imposições da Europa “superior” a esses povos “inferiores” acabaram trilhando uma série de graves problemas de ordem, política, social e econômica.
É inapropriado relacionar o conceito "darwinismo social" a Charles Darwin. "Luta pela sobrevivência", "direito do mais forte" jamais foram palavras de Charles Darwin, mas sim conceitos manipulados por outros.
Não Darwin, mas sim o sociólogo inglês Herbert Spencer a aplicar as leis da evolução à sociedade humana. É dele que parte a noção de survival of the fittest – sobrevivência do mais bem adaptado. Glaubrecht tira a conclusão lógica:
"Justamente o darwinismo social é algo que se deveria chamar – se é que precisamos fazê-lo – de 'spencerismo'. Pois não tem absolutamente nada a ver com Darwin."
No século 19 discutiam-se, em diversos círculos, noções racistas e antissemíticas. Cursava o mito dos "arianos" superiores: o ódio contra tudo o que fosse diferente e um nacionalismo pronunciado se disseminavam pela Europa.
As obras do francês Arthur de Gobineau e do publicista britânico Houston Stewart Chamberlain eram muito lidas. Seu tema era a superioridade da "raça branca", que criaria uma cultura mais elevada, enquanto outros povos, supostamente inferiores, tinham como única finalidade a servidão. A mistura das duas "raças" devia ser considerada decadente e perniciosa.
A partir do darwinismo social desenvolve-se a assim chamada eugenia, uma ideologia extremamente desumana, cujo fundador foi justamente um primo de Charles Darwin, o matemático Francis Galton. Seus adeptos propunham aperfeiçoar o material genético humano através da criação direcionada, como a praticada com os animais domésticos. Consequentemente, apenas as pessoas "racialmente mais valiosas" deveriam se reproduzir.

Tal idéia caiu em descrédito, pois, por incrível que pareça, foi a própria ciência da evolução quem desbancou esta pseudociência, uma vez que seres humanos todos são iguais, embora uns sejam mais hábeis que outros em determinados campos, o que tem como causa a própria seleção natural que ocorrem em nossa espécie.

Mas afirmar que uma cultura é inferior ou superior a outra e que humanos diferem em nível intelectual, até o momento, isso foi refutado, seja pela antropologia, seja pela biologia respectivamente.

Portanto, atribuir a Teoria da Evolução como ela sendo a raiz dos preconceitos, se trata de pura ignorância, seja ela no campo da história, do pensamento sociológico-antropológico e científico. Aliás, acho que as vezes entendo porque Dawkins diz que criacionistas são ignorantes, mas discordo dele, pois os vejo como estelionatários intelectuais, destilando sua má fé e retórica vazia a fim de ludibriar os menos favorecidos intelectualmente.

Mas e o criacionismo? Por que afirma ser a vertente bíblica (judaico-cristã) a verdadeira “doa a quem doer?”


Não seria isso uma forma de preconceito ou alusão à superioridade de uma crença religiosa-ideológica frente a outras culturas e sistemas religiosos deste mundo? O que torna o criacionismo indiano menos verdadeiro que o africano ou o judaico ou o celta?


O que torna o deus cristão mais ou menos verdadeiro que um deus aborígene ou que um deus escandinavo ou indígena?

Ohhhhhh! A arqueologia prova a verdade bíblica!!! e isso é inegável...” Isto não passa de falácia da falsa analogia. Arqueologia prova a existência de pessoas, fatos e locais e não de deuses ou seres metafísicos e suas promessas.

Se partirmos por este prisma, a cidade de Krishna existiu, Sidarta Gautama e seu reino no Nepal, existiram, os imperadores chineses, japoneses e faraós existiram, então automaticamente o Induísmo, o Budismo, as crenças chinesas, o Xintoísmo e a religião egípcia estão todas validadas como verdadeiras.

Criacionismo é questão religiosa, não científica, pois é algo subjetivo, intrínseco a cada sistema social, antropológico, histórico e religioso.

Tem-se a impressão de que Dawkins não consegue controlar sua ira [típico de quem não possui o fruto do Espírito].

Não vejo ira nos escritos de Dawkins. Ele apenas combate a ignorância e o fundamentalismo que tenta se infiltrar nos meios acadêmicos travestido de ciência. Realmente ele não possui o “fruto do Espírito” da Ignorância que é a conseqüência do fundamentalismo religioso e da péssima educação que vem sendo ministrada em salas de aula.

Ou melhor, desde que se aposentou em 2008 da Universidade de Oxford, Dawkins não tem mais porque refrear o seu ímpeto antirreligioso.

O maior espetáculo da Terra não é um mau livro – Dawkins não saberia escrever algo que fosse ruim [uia!].

Dawkins não escreve mal, muito pelo contrário... pois se não fosse assim, religiosos não estariam fazendo a choradeira e a gritaria que fazem cada vez que ele lança um livro.
Agora, não posso dizer o mesmo de escritores criacionistas (aqui se incluem os proponentes do DI). Já vi lixo circulando por ai, mas igual Adauto Lourenço, Naor, Dembski, Behe, Morris, dentre outros "superstars " da pseudociência... estou para ver.

No entanto, pode-se perguntar por que ele perde tanto tempo tentando argumentar com os criacionistas. Todos nós sabemos que os criacionistas não são pensadores racionais

[ai, essa doeu, e se eu não acreditasse em sono da morte, diria que muitos dos chamados pais da ciência teriam se revirado na sepultura].

Mais uma falsa analogia. Engraçado que criacionistas adoram se referir a Newton, Kepler, Pascal, dentre outros pensadores da ciência, como se eles atualmente seguiriam o que pensavam na época em termos religiosos.

O tempo em que estes personagens viveram, foi uma época difícil, pois pensar, ser cientista ou descobrir coisas novas, muitas vezes ia contra o dogmatismo da igreja e, poderia custar a vida ou a liberdade da pessoa (vide Giordano Bruno e Galileu).


Certamente se os pais da ciência vivessem hoje, não fariam ciência para buscar deus, mas a fariam como fazemos hoje, para procurar entender a natureza, desvinculada de entidades sobrenaturais e da mítica religiosa.

Eles são movidos por suas crenças, não pela lógica
[Acreditar que informação complexa especificada não surge, simplesmente, é ilógico? Sustentar que todo projeto deriva de um projetista não é lógico? Faça-me o favor!].

Sim é altamente ilógico e irracional, além de ser desonesto, e anti-científico pois todo essa arcabouço de baboseiras não possui respaldo lógico-científico que o sustente. Aqui encontra-se refutada toda a questão da complexidade especificada proposta por Dembiski.


O que dá suporte á idéia de que um criador inteligente existe?


Seres vivos, paisagens naturais, planetas, estrelas, etc. não se tratam de máquinas cujo projeto saiu de uma prancheta, mas de coisas meramente naturais. Projetos indicam planos e propósito em se criar algo (ex. uma TV, um avião, um relógio). Este algo deve ser realizado em uma única etapa e deve possuir uma determinada função e tem de funcionar bem para que a tal função seja cumprida.

Não é o que vemos na natureza. Veja aqui e aqui por que e como a complexidade irredutível de Behe há muito já foi refutada.

Mas se as obras da natureza possuem projetos, deve possuir planos e portanto propósitos assim, pergunto:
Qual seria o plano e o propósito de existir a galáxia de Andrômeda, um buraco negro, uma toupeira, um pé de coca, um pé de mamão, um tigre, o Sol, a nuvem de Oort, os anéis de Saturno, um magnetar, o Grand Canyon, o Oceano Indico, a fossa de Sunda, o quark, o Vesúvio, a toxoplasmose, os Alpes Suiços, a molécula de ácido fórmico, a fasciola hepática, o deserto do Sahara, o anopheles, e o ser humano em todas as suas nuances (qual o propósito de existirem negros, australóides, asiáticos e caucasianos) e se reproduzirem entre si?

Por que o plano do desenhista inteligente é tão ruim a ponto de tornar o Universo um verdadeiro caos, sendo que nosso planeta é o caos no que se refere à sua natureza e geologia ou de fazer com que um negro nasça albino em pleno Quênia ou de que uma criança sofra de atavismo (aqui tb)?

Se existirem respostas para tal, estou aguardando...ZZZZZZZZZZZZZZZ!!!!!


Eis aí a justificativa da profissão de fé desse grande cientista
["grande cientista"?! Por que Época não menciona uma descoberta significativa sequer do "grande biólogo irado"? Por que não diz que, além de aposentado, faz anos que Dawkins não produz ciência, não pisa num laboratório como pesquisador, apenas escreve livros para encher os bolsos e descer a lenha nos teístas e criacionistas?].


Cuidado amigo, embora sejamos suscetíveis a elas, tanto a inveja como a ira fazem parte do rol dos sete pecados capitais!!!! Fazer ciência não é só ir para o laboratório, mas também divulgá-la, por meio de livros e programas cientificos, além de combater a pseudociência que nos assola. Eis a carreira do Dr. Dawkins (melhor que a de muitos criacionistas...).

Isso me cheirou a uma falácia ad hominiem.

Se teístas não se metessem onde não são chamados e parassem de dizer idiotices acerca da ciência, certamente que Dawkins, Dennett, Pinker, Harris, não estariam metendo o pau neles.

A culpa dos teístas serem malhados e deles próprios, pois não é possível que em pleno século XXI ainda exista o pensamento esdrúxulo de querer se misturar ciência com religião.

Tal postura é péssima, seja para a ciência (gera má compreensão das teorias científicas), seja para a religião (a faz cair no ridículo).
A religião é ensinada por meio de alegorias a fim de que sejamos pessoas melhores a cada dia. Não significa corrermos e tentar provar que determinado ente sobrenatural existe, mas sim são lições para termos princípios que norteiem nossa vida em sociedade, para que sejamos melhores a cada dia.

Basta lermos o que há de bom nos livros sagrados e deixarmos de lado as alegorias que inferiorizam outros povos e crenças.

Dawkins não tem medo de ser politicamente incorreto. Não tem papas na língua. Não tem medo de criar polêmica nem chamar os criacionistas de imbecis

[Por que teria medo disso, se é justamente esse rancor estridentemente sensacionalista que ajuda a vender seus calhamaços?].

Não é por essa razão que os livros de Dawkins são vendidos. Xurumelas à parte, quando ele trata de biologia, seu conhecimento é excelente e seus livros são ótimas referências para a disciplina.

A única coisa que Dawkins teme é a ignorância. [Na verdade, a ignorância que lamento é a das editoras brasileiras que ignoram livros que têm feito muito sucesso lá fora e que ajudariam a equilibrar esse dabate em nosso país; livros como The Edge of Evolution, do bioquímico Michael Behe, ou o recém-lançado Signature in the Cell, de Stephen Meyer, primeiro lugar na lista de best-sellers da Amazon na categoria ciência, em 2009, mas praticamente desconhecido no território tupiniquim.]

O fato de um livro ser best seller no exterior, não significa dizer que seu conteúdo se trata de algo digno de credibilidade na área científica. É o argumento ad popolum em ação ( a voz do povo é a voz de deus).

O primeiro livro, caso siga a linha de “A caixa preta de Darwin” classifico como lixo pseudocientífico.


Quanto a Meyer (eis a biografia do bacana - para variar mais um cristãozinho evangélico correndo atrás de provas para afirmar a veracidade de seu deus mequetrefe), este é um outro ícone do DI (vejam aqui e aqui como ele tece sua argumentação). Ou seja, seus argumentos não passam de criacionismo requentado (DI) onde invoca insistentemente a complexidade especificada de Dembski, (pior, alem dessa coisa esdrúxula ser inconsistente, Meyer parece não ter muita noção de como usá-la).

Assim, caso em seu novo livro Meyer siga a linha que tem adotado até então, classifico seu trabalho como o de Behe: "LIXO PSEUDOCIENTÍFICO".

De acordo com uma resenha, ao que aprece, o livro faz um apanhado entre história e filosofia da ciência na investigação da biologia molecular e afirma que soluções materialistas nao respondem os enigmas desta disciplina.

Daí segue na linha da argumentação batida de Dembski referente à complexidade especificada e conclui que por trás disso tudo há um agente inteligente. Detalhe, não demonstra o cerne de sua teoria pseudocientífica - a existência do tal agente-inteligente (ou agente X como queiram) atuamndo na informação do DNA. Apenas conclui que o dito cujo existe sem demonstrar evidências concretas de que ele existe.

Nosso amiguinho diz estar preparado paera enfrentar as argumentações materialistas que serão reações a seu livro. Bem não estou interessado em argumentos retóricos ou em contrapontos dialéticos relacionados a sua tese, mas em evidências concretas sobre o que é afirmado: a existência do tal "agente inteligente" e sua atuação como projetista da informação contida no DNA.

Bem, para chegar a esta brilhante conclusão, não seria necessário Meyer fazer curso de filosofia da ciência em Cambridge, ser graduado em física e ciências da terra, ou o diabo que o carregue. Como sempre digo, basta ter entre 3 e 4 anos de idade, saber falar e ter sido idiotizado pelos pais, ou então ser ignorante de carteirinha, como certas marcas de crentes que andam por ai, assombrando as escolas com suas teses esdrúxulas e proselitismos baratos.


Resumindo, o livro de Meyer é pura argumentação da ignorância.

Oohhhh!!!! isso é um enigma que o materialismo cruel e sem escrupulos não responde!!! Quem seria capaz de responder???

Até parece tema de filme de super herói: "É um livro? É um cientista? É um laboratório? É uma pesquisa de campo?

Não!!! e o AGENTE INTELIGENTE !!!!"(TAN TAN TAN!!! - em tema de Superman), ou seja é o argumento tipo BCO ( Bom para Crente Otário).

Assim, é ótimo que este lixo seja desconhecido por aqui, de modo a não contaminar nossas escolas, a mente dos menos informados e estudantes ainda não preparados para refutar esse monte de abobrinha religiosa travestida de ciência. Até então, o que fizemos foi importar lixo americano (crenças fundamentalistas e suas teses esdrúxulas e obscurantistas contrárias ao desenvolvimento científico), em vez das coisas boas.

Não lamento nem um pouco que os " selvagens tupiniquins" não tenham importado essa tralha dos puritanos WASPs (white american anglo-saxon protestants), a fim de nos emburrecer ainda mais e nos tornar "Hommer Simpsons" e "Flanderes" em potencial.


É sinal que nossas editoras têm primado pela seriedade e possuem certa consciência no que concerne a matérias científicas e a divulgação de informações, além de que nosso povo parece estar evoluíndo um pouco mais, adquirindo uma identidade própria e deixando de ser o "macaco de imitação" dos norte americanos.


Em suma:

  • Quer aprender biologia? Então leia Ernst Mayr, Richard Dawkins e Stephen Gould e nada melhor que Origem das Espécies do Sr. Darwin, para começar.
  • Quer aprender bioquímica? Leia o Lehninger acompanhado do Allinger, do Boyd do Castellan do Quagliano, do Russell e do Atkins.
  • Quer aprender astrofísica? Leia Carl Sagan, Michio Kaku, Bryan Greene, Lee Smolin, Marcelo Gleiser e Stephen Hawking. Acompanhe a leitura com Einstein, Resnick e de um bom livro de Cálculo e outro de Geometria analítica e algebra linear.
  • Quer entender a mente? Leia Freud, Jung, Lacan e Pinker.
  • Quer começar a entender filosofia? Comece pela Paidea, avance pelo pensamento da idade média, passe pelo oriente, volte a idade moderna e passe pelos contemporâneos. O "Mundo dos Filósofos" traz um bom apanhado destes temas.
  • Quer aprender arqueologia bíblica? Consulte Israel Finkelstein e Gerog Fohrer.
  • Quer permanecer ignorante, ter uma visão distorcida e não saber nada sobre os temas acima? Leia o site da SCB e o site do Discovery Institute, as publicações de seus ícones, bem como o Manual da Criação do fanatico Adnan Oktar e toda a produção de lixo pseuocientífica do criacionismo, do DI e das crenças fundamentalistas.
(Época)

Nota: Alguém tem um Dramin aí? Ler essa matéria me deu náuseas.[MB]
Bem, amigo, eu preciso de dramin e buscopan, quando leio coisas acerca de criacionismo, pois é tanta besteira e má fé que me vira o estomago (me faz vomitar sangue) e os intestinos (me dá uma terrível diarréia que chega a desidratar minha paciência)... hehehehe


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

DESIGN INTELIGENTE - A Teoria da Conclusão Irrelevante














1 - INTRODUÇÃO:


O debate entre evolução e criação, ha muito superado pelas atuais descobertas científicas, atualmente renasce sob novo enfoque: a transformação do “criacionisnmo científico” em teoria do design inteligente (TDI)”.

Após a fragorosa derrota dos criacionistas, em 1987, no caso Edwards v. Aguillard, o criacionismo assume a fachada de design inteligente (DI).

O movimento do DI alega que a vida não poderia ter se desenvolvido por meio de processos naturais aleatórios, mas que somente por meio de uma força inteligente é possível explicar a complexidade e a diversidade das espécies. Mas, a identidade ou origem desta “força” é irrelevante...


2 - HISTÓRICO DO MOVIMENTO CRIACIONISTA EM TODAS AS SUAS NUANCES:

Um dos primeiros argumentos referentes ao debate sobre a existencia de um designer no Universo surge com Platão, no seculo VI a. C., em seu tratado Timeu. Tal argumento fazia menção a proposta de um demiurgo.

Aristóteles em seu trabalho “Metafísica” desenvolveu a idéia de um criador-designer do cosmos, o "Motor Imóvel".

Por volta de 45 a.C., Cícero em “De Natura Deorum” propôs que "o poder divino deve ser encontrado no princípio de uma razão que permeia toda a natureza". Esta linha de raciocínio aplicado a um designer sobrenatural é denominada “argumento teleológico para a existência de Deus”.

O Cristianismo , ao mesclar a filosofia greco-romana com a mitologia judaica, a fim de convencer os gentios a respeito da veracidade da nova seita, passa a dar sentido lógico àquilo que dentro do judaísmo era mera questão de fé. Todavia, aquilo que não interessava foi posto para baixo do tapete.

Quanto ao pensamento grego, deve-se dizer que entrará no cristianismo como sistematizador das verdades reveladas, e como justificador dos pressupostos metafísicos do cristianismo; não, porém, como elemento constitutivo, essencial e característico, porquanto este é hebraico e cristão.

E quanto ao direito romano, deve-se dizer que entrará no cristianismo como sistematizador do novo organismo social, a Igreja, e não como constitutivo de seus elementos essenciais e característicos, que são próprios e originais do cristianismo.

Dessa forma, ao se cristianizar o pensamento greco-romano, o deus bíblico passou a ser o regente e criador do mundo a todos os convertidos a nova fé. Ou seja, abandonaram-se mitologias anteriores e colocou-se uma única no lugar.

Tomás Aquino, por volta de 1273, em sua obra “Suma Teológica” propôs o design como uma de suas cinco provas.

Maiores detalhes sobre o pensamento filosófico cristão, consultar o Mundo dos Filósofos;

A proposição de Tomás Aquino foi utilizada por William Paley, em 1802, em seu livro Teologia Natural, cujo argumento é a analogia do relojoeiro, que no século XIX, é a base da teologia natural, ou entendimento da "mente de Deus".

Por meio deste movimento e incentivado pela descoberta de fósseis e observações de espécies, Darwin escreve “A Origem das Espécies”, em 1859.

O termo DI é encontrado em uma edição de 1847 da revista Scientific American, e em um livro escrito por Patrick Edward Dove, de 1850 e até em uma carta de Charles Darwin datada de 1861.

A termo também foi utilizado pelo botânico George James Allman em um discurso no encontro anual da Associação Britânica para o Avanço da Ciência de 1873.

Em 1925, a Lei Butler baniu o ensino da TE. O Butler Act proibiu o ensino de qualquer teoria que negasse "a história da Divina Criação do homem" (de acordo com a Bíblia), o que foi interpretado como uma violação das liberdades civis (o célebre "Caso Scopes").

O professor John T. Scopes (Julgamento do Macaco) é processado e condenado por estar violando um Ato da Assembléia Legislativa do Estado (a proibição do ensino da TE). Mas, por detalhes técnicos a sentença foi derrubada, sem ser julgado o mérito da Lei anti-Darwin.

As leis que baniam a evolução resistiram até 1967, quando foram proibidas pela Suprema Corte dos EUA.

Nos anos 60 e 70, entra em campo uma nova geração de criacionistas, que passou a demandar igual tempo para Darwin e para o Gênesis nas escolas. Argumento: a evolução é "apenas" uma teoria, não um fato.

A Creation Research Society, fundada em 1963, toma a linha de frente das organizações criacionistas e consegue aprovar em algumas legislações a exigência de que os livros escolares incluíssem a advertência de que "a origem e criação do homem e seu mundo não é um fato científico". A Bíblia era designada, uma vez mais, como texto de referência. A Associação Nacional do Professores de Biologia recorre e vence na Suprema Corte em 68.

O caso Epperson X Arkansas, julgado em 1968, em que a Suprema Corte Federal estabeleceu que a TE pode ser ensinada nas escolas, dado que é científica, mas não o criacionismo, uma crença religiosa e, portanto, viola a 1a emenda da Constituição que determina a separação entre Estado e igreja.

Os criacionistas, então, mudam de estratégia. Já que a teoria da evolução não podia ser banida, passam a lutar por igual tempo para a "creation-science" e para a "evolution-science". É aqui que entram em cena o citado Morris e seu fiel escudeiro Duane Gish (um PhD em bioquímica, astro dos debates antievolucionistas), organizando o Creacion-Science Research Center, em 1972, junto ao Christian Heritage College de San Diego, na Califórnia.

Nos dois anos seguintes, eles espalham os livretes Science and Creation (destinados a alunos de 1.a a 8.a séries) em 28 Estados.

A "ciência da criação", sustentavam, deve ter proporcionalmente o mesmo espaço reservado à "ciência da evolução" nos currículos escolares.

Ao mesmo tempo, o CSRC desenvolve campanhas em que atribui ao evolucionismo a "decadência moral dos valores espirituais", a "destruição da saúde mental" e o aumento dos divórcios, do aborto e, até, das "doenças venéreas"! (R. Numbers, coletânea citada).

James Horigan em 1979 no livro "Chance or Design?" também utiliza-se do termo DI, sendo que tal termo também fora utilizado por Fred Hoyle, em 1982, no que se refere à panspermia.

Em 1981, a Loisiana aprova a Lei de Tratamento Equivalente da Ciência da Evolução e da “Ciência da Criação” para a educação em escolas públicas, sendo que em mais de 25 estados, legisladores se engajam em projetos a fim de que a criação recebesse o mesmo status da ciência.

Ainda em 1981, foi julgado o caso de McLean X Arkansas, onde se processou o estado do Arkansas pedindo que o criacionismo fosse ensinado nas escolas como uma teoria alternativa à evolução. O juiz Overton julgou então se criacionismo era ciência, e decidiu contra.

As testemunhas foram: o paleontólogo Stephen Jay Gould, o biólogo e geneticista Francisco Ayala e o filósofo Michael Ruse, entre outros. O juiz federal William Overton proferiria uma sentença memorável (reproduzida em But is it science?, cit.) em que, definindo o que é ciência, concluiu que o conceito era inaplicável à autodenominada creation-science.

Descritivamente, escreve Overton:

"Ciência é o que é aceito pela comunidade científica" e "o que os cientistas fazem". E completa: "mais precisamente, as características essenciais da ciência são:

1) é voltada para as leis naturais;
2) deve ser explicativa em relação às leis naturais;
3) é testável no mundo empírico;
4) suas conclusões são provisórias, isto é, não constituem necessariamente a palavra final;
5) é falsificável".

São características que faltam à "ciência da criação", explica o juiz, porque esta faz referência a uma intervenção sobrenatural, a um Criador que teria gerado o universo a partir do nada (creatio ex nihilo), ou seja, conforme escrito nos primeiros 11 capítulos do Gênesis.

A creation-science é, na verdade, religião, posto que seus argumentos não são explicativos em relação à natureza, não são testáveis nem falseáveis. Em poucas palavras, pertencem ao terreno da fé. Era inconstitucional, portanto, a lei do Arkansas, por violar a separação constitucional entre Estado e religião.

No caso Edwards X Aguillard, julgado em 1987, a Suprema Corte se pronunciou no sentido de que os Governos deveriam manter neutralidade na questão religiosa, sob pena de violarem a Constituição, especialmente a cláusula de estabelecimento da 1a Emenda e a 14a Emenda.

Com todas estas derrotas judiciais, os grupos religiosos se desdobram para tentar revestir suas convicções criacionistas de roupagem científica. É daí que brotam teses esdrúxulas como a do DI, já que a Constituição afirma que a escola pública não pode ensinar religião, é preciso transformar a fé em ciência.

E, infelizmente, é isso que faz o neocriacionismo. Os proponentes do DI propagam suas idéias por meio do Discovery Institute, de Seattle. Essa organização, que tem orçamento anual de US$ 1,1 milhão, é majoritariamente financiada por fundações cristãs conservadoras.

Assim, ao final do século XX e no início do XXI, surge o DI ou teologia natural modernizada, cuja estrutura do trabalho tem objetivo duplo: contestar a Teoria da Evolução (TE) e provar o design na natureza.

Em 1989 é publicado "Of Pandas and People", revisado por Behe em 1993, em cujos esboços, praticamente, todas as derivações da palavra "criação", alusivas ao "criacionismo", foram substituídas pelas palavras "design inteligente". Este livro apregoa a idéia de o DI ser uma “alternativa” à TE.

A sentença sobre o caso Edwards X Aguillard influenciou o jurista Phillip E. Johnson, que, no ano de 1991, em seu livro “Darwin on Trial”, defendeu a permissão inferências sobrenaturais de criação na ciência, em combate ao naturalismo metodológico do método científico e, assim, substituí-lo pelo “realismo teísta”, conforme o documento Wedge Strategy ou Estratégia da Cunha.

Seus objetivos são:

· derrotar o materialismo científico representado pela TE;
· reverter a sufocante visão de mundo materialista e substituí-la por uma ciência consoante com as convicções cristãs e teístas;
· afirmar a realidade de Deus;
· renovar a cultura americana moldando a política pública para refletir os valores cristãos conservadores.


Em 1995, o Discovery Institute financia o Centro para a Renovação da Ciência e Cultura (CRCC), cujo propósito é o de promover a busca pelo movimento do DI, via apoio político e público, a fim de estabelecê-lo como uma “visão alternativa” à TE, baseada na criação.

Ou seja, a função do Discovery Institute é trazer Deus para explicar cada dificuldade que surja no caminho da biologia ou da física, criando toda uma argumentação pró-deus das lacunas.

Desde 1995, Arizona, Alabama, Illinois, Novo México, Texas e Nebraska tentaram excluir a evolução dos currículos. Em 1996, os criacionistas do Alabama conseguiram incluir nos livros escolares de ciência uma advertência chamando a teoria da evolução de controversa, alegando que ninguém estava presente quando a vida surgiu na Terra.

Com o crescimento do DI, em agosto de 1999, o Ministério da Educação do Kansas votou pela eliminação da evolução do currículo escolar de ciências. Em 2001, pressionado pela opinião pública, o Estado do Arkansas voltou atrás.

Esta infame decisão da Junta de Educação de eliminar as referências à evolução do currículo de ciência foi fortemente influenciada por proponentes da teoria do design inteligente.

William A. Dembski, uma das figuras mais proeminentes do movimento, afirma que a "detectabilidade empírica das causas inteligentes provê ao design inteligente o posto de teoria científica completa", (isso é falso conforme veremos adiante).

Os proponentes do DI investem a maior parte de seus esforços em convencer os políticos e o público, não a comunidade científica.


Em 2002, o Conselho de educação do Condado de Cobb na geórgia cedeu às demandas criacionistas e afixou em livros de biologia etiquetas que descrevem a TE como uma teoria, não como fato, mantendo-se silente em relação ao criacionismo.

Cinco pais do Condado propuseram demanda na Corte Distrital (caso Selman X Jurisdição Escolar do Condado de Cobb) alegando inconstitucionalidade da política que exigia a afixação destas etiquetas. O pedido foi acatado pelo juiz e deferido a favor dos pais.

Em 2004, o Conselho de Alunos da Área de Dover, decidiu que todas as escolas públicas no distrito ensinassem DI em conjunto com TE nas aulas de ciências. Em 2005, esta questão culminou no "julgamento de Dover" (caso Kitzmiller X Dover Area School District).

O Juiz Distrital John E. Jones III proferiu sentença cujo mérito afirmava “o DI não ser ciência, e não estar livre de seus antecedentes criacionistas religiosos, além de violar a Cláusula de Estabelecimento da Primeira Emenda da Constituição dos EUA”.

Na Europa, o movimento DI não tem sido bem recepcionado. Em junho de 2007, o “Comitê sobre Cultura, Ciência e Educação” do Conselho da Europa emitiu um relatório, "The dangers of creationism in education", que atesta serem as formas de criacionismo, inclusive o DI, inadequadas ao ensino em aulas de ciências.

O DI foi classificado como “ostensiva fraude científica” e “dissimulação intelectual” que “macula a natureza, objetividade e limites da ciência”.

Ainda em 2007, Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa aprovou uma resolução que escolas deveriam “resistir a apresentações de idéias criacionistas, incluíndo o DI, em qualquer disciplina que não seja religião”, sendo o DI “a última, e mais refinada versão do criacionismo, apresentado de uma forma mais sutil”. O objetivo do relatório é alertar contra certas tendências de passar uma crença como ciência.

Em junho de 2008, o governador Bob Jindal transforma o Projeto de Educação científica da Louisiana em lei, a qual é propagandeada como apoio ao pensamento crítico em salas de aula. Tal lei ameaça abrir–se ao criacionismo e a críticas sem fundamento científico contra a TE, nas aulas de ciências do ensino público.

No Brasil, segundo o professor de sociologia da USP Antônio Flávio Pierucci, os criacionistas têm pouca força por aqui e ha uma tendência de simpatia pela TE, mas nada pode atestar em definitivo, pois até então não foram feitas pesquisas acerca do assunto.

Todavia escolas confessionais como o Mackenzie e Pueri Domus têm ministrado nas aulas de ciência o criacionismo.

O Mackenzie o ministra para crianças de 6 a 9 anos de idade, por meio do material “Crescer em Sabedoria”, em cuja capa do volume do terceiro ano estava estampado “Ciências – Projeto Inteligente”, em uma alusão ao DI, material este oriundo da Associação Internacional de Escolas Cristãs (ACSI) com sede no Colorado, Estados Unidos.

A posição do Ministério da Educação é a de que o criacionismo deve ser ministrado em aulas de religião e não de ciências , todavia o Ministério não pode intervir na autonomia da programação das escolas.

Ambas as escolas argumentam que tal prática permite aos alunos um “pretenso posicionamento”!?

Porém, foi em 2004 que o criacionismo teve impulso no Rio de Janeiro (Governo de Rosinha Mateus), ao tentar implantar o criacionismo no ensino público (aqui).

A Secretaria de Educação do Rio de Janeiro definiu, em 2004, que o tema anual para as aulas de religião na rede pública será “criação” e que o criacionismo será discutido de forma superficial, o que não esconde a tendência eminente a negligenciar a explicação cientificamente embasada oferecida pela teoria evolucionista.

A posição de Rosinha Matheus incomodou a comunidade científica brasileira, de onde partiram críticas de cientistas de renome, como Ennio Candoti, físico e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, que afirma (apud FRANÇA, 2004):

A teoria criacionista, em contraponto ao evolucionismo, não se sustenta. Pode até gerar confusão na cabeça do aluno. É uma propaganda enganosa. É uma instrumentalização pouco ética de usar o poder político para impor tendências, induzir à propagação de crenças ou leituras particulares de textos tradicionalmente sagrados.

O projeto causou polêmica (aqui), principalmente entre a comunidade científica, e foi oficialmente implantado, mas não vingou.

No Brasil, há poucas estatísticas sobre o assunto, mas, pode-se notar um grande avanço criacionista nas aulas de ciências das escolas evangélicas. Dessa forma, os dogmas da bíblia estão em alta no meio educacional, principalmente em escolas evangélicas como o Colégio Adventista (veja aqui).

Uma pesquisa nacional realizada pelo Ibope BUS em dezembro de 2004, com pessoas com idade acima de 15 anos, a pedido da revista Época (apud BRUM, 2005b), revelou o quanto o pensamento da população brasileira se encontra atrelado a pressupostos dogmáticos e mitológicos.

Questionadas quanto à criação e o “desenvolvimento” do homem, 31% das pessoas disseram acreditar que Deus criou o ser humano - já na forma que este hoje tem – dando-se isso há cerca de 10 mil, enquanto que 54% crêem que o homem vem se desenvolvendo ao longo de milhões de anos – porém, existe um planejamento divino por trás dessa trajetória – e apenas 9% das pessoas ouvidas não acredita que há um Deus envolvido na criação e desenvolvimento do homem.

No tocante à tese criacionista, 89% das pessoas entrevistadas acha que a mesma deve ser ensinada nas escolas, com 75% sugerindo que o criacionismo deve ser ensinado nas escolas no lugar do evolucionismo.

Mais detalhes sobre a cruzada criacionista aqui.


3- A ARGUMENTAÇÃO-BASE DO DI:

Os argumentos do DI são basicamente três (complexidade irredutível, complexidade especificada e lei da conservação das informações), porém, vale inserir a prova do Design , proposta por Dembski, o comentário de Jonathan Wells e as idéias de Lee Spetner.


3.1 - Complexidade irredutível:


Foi proposta por Behe em “Darwin´s Black Box”. Esta afirma que há estruturas biológicas que não poderiam ter evoluído de um estado mais simples. Behe expõe três exemplos: o flagelo bacteriano, o olho e o sistema de coagulação.

Os sistemas irredutíveis estabelecem que a base da vida, no caso as moléculas orgânicas primitivas, não podem surgir por acaso, mas sim por intermédio de uma ação externa que iniciaria o processo, ou que interviesse em certos estágios do processo evolutivo. Porém, tal ação inteligente é indetectável, diferentemente das ações inteligentes humanas.

Entretanto, esta argumentação, foi refutada em artigos de pesquisa revisados por pares e foi rejeitado pela comunidade científica em geral.

O mesmo vale para os exemplos citados por Behe como irredutíveis, baseados em uma compreensão errônea do funcionamento dos sistemas biológicos, o que é considerado como argumento da ignorância. Maiores detalhes, consultar aqui e aqui.


3.2 - Complexidade especificada:

Foi proposta por Dembski; significa que um sistema não pode ter ocorrido por acaso e não é resultado de nenhuma lei natural que diz que ele deve ser do jeito que é. Um sistema biológico apresenta complexidade especificada se ele atender a três critérios:

· sua composição não é apenas o resultado de uma lei natural;
· sua composição é complexa;
· sua composição reflete uma "especificação ou padrão independentemente dado".


O argumento em si é falho, pois apresenta uma hipótese negativa. O acaso, as leis naturais, a necessidade e o design não se excluem mutuamente, e não são as únicas possibilidades.

Assim, não se pode aplicar o processo de eliminação, o qual não é aceito pela ciência como prova de alguma coisa, pois não se pode provar uma coisa simplesmente negando outra. Isso é argumento da ignorância. O método científico requer evidências positivas.

O design parece precisar de conhecimentos prévios do padrão especificado. Ao se lidar com estruturas como DNA, não há padrões externos reconhecíveis e, portanto, não há qualquer forma de detectar se um padrão ocorre por acaso ou propositadamente.

Assim, as analogias de Dembski no que se refere ao filme “Contato” se tratam de pistas falsas, pois haveria a necessidade de conhecimento prévio sobre a natureza dos sinais de rádio e de outros processos naturais junto com assumir que uma seqüência de números primos é o tipo de padrão que outro cientista escolheria enviar como um sinal.

Entretanto, as seqüências estranhas encontradas no DNA são muito diferentes das séries de números primos. Dembski não tem nenhuma forma de mostrar que os padrões genéticos foram “montados a priori” ou "dados independentemente".

Logo, o processo de Dembski para detectar o design pressupõe design, logo, também é petição de princípio.


3.3 - Lei de conservação de informações:

Também proposta por Dembski. Envolve equações matemáticas complexas e detalhadas, que estabelecem a natureza não poder criar informações novas (por exemplo, as informações contidas no DNA). Logo a natureza apenas trabalha com informações já existentes. Portanto, uma espécie mais complexa, que contenha mais informações, não pode ter evoluído de uma espécie menos complexa.

Resta saber qual o conceito de informação para Dembski. Caso se refira a genes, esta tese não encontra respaldo, uma vez que estes se duplicam conforme segue:

Parálogos: são genes que se relacionam por meio de duplicação gênica no organismo parental ou em um dos seus descendentes, que podem realizar a mesma função ou podem divergir após a duplicação e realizar função distinta ou atuar em substratos distintos.

Ortólogos: são genes equivalentes em dois organismos diferentes que descendem diretamente do mesmo gene do antecessor comum dos dois organismos e que realizam a mesma função molecular ou celular. Genes ortólogos podem encontrar-se no mesmo contexto em genomas de organismos similares.

Ortologia e Paralogia são guias para analisar a informação de um genoma completo frente a outro. A ortologia verifica-se com a sintenia (conservação da ordem e orientação dos genes em genomas de organismos relacionados).

Também, nem sempre uma espécie mais complexa é detentora de um genoma maior, segundo o biólogo Fernando Reinach. Ou seja, maior complexidade não significa mais informação genética (e.g. determinada espécie de ameba tem mais material genético que um ser humano, enquanto camundongos e pessoas têm número parecido de genes).

As afirmações aventadas por Dembski, no que concernem à relação entre informação e complexidade da espécie e conservação da informação, são falhas, conforme demonstrado acima.

Assim, este se trata do mesmo argumento criacionista de que a TE viola a segunda lei da termodinâmica, (tendência natural para a redução da complexidade - aqui e aqui).

Façamos uma breve digressão para a entropia.

A segunda lei pode ser expressa de diversas formas, porém, para a discussão referente à vida, há que se considerar o fato de que nas transações de energia que ocorrem no mundo natural, a proporção de energia desordenada ou calor, tende a aumentar. Esta medida de desordem, em física, se denomina entropia. Todavia não é o mesmo que caos.

A entropia se define em termos de estados microscópicos de átomos e moléculas e se relaciona ao calor diretamente. Ao derreter um cubo de gelo, este teve a estrutura de seus cristais de gelo desintegrada e, no caso de um gás se espalhar dentro de uma sala, a partir de um balão de ensaio, este perdeu seu estado concentrado.

Em ambos os casos há um grau maior de uniformidade ou mistura e, portanto, de desordem microscópica.

Cubos de gelo não se refazem espontaneamente e tão pouco o gas é isolado da mesma forma. Ambos os processos requerem trabalho, seja para retirar o calor da água, seja para isolar o determinado gás novamente no balão de ensaio.

Processos naturais seguem para a direção de maior número de estados microscópicos equivalentes, em busca da uniformidade.

A vida, isolada de sua vizinhança, entretanto, parece caminhar em oposto aos sistemas naturais, pois demonstra impressionante grau de organização. Entretanto, organismos vivos e células não se tratam de sistemas fechados, uma vez que consomem matéria e energia a partir do meio em que vivem.

Dessa forma, a segunda lei aplica-se apenas aos sistemas fechados, não aos sistemas biológicos ,os quais são abertos. O resultado global do metabolismo (entre o organismo e a vizinhança) é uma entropia positiva, ou seja, mais energia desordenada, embora tenha havido a criação de estruturas organizadas.

Assim, o funcionamento da vida depende de informações contidas no arranjo da matéria, ou seja, no número necessário de passos para especificar uma estrutura. Para a atuação do acaso na formação de um polipeptídeo, apenas necessita-se saber qual a proporção dos aminoácidos que o formam.

Mas para uma enzima, há que se conhecer quais aminoácidos a formam e em que sequência se encontram. Desse modo, a enzima possui um conteúdo de informação maior que o polipeptídeo.

A vida assume o controle da matéria pré existente e a organiza e reorganiza. Caso ocorra estruturas com organização específica, isso corresponderá a um aumento de informações.

Mas isso apenas se trata de um desvio temporário do aumento universal da entropia e da dispersão da energia. Os seres vivos (vegetais) reduzem a radiação solar, água e gás carbônico a moléculas de açúcares, sendo que parte da energia solar se encontra armazenada como energia das ligações químicas.

Outro organismo devora o vegetal e toma esta energia como combustível para mantê-lo vivo e, assim formar suas estruturas e se reproduzir.


Durante a reprodução dos seres vivos, há alteração do material genético, pois o mecanismo de cópia do DNA não é perfeito. Há perda de informação na tradução. Agentes físicos, químicos e biológicos podem causar mutações, porém na maioria das vezes, tais mutações são inócuas.

Também, não necessariamente a evolução caminha para a complexidade, podendo haver simplificações (ex. habitantes de cavernas que perdem a visão).

Devido à imperfeição nas cópias de DNA durante a reprodução, há variações (mutações) bem ou mal sucedidas que serão selecionadas pelo meio. Acumulações de pequenas mudanças (microevolução) podem levar a variações substanciais no funcionamento e na forma e, portanto, a novas espécies (macroevolução). Este é o mecanismo da seleção natural.

Portanto, no processo evolutivo, um aumento na complexidade biológica não representa um “almoço grátis”. O aumento na informação (ortologia e paralogia) foi comprado e pago, devido à variação genética ao acaso estar sujeita a seleção natural pelo ambiente, o qual já está estruturado.

De fato, os pesquisadores estão começando a usar os processos darwinianos, implementados em computadores ou in vitro, para evoluir sistemas complexos e para prover soluções aos problemas de design em formas tais que estão fora do poder de meros agentes inteligentes.

As hipóteses nebulosas de design de Dembski, ainda se as restringirmos aos processos naturais, provêem pouquíssimo material que possa ser examinado, e uma vez que os processos sobrenaturais servem de calço ao processo, este perde qualquer chance de ser testável, o que faz com que o caráter científico da proposição aqui examinada (lei da conservação das informações) caia por terra.


3.4 - Prova do Design:


Dembski elaborou o que, para ele, é um método infalível para detectar design. Esse método é um processo de eliminação que faz três perguntas sobre tudo que é encontrado na natureza:

· há uma lei que o explica?
· o acaso o explica?
· o design o explica por default?

O processo acima requer a mesma resposta ao argumento da complexidade especificada. Não se trata de um teste positivo para o design, mas sim um teste negativo para eliminar o acaso e a necessidade.

Também, leis, necessidade, acaso e design não são premissas mutuamente exclusivas e, tão pouco, processos de eliminação levam a alguma conclusão definitiva no mundo da ciência.

Conforme dito anteriormente, na ciência necessita-se de provas positivas a fim de que possamos tirar alguma conclusão. Ou seja, há que se confirmar a tese e não excluir possibilidades e buscar automaticamente a confirmação daquilo que sobrou, pois poderá haver outras possibilidades que não aquelas com que estamos lidando.

O exemplo clássico disso é o antigo exame de sangue para determinar paternidade. O exame apenas excluia possibilidades, mas não determinava quem era o pai da criança.

Grosso modo, segue o exemplo: Meu sangue é O+ e o de minha mãe também é O+.


Um sujeito com sangue AB jamais poderia ser meu pai, mas sujeitos A+, A-, B+, B-, O+ e O- poderiam ser meus pais. É claro que tal exame envolve outros fatores além do fator Rh e do ABO. Mas mesmo assim, suas conclusões não são seguras, pois está baseado na exclusão.

Há que se verificarem outros antecedentes que não de natureza científica, mas da vida pessoal dos envolvidos.
Ou seja, é uma prova por exclusão, baseada em indícios que não confirmam de fato nossa tese.

Quanto ao exame de DNA, este traz a prova positiva da paternidade e, portanto, é possivel se tecer uma conclusão segura, pois nossa tese de paternidade se confirma.

Além disso, o argumento do DI não é empírico, pois não é possível testar, nem contestar, a presença do design. Dessa forma, por ser impossível de ser testável, o argumento do DI é, em vez de científico, meramente filosófico-metafísico.


3.5 - Jonathan Welss e os problemas da TE:

Wells afirma que "muitas características dos organismos vivos parecem ter sido projetadas”.

Aqui, Wells retorna a noção pré-darwiniana de design. Todavia, Darwin propôs uma resposta não religiosa, mas natural para a forma em que os organismos encaixam em seus ambientes que é o resultado da seleção natural. Como todas as explicações científicas, a TE se baseia na causalidade natural.

Também afirma que "a teoria de Darwin não pode dar conta de todas as características dos seres vivos."

Obviamente que não há motivos para isso ocorrer. Atualmente os cientistas explicam as características dos seres vivos não só via seleção natural, mas por uma série de processos biológicos que Darwin desconhecia, tais como a transferência de genes, a simbiose, a recombinação cromossômica, e a ação de genes reguladores.

Ao contrário do que Wells afirma, a teoria evolucionista não é inadequada. Ela encaixa muito bem com a evidência.

Wells admite que a seleção natural pode operar em uma população e corretamente vê a genética como responsável por este tipo de variação que pode levar “novas características em novas espécies”. Mas ele afirma que as mutações, tais como aquelas que produzem as moscas com quatro asas, não produzem o tipo de mudança necessária para mudanças evolutivas maiores.

Wells ignora o principio encerrado nos genes, denominados como complexo Ubx, os quais têm uma importância extraordinária. Tais genes ajudam a explicar os diferentes tipos de planos corporais, os quais representam as diferenças básicas estruturais entre um molusco e um mosquito, entre uma esponja e uma aranha.

Os genes Ubx são parte dos genes HOX, os quais se encontram em animais tão diferentes como esponjas, moscas de fruta e mamíferos. Eles ativam ou desativam genes envolvidos em, entre outras coisas, segmentação e produção de apêndices tais como antenas, patas e asas. O que especificamente é construído depende de outros genes mais tarde no processo.

Os diversos planos corporais dos artrópodes (insetos, crustáceos, aracnídeos) são variações dos temas da segmentação e dos apêndices, variações que parecem ser o resultado de mudanças nos genes HOX.

Pesquisas recentes mostram que os genes Ubx das moscas suprimem a formação de patas nos segmentos abdominais, mas os genes Ubx dos crustáceos não fazem isso. Uma pequena mudança no Ubx resulta em uma grande diferença no plano corporal.

As mutações nestes interruptores primários estão envolvidas na perda das patas nas cobras, na mudança de aletas lobulares para mãos, e na origem das mandíbulas nos vertebrados. A duplicação dos segmentos iniciada pelos genes HOX permite a duplicação dos segmentos iniciada pelos genes HOX permite a experimentação anatômica e a seleção natural eescolhe os resultados.

Evo-Devo", O estudo da evolução e do desenvolvimento, é uma área muito ativa de investigação científica, mas Wells insinua que tudo que isto produz são moscas de fruta aleijadas.

Wells argumenta que as explicações naturais são inadequadas e, por isto, que "os estudantes devem “aprender” que o design permanece como uma possibilidade."

Na lógica de Wells, o design implica um Designer, o que se traduz em recomendar de fato que a ciência permita a causalidade não natural. Em ciência procuramos explicações com que trabalhar. Mas, caso que não as tivéssemos, teríamos de nos contentar com ferramentas para explicar as coisas em termos de causalidade natural. Isso foi o que Darwin fez e o que se faz hoje.

3.5 - Lee Spetner e sua má compreensão sobre a TE:

Gostei do tema. Por ser meio grande, uma vez que tratou-se da resenha de seu livro "Not by Chance", preferi fazer um tópico aparte. Aos interessado, este tópico se denomina "O Engodo de Lee Spetner".

Mas adianto que não foge ao que Dembski coloca em sua teoria da conservação da informação.

4 - CONCLUSÃO:

De acordo com o acima exposto, seja cientifica (inverdade das premissas) ou logicamente (falha na estrutura de raciocínio), o DI não merece qualquer crédito, exceto se relegado a questões filosófico-metafísicas, porém, sem valer-se da lógica formal (utilizada pelas ciências naturais e matemáticas) como estruturação do raciocínio, pois é patente a falha de suas proposições, conforme visto acima.

Quanto a questões de cunho dialético, não ha problemas, pois se pautam no convencimento, sem considerar a veracidade de suas premissas.

É obvio que os argumentos criacionistas do "tratamento equilibrado" e da "equidade" não passam de uma cortina de fumaça. O que eles realmente querem é usar a lei para introduzir as suas opiniões religiosas nas salas de aula, excluindo todas as outras opiniões.

A "ciência" do criacionismo, em todas as suas nuances, não é ciência e não tem lugar na sala de aula de ciências seja em escola pública ou em escola particular.

O movimento criacionista, no ocidente, em geral, é fortemente influenciado pelo ideal de evangélicos fundamentalistas que, a qualquer custo, desejam implantar suas idéias e valores a toda a sociedade, uniformizando sua forma de pensar e fazer o relógio científico do mundo retroceder à idade das trevas.

É de se admirar que no século XXI ainda ocorra a supressão da informação e da liberdade de crença ou descrença do indivíduo, conforme fato ocorrido na Turquia contra o site de Richard Dawkins, em que o fanático islâmico Adnan Oktar, idealizador do "Atlas da Criação" conseguiu uma vitória na justiça de seu país. Isso foi uma vitória do fundamentalismo contra a razão, a liberdade de crença e a liberdade de informação.

Não são por meio de batalhas judiciais, lobies com políticos, declarações de personalidades, ou imposições de fundamentalistas, a fim de que se elaborem leis pró-criacionismo, em todas as suas nuances, que trarão validade a estas pseudo-teorias científicas.

Tão pouco, estratégias retóricas sem qualquer fundamento científico são o meio mais eficaz para se sustentar uma teoria. Tanto o criacionismo quanto o DI se valem de estratégia não de demonstração científica de seus argumentos, mas de ataques contra a TE. Ou seja: “Se a TE está errada, automaticamente o DI está validado”.

Não é por ai. A forma com que uma teoria se sustenta e ganha credibilidade é por meio do escrutínio científico. Entretanto, este é rígido e pseudociência não passa.

Os objetivos estabelecidos por “The Wedge” se tratam de uma oposição extremamente fundamentalista em prol de assegurar valores subjetivos em detrimento de outros, bem como da ciência, que é a melhor fonte de conhecimento objetivo que a humanidade possui.

Também, a argumentação do DI não passa de alusão ao princípio antrópico fraco, uma vez que é tão tautológica quanto: “A vida é capaz de existir porque o Universo é capaz de suportar vida”. Todavia, se tais condições fossem diferentes, poderia haver um Universo diferente, com formas de vida diferentes, mas isso já é outra história...

Sempre que se verifica a existência de uma obra que requereu ação inteligente, restam as perguntas “Quem é esta forma inteligente e onde ela se encontra?”

Mas a TDI não pretende identificar a fonte de inteligência, embora conclua que a vida na Terra foi desenhada por um ser inteligente, ou seja, é irrelevante confirmar o que a teoria estabelece como sua conclusão.

Invocar um ser inexplicável para explicar a origem de outros seres ou estabelecer que uma observação identifica uma ação inteligente é petição de princípio, pois a conclusão se trata de uma das premissas do raciocínio, além de ser um salto epistemológico gigantesco.

Mas como estabelecem os “proponentes do DI”:

“Isso tudo é irrelevante...”.

Resposta aqui.

Creio que não seja opção saudável nem das mais indicadas darmos azo ao fundamentalismo religioso, uma vez que isso é contrário ao que preceitua nossa Constituição, bem como é contrário aos direitos de liberdade do indivíduo, além de ser um estelionato intelectual e criminoso.


Leitura recomendada:

BRANCH, Glenn e SCOTT, Eugenie. Manobras mais Recentes do Criacionismo. SCIAM – Brasil. fev. 2009.

CARROL, Sean B. Infinitas Formas de Grande Beleza. Ed. Jorge Zahar.

COLLINS,Francis. A Linguagem de Deus. Ed. Gente.

DAWKINS, Richard. O Relojoeiro Cego. Ed. Companhia das Letras.


DAWKINS, Richard. A Grande História da Evolução. Ed. Companhia das Letras.


DOMINGUEZ, Angel. Anotação de genomas e bases de dados de fungos. Universidade de Salamanca.

GOULD, Stephen Jay. O Polegar do Panda. Ed. Martins Fontes.

IMPEY, Chris. O Universo Vivo. Ed. Larousse.

SOUZA, Sandro. A Goleada de Darwin. Ed. Record.

ZIMMER, Carl. A Beira D´Água . Ed. Jorge Zahar.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Como os fundamentalistas perdem as estribeiras

Há uns meses, realizei (ao menos tentei) um debatecom o autor do post aqui (Absolutofobia), O Sr. Isaac Malheiros (pastor-capelão do Colégio Adventista de Indaial-SC) e a Sra. Resumo da Ópera.

Enquanto procurei me pautar pela lógica e pela coerência argumentativa, com base em bibliografia sólida e reconhecida, aos poucos ambos começam a partir para ataques pessoais, o que resulta em patente ausência de argumentação, sendo que o mesmo acontece aqui no OI (O Evolucionismo de Cada Redator).

Infelizmente, essas pessoas, por possuirem crença extremamente arraigada, passaram por um processo de negação contra qualquer coisa contrária aos seus dogmas.

Até determinado momento, conseguem manter um diálogo, mas quando vêem sua argumentação esgotada, passam a atacar seus interlocutores, por meio de falácias ad hominiem, numa tentativa desesperada de ridicularizar a outra parte e assim desviar o teor do assunto. Isso é uma técnica evasiva ensinada por Arthur Schopenhauer em "Como Vencer um Debate sem Precisar Ter Razão".

Porém a forma deles não possui a classe e a sutileza de Schopenhauer, mas partem para a agressão esdrúxula.

Todavia, tal técnica em nada enriquece o conhecimento ou a troca de idéias, apenas demonstra que a parte que a utiliza perdeu a razão, pois vale-se de uma atitude despresível, apenas passando-se por alguém que mereça crédito, não pela sustentação de suas idéias, mas pelo teor de falácias que lança contra seu interlocutor.


1 - Para a sequência de "Absolutofobia", onde por meio de uma atitude desonesta do Sr. Douglas Reis fui calado, aqui vai a resposta (frases de meus interlocutores entre colchetes):

Bem vc começa, como sempre por falácias ao criticar se escrevo bem ou mal. Isso não vem ao caso.O Sr. do Douglas "desonesto" Reis, quando algo atenta contra sua fé fundamentalista, se dói.
Infelizmente, cortou a parte final que fiz sobre seus comentários sobre o do nosso risco social o Sr. Isaac Bola de Neve, mas aqui vão elas.


[Vc disse:[“Tem certeza? Vc sabe mesmo o que é contradição e contrário? Acho que assim como o Issac, vc matou essa aula (aquela do quadrinho de oposição...).”“Assim, existe verdade absoluta e não existe verdade absoluta são afirmações contrárias e não contraditórias”]
Não são "contrárias", Elyson. São "contraditórias", no sentido comum e no filosófico (apesar de se referirem à “existência” de algo).Qual é então a posição intermediária entre "existir" e "não-existir"? Existir mais ou menos? Relativamente?]


Vamos de novo à lógica: Veja o quadrinho de oposições que infelizmente não deu para ser desenhado, mas aqui vai ele.


 No caso em tela:

Existem verdades absolutas (A); não existem verdades absolutas (E) - são contrárias;

Existe alguma verdade absoluta (I); não existe alguma verdade absoluta (O) - são subcontrárias;

Existem verdades absolutas (A); não existe alguma verdade absoluta (O) - são contraditórias;

Não existem verdades absolutas (E); existe alguma verdade absoluta (I) são contraditórias;

Existem verdades absolutas (A); existe alguma verdade absoluta(I) - são subalternas;

Não existem verdades absolutas (E); não existe alguma verdade absoluta (O) - são subalternas;




Contraditórias - Duas proposições são contraditórias se uma delas for a negação da outra, ou seja, que ambas não poderão ser verdadeiras ou falsas. Exemplo: A e O

Contrária - Quando não podem ser ambas verdadeiras, no entanto ambas podem ser falsas. Sustenta-se que as proposições universais que tem os mesmos termos sujeito e predicado, mas diferem em qualidade são contrárias. Exemplo: A e E

Subcontrária - A mesma teoria já citada sustentava que as proposições particulares que tem os mesmos termos sujeito e predicado, mas diferem em qualidade. Exemplo: I e O

Subalterna - A oposição entre uma proposição universal e uma particular correspondente, isto é, com mesmo sujeito e predicado e a mesma qualidade, nesse caso as universais se chamarão superalterna ou subalternante e a particular subalternada ou subalterna. Exemplo A e I; E e O

Assim, o contrário, sra. Resumo, é uma negação total de determinada propriedade, enquanto o contraditório faz com que pelo menos um tenha a tal propriedade. 

Logo, endosso minha posição de que vc matou a aula de lógica ou sequer possui conhecimento do que seja lógica. A lógica não é extraída da bíblia, mas tem sua origem no pensamento grego, o qual o Sr. Isaac e vc parecem não ter a mínima noção.

A lógica apenas sistematiza a forma de pensar; desde que suas premissas sejam verdadeiras (condição sine qua non para expressar a verdade do meu raciocínio), podemos chegar a um raciocínio válido e coerente (condições necessárias mas não suficientes para a verdade).

[E se ambas as afirmações podem ser falsas ao mesmo tempo (por serem "contrárias"), teríamos que “existe verdade absoluta” é falso, ou seja: “não existe verdade absoluta”. Mas ao mesmo tempo “não existe verdade absoluta” também é falso, então: “existe verdade absoluta”.Assim, de qq forma teríamos “existe” e “não existe” ao mesmo tempo.Só vc e seu relativismo irracional...Pra que vc entenda, vou reescrever:“Nenhuma verdade absoluta existe” (não existe verdade absoluta)X“Alguma verdade absoluta existe” (existe verdade absoluta)Para usar o seu próprio exemplo de "contraditório":“Algum homem é animal (Alguma verdade é absoluta)”X“nenhum homem é animal (Nenhuma verdade é absoluta)”Isso é oposição "contraditória", não "contrária".Poderíamos brincar ad infinitum a respeito disso. Destaco apenas o modo como vc escreveu (ou copiou) um monte de definições e simplesmente concluiu ex-nihilo: "é contrária".]

Ok chega de enrolar garota. Tal como o Issac vc fala, fala e não traz nada!!! Bem cadê a verdade absoluta? Há muito estou esperando e, até então nada.... Vocês choveram no molhado esse tempo todo.Só mesmo a irracionalidade e o egocentrismo de vocês para se acharem os reis da cocada preta.

Quem são vocês para denominarem sua crença de verdade absoluta e racional? O que ela tem de especial para ser a verdade absoluta?Vossa crença e o deus em que acreditam são tão racionais quanto a crença hindu ou quanto as divindades indígenas, greco-romanas, egípcias, incas, australianas, sumerianas e africanas. Assim é a sua verdade absoluta. Ela é tão absoluta quanto às verdades dessas crenças.

Até onde sua verdade é mais verdade que a de ateus, agnósticos, católicos, muçulmanos, budistas, pagãos, etc?Respondam, vc o Issac (esse pelo visto já deu no pé) ou quem for. Já perguntei isso e não me responderam.

Mais uma vez (refrescando a sua memória). Redução ao absurdo: Vejamos a estrutura da redução ao absurdo:

Quero provar p
Admito não p (~p)
Dedução: contradição tipo q e ~q (q ^ ~q) ou uma proposição falsa (s)
Conclusão: ~p é falso, logo p é verdadeiro
 

Ou:

Quero provar ~p
Admito p
Dedução: contradição tipo q e ~q (q ^ ~q) ou uma proposição falsa (s)
Conclusão: p é falso, logo ~p é verdadeiro


Falácia ad Issaquium:

Quero provar: Existe verdade absoluta (p)
Admito: não existe verdade absoluta (~p)
Dedução: contradição ~p é p (não existe verdade absoluta é verdade absoluta).

Mas nessa dedução o que fez o Issac chegar a ela (contradição q ^ ~q)? Foi deduzida ou afirmada? Se deduziu, quais as premissas adotadas para inferir tal conclusão? Se afirmou em que estudo se baseou para fazer tal afirmação? Ou cadê a proposição falsa “s” que é exigida?

Cadê a dedução para se chegar que p = ~p?

Como não fez nada do exigido para uma dedução correta, logo, o raciocínio falhou e, portanto, não provou nada. Veja que também não há dedução que leva a contradição de uma coisa ser q e ~q ao mesmo tempo e tão pouco existe uma proposição "s" que leve ~p ser falsa.

Essas foram as perguntas não respondidas.

Como se pode perceber da conclusão abaixo:

Conclusão: ~p é falso, logo p é verdadeiro.

Há uma falácia; resumindo é a falácia ad Isaaquium, que em nada se coaduna à estruturação da redução ao absurdo e as suas exigências como estrutura de raciocínio.

Na verdade, o Issac faz uma petição de princípio ao estabelecer que ~p = p. A conclusão é uma das premissas. Ou seja, simplesmente não há a dedução, por faltar o argumento para concluir "q"  e a demonstração de que "q" é falso (~q).

Como vê, as coisas saem da cabeça do Issac em um passe de mágica. Sem nenhum estudo que respalde suas inferências, sem uma estrutura coerente da redução ao absurdo, ou seja é mais uma das coisas esdrúxulas que saem da cabeça de fundamentalistas.

Se isso é raciocinar logicamente, desisto da lógica!!!


[Mais pensamentos em desarmonia:[“Em ciências naturais, axiomas são verdades evidentes que não precisam de explicação e são aceitas sem demonstrações ou provas”“Não creio em axiomas desde que apresentados nas ciências exatas.”Então vc não crê nos axiomas das ciências naturais. As ciências naturais se baseiam em principios que vc não crê. Porém, vc é (incrivelmente) cientificista! Uatarréu... e vc pretende debater com alguém...]Não, não creio em axiomas como não creio em teoria gravitacional, nem em princípios. Como já demonstrei anteriormente, axiomas são relativos, dependendo de onde vc se encontra e em que tipo de matemática vc está lidando (aqui, mais uma vez, é o meu mundo).Princípios são observáveis na natureza, não se tratam de axiomas. Ex. dois raios de luz se cruzam sem interferir um no outro. Isso não necessita de prova, pois é evidente.[Mais uma:[“Identidade:...Não contradição:...Terceiro excluído:...Isso são axiomas da lógica, pois como pode perceber, são tautológicos, ou seja, expressam a mesma idéia de formas diferentes.”“Não creio em axiomas desde que apresentados nas ciências exatas.”Então, vc não crê nos axiomas da lógica apresentados fora das exatas.Desconfio q vc crê, mas não sabe escrever logicamente, e se contradiz.]

Exatamente não creio neles, pois estes axiomas somente servem para a lógica formal. Logo, de nada servem para a lógica dialética (a do verossímil). Uma tautologia não se trata de questões de crença, mas de algo que é evidente.Não posso dizer o mesmo de seu deus, pois para mim tanto ele ou ela ou qq outra divindade não são evidentes.

São questões puramente de crença cega. Mas e quanto à ciência? Se Dawkins disser que gatos evoluíram de batatas doce devo dizer amém?

Obviamente que não, pois ele terá de me trazer evidências disso. Assim a crença científica não é pautada em dogmas, mas em princípios observáveis e evidências concretas que respaldem os estudos.

Mas me dê uma evidência concreta de deuses ou da verdade absoluta, para todos os humanos, no que se refere á crenças religiosas e valores ético-morais.

 
[[“Para ciências humanas e crenças religiosas tais axiomas são os dogmas.”“Em filosofia vc pode estabelecer seus axiomas sim”]Então vc não crê nos axiomas filosóficos. Mas, incoerentemente, vc parece confiar bastante no naturalismo, e em toda a sustentação filosófica da ciência moderna...]Repetindo: Não creio em axioma nenhum, nem tão pouco em dogmas, principalmente caso se refiram a religiões e escolas filosóficas. Lembre-se, é o mundo do verossímil.

[Vc é seletivo: é intolerante só com a filosofia e cosmovisão cristã (ou então move uma cruzada mundial contra TODAS as cosmovisões, o que inclui o naturalismo filosófico e seus axiomas/dogmas).Mantenha-nos informados sobre isso, Elyson.]

Não, não sou intolerante com a “cosmovisão” cristã. Somente sou intolerante quando supostas “cosmovisões” começam a querer se impor sobre as demais como fez o Sr. Issac e suas falácias. Para mim, a cosmovisão cristã como qualquer outra de cunho religioso, somente é respeitável enquanto estiver em seu sistema.

Ao sair daí e desejar se impor sobre as demais, merece ser questionada, pois como qualquer forma religiosa de ver o mundo puxa a brasa para sua sardinha.Mas o que lhes dá o direito de fazerem isso?

Quanto ao naturalismo e realismo, para mim são mais verossímeis que visões religiosas. Se eu disser para vc que o babalaô do Candomblé é um homem santo vc aceitará esta minha verdade? Se eu disser que apenas uma imagem de Jesus fingiu-se de morta na cruz, vc aceitaria? Assim, até onde isso tudo é verdade?


[Sobre a lógica:[“nem os axiomas da lógica formal são absolutos, dirá a lógica dialética.”]Elyson, vc relativizou a lógica formal. Resolvido: basta encontrarmos um lugar no universo onde suas frases não sejam contraditórias, e vc estará “aparentemente” certo.Veja: o multiverso ampliou suas chances de estar aparentemente certo...]

Bem minha cara, não gostou, reclame com os filósofos, com os lógicos e com os matemáticos.Vc sabe o que é uma esfera, um plano e uma estrutura em cela? Sabe o que é curvatura positiva, nula e negativa?

Não?

Então estude geometria de superfícies e entenderá o que estou dizendo. Não precisa ir ao multiverso. Estas estruturas existem aqui na terra mesmo.

[Foi possível perceber claramente a "evolução" do seu pensamento a respeito dos axiomas. Através de sucessivas mutações acumuladas de pensamento, vc saiu de "axioma são proposições de evidência absoluta por si mesmas", "verdadeiras sob qualquer circunstância", etc até chegar a:"os axiomas são relativos".Do absoluto ao relativo.Muito bom!]

Não fui eu que disse, consulte o livro de Lógica do Alaor Caffe Alves e estude matemática para ver o que de fato são axiomas e como eles trabalham nos diversos mundos dessa ciência. O fato de me apoiar em idéias de outros em nada desabona minha forma de pensar.

Simplesmente, me valendo da lógica do verossímil eu os uso como esteio para construir meu pensamento. Aliás, quem não faz isso? Até o Sr. Bola de Neve fez com a sua “cosmovisão cristã” (ou ele desenvolveu todo o pensamento cristão). Se sim, ele é um gênio!!!!

Sua idéia sobre tais proposições é extremamente restrita. Daí a deficiência em compreender o conceito de axioma e até onde eles valem. Assim como qualquer verdade, eles valem em determinados sistemas. Ex. na geometria plana é uma coisa, nos espaços de Hilbert, de Rieman, temos outras coisas que nada têm a ver com estas.

Mas o que dizer dos dogmas filosóficos da filosofia grega e da indiana?

Vamos mais perto: será que epicuristas aceitam os mesmos dogmas que os estóicos?
Qual deles é mais verdadeiro?


[Elyson, A sua listinha de contradições bíblicas é fraquíssima: fruto de má leitura e má compreensão. Existem manuais bíblicos baratos que expõem a burrice de tais listas (A Bíblia do Cético é um monumento ao analfabetismo funcional, por ex.)Mas olha que legal: já que a lógica é relativizada por vc, a sua lista de “contradições” não apresenta nada contraditório. Assim, vc linkou nada.Isso não é VERDADE?]

É mesmo?! Então pq vc não faz um exercício mental e explica essas “frases desconexas”, se assim preferir denominá-las em vez de criticar a listinha?

Seria vc uma analfabeta funcional que não sabe distinguir deus do diabo ou o pastor lavou seu cérebro em creolina, depois em soda caustica e por fim, fez uma imersão em ácido sulfúrico fumegante que a impede de ver que tudo nesse livro são alegorias, nada mais além disso, além de haver pontos em que as coisas não batem?

Se a lista está ai é pq linkei, certo? Se as frases estão escritas é porque elas existem, certo? Não viaje, planeta Terra chamando!!!!

Mas qual seria a justificativa para tantas desconexões?

[Toda a sua confusão reside numa falsa compreensão do cristianismo: em parte alguma afirmamos aqui que não existam verdades relativas. Ao contrário, o artigo do Isaac deixou claro que há espaço para debate, diferenças de opinião, questões de consciência pessoal dentro da cosmovisão cristã.]

É mesmo, ele fez isso? Simplesmente em seu artigo ele chama os cristãos para uma “Jihad” contra quem pensa diferente dele, alias é o que fanáticos fazem sempre, por isso esse mundo é uma droga! Se realmente deus existir, o inferno vai ficar superlotado de fanáticos como vocês. Lúcifer terá de lotear uns pedaços ruins do céu ou arrendar uns terrenos com Ades, Oni, Exu, Pazuzu e Arimã, além de outras divindades malignas.

Isso seria hilário no dia do juízo final!!!

Lúcifer:“O que eu faço com esses fanáticos que vc me mandou em YHWH?

YHWH: Ah! Fala com O Ades, com o Exu, sei lá... ou então procure meu filho.

Lúcifer: Pô preciso de um lugar para eles meu reino já está superlotado!!! Não tem mais lugar.

YHWH: Não quero saber !! Passaram a vida me enchendo!! Tornaram 6 mil anos (acho que chegamos ao 6 mil) de tradição hebraica uma palhaçada, fizeram outros povos rir da minha cara!! Faça o que quiser com eles; só não quero eles aqui.

Lúcifer: Ok, vou mandá-los para o Chupão dos espíritas.

YHWH: Ótima idéia mas mande os mais pentelhos para Kali arrancar suas cabeças e matar seus espíritos, para nunca mais nascerem.

Lúcifer: E esses ateus e agnósticos ?

YHWH: Manda eles pra cá, pois pelo menos não vão me atormentar com pedidos e nem fazer proselitismos...

Engraçadinho né?!

Dentro da mentalidade fanática, “o debate existe, desde que as idéias sejam iguais as minhas.” Essa é a postura de cristãos fundamentalistas de seitas menores iguais a vocês e de qualquer religião fanática que anda por ai.Alias, diversas perguntas que deixei pelo caminho, sequer foram consideradas. Por que vc não aproveita e não as responde?


[O cristianismo primitivo se deparou com questões de diferença cultural logo de início. Hoje, igrejas cristãs com presença global (como a adventista) lidam com questões culturais no desafio missionário.Sobre a cosmovisão cristã (numa visão reformada calvinista)http://www.monergismo.com/textos/livros/cosmovisao_crampton_bacon.pdf]

Simplesmente isso ocorre, pois “graças” à evolução do pensamento humano e em boa parte à Revolução Francesa (embora ela tenha sido um lixo) as igrejas perderam o aparato do Estado. Senão, continuariam com suas atrocidades. Hoje, se o fizerem responderão por isso criminalmente.

[O que vc escreveu sobre axiomas, lógica e dialética veio da wikipedia!!!!!Método “Copy and Paste”.Com todo respeito à sua pessoa: sua argumentação é uma fraude intelectual, um embuste que tenta preencher a falta de lógica com parágrafos e mais parágrafos copiados.]

Sim, quem sabe vocês lêem um pouco do que existe lá e fiquem menos parvos do que são. Também, veio do livro do Prof Alaor Caffe Alves e de alguns trabalhos de matemática, filosofia e lógica.

Mas quem é vc para falar de fraudes intelectuais se está a defender uma com unhas e dentes?Pelo menos, não estou no achismo como faz vc e o Issac.

Vou buscar fontes, o que em nada desabona meu pensamento. Sabia que nas universidades é assim que se fazem os trabalhos? É tomando idéias de outros e as aprimorando. Mais uma vez pergunto: de onde o Issac extraiu sua “cosmovisão cristã”?

Ele a criou ou usa outros autores como esteio? Usar outros autores torna alguém uma farsa? Então tanto vc como ele e todos os pensadores do mundo são farsas intelectuais.

Vc fala muita besteira garota!!!!


[Vc inclusive copiou e colou respostas que havia usado anteriormente com outro debatedor (J. Flavio Martinez) no seu próprio blog!!!Até o apelido (“Sr Bola de Neve”), e a sigla sem-graça (BCO) vc colou aqui.Agora eu entendo as respostas sem nexo. Vc conversou conosco como se estivesse conversando com o fantasma do cara lá. E dá-lhe parágrafos...]

Pois é... em sendo os pensamentos dos fantasmas idênticos, pois os dois assombram o cristianismo e a filosofia com sua falta de bom senso e de conhecimento e vc, Gasparzinha, vai na onda deles, ambos merecem uma resposta idêntica.

Isso não é coerente? Mas, se eu desse respostas distintas a esses dois poltergeists da internet e a vc Gasparzinha, estaria me contradizendo correto? Não deveria me criticar por isso.

Tanto o Issac como O Flavio são os senhores Bola de Neve (cara de um focinho do outro) e o que eles escrevem é a típica argumentação BCO (Boa para Crente Otário).

Assim, nada mais concreto, econômico e sábio que jogar ambos e sua argumentação BCO no mesmo saco e processá-los da mesma forma mandando-os para o lixo!!! Tem de ser muito ingênuo para embarcar na onda deles...

[Vc é uma espécie de Omar Khayam da internet.Mas nem todos tem talento para ser Jô Soares...Assim, encerra-se a farsa por aqui.Vc foi exposto.]

Ora garota, mais farsa que vc o Issac e o Flávio, bem como o cristianismo dos fanáticos estou para ver.... Mas e ai; chega de rodeios. Cadê a verdade absoluta?

Estou esperando....(ZZZZZZZ).

Melhor eu me sentar, pois de pé irá cansar.... O bola de neve já derreteu e virou água com enxofre (amarelou) fugindo com suas falácias ad hominiem e dizendo que não tenho utilidade pedagógica.

Legal, pois quem não teve utilidade em momento algum foi ele. Não respondeu nada e vazou como dizem os manos. Excelente meio de evasão.

Aliás, coitados dos alunos dele! Deve ser um bando de COs jovens, as presas fáceis para serem iludidas e crescerem fieis fidelíssimos aos mandos do pastor.

Somente em escolas confessionais um cara desse pode dar aulas, pois em uma escola descente enfiariam a bota nele em um segundo!!!

E vc, acho que o seguirá na seqüência. Será que vc vai amarelar também? Mas antes de fazê-lo, me traga a verdade absoluta, pois o Bola de Neve saiu e não a apresentou de forma convincente.

Aliás, se tiver contato com o fundamentalista inútil diga isso a ele: Realmente Issac, não apresentei desafio à cosmovisão cristã, pois esta em momento algum foi tratada.

O que vi foi a cosmovisão de um fanático de uma seita fundamentalista de cristãos, sendo que vc até invoca uma Jihad.

Mas ao mencionar cosmovisão cristã, vc acaba de deixar bem claro que a sua verdade absoluta se encontra dentro da referida cosmovisão. Em nada objeto sobre isso, assim como a verdade de qualquer outro “ismo” se encontra em seu referido sistema.

Ou seja, sua verdade somente é absoluta desde que para o mundo em que vive para a cultura que vc possui e para a religião que professa.Assim, vc mesmo refutou a idéia de verdade absoluta ao mencionar a cosmovisão cristã e a sua verdade.

Dia 28 /08/2009 vc Isaac "Inútil" Malheiros  foi levado à aula de filosofia do direito. Devo lhe dar os parabéns, pois foi escolhido como a pior defesa de um ponto de vista.

Mas td bem, seu deus está vendo e o tridente do capeta te aguarda, pois podemos fazer uma analogia com o falso testemunho = mentir.

Quanto à vc Sra Resumo, já vi que é patológico cristãos se esquivarem e tentar ridicularizar os outros quando pressionados e vc não foge à regra.

O único de vocês que respeito e tenho grande apreço é o Michelson. Aliás, tenho saudades de conversar com ele, pois nos enriquecíamos mutuamente.Já os demais, são essas coisas como os irmãos Bola de Neve: Issac e o Flávio. Simplesmente partem para o cala-boca intelectual silenciando seus debatedores ou fugindo dizendo que lhes são inúteis.


Em resumo, o Issac não passa de um fundamentalista, uma vez que sua verdade deve estar acima de tudo a qualquer preço. Não entende que as histórias bíblicas ou de qualquer outro livro ou lenda sagrada são alegorias com um fundamento moral.

Aliás, o que esperar de um cara que mal sabe quem são os autores que tratam da moral ao me perguntar se foi Dick Vigarista quem escreveu uma de minhas seqüências de raciocínio, a qual foi extraída de "O Fundamento da Moral" escrito por Marcel Conche.

Para mim, ele não possui credibilidade nenhuma. É um farsante, um péssimo cristão, além de um risco social com seu fundamentalismo e sua jihad cristã.

Assim, quem de fato teria sido massacrado ao longo deste debate no qual me considerei dando pérolas a porcos.

Também vejam, em uma atitude desonesta e despresível o comentário que esta pessoa, a Sra. Vanessa, faz de mim em seu post (aqui). Esta pessoa nem me conhece... Por que faz um juízo destes de mim?

Porque defendo a razão acima de crenças sem sentido? Por que derrubo sua ideologia? Por que sou contrário aos seus dógmas tolos?

É de admirar ao ponto que chega a baixeza de uma pessoa que se encontra cega pela religião ao defender suas ideologias!!! O debate perde a racionalidade e envereda-se para a esfera da agressão pessoal.

É a ausência total de argumentos. Ou seria uma patologia de fundamentalistas?

Em fim, pergunto: que debate se pode manter com estas pessoas? Está certo Dawkins quando diz que "não devemos dar verniz a criacionistas". Realmente, nos resta ignorá-los.


2 - Para o OI onde houve o encerramento das postagens por razões que suponho terem sido causadas pelas falácias e ataques pessoais proferidos pela senhora Vanessa, aqui vai a resposta:

Mais uma vez Vanessa: ESTUDAR DESIGN NA NATUREZA NÃO SIGNIFICA QUE POSSAMOS INFERIR QUE EXISTA UM DESIGNER PLANEJANDO A NATUREZA E NEM QUE ESTE DESIGN É ALGO QUE TENHA DEMANDADO INTELIGÊNCIA DO QUE QUER QUE SEJA. TAL AFIRMATIVA É UM SALTO EPISTEMOLÓGICO GIGANTESCO QUE É O MESMO QUE NÃO DIZER NADA.

A argumentação "existir um designer inteligente" é o argumento teológico de Paley. Ex se encontro algo feito por um ser inteligente, suscitam-se as perguntas "quem fez, como fez e onde está quem fez isso". Caso encontre um ser vivo, a pergunta é "como surgiu este ser e sob que condições".

Para variar, não respondeu nada e continuou com falácias. Atenha-se a pergunta que lhe fiz:

Cadê a premissa que leva a tal conclusão de que o design verificado na natureza é inteligente?

Garanto a vc que minhas memórias são mais ricas que as suas, pois passei por um processo de aprendizado e não de "crentificação" doentia. Realmente, tenho orgulho de mim, pois até hj busco aprender e não me render à crendices sem nexo.

Sobre meu massacre em lógica é óbvio, alguém que é calado, realmente se torna massacrado.

Bela atitude do Sr. Douglas "fujão e desonesto" Reis... Um sujeito que reivindica tanto a democracia, mas que não passa de um fanático ditador que, se pudesse, ainda estaria por ai queimando pessoas e, claro com o Isaac segurando uma bíblia, gritando alucinadamente e rezando e você com uma tocha...

Quanto a ser hilário, isso eu aplico a você e ao nosso Isaac "risco social" Malheiros O fanático que, quando se viu pressionado, primeiro atacou com falácias e por fim fugiu com o rabinho entre as pernas... Brilhante forma de argumentar!!!

Tanto vc quanto ele, não têm a mínima noção de argumentação lógica, pois mal sabem diferenciar lógica dialética de formal.

O suposto massacre que vc acha ter acontecido, não foi contra mim, mas contra o pensamento lógico. Não fico no achismo, pois consultei: Chaim Perelman, Robert Alexy, Marcel Conche, Alaor Caffe Alves, Anthony Weston, Heidegger, Espinosa, Roque Laraia, Gidens, Raymond Aaron, Elizete Alves, Lydia de Almeida Prado, Fábio Ulhoa Coelho e Mircea Eliade, dentre outros.
Então, quem teria sido de fato massacrado?

Quanto ao fanático do Issac, deve ter consultado a bíblia e o seu gênio interior. Ou talvez o criador inteligente deva tê-lo inspirado criando um rol inimaginável de asneiras.
Parabéns, vc fechou o OI, pois em momento algum agiu dentro da racionalidade. Assim, vc venceu o debate por WO.

Infelizmente é isso que vocês aprendem em vossas igrejas: mentir, dissimular, calar, castrar, falar pelas costas, ridicularizar.

Cada dia me decepcionam mais!!! E ainda se acham os escolhidos para serem salvos... Se deus existir de fato e escolhe-los ele deve ser um louco de pedra!!!

A ficar com vocês, prefiro ir para o inferno, onde encontrarei Dawkins, Pinker, Smolin, Hawking, Einstein, Bruno, Galileo, Dennett dentre outros (brincadeirinha --- céu - em sentido espiritual- e inferno não existem).

É claro que se não estou presente, podem dizer o que quiserem de mim e assim me torno “uma criança indefesa”. Atitude despresível que somente poderia vir de uma mente doentia e fanática.

Eu desafio vc e o fanático do Isaac a um debate filosófico/científico sem fugas e frente a frente. Se possível, na sala de aula dele com todos os estudantes. Eu pago minha passagem até Indaial e o hotel.
Vamos ver quem vai ser massacrado e triturado...

Porém, saiba que na faculdade de direito da USP ele foi a pior forma de se defender uma posição, ou seja, ele também foi ridicularizado na aula de filosofia do direito (tinha de ver as gargalhadas, foi demais!!!) e visto como um maluco equiparado a Inri Cristo.


Vá até o "factóide" abaixo e veja o que existe contra o DI.

http://cienciaxreligiao.blogspot.com/2009_11_06_archive.html

Tem muita bibliografia.

Instrua-se e livre-se da crença arraigada e do processo de negação contra tudo o que atenta em relação aos seus dogmas.


CONCLUSÃO:

Infelizmente, estas pessoas estão ideologizadas e precisam ser desprogramadas dessa crença arraigada, a qual cega e impede o indivíduo de enxergar um milímetro adiante de seu nariz.

São pessoas que se fecham a toda e qualquer coisa que atente contra seus dogmas, uma vez que, a crença arraigada, é um processo inconsciente de negação da realidade em prol da fantasia segundo a qual foram doutrinados a ver como realidade acima de tudo, até mesmo da razão, a ideologia professada.

Estes indivíduos tentam "vender seu peixe", mas se não conseguem intimidam e, se a intimidação não funciona, atacam. Antes matavam, hoje lançam falácias e injúrias.

Em momento algum agiram dentro da razão, pois perdem as estribeiras ao serem contestados. Quando pressionados, não respondem nada, atacam e por fim fogem com justificativas sem qualquer sentido.

Se sou uma farsa, como a Sra. Resumo afirma, então todos os filósofos, antropólogos, sociólogos e cientistas que uso como esteio em meus raciocínios o são.

Mas será que vossa crença é tão frágil que precisam lançar mão de processos que justifiquem a existência do deus que crêem e das verdades que sustentam?

Ao empregarem disciplinas como física, biologia, lógica, filosofia, etc, em vossa empreitada, fazem muito mau uso destas (o que não interessa vai para baixo do tapete).

Isso já se deu no início do cristianismo e tal prática perdura até então, hoje sob a ótica do DI, do criacionismo e do emprego da lógica formal para justificar uma crença. Deve ser algum efeito colateral da "crentificação" doentia.

Mais uma vez confirmaram: sua verdade é particular ao seu círculo, logo ela é absoluta ao seu mundo e não àquele externo às suas crendices.

Ataques pessoais, digressões sem sentido, questionamentos descabidos, e toda a sorte de técnicas evasivas contrárias ao bom senso e a um diálogo concreto, não vão mudar fatos.

Vão mostrar que vocês, simplesmente, estão errados em se atribuírem o título de "Senhores da Verdade e Bastiões da Ética e da Moral".

A técnica de que se valem (fuga por meio de agressões pessoais) também demonstra que não possuem argumentos sólidos que embasem suas suposições. Ou seja, não lhes conferirá qualquer razão.

Evitando o argumento da autoridade, estariam todos os filósofos, sociólogos, antropólogos e cientistas, em sua forma de pensar, errados e apenas a cosmovisão fanática seria a correta?

Pensemos....