segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

MAIS UMA DO ENÉZIO......



Extra extra!!! Em resposta ao artigo publicado no editorias da Folha de São Paulo a respeito da oposição em levar o criacionismo às escolas, os meios fundamentalistas lançaram um "ataque nuclear" . perdoem-me os leitores pela retórica a Enézio, digo, à Macaco Simão, mas retomarei ao longo do tema o tom de seriedade.

Eis o artigo publicado:

Criacionismo não!!!!

“Que a religião fique onde está, e não se faça de ciência: eis uma exigência, afinal modesta, mas inegociável, da modernidade”Leia o editorial:Graves e complexos problemas não faltam à ministra Marina Silva, em suas atividades na pasta do Meio Ambiente. Como se estes não bastassem, sua participação no 3º Simpósio sobre Criacionismo e Mídia, promovido pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo, veio a colocá-la em dificuldades de outro tipo, diante das quais o cargo que ocupa no Estado brasileiro recomenda cautela que não soube observar.Em palestra intitulada “Meio Ambiente e Cristianismo”, Marina Silva valeu-se de sua formação evangélica para transpor em chave religiosa o tema da preservação dos recursos do planeta.

Nada que inspirasse maiores reparos, portanto -assim como não se discute o direito de um ministro professar, pessoalmente, qualquer tipo de crença ou descrença religiosa.

Os adeptos do criacionismo, entretanto, não se contentam com pouco -e depois da conferência a ministra foi instada, em entrevista, a dar sua opinião sobre o ensino das teorias antidarwinistas. Num estilo próximo ao dos neoconservadores americanos, considerou que “as duas visões” devem ser oferecidas aos alunos, para que “decidam” por si mesmos.

Sob uma aparência de equanimidade, a tese faz parte de uma investida anticientífica que, com firmeza, cumpre repudiar. Pode-se, é claro, sustentar que a fé pessoal é compatível com o espírito científico; que religião e ciência não se opõem.

Talvez não se oponham, mas certamente não se misturam. E é isto o que o criacionismo tenta fazer, sem base comprovada, e com um aparato de falácias que um estudante médio, no Brasil ou em qualquer parte do mundo, não tem condições de identificar.

Que a religião fique onde está, e não se faça de ciência: eis uma exigência, afinal modesta, mas inegociável, da modernidade.
(Folha de SP, 20/1)


Logo abaixo, segue mais uma das publicações de Enézio de Almeida, nosso desafiante tupiniquim da "Nomenklatura Científica". Infelizmente a KGB darwinista descobriu suas "escorregadas" .

Meus comentários seguem em azul.

O editorial da Folha “Pravda” de São Paulo: “Ateísmo, não!





O leitor talvez se espante e pergunte: “Por que Pravda entremeado no nome do maior e mais respeitável jornal brasileiro moderno?” A Folha de S. Paulo não é um jornal a serviço do Brasil? Pravda significa "verdade" em russo, e foi nome do jornal oficial do Partido Comunista da ex-URSS. A "verdade" era o que o PC contava. Fora do Pravda, não havia verdade na URSS e satélites. Contudo, a Folha [Pravda] de S. Paulo não está interessada na verdade qua verdade. Está, sim, a serviço dos seus próprios interesses que a lógica do capitalismo selvagem afirma: o lucro pelo lucro, não importa quem seja atropelado, oops, eliminado no meio do caminho na sua corrida pela sobrevivência. O editorial “Criacionismo, não!” tenta de forma canhestra desestabilizar a ministra Marina Silva no atual governo.

Ninguém está tentando desestabilizar a Marina. Simplesmente, o que não se deve aceitar é mesclar crenças com o ensino científico. Criacionismo é crença religiosa, daí não poder se revestir de caráter científico.

A alegação é pura "teoria da conspiração". Não há nada de consistente em tal afirmativa.

O editorial da Folha [Pravda] de S. Paulo é também Darwin uber alles aplicado plenamente e sem questionamentos na cultura, na sociedade, em tudo que se puder imaginar, pois somente o mais apto sobrevive. Darwinismo, oops, stalinismo puro. Aliás, a Folha [Pravda] de S. Paulo é mais stalinista do que Stálin: um jornal “mão de ferro” dominado por ateus, agnósticos, céticos e quejandos.

Darwinismo social nada mais é que uma deturpação da teoria da evolução, como inquisição foi uma deturpação do que é o cristianismo, como criacionismo é uma deturpação da ciência pautada na má interpretação das metáforas bíblicas.

Esta confusão é um dos argumentos extremamente usados por criacionistas e correlatos a fim de demonizar uma teoria cientifica que contradiz a mítica existente nas escrituras a respeito da criação do mundo e das espécies.

O raciocínio é simples: há o dogma de que as escrituras são corretas, absolutas, verdadeiras e infalíveis. Uma falha faria ruir este dogma, logo as escrituras estariam em xeque e, portanto, o cristianismo também, pois faz parte das escrituras.

Daí os fundamentalistas, a todo o custo, tentarem desclassificar a TE, pois ela é quem mais atenta contra o disposto nas escrituras, mais especificamente em Gênesis.

Desse modo, intencionalmente, criam a confusão “darwinismo social” que se trata de um fenômeno econômico oriundo da deturpação de uma teoria científica com teoria da evolução em prol do ideário capitalista, a fim de confundir o leitor leigo.

Herbert Spencer popularizou a idéia de que grupos e sociedades evoluem através do conflito e da competição.

O Darwinismo Social foi empregado para tentar explicar a pobreza pós-revolução industrial, sugerindo que os que estavam pobres eram os menos aptos (segundo a teoria de Darwin) e os mais ricos que evoluíram economicamente seriam os mais aptos a sobreviver por isso os mais evoluídos. Durante o século XIX as potências européias também usaram o Darwinismo Social como justificativa para o Imperialismo europeu.


Por meio de estudos econômicos a respeito das origens da pobreza e por meio da sociobiologia, esta tese tem ruído. Não se trata da aptidão do indivíduo em sobreviver, mas de haver regulação para que não ocorra a exploração de um grupo pelo outro.

Quanto a TE, grosso modo, diz que: “aquele que se adapta melhor ao meio tem mais chances de se reproduzir e, portanto de passar seus genes adiante aos seus descendentes. Assim, suas características se repetirão nas gerações futuras e se tornarão predominantes na espécie.”

O que mais parece perturbar os círculos criacionistas é essa teoria, pois estudos elaborados por meio de fósseis e estudos de fisiologia e anatomia comparada, vêm confirmando sua veracidade em detrimento dos mitos da criação. Daí se voltarem com unhas e dentes contra TE.

Apesar do editorial tipo “cala a boca, Marina” em defesa do Estado laico, nem Darwin, e muito menos a Folha [Pravda] de S. Paulo explicam a origem do mais apto. Sendo totalitarista na sua visão, a Folha [Pravda] de S. Paulo literalmente nunca segue seu Manual de Redação, pois nunca ouve e nem dá espaço em suas páginas para o contraditório. “Ouvir o outro lado? Isso não te pertence mais!”

Quanto à explicação de "por que o mais apto existe", realmente, Darwin não tinha condições de fornecê-la, pois ele não conhecia o mecanismo dos genes. A partir de Watson e Crick essa explicação foi dada.

O acaso molda os ambientes (maremotos, vulcões, terremotos, mudanças nos pólos magnéticos da Terra, meteoros, explosões de raios gama, etc.). Dentro das espécies há inúmeras combinações genéticas. É realmente uma loteria como um individuo vai nascer.

Assim o caráter que mais se adaptar ao meio é aquele que se reproduzirá melhor, pois caçara melhor, será mais forte, mais rápido, mais esperto, mais resistente a pragas, etc.

Por que criacionistas insistem em deturpar isso e mesmo não informar seus leitores disso? Quer queiram quer não, isso é fato e podemos notar isso dia-a-dia na natureza.

Criacionismo não é o outro lado da biologia, como astrologia não é o outro lado da estatística e como curandeirismo não é o outro lado da medicina.









Na mesa-redonda encerrando a V São Paulo Research Conference – “Teoria da Evolução: Princípios e Impactos”, no dia 20 de maio de 2006, Marcelo Leite, colunista da
Folha [Pravda] de S. Paulo, instado sobre o avanço no Brasil das opiniões contrárias às especulações transformistas de Darwin, de forma stalinista a la Beria assim declarou: “Não damos espaço!”

Concordo com ele. Acho que toda essa coisa já está indo longe demais. O que é o sonho fundamentalista cristão é o retorno ao ensino da religião cristã aos bancos escolares e por fim o retorno às conversões forçadas.

Querem, por meio do criacionismo, fazer isso, pois o primeiro momento consiste em travestir a religião de ciência para não dar na vista que estão violando direitos fundamentais.

Depois é só um fundamentalista eleito pelo povo fazer uma lei maluca e pronto!!! Voltamos à era da inquisição onde seria proibido pensar, pois pensar faz mal à economia da igreja ... oopps !! à fé e ao caráter do povo.





Eu vou fazer novamente o papel de advogado do Diabo dos de concepções religiosas, e glosar aqui o editorial “Criacionismo, não” da Folha [Pravda] de S. Paulo de 20/01/2008, e mostrar que realmente desta vez a Folha [Pravda] de S. Paulo tem toda a razão, oops, toda a verdade do seu lado. "Ateísmo, não!" "Graves e complexos problemas não faltam à ministra Marina Silva, em suas atividades na pasta do Meio Ambiente. Como se estes não bastassem, sua participação no 3º Simpósio Sobre Ateísmo e Mídia, promovido pelo Centro Universitário Ateísta de São Paulo – Diálogos Impertinentes (Folha [Pravda] de S. Paulo), veio a colocá-la em dificuldades de outro tipo, diante das quais o cargo que ocupa no Estado brasileiro recomenda cautela que não soube observar. "Em palestra intitulada 'Meio Ambiente e Ateísmo', Marina Silva valeu-se de sua formação ateísta para transpor em chave filosófico-ateísta o tema da preservação dos recursos do planeta. "Nada que inspirasse maiores reparos, portanto – assim como não se discute o direito de um ministro professar, pessoalmente, qualquer tipo de ateísmo ou teísmo. "Os adeptos do ateísmo, entretanto, não se contentam com pouco – como política de Estado eles cometeram um Holocausto global: mataram mais de 100 milhões de pessoas no século 20 – e depois da conferência a ministra foi instada, em entrevista, a dar sua opinião sobre o ensino das filosofias ateísta-materialistas nas escolas públicas brasileiras. Num estilo próximo ao dos ultraliberais russos, considerou a la Mikhail Gorbachev que 'as duas visões' devem ser oferecidas aos alunos, para que 'decidam' por si mesmos.

Mais uma vez surge a clássica confusão entre regimes políticos e filosofias de vida de cada indivíduo. Essa confusão aqui exposta é a mesma que se faz entre cristianismo e inquisição.





Comunismo matou, capitalismo matou, nazi-fascismo matou, cristianismo matou, islamismo matou, hinduísmo matou, judaísmo matou, liberalismo matou, totalitarismo matou, absolutismo matou, protestantismo e catolicismo mataram. A maioria dos matadores se escondeu sob a máscara da religião, outros sob o véu das ideologias.



Não há que se dizer esse matou mais ou aquele matou menos. Simplesmente há que se dizer mataram em prol dos interesses das camadas dominantes.


Ideologias contaminam as massas. São como crenças religiosas, extremamente dogmáticas; não se explicam se aceitam e não se contestam. Geralmente os ideólogos buscam assegurar seus interesses e que sua ideologia sobreviva. Daí matarem seus opositores, pois estes representam forte ameaça ao sistema, uma vez que pensam.




Com o comunismo foi assim, após a queda do Czar sonhava-se com uma Rússia onde todos teriam oportunidades. Mas aconteceu o oposto. Alguns poucos subiram, outros foram escravizados. Decidiu-se quem estudaria e o que estudaria e de que trabalharia.





Assim foi na China maoísta com a “revolução cultural” a qual eu chamo de revolução da burrice, pois até hoje a China tenta se livrar do prejuízo que o “grande timoneiro” causou (alias o nome já diz tudo “MAO”).




Cuba idem, muitos que lutaram ao lado de Fidel foram mortos a mando dele quando começaram a se opor a suas idéias. Cuba tirou um tirano e pôs outro no lugar. Até hoje padecem com isso.




A Coréia do Norte possui um exercito invejável, porém o povo morre de fome enquanto o ditador faz bombas atômicas e come caviar.






Ditadores em geral possuem um egocentrismo exacerbado, pois adoram ver sua imagem cultuada como se fossem deuses e terem tudo do bom e do melhor. Veja nosso vizinho Chávez: dá ao povo com uma mão e lhes tira o direito à liberdade, a dignidade humana e ao trabalho, pois sua postura "socialista bolivariana" afugenta o capital estrangeiro, que infelizmente é um mal necessário ao desenvolvimento de países sub desenvolvidos como os da América Latina.



Assim, assegura-se o interesse de camadas dominantes sob a máscara da superioridade de um povo, de um pensamento, de uma crença, da igualdade e da inclusão social.

Conheço muitos ateus que possuem muito mais caráter, amor no coração e compaixão que muitos que ostentam a classificação de bons cristãos.

Há católicos e evangélicos que notoriamente segregam uma pessoa por professar um credo distinto do seu, é isso que o cristianismo ensina?

É claro que não. Mas quando deturpado, é isto que pregam os fundamentalistas.


"Sob uma aparência de equanimidade, a tese faz parte de uma investida anticientífica que, com firmeza, cumpre repudiar. Pode-se, é claro, sustentar que o ateísmo pessoal é compatível com o espírito científico; que ateísmo e ciência não se opõem. "Talvez não se oponham, mas certamente não se misturam. E é isto o que o ateísmo tenta fazer, sem base cientificamente comprovada, e com um aparato de falácias que um estudante médio, no Brasil ou em qualquer parte do mundo, não tem condições de identificar, mas é enfiado goela abaixo e sem direito a questionar ou de espernear. "Que o ateísmo fique onde está, e não se faça de ciência: eis uma exigência, afinal modesta, mas inegociável, da modernidade."

Ao que me consta, ateus jamais se meteram no ensino científico nem determinaram o que deveria ser professado em cultos religiosos.

O que o ensino científico traz não são falácias, pois suas teses requerem confirmação e submissão à metodologia científica. A diferença entre o criacionismo e a verdadeira ciência é marcante nesse aspecto.

Essa inversão que faz do artigo, não deveria jogar ateísmo, mas sim ciência, pois ateísmo não é diretamente antônimo de criacionismo, o qual é uma vertente deturpada da crença religiosa que visa aniquilar a TE, que tem bases científicas, por meio de falácias, raciocínios errados e sofismas.

Ateísmo seria a negação da existência de deuses, opõe-se a crença de seres divinos. Criacionismo, pela proposta que apresenta, seria a criação de tudo ou de um princípio pelos deuses.

Dessa forma, parece haver a tentativa de denominar a ciência verdadeira, no caso a TE, Big Bang e origem da vida (as que mais perturbam os fundamentalistas cristãos) como ateísmo, o que é uma falsa analogia.


Uma coisa nada tem a ver com a outra. Lemaitre era padre e propôs o que seria hoje o big bang. Lemaitre até se indispôs com o papa da época o qual afirmara ser a teoria dele a comprovação do Genesis. Lemaitre dissera que religião é uma coisa e o que ele estava fazendo era ciência.

Nada tem a ver ser religioso e estudar e procurar entender teorias científicas sem a presença do divino.


Neste ponto, nosso astro tupiniquim comete também a falácia estilo sem substância ao criticar o ateísmo e não a TE, que é quem sofre ferrenha oposição do criacionismo.

Se quiser derrubar tal argumentação da folha o Enézio deveria ao menos trazer uma evidência de que o criacionismo ou o DI mereçam crédito.

Até hoje isso não se deu e, acredito, que jamais se verificará tal evidência, dentro das exigências da metodologia científica, exceto na fantasia criacionista.

Fui, pensando que a Folha [Pravda] de S. Paulo precisa passar urgentemente por uma Glasnost e Perestroika em lidar com o contraditório! Uma exigência modesta, mas inegociável da modernidade de uma sociedade livre e plural. (Postagem publicada no blog Desafiando a Nomenklatura Científica)

Faço minhas as palavras de nosso combatente tupiniquim, porém o faço em relação aos fundamentalistas cristãos, a respeito do que traz o seu livro sagrado e de seus pensamentos obscurantistas sobre as ciências.



CONCLUSÃO:

Criacionismo não é o contraditório de nada que se paute pela ciência, simplesmente pelo fato de que ele não é ciência, pelos motivos já exaustivamente explicados por mim e por outros em debates pela internet.

Seria melhor, que não se desse tanto crédito ao que o Enézio traz ou critica, sem antes filtrar sua retórica a Macaco Simão e correr atrás das fontes originais.

Na maioria, as críticas dele se compõem por falácias e notícias incompletas, espertamente arranjadas para dar uma compreensão equivocada sob o fato em análise.

São colhidas a dedo e partem de um ou outro cientista (geralmente um fundamentalista cristão) que vai contra o que todos os outros, anos a fio pesquisam.

A argumentação é pautada apenas em retórica, sem trazer qualquer coisa que confirme suas afirmações sob a ótica exigida pela metodologia científica.

Não basta dizer, como o Behe e suas caixas pretas fez ao longo de seu livro.

Tem de confirmar. Se um processo é tão irredutível assim, basta confirmar sua irredutubilidade e tudo bem.

Aceita-se por hora até que o fato sob estudo se desconfirme ou se confirme cada vez mais.


Antes de encerrar, ainda, me restam asperguntas que jamais foram respondidas:

O que um cientista ganharia em esconder uma hipótese que se confirma como verdadeira ou falsa?

Se as hipóteses criacionistas fossem tão certas assim elas estariam em todas as revistas científicas, por que não estão?

Não é certo que toda essa chatice de ficar pesquisando temas já não teria sido encerrada se realmente se tivesse descoberto que o autor de toda essa obra fosse Deus, ou o ET de Varginha ou o "desenhista inteligente" ou qualquer outra coisa denominada "inteligência superior"?

O que os cientistas pretendem em sustentar o modelo da TE se ele é falso e não tem nada de certo, conforme a sua concepção?

Por que nenhum criacionista traz nada de concreto e seus estudos apenas se baseiam em retórica, falácias e sofismas, além de não se submeterem ao método científico?

Quem se habilitar, favor responder, mas terá de fazê-lo de modo concreto e coerente, sem falácias e sem sofismas.