sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Sodoma e Gomorra : mistério esclarecido











1 - INTRODUÇÃO:


Há muito ouve-se falar dessas duas cidades e sua destruição pela ira de Deus devido às práticas imorais de seus habitantes.


Na verdade, eram cinco cidades-estado localizadas no Vale de Sidim, próximas ao Mar Morto, cujos nomes eram: Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Bela ou Zoar. As quatro anteriores foram destruídas e Zoar sobreviveu ao desastre.

Por que será que apenas uma das cidades da região sobreviveu á ira divina se seus costumes e "perversões" se assemelhavam às das demais cidades?

É o que tentaremos entender mais adiante.


2 - UM POUCO DA HISTÓRIA DO ANTIGO ORIENTE MÉDIO:


As cidades de Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Bela pertenciam a idade do bronze, (4.000 a 2.000 a. C.) que teria se iniciado no Oriente Médio.


Segundo a bíblia o "pecado" cometido pelos sodomitas era a pederastia e todo o tipo de perversão sexual. Todavia, para a época, de acordo com crenças da região, o sexo fazia parte dos rituais aos deuses e deusas da fertilidade.


Na região o culto parece ter se direcionado à DEUSA-LUA, sendo mais disseminado na Babilônia. Foi também Astarte em Canaã, Atar na Mesopotâmia, Astar em Moab, Estar na Abissínia e Astarte na Grécia. Entretanto, Deméter parece ser o termo genérico para qualquer manifestação desta grande deusa poderosa, a "Magna Dea do Oriente".

Ishtar é uma herança suméria, cuja civilização é conhecida como a mais antiga da humanidade, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia.

No que se refere aos sumérios, evidências arqueológicas datam o início de sua civilização em meados do quarto milênio a.C.

Entre 3500 e 3000 a.C. houve um florescimento cultural, e a Suméria exerceu influência sobre as áreas circunvizinhas, culminando na dinastia de Ágade, fundada em aproximadamente 2.340 a.C. por Sargão I, sendo que este, ao que tudo indica, seria de etnia e língua semitas quando este povo originais ainda detinham a pureza racial. Depois de 2000 a.C. a Suméria entrou em declínio, sendo absorvida pela Babilônia epela Assíria.


Mas, uma das versões para o pecado cometido nas cidades-estado da região do Vale de Sidim certamente seria a rudeza com a qual tratavam os estrangeiros. A hospitalidade dentre os nômades da região era um valor extremamente rígido, o qual, mais tarde, fora transformado em valor bíblico pelos hebreus.

Os sumérios eram politeístas. Porém os deuses serviam mais para resolver problemas terrenos do que solucionar os problemas que fazem parte após a morte. Na visão dos sumérios, os deuses tinham comportamentos parecidos com o das pessoas, praticavam o bem e o mal, e eram muito mais temidos do que amados.

Quanto à religião, as práticas e crenças adotadas pelos sumérios variaram largamente através do tempo e distância, cada cidade possuindo sua própria visão mitológica e/ou teológica.

Entre as principais figuras mitológicas adoradas pelos sumérios, é possível citar An, deus do céu; Nammu, a deusa-mãe; Inanna, a deusa do amor e da guerra (equivalente à deusa Ishtar dos acádios); e Enlil, o deus do vento.

Cada um dos deuses sumérios era associado a cidades diferentes, e a importância religiosa a eles atribuída intensificava-se ou esmorecia dependendo do poder político da cidade associada.

Segundo a tradição suméria, os deuses criaram o ser humano a partir do barro com o propósito de serem servidos por suas novas criaturas.

Quando estavam zangados ou frustrados, os deuses expressavam seus sentimentos através de terremotos ou catástrofes naturais: a essência primordial da religião suméria baseava-se, portanto, na crença de que toda a humanidade estava à mercê dos deuses.

A religião suméria era politeísta caracterizada por deuses e deusas antropomórficos representando forças ou presenças no mundo material.

Os deuses originalmente criaram humanos como servos para si mesmos, mas os libertaram quando se tornaram difíceis demais de se lidar.
Muitas histórias na religião suméria aparecem homólogas a histórias em outras religiões do Oriente Médio.

Por exemplo, a idéia bíblica da criação do homem, bem como o dilúvio de Noé estão intimamente ligados aos contos sumérios.

Os deuses e deusas da Suméria têm representações similares nas religiões dos acadios, cananeus, babilônios e outros.

Da mesma forma, um número de histórias relacionadas a divindades têm paralelos gregos; por exemplo, a descida de Inanna ao submundo está impressionantemente ligada ao mito de Perséfone.
Cosidera-se este povo como os criadores da Astronomia, uma vez que foram encontradas inscrições astronômicas cuja data aproxima-se de 4.500 a. C.. além de textos sobre o Sistema Solar e movimentos de planetas em torno do Sol.
Os acádios, grupos de nômades vindos da Siria, começaram a penetrar nos territórios ao norte das regiões sumérias, terminando por dominar as cidades-estados desta região por volta de 2.250 a.C..






Mesmo antes da conquista, porém, já ocorria uma síntese entre as culturas suméria e acádia, que se acentuou com a unificação dos dois povos. Os ocupantes assimilaram a cultura dos vencidos, embora, em muitos aspectos, as duas culturas mantivessem diferenças entre si, como por exemplo - e mais evidentemente - no campo religioso.
Próximo a 2.000 a.C., a região da Mesopotâmia constitui-se em um grande e unificado império que tinha como centro administrativo a cidade da Babilônia, situada nas margens do rio Eufrates.

Os amoritas, povos semitas proveniente da Arábia, edificaram o Primeiro Império Babilônico.
Este povo é conhecido também como "antigos babilônicos", o que os diferencia dos caldeus, fundadores do Segundo Império Babilônico,denominados NEOBABILÔNICOS.
Quanto aos assírios, povo de origem semita, viviam do pastoreio e habitavam as margens do rio Tigre. Pr volta de 1.300 a.C., passaram a se organizar como sociedade altamente militar e expansionista. Realizaram diversas conquistas e expandiram seu domínio para além da própria Mesopotâmia, chegando ao Egito. O centro administrativo do império assírio era Nínive.



Os caldeus também eram um povo de origem semita que se estabeleceu na Mesopotâmia por volta de 600 a.C.. Foram os principais responsáveis pela derrota dos assírios e pela organização do novo império babilônico. Porém seu império durou uns 70 anos e foi submetido ao Império persa.
Os habitantes de Canaã, cananeus, que compunham sete nações distintas, os heteus, os gergeseus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. Mas certamente deveriam ser muito mais povos que os ora mencionados.

O nome cananeus era a designação geral de todos os habitantes da região; em sentido mais restrito, aplica-se aos habitantes da planície de Esdraelon e planícies em volta.

"Amorreus" era também uma designação geral, algumas vezes aplicada a todos os habitantes, porém mais especificamente a uma tribo que habitava ao oeste do Mar Morto, que conquistara o território a leste do Rio Jordão, afastando os amonitas.

"Ferezeus" e "Jebuseus" ocupavam as montanhas do Sul.

"Heveus" e "heteus", grupos dispersos do poderoso reino do Norte que tinha sua capital em Carquemis, ocupavam a região do Líbano.

"Gergeseus", pensa-se que habitavam a leste do mar da Galiléia, embora nada se saiba ao certo sobre eles.
"Jebuseus" eram uma tribo dos povos cananeus que originalmente habitava a região em torno de Jerusalém, até a conquista da cidade de Jebus (Jerusalém) pelos israelitas, por volta de 1.000 a.C..

Quanto aos heteus, parece se remeterem aos hititas, que mencionaremos mais adiante.
Os limites de todos estes povos variam e em diferentes épocas ocuparam diferentes lugares.

Os Cananeus são descritos pela bíblia como grandes e poderosos; idólatras, supersticiosos, profanos e iníquos.




A religião dos cananeus estava já bem estabelecida na Palestina antes da Conquista israelita. Era bem elaborada em seus ritos e perfeitamente identificada com os interesses e as ambições de uma população agrícola.

Era identificada com a natureza e tinha como objetivo ensinar aos homens a cooperarem e controlarem o ciclo das estações. Entre as suas muitas divindades, Baal era o seu deus principal, o "Senhor da Terra", que também era o deus do tempo atmosférico.

Astarote, mulher de Baal era a personificação do princípio reprodutivo da natureza, Istar era o seu nome babilônico, Astarte, seu nome grego e romano. Os templos de Baal e Astarote eram comumente próximos. Sacerdotisas eram prostitutas dos templos.

Os Sodomitas eram homens da mesma espécie que também agiam nos templos. Existiam outros deuses cananeus e o culto a eles consistia em orgias.

Os cananeus tinham como prática religiosa comum o sacrifício de crianças.

Em escavações feitas por Macalister em Gezer, 1904-1909, foram encontradas ruínas de um "Lugar Alto", que tinha sido um templo, no qual ocorria a adoração de Baal e Astarote.

Sob os detritos, neste local, foram encontrados uma grande quantidade de jarros contendo despojos de crianças recém-nascidas, que haviam sido sacrificadas a Baal. A área inteira se revelou como sendo cemitério de crianças.

Em Megido, Jericó e Gezer as escavações revelaram que era comum o "sacrifício dos alicerces"; quando se ia construir uma casa, sacrificava-se uma criança, cujo corpo era metido num alicerce, a fim de trazer felicidade para o resto dafamília.

Israel não fez aliança com os cananeus, não se misturar com eles em casamento, não seguiu sua idolatria e seus costumes. Israelitas e cananeus guerrearam até que estes foram destruídos.

A principal cidade Cananéia era Ugarit, cujo apogeu ocorreu de cerca de 1.450 a 1.200 a.C..

No que se refere à religião ugarítica, esta estava centrada no deus-chefe, Ilu ou El, o "pai da humanidade", "criador da criação". A corte de El ou Ilu era chamada de Ihm ou Elohim, (deuses).

Os mais importantes entre os principais deuses eram Hadad, o rei dos Céus, Athirat , Yam (ou "Mar", o deus do caos primordial, das tempestades e da destruição em massa) e Mot ("morte").
Outros deuses venerados em Ugarit eram Dagon ("grão"), Tirosh HoronReshef ("cura"), o artesão Kothar -wa-Khasis ("hábil e esperto"), Shahar ("amanhecer") e Shalim ("anoitecer").

Os textos ugaríticos forneceram aos acadêmicos uma riqueza de informações sobre a religião dos canaanitas, e suas ligações com a religião dos antigos israelitas.
A religião de Ugarit e a religião da antiga Israel não eram a mesma, mas existiam algumas notáveis concidências.
Por exemplo, o nome da suprema autoridade divina em Ugarit era El, um dos nomes do Deus de Israel. El era descrito como um deus de idade avançada, com cabelos brancos, sentado em um trono.

No entanto, em Ugarit, El era o soberano, mas outro deus administrava as coisas na terra por El como seu vizir.

O nome deste deus era Baal, um nome muito familiar para qualquer um que tenha lido o Antigo Testamento. Em Ugarit Baal era conhecido por diversos títulos: "rei dos deuses", "o altíssimo", "príncipe Baal", e "o cavaleiro das nuvens".
A posição de Baal como "rei dos deuses" em Ugarit, o vizinho do norte de Israel, ajuda a explicar o "problema de Baal" no Antigo Testamento.

Os hebreus, ao que parece, sua origem está na cidade de Ur, fundada por sumérios, cuja organização política era semelhante a uma confederação de cidades-Estado, governadas por um chefe religioso e militar que eram denominados patesi.


Este povo organizou sua população em diversos clãs patriarcais seminômades. Esses grupos familiares se dedicavam principalmente à criação de gado ao longo dos oásis espalhados no deserto da Arábia. A história dos hebreus se inicia por volta de 2.000 a.C. e estes convivem com outras civilizações expansionistas do mesmo período.

A primeira fase da história política dos hebreus ficou conhecida como Período dos Patriarcas. Nessa época, a população hebraica esteve subordinada à liderança de um membro das tribos que concentrava em suas mãos funções jurídicas, militares e religiosas.
A economia era sustentada por meio das atividades pastoris que se desenvolviam por meio de constantes deslocamentos populacionais às regiões férteis da Palestina.

A terra dos cananeus, Canaã, segundo a crença hebraica, era a terra prometida para Abraão e os patriarcas como herança. Abraão residiu nesta terra e os hebreus viveram nela até um período anterior a história de José.

A fome então retira os hebreus de Canaã e os traz para o Egito. Após o êxodo, o povo hebreu retorna a Canaã, o que culminou na conquista desta terra e na sua divisão entre as tribos israelitas.

A religião de Jeroboão no reino do norte absorveu o culto de Baal, e em pouco tempo parecia não haver diferença entre os dois cultos ou, se ela existia, era tão ínfima que venerar um ou o outro era apenas uma questão teológica; foi com este tipo de problema que os profetas de Israel tiveram que lidar.

O povo não tinha Bíblia, apenas os profetas e suas palavras. Quando não havia um profeta por perto para esclarecer o assunto, era mais fácil seguir o que os vizinhos estavam fazendo, especialmente se o seu rei não se importava, ou até mesmo preferisse isto.

Os hititas eram um povo indo-europeu que, por volta de 2.000 a.C., fundou um poderoso império na Anatólia central (atual Turquia), cuja queda data dos séculos XIII-XII a.C..


Os hititas conservaram vários rituais religiosos dos hatti, seus antepassados, tanto transcrevendo a lingua hatti em escrita cuneiforme quanto traduzindo textos hatti para a língua nesita.

Os nomes dos deuses hatti são bem conhecidos:
A deusa-sol de Arinna, divindade do mundo subterrâneo, corresponde à deusa hatti Wurushemu. Seu companehro, o deus-sol do Céu, é Eshtan.
O deus da tempestade, associado de maneira geral à água, chamava-se Taru (donde viria o hitita Tarhunta) e tinha dois importantes santuários no país hatti, em Neric e em Zippalanda.

O deus agrário hitita Telebinu, filho de Wurushemu e de Eshtan, é sem dúvida de origem hatti. Outros deuses hatti importantes são Wurunkatte, deus da guerra; Inara, o "Gênio de Hatussha"; Halmasuit, a deusa-trono; e Kunzanisu, deusa lunar.
Ao que parece guerras civis esfacelaram o Império hitita por volta dos séculos XIII-XII a.C.. Não se sabe qual foi o destino deste povo.

Quanto aos filisteus, a teoria mais aceita cientificamente baseia-se na hipótese de se tratava de um grupo Indo-Europeu que veio a conviver durante séculos com os povos semitas da região de Israel, tendo migrado para a região por volta de 1.200 a. C.. Fundaram cinco cidades: Asod, Ascalon, Ekron, Gaza e Gat.

A primeira notícia que se tem sobre os Filisteus surge de relatos Egípcios sobre os Povos do Mar. Ao que parece eram levas de migrantes que vieram por mar para o atual Egito. As crônicas egípicias registram que entre estes povos encontravam-se os Filisteus, (Peleset) mas havia ainda outros.

Os filisteus desapareceram da História. Um povo inteiro deixou de existir. Ainda se debate como e porquê isto aconteceu. Alguns acreditam que eles foram culturalmente assimilados durante a sua estadia na Babilônia. Como isto pode ocorrer em tão pouco tempo, levanta discussões interessantes entre historiadores e antropólogos.
Dessa forma, ao que tudo leva a indicar, as cidades de Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Bela parecem ter sido cidades sumérias, pois seu tempo e certas práticas remetem a este povo.
A primeira idade do bronze, que antecede a bíblia data de 4.000 a 3.150 a.C., sendo que este período se destacou pelo crescimento da urbanização e desenvolvimento da agricultura e do comércio.
Há menção de que ao final da primeira idade do bronze, houve uma interrupção das relações comerciais com o Egito e um declínio da cultura urbana com retorno ao nomadismo.
Não se sabe se isso foi causado por invasões ou por alguma alteração climática. Somente se tem o registro do retorno à vida urbana apartir de 2.000 a.C. (idade do bronze média), quando reaparece a cultura cananéia e retornam as relações comerciais com o Egito.
Quanto ao povo hebreu, este conforme visto anteriormente, passou a se organizar em clãs a partir de 2.000 a.C., o que vai ao encontro do retorno da ordem local.

Dessa forma, nos parece que Abraão deve ter saído de Ur por volta do final da primeira idade do bronze, quando ocorreu o declínio da vida urbana e o retorno à vida nômade, embora não se saiba ao certo quando o fato de sua saída de Ur tenha ocorrido.

3- O QUE DESTRUIU AS CIDADES DO VALE DE SIDIM?

De acordo com um bloco de argila encontrado por Henry Layard em meados do século 19, Conhecido como "Planisfério", o qual permanecia como um mistério para os acadêmicos, descobriu-se que se trata do testemunho feito por um astrônomo sumério sobre a passagem de um asteróide - que pode ter causado a destruição das cidades de Sodoma e Gomorra.


Segundo os pesquisadores Alan Bond, da empresa Reaction Engines e Mark Hempsell, da Universidade de Bristol, os eventos descritos pelo astrônomo sumério são da noite do dia 29 de junho de 3123 a.C. (calendário juliano).
Segundo os pesquisadores, metade do bloco traz informações sobre a posição dos planetas e das nuvens e a outra metade é uma observação sobre a trajetória do asteróide de mais de um quilômetro de diâmetro.
De acordo com as observações do astrônomo sumério, este objeto passou pelas constelações de Peixes, Pegassus, Á guia em linha reta.
De acordo com Mark Hempsell, pelo tamanho e pela rota do objeto, é possível que este se tratasse de um asteróide tipo Aten que teria se chocado contra os Alpes austríacos, na região de Köfels, onde há indícios de um deslizamento de terra grande.
Os asteróides Aten são aqueles cujas órbitas os fazem ficar, a maior parte do tempo, na região que fica entre o Sol e a órbita da Terra. Isto significa que vários destes asteróides teêm órbitas que cruzam a trajetória da Terra.
O asteróide não deixou cratera que pudesse evidenciar uma explosão. Isso se explica, segundo os especialistas, porque o asteróide teria voado próximo ao chão, deixando um rastro de destruição por conta de ondas supersônicas, e se chocado contra a Terra em um impacto cataclísmico.
Não há menção de uma cratéra em Köfels, o que pode também sugerir uma explosão no ar.

Muitos podem questionar por que regiões como o Egito não mencionam tal cataclisma; por que somente no Vale de Sidim?

A resposta para essa questão pode estar encerrada no que se refere ao ângulo de entrada do asteróide. Caso ele tenha se chocado com a Terra, em alguma montanha, teria causado deslizamentos o que não deixaria sinais cratera mas de deslizamento de terras.
Parte dos escombros do asteróide, juntamente com pedras, teria sido lançada a grandes alturas, acompanhando sua trajetória, sendo o ponto de entrada dos escombros a região de Sidim, sobre as cidades destruídas.
Caso tenha explodido no ar, parte do seu material pode ter ficado retido entre as montanhas e parte ter sido lançada no espaço acompanhando sua trajetória e descendo sobre o Vale de Sidim em arco.
Segundo os pesquisadores, o rastro do asteróide teria causado uma bola de fogo com temperaturas de até 400ºC e teria devastado uma área de aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados.

Segundo documentário da Discovery Channel "A Bíblia Mistérios Revelados", examinaram-se gelos provenientes de geleiras do Tibet, dos Andes e da Groenlândia e, segundo registros, parece ter havido uma glaciação repentina há uns 5.200 anos.
Este impacto no clima pode ter causado secas na África e Oriente Médio, o que teria gerado sérios problemas às civilizações desses locais, sem considerar o fato de que cataclismas como estes podem ter conseqüências que perduram por milhares de anos.
Quanto ao fato da esposa de Ló ter se tornado uma "estátua de sal", pode ser explicado da seguinte forma:

A história em questão pode ser tratada como uma etiologia, ou seja, uma explicação de causas e fenômenos naturais por meio de interpretações relacionadas ao meio que circunda o indivíduo ou aos seus mitos e crenças, muito comum em atribuir significados e explicações por meio de lendas.

No caso em questão, ao ir olhar o que se passava ou ter ficado para trás, a esposa de Ló pode ter sido instantaneamente envolvida por algo semelhante a uma nuvem piroclástica, gerada pela queda próxima a ela de uma rocha derretida resultante da entrada de escombros.
O fenômeno pode ter se dado tal como em Pompéia: poeira entre 300 e 600 graus Celsius envolveram repentinamente o corpo da mulher e a tornaram uma estátua.

Ao verem o corpo da mulher naquela forma, Ló e suas filhas fizeram uma analogia com as formações de sal do Mar Morto, as quais se assemelham a estátuas, daí o mito da estátua de sal.
Mas resta a pergunta: por que Zoar teria sido poupada?


Como se pode perceber no mapa ao lado, temos os supostos locais dssas cidades.

Como se pode perceber ao lado, parece haver zona de entrada de escombros sobre as cidades destruídas, sendo que Zoar estava bem aquém desta linha. Daí a razão de ter sido poupada.
















O planisfério ao lado mostra provável área de entrada dos escombros e a tragetória do corpo celeste. As áreas atingidas, exceto em pontos do Egito e da região do crescente fértil, provavelmente estariam desabitadas há 5 mil anos.






4- CONCLUSÃO:

A narrativa bíblica pode ter fundo de verdade no que se refere ao fato das cidades Sodoma, Gomorra, Admá e Zebolim terem sido aniquiladas e Bela ou Zoar ter sido preservada. Todavia, há que se considerar que cerca de 5.000 anos entender um fenômeno como um impacto de asteróide seria exigir muito do conhecimento das pessoas.

Mesmo para os astrônomos da época, aos quais prefiro me referir como astrólogos, ter a compreensão de fenômenos celestes como a temos hoje seria algo um tanto incoerente. Certamente, ao terem avistado este corpo celeste riscando os céus, devem tê-lo interpretado como o deus Enlil ou como uma mensagem de mau ou bem presságio.

Os fatos do declínio da urbanização na região do Crescente Fértil com o cataclisma, que parece ter ocorrido se encaixam, bem como com o retorno à ordem por volta de 2.000 a. C. ,quando a situação se normalizou.

Mas, parafraseando o Rabi Bradley Shavit Artson do documentário: "Não gaste sua energia discutindo o que é ou não histórico. A verdade das Escrituras são para a vida, e isso está acima das verdades meramente humanas."

Sábias palavras Rabi!!! Shalon!!!


Sodoma e Gomorra:  A destruição cientificamente explicada:


parte 1






parte 2



parte 3



Parte 4





parte 5