
Aqui vai a reportagem:
Resenha publicada na Folha Online: "A origem da vida é um tema que atrai o interesse do homem.
A curiosidade em saber como a existência começou e como

Para a maior parte dos cientistas a resposta está na evolução. "No livro Evolução, da 'Série Mais Ciência', da Publifolha, o autor David Burnie discute o processo evolutivo, explica o desenvolvimento das espécies, oferece evidências e explicações sobre as causas da evolução e os mecanismos da seleção natural. Em linguagem simples e de fácil entendimento, o volume ilustrado apresenta conceitos científicos de maneira acessível e prática.
"'A evolução é um processo gradual de mudanças químicas e físicas que começaram antes mesmo do surgimento da vida propriamente dita, e continua até hoje', explica o autor.
"As adaptações dos animais, a evolução de parasitas e hospedeiros a extinção de espécies são outros assuntos abordados ao longo do livro. Sobre a origem da vida o volume traz um capítulo especial que discute os diferentes posicionamentos de especialistas.
'Uma possibilidade é que os primeiros seres vivos da Terra já tenham chegado do espaço formados, mas a maioria dos cientistas não está convencida disso e acredita que a vida na Terra surgiu a partir de matéria não-viva.'"
Quanto ao conteúdo da reportagem sobre o livro, sem problemas.
Mas, para variar, segue a nota recheada de má fé e a clássica ausência de conhecimento ao se tratar da temática científica. Abaixo, seguem os comentários em verde.
Nota: Fiz questão de grifar dois trechos da resenha para chamar atenção para alguns detalhes curiosos:
(1) o autor do livro afirma que a evolução é um processo que começou "antes mesmo do surgimento da vida", ao passo que muitos darwinistas com quem dialoguei sustentam a tese de que a teoria da evolução só se preocupa com a evolução da vida propriamente dita.
A evolução tem início a partir do momento em que se dá não a primeira forma de vida especificamente, mas a partir do momento em que tenha surgido algo capaz de agir semelhantemente a um ser vivo, como a hipótese dos ciclos apresentados em breve resumo AQUI.

(2) O livro também diz que a maioria dos cientistas está convencida de que a vida na Terra surgiu a partir de matéria não-viva. Isso é abiogênese. Falar é fácil; provar é outra história - clique aqui e saiba por quê.

Há que se ressaltar o toque de má fé na argumentação do autor em "Falar é fácil; provar é outra história" Quanto à fonte dada em "saiba por quê" tenho a resposta AQUI e AQUI.
Aos interessados, o Talk Origins dá boas explicações sobre a mítica criacionista em torno a abiogênse.
Mais uma vez, ressalvo: em ciência nada se prova; ou se confirma ou não se confirma. É impressionante a dificuldade ou a má fé desse pessoal religioso ligado ao criacionismo em se recusar a entender e divulgar corretamente como se desenvolve um trabalho científico.
Impressionante é também a sua avidez por provas, vejam bem, provas, de tudo, além de suas

Com essa postura, simplesmente mostram a má fé e a falta de conhecimentos na seara científica, o que os leva apenas a se expor ao ridículo, na tentativa de blindar as alegorias de seu livro sagrado, tratadas por eles com a verdade suprema acima mesmo de evidências que apontem para outros caminhos.
Àqueles que dizem possuir ou que possuem credenciais científicas, deveriam ser o exemplo da boa fé e explicar aos leigos como é um trabalho científico. Mas, contrariamente, são os primeiros a levar o equívoco àqueles que não possuem o mínimo ou pouquíssima base científica.

Panspermia cósmica é uma outra teoria para explicar a vida na Terra, mas não explica como essa "vida" teria surgido além daqui.
Não há qualquer impossibilidade de se explicar a vida por meio de seu surgimento pela abiogênese, como pode ser lido nos links deixados .

A provável forma de vida, no caso da panspermia cósmica, não necessita ser exclusivamente uma bactéria. Pode ser um DNA ou RNA primordial, mais primitivo que o de um vírus, ou um material genético qualquer, muito diferente do que conhecemos hoje.

É sabido que vírus, algumas bactérias e mesmo esporos de fungos e samambáias se mantêm em vida latente.esperando o momento propício para darem seqüência ao seu ciclo reprodutivo.

Todavia, caso estivessem tais substâncias dentro deles, em cavidades protegidas, ou em água congelada misturada à poeira formadoras de cometas, a história poderia ser bem diferente; existiria possibilidade desses "tijolos da vida" estarem preservados das adversidades do espaço sideral (concepções pessoais).
Contudo, prefiro adotar a teoria da abiogênese como sendo a mais plausível para explicar a origem da vida na Terra, embora se mostre com probabilidade reduzida, conforme apresentado em SCIENTIFIC AMERICAN - BRASIL N - 62 ANO 6 - UMA ORIGEM MAIS SIMPLES DA VIDA, onde é apresentado um excelente artigo sobre o tema origens da vida.
CONCLUSÃO:
Embora desta vez os comentários tenham evitado a pregação e os ataques, não deixaram de apresentar erros ao abordar a questão do trabalho científico, no que concerne a provas, evidências e confirmações.
Provas são usadas em teoremas matemáticos e em demonstrações de algumas fórmulas em matérias relacionadas a matemática, bem como a física, química, mecânica, termodinâmica e, mesmo assim, para estas, com ressalvas, uma vez que há deduções empíricas, via modelos que se adaptam à situação sob estudo.
Em biologia, geologia, história, o que usamos ao desenvolver um trabalhos são os indícios e as evidências que encontramos. Por meio delas é que podemos construir o raciocínio científico conforme apresento AQUI, especificamente no item CONCEITOS.
Desse modo mais uma vez tento elucidar a displicência, o descaso e a banalização com a qual a tematíca científica vem sendo tratada, principalmente pelos círculos criacionistas e religiosos.
A mensagem é sempre maliciosa, encerrando em seu conteúdo a falácia e o sofisma, além de induzir o leitor leigo ao erro.
Com isso, estaremos combatendo o mito, a ignorância, a intolerância, a pseudociência, a superstição e os equívocos de lideres religiosos sem escrúpulos ao abordarem temas científicos.
Sabemos que o principal objetivo das seitas diversas que há por ai é angariar fiéis, via tentativa de justificar a veracidade dos dogmas que professam, em detrimento da verdadeira ciência.
Assim, apelo a todos aqueles que são cientistas e educadores de modo que passem a enfatizar, principalmente no ensino médio e fundamental, o que é a ciência e como se desenvolve o seu trabalho.
Essa é a única maneira de combatermos o obscurantismo que acena para nós por meio do criacionismo e de seu correlato, o DI.

Em biologia, geologia, história, o que usamos ao desenvolver um trabalhos são os indícios e as evidências que encontramos. Por meio delas é que podemos construir o raciocínio científico conforme apresento AQUI, especificamente no item CONCEITOS.
Desse modo mais uma vez tento elucidar a displicência, o descaso e a banalização com a qual a tematíca científica vem sendo tratada, principalmente pelos círculos criacionistas e religiosos.
A mensagem é sempre maliciosa, encerrando em seu conteúdo a falácia e o sofisma, além de induzir o leitor leigo ao erro.

Sabemos que o principal objetivo das seitas diversas que há por ai é angariar fiéis, via tentativa de justificar a veracidade dos dogmas que professam, em detrimento da verdadeira ciência.

Essa é a única maneira de combatermos o obscurantismo que acena para nós por meio do criacionismo e de seu correlato, o DI.
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