Como sempre, nosso grande herói tupiniquim anti-evolução surge com mais uma pérola. Desta vez, compreende mau o que um cientista trata como fé na ciência, confundindo o que é o "acreditar" científico com o "acreditar" religioso.
Nosso Behe tupiniquim é hábil com a retórica, mas, para variar, comete sempre os mesmos escorregões costumeiros de criacionistas e de seguidores do DI.
retirado daqui
Geralmente em debates quando se levanta a questão da origem da vida, os darwinistas ortodoxos fundamentalistas xiitas dizem que isso é irrelevante na questão da evolução. Não é irrelevante.
Realmente, não é uma questão irrelevante. Todavia, o estudo da Teoria da Evolução somente pode ocorrer a partir do momento que a primeira coisa a ser considerada como viva (capaz de se organizar, colher energia do ambiente, transformá-la em energia para se sustentar e se reproduzir) apareceu.
Mas, estabelecer que o estudo da origem da vida deve ser explicado pela teoria da evolução é um erro crasso.
Este estudo encerra suas idéias na questãonass químicas orgânica e inorgânica, bem como na bioquímica, pois aqui estamos no mundo das reações químicas, onde não se aplicam estudos evolucionários, uma vez que não estamos lidando com o vivo, mas com o inerte.
A bioquímica estuda as reações que ocorrem dentro dos seres vivos, bem como aquelas reações que poderiam ocorrer para começar a estabelecer os parâmetros para se considerar algo vivo, conforme conhecemos.
Conforme já explanei, há hipóteses de que a vida tenha partido de ciclos inorgânicos o que , se confirmado, seria estudado por um novo ramo da química inorgânica que poderiamos denominá-lo de química pré-biótica.
A partir do momento em que ocorre algo ao menos próximo do que conhecemos como vida é que poderemos avançar para a questão evolucionária deste algo.
Assim, nosso herói tupiniquim ao colocar o carro na frente dos bois comete mais um dos erros costumeiros dos criacionistas:
Confundir as origens da vida com a evolução da vida (seleção natural), como é confundir a origem do universo com a evolução do universo. É óbvio que os estudos posteriores, seja a seleção natural, como a evolução do universo, somente podem ser realizados a partir do momento que ocorrem suas respectivas origens. Do contrário, não haveria que se falar nem em seleção natural e nem em evolução do universo.
Se fosse, nossos melhores autores de livros-texto de Biologia do ensino médio como Amabis & Martho e outros autores abalizados não trariam mais a evolução química precedendo a evolução biológica nos seus livros didáticos. Que a origem da vida é uma questão relevante na temática da origem e evolução da vida fica bem patente nesta pérola de citação de um escritor científico:
“Acho falso argumentar que a origem da vida é irrelevante para a evolução. Ela não é menos relevante do que o Big Bang é para a física ou a cosmologia. A evolução deveria ser capaz de explicar, em teoria pelo menos, desde o começo até o primeiro organismo que podia se replicar através de processos biológicos ou químicos. E para compreender completamente aquele organismo, simplesmente teríamos que saber o que veio antes dele. E agora mesmo nem estamos próximo disso. Creio que uma explicação material será encontrada, mas aquela confiança vem da minha fé que a ciência é suficiente para a tarefa de explicação, em termos puramente materiais ou naturalistas, toda a história da vida. A minha fé está bem fundamentada, mas ainda é fé” (Gordy Slack, escritor de ciência evolucionista).
Uau! Fé na ciência? Mas que contra-senso, seu Slack? Você não foi um pouco “descuidado”, “negligente”, “lerdo”, “relaxado”, “desmazelado”, “frouxo demais”, “relapso”, “frouxo” [esses termos entre aspas são significados da palavra slack, em inglês] nessa sua “declaração de fé” na descrição aproximada da realidade fugaz e extremamente complexa dos fenômenos naturais que se deixam conhecer tão-somente em parte? Sr. Slack, felizmente, ainda bem, apesar da sua infeliz declaração, o máximo que a Nomenklatura científica irá fazer é puxar o seu “slack”, mas ela é antropofágica e destruidora de carreiras acadêmicas dos oponentes e críticos dos paradigmas dominantes. Dos que ousam criticá-la, capice?
Não sr. Enézio, não ha contra-senso algum nas afirmações de Slack, se é que foi ele quem realmente disse isso tudo.
Sem origem da vida; sem seleção natural. Em teoria, a origem da vida é explicada e, há várias que a explicam, sendo as mais utilizadas a teoria da abiogênse e a teoria da panspermia.
Caso as teorias sobre a origem da vida estejam corretas, realmente o que levou determinado ciclo ou molécula a se replicar, certamente teria questões evolucionárias envolvidas, no que se refere à seleção de combinações que tornassem possível esta "coisa" ou organismo agir como a vida que conhecemos. Aqui se encerra o "saber o que veio antes dele".
Sim, tembém tenho fé que a ciência possa explicar o mundo do ser, (materialmente) conforme os avanços que ela experimente no futuro. Aqui, Enézio, nossa fé está pautada no que vem ocorrendo de fato, o avanço científico, o qual não está apenas na retórica barata que você usa, mas na realidade material do avanço científico.
Os fundamentos da fé de Slack possuem lógica e sua fé pode ser traduzida em esperança que algo ocorra, conforme mostram as evidências.
Se não ocorrer, ou se ocorrer o contrário do previsto, somente será uma triste decepção e não uma desilusão como ocorreria se demonstrado que Jesus morreu e não haverá volta de messias nenhum.
Da próxima, seja menos "slack"; seja mais "real".
Paradigmas são pipas, papagaios, pandorgas, maranhões que os ventos epistêmicos atuais favorecem e alçam vôos magistrais e embelezam o céu acadêmico, até que surgem os ventos contrários das evidências no contexto de justificação teórica, e outros moleques vão empinar suas novas pipas, papagaios, pandorgas e maranhões.
Sr. Slack, a ciência é isso: empinar pipas enquanto os ventos são favoráveis.
Enézio, valendo-me de suas metáforas, "os ventos são favoráveis" até que os paradigmas se sustentem com base em evidências. Do contrário, "os ventos" mudarão de rumo e nossa pipa poderá se perder ou rasgar-se.
Quanto à teoria que ferrenhamente advoga, ela mais se parece uma pipa de aço, não há vento que a faça alçar vôo.
Faz-se exceção ao furacão religioso que apenas tem causado prejuízo no dicernimento de pessoas menos esclarecidas em prol de interesses de espertalhões que procuram sustentar as suas crenças como verdades absolutas.
Nada em termos científicos sustenta sua teoria o DI, cujo jargão é científico mas se trata de uma "roupinha" nova para o criacionismo de Paley.
Rubem Alves, filósofo e educador (Unicamp), diz que paradigmas são redes de pescar...
Realmente, um paradigma científico é isso mesmo. As pessoas são seguras por eles até que ele se confirme falso, daí a fragilidade de nossa "rede de pescar".
E quanto aos paradigmas religiosos e ideológicos? A rede aqui é bem mais tensa, uma vez que a forma de se livrar dela seria por desilusão ou por "cair na real" de que a pregação neles incutidas vão de encontro ao mundo do ser.
“Fé” na evolução? Parem imediatamente a ciência que eu quero descer! Aliás, eu já desci faz tempo. Em Piracicaba, 1998, após ler o livro A Caixa Preta de Darwin, de Michael Behe.
Realmente Enézio, você já deceu faz tempo e caiu no terreno pantanoso da "caixa preta de Behe", a qual é um argumento de "Paley a século XXI".
Realmente, não é uma questão irrelevante. Todavia, o estudo da Teoria da Evolução somente pode ocorrer a partir do momento que a primeira coisa a ser considerada como viva (capaz de se organizar, colher energia do ambiente, transformá-la em energia para se sustentar e se reproduzir) apareceu.
Mas, estabelecer que o estudo da origem da vida deve ser explicado pela teoria da evolução é um erro crasso.
Este estudo encerra suas idéias na questãonass químicas orgânica e inorgânica, bem como na bioquímica, pois aqui estamos no mundo das reações químicas, onde não se aplicam estudos evolucionários, uma vez que não estamos lidando com o vivo, mas com o inerte.
A bioquímica estuda as reações que ocorrem dentro dos seres vivos, bem como aquelas reações que poderiam ocorrer para começar a estabelecer os parâmetros para se considerar algo vivo, conforme conhecemos.
Conforme já explanei, há hipóteses de que a vida tenha partido de ciclos inorgânicos o que , se confirmado, seria estudado por um novo ramo da química inorgânica que poderiamos denominá-lo de química pré-biótica.
A partir do momento em que ocorre algo ao menos próximo do que conhecemos como vida é que poderemos avançar para a questão evolucionária deste algo.
Assim, nosso herói tupiniquim ao colocar o carro na frente dos bois comete mais um dos erros costumeiros dos criacionistas:
Confundir as origens da vida com a evolução da vida (seleção natural), como é confundir a origem do universo com a evolução do universo. É óbvio que os estudos posteriores, seja a seleção natural, como a evolução do universo, somente podem ser realizados a partir do momento que ocorrem suas respectivas origens. Do contrário, não haveria que se falar nem em seleção natural e nem em evolução do universo.
Se fosse, nossos melhores autores de livros-texto de Biologia do ensino médio como Amabis & Martho e outros autores abalizados não trariam mais a evolução química precedendo a evolução biológica nos seus livros didáticos. Que a origem da vida é uma questão relevante na temática da origem e evolução da vida fica bem patente nesta pérola de citação de um escritor científico:
“Acho falso argumentar que a origem da vida é irrelevante para a evolução. Ela não é menos relevante do que o Big Bang é para a física ou a cosmologia. A evolução deveria ser capaz de explicar, em teoria pelo menos, desde o começo até o primeiro organismo que podia se replicar através de processos biológicos ou químicos. E para compreender completamente aquele organismo, simplesmente teríamos que saber o que veio antes dele. E agora mesmo nem estamos próximo disso. Creio que uma explicação material será encontrada, mas aquela confiança vem da minha fé que a ciência é suficiente para a tarefa de explicação, em termos puramente materiais ou naturalistas, toda a história da vida. A minha fé está bem fundamentada, mas ainda é fé” (Gordy Slack, escritor de ciência evolucionista).
Uau! Fé na ciência? Mas que contra-senso, seu Slack? Você não foi um pouco “descuidado”, “negligente”, “lerdo”, “relaxado”, “desmazelado”, “frouxo demais”, “relapso”, “frouxo” [esses termos entre aspas são significados da palavra slack, em inglês] nessa sua “declaração de fé” na descrição aproximada da realidade fugaz e extremamente complexa dos fenômenos naturais que se deixam conhecer tão-somente em parte? Sr. Slack, felizmente, ainda bem, apesar da sua infeliz declaração, o máximo que a Nomenklatura científica irá fazer é puxar o seu “slack”, mas ela é antropofágica e destruidora de carreiras acadêmicas dos oponentes e críticos dos paradigmas dominantes. Dos que ousam criticá-la, capice?
Não sr. Enézio, não ha contra-senso algum nas afirmações de Slack, se é que foi ele quem realmente disse isso tudo.
Sem origem da vida; sem seleção natural. Em teoria, a origem da vida é explicada e, há várias que a explicam, sendo as mais utilizadas a teoria da abiogênse e a teoria da panspermia.
Caso as teorias sobre a origem da vida estejam corretas, realmente o que levou determinado ciclo ou molécula a se replicar, certamente teria questões evolucionárias envolvidas, no que se refere à seleção de combinações que tornassem possível esta "coisa" ou organismo agir como a vida que conhecemos. Aqui se encerra o "saber o que veio antes dele".
Sim, tembém tenho fé que a ciência possa explicar o mundo do ser, (materialmente) conforme os avanços que ela experimente no futuro. Aqui, Enézio, nossa fé está pautada no que vem ocorrendo de fato, o avanço científico, o qual não está apenas na retórica barata que você usa, mas na realidade material do avanço científico.
Os fundamentos da fé de Slack possuem lógica e sua fé pode ser traduzida em esperança que algo ocorra, conforme mostram as evidências.
Se não ocorrer, ou se ocorrer o contrário do previsto, somente será uma triste decepção e não uma desilusão como ocorreria se demonstrado que Jesus morreu e não haverá volta de messias nenhum.
Da próxima, seja menos "slack"; seja mais "real".
Paradigmas são pipas, papagaios, pandorgas, maranhões que os ventos epistêmicos atuais favorecem e alçam vôos magistrais e embelezam o céu acadêmico, até que surgem os ventos contrários das evidências no contexto de justificação teórica, e outros moleques vão empinar suas novas pipas, papagaios, pandorgas e maranhões.
Sr. Slack, a ciência é isso: empinar pipas enquanto os ventos são favoráveis.
Enézio, valendo-me de suas metáforas, "os ventos são favoráveis" até que os paradigmas se sustentem com base em evidências. Do contrário, "os ventos" mudarão de rumo e nossa pipa poderá se perder ou rasgar-se.
Quanto à teoria que ferrenhamente advoga, ela mais se parece uma pipa de aço, não há vento que a faça alçar vôo.
Faz-se exceção ao furacão religioso que apenas tem causado prejuízo no dicernimento de pessoas menos esclarecidas em prol de interesses de espertalhões que procuram sustentar as suas crenças como verdades absolutas.
Nada em termos científicos sustenta sua teoria o DI, cujo jargão é científico mas se trata de uma "roupinha" nova para o criacionismo de Paley.
Rubem Alves, filósofo e educador (Unicamp), diz que paradigmas são redes de pescar...
Realmente, um paradigma científico é isso mesmo. As pessoas são seguras por eles até que ele se confirme falso, daí a fragilidade de nossa "rede de pescar".
E quanto aos paradigmas religiosos e ideológicos? A rede aqui é bem mais tensa, uma vez que a forma de se livrar dela seria por desilusão ou por "cair na real" de que a pregação neles incutidas vão de encontro ao mundo do ser.
“Fé” na evolução? Parem imediatamente a ciência que eu quero descer! Aliás, eu já desci faz tempo. Em Piracicaba, 1998, após ler o livro A Caixa Preta de Darwin, de Michael Behe.
Realmente Enézio, você já deceu faz tempo e caiu no terreno pantanoso da "caixa preta de Behe", a qual é um argumento de "Paley a século XXI".
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