domingo, 15 de março de 2009

SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA - A MÁ FÉ CRIACIONISTA PROSSEGUE (PARTE 7)

Agora o que tudo isso tem a ver com a teoria da evolução? O fato é que a teoria da evolução propõe que um sistema caótico, teve sua entropia reduzida a ponto de que as moléculas se organizaram e formaram uma célula, e daí por diante a vida teria se iniciado a partir dos seres unicelulares. Essa seria então uma das primícias da teoria da evolução, ou seja, a vida unicelular (algo extremamente complexo) teria se originado da desordem, do caos. Pergunto: isso é impossível? Não é impossível, em um sentido matemático mas é algo extremamente improvável, lembra da história do ovo quebrado que se conserta sozinho? Tal impossibilidade é conhecida no meio acadêmico, e aqui citaremos diversos exemplos, situações não ditas por mim, mas pelos maiores defensores do ceticismo, ou ateísmo como queiram.

[Quanta besteira!

Para começar não trate o sistema “Terra pré-biótica” como se ele não possuísse inúmeros subsistemas, que, como já vimos, são perfeitamente passíveis de sofrerem redução de entropia.

Uma pergunta, o que seria um sistema caótico, na sua concepção?

A teoria da evolução jamais proporia o absurdo que citou sobre do nada se formar um ser unicelular, nem mesmo a teoria da abiogênese o faria. De início propôs-se que coacervados se formaram.

Coacervado é um aglomerado de moléculas protéicas envolvidas por moléculas de água, em sua forma mais complexa. Essas moléculas formadas por proteínas foram envolvidas pela água devido ao potencial de ionização presente em alguma de suas partes. Acredita-se, portanto, que a origem dos coarcevados (e conseqüentemente da vida) tenha se dado na água.

Para a teoria da origem da vida, existiam coacervados formados de diversas maneiras. Os mais instáveis quebraram e se desfizeram. Já alguns, quebraram-se e uniram-se a outros e a moléculas inorgânicas e/ou orgânicas, formando coacervados complexos.

É possível que em algumas dessas milhares de combinações que podem ter ocorrido, alguns coacervados tenham se tornado mais estáveis, crescido e se reproduzido (eis aqui o mecanismo da seleção natural).

Estas formas de coacervados podem estar relacionadas aos hiperciclos de Wächterschäuser.

Nenhuma célula se formou na terra pré-biótica, nem a vida se iniciou por seres unicelulares. Eles apareceram há 3,8 bilhões de anos e são os extremófilos sendo que até hoje muitos deles estão vivos.

A vida ao que parece se formou de modo muito mais simples que o próprio DNA ou uma proteína.

Estamos falando de DNA primordial, bem diferente do que conhecemos atualmente com 4 bases nitrogenadas, pentose e fosfato.

São o que os estudos de Wächterschäuser têm demonstrado.

Como você fez menção ao ovo, faço menção a nossa galinha, o que derruba sua argumentação.]








Começaremos pelo cientista evolucionista Paul Davies que admite que a possibilidade de fazer as proteínas da vida por recombinação casual será semelhante a alguém imaginando que seja possível construir uma casa explodindo dinamite embaixo de um caminhão de tijolos! Num artigo da revista New Scientist, ele disse:
Agora conhecemos que o segredo da vida não consiste somente nos ingredientes químicos, porém, na estrutura lógica e no arranjo específico das moléculas.... Como um supercomputador, a vida é um sistema de processamento de informação.[viii]

[O metabolismo dos seres faz com que os organismos trabalhem e produzam os ingredientes para sua manutenção.

A lógica para as proteínas é dada pelo DNA, o qual é montado em suas bases apenas respeitando A-T e C-G, mas isso em nível celular.

Todavia, aminoácidos sob certas condições podem formar polímeros protéicos que culminam em colóides, os quais podem aprisionar determinadas substâncias.

Mas precisamos de proteína para o DNA se formar não é? Putz só Deus mesmo!!! Ainda não.

Existem as enzimas de RNA ou ribozimas, que se trata de uma molécula de RNA com capacidade catalítica, ou seja, diminuem a energia de ativação de uma reação de forma específica.

A descoberta de ribozimas trouxe uma grande contribuição para a compreensão da evolução dos seres vivos no planeta, sugerindo que, provavelmente, as moléculas de RNA precederam as de DNA neste processo.


As siglas DNA, ou ADN, e RNA, ou ARN, são talvez as mais conhecidas pelos que se interessam pelas ciências biológicas. A primeira refere-se ao ácido desoxirribonucléico, matéria-prima dos genes, e a segunda ao ácido ribonucléico, que também participa na formação de proteínas e se torna cada vez mais importante.



Distinguem-se três tipos de RNA: o mensageiro, o transportador e o ribossômico, que se concentra nos ribossomos, nódulos citoplásmicos onde as proteínas são montadas.


Na década de 60, as principais funções atribuídas ao RNA eram puramente informacionais e estruturais.



Segundo o esquema então aceito, a informação codificada no DNA é transcrita em molécula linear (RNA mensageiro), que copia o código do gene com as instruções para produção de uma proteína.


A seguir, esse RNA sai do núcleo celular e se prende a um ribossomo. Este move-se ao longo da molécula do cabeçote e traduz o código genético numa sequência de ácidos aminados que são carregados pelo RNA transportador.

Quando pronta, esta cadeia de ácidos aminados constitui a proteína. Naquele tempo, admitia-se que o RNA ribossômico fosse um mero andaime que mantinha em seus lugares os componentes da proteína. Depois, verificou-se que o andaime não é formado por proteínas do ribossomo, mas pelo RNA dessa estrutura.


Assim Cech (1982) e Altman (1983) demonstraram que o RNA exerce funções catalisadoras.


O que fazem as ribozimas? Elas participam do corte de moléculas de RNA mensageiro, o splicing, fazendo a remoção de "introns", ou seja, as regiões que não são traduzidas.


RNA autocatalítico foi descoberto no protozoário Tetrahymena e, nesse organismo, era capaz de se autoprocessar, retirando um íntron de forma perfeita, na ausência de qualquer outra proteína.
A posterior descoberta de um rRNA que era responsável pela ligação peptídica entre dois aminoácidos reforçou a idéia de que um RNA poderia ter funções catalíticas.Talvez um RNA primordial poderia ser responsável pelo início da vida e teria a capacidade de se autoduplicar e produzir polipeptídeos a partir de moléculas precursoras.


Na década de 60 Carl Woese, Francis Crick e Leslie Orgel, ao contemplarem a extraordinária complexidade funcional e estrutural do RNA, propuseram que essa macromolécula poderia possuir uma função catalítica além de sua função básica informacional. Uma descoberta dessa função poderia abrir um novo campo de estudo sobre os primórdios da vida.


E foi exatamente isso que se descobriu, RNAs com funções catalíticas. Essa descoberta permitiu a formulação de várias outras hipóteses sobre o surgimento da vida. Com a observação de algumas dessas moléculas poderiam catalisar sua própria replicação, criou-se uma hipótese de um mundo primordial formado apenas por moléculas de RNA.

Nesse mundo do RNA, como foi chamado, as moléculas de RNA comportavam praticamente como organismos vivos, competindo entre si por meio de seleção natural. Aquelas que possuíam maior longevidade, estabilidade, replicavam-se mais vezes e com maior fidelidade de cópia logo aumentavam sua população no pool de moléculas existentes e proporcionavam a extinção das moléculas mais instáveis e com características menos adequadas.


Com o surgimento do código genético e a produção de proteínas criou-se um sistema enzimático mais eficiente, já que era separado do sistema informacional e não necessitava de uma estrutura especial para realizar as duas tarefas.

É provável que, a partir daí cada um dos sistemas pode evoluir com maior eficiência, produzindo uma molécula melhor e mais estável capaz de guardar informação genética (o DNA) e outra mais maleável, capaz de assumir milhares de conformações tridimensionais diferentes que atuassem em reações diferentes, gerando uma melhor especificidade enzimática.


José Fernando Fontanari (professor titular do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo e membro do corpo editorial dos periódicos Physics of Life Reviews e Theory in Biosciences) conta que a descoberta dessas moléculas (as ribozimas) dispensou a presença de proteínas no cenário pré-biótico e, portanto, resolveu em parte o paradoxo de Eigen mostrando que “função” e “informação” podem coexistir em uma mesma molécula. Essa descoberta deu origem ao novo paradigma da origem da vida, chamado mundo de RNA.


Entretanto, o problema da limitação no tamanho das ribozimas e, portanto na quantidade de informação armazenada no RNA, permanecia à espera de uma solução. Pior que isso, a teoria previa que apenas uma única espécie de ribozima sobreviveria - aquela com maior eficiência na replicação. Com isso, fica difícil explicar a vasta diversidade de moléculas que coexistem e interagem de forma coordenada nas células modernas.


Uma solução elegante para todas essas dificuldades – o esquema do hiperciclo – foi proposta pelo próprio Manfred Eigen em parceria com seu estudante de doutorado Peter Schuster.

O hiperciclo é um esquema de reação cíclica, em que cada replicador auxilia a replicação do seguinte, até chegar ao último que, então, auxilia a replicação do primeiro, fechando assim um ciclo. Auxílio nesse caso significa catálise e, portanto, os elementos do hiperciclo deveriam ser simultaneamente replicadores e catalisadores (enzimas). Somente as ribozimas possuem essas características.


A possibilidade de coexistência entre ribozimas distintas no hiperciclo resolve o problema da limitação da informação, pois agora cada ribozima pode codificar uma parte apenas da informação total, a qual ficaria armazenada no hiperciclo como um todo. A informação contida em uma ribozima continua limitada pela fidelidade de replicação, mas se, por exemplo, três ribozimas distintas coexistirem num hiperciclo, a quantidade de informação é triplicada. Essa solução modular é adotada pela natureza ao dividir nosso genoma em 23 pares de diferentes cromossomos.


A idéia (ver desenho) é fechar um ciclo entre diferentes elementos, em que a ribozima a utiliza a b para otimizar sua replicação, enquanto b é auxiliado por c que, por sua vez, colabora com a.


Mas os hiperciclos não estão livres de problemas. A crítica mais severa levantada pelos biólogos evolucionistas é a possibilidade ou, como afirmam, inevitabilidade, de surgirem mutantes parasitas em alguma etapa desse processo. Por exemplo, um mutante gerado pela ribozima b pode continuar a receber auxílio de a, mas, por um defeito qualquer, não ser capaz de catalisar a replicação de c.

Este mutante parasita, que não contribui em nada com c, destrói todo o hiperciclo e torna-se a única molécula sobrevivente. “A manutenção de um ciclo como este depende de uma ação altruísta (de filantropia, caridade) de cada membro”, destaca Fontanari. Ele explica que essa teoria é perfeita, mas a possibilidade de surgirem parasitas faz com que o hiperciclo não seja a explicação mais robusta para a origem da vida. “É preciso existir essa cooperação, mas é necessário resolver o problema dos parasitas”, completa o físico.


Segundo o físico, “a solução pode ser alcançada de forma surpreendentemente simples através do confinamento dos hiperciclos em vesículas ou células: o parasita destrói o hiperciclo da vesícula em que se originou, mas não consegue infectar as outras vesículas”.


Quanto à origem da primeira molécula auto-replicadora, talvez a resposta esteja na auto-organização da matéria distante do equilíbrio termodinâmico, campo de pesquisa ainda pouco explorado, que pode levar a descobertas de novas leis da física, segundo Fontanari.


Para Aleksandr Oparin, bioquímico russo pioneiro no estudo científico da origem da vida, como lembrado por Fontanari em um artigo na Scientific American (edição 40, setembro de 2005), “muito, muito em breve as últimas barreiras que separam o vivo do inerte cederão frente ao trabalho paciente e poderoso do pensamento científico”.


Creio que com a explicação acima dada por cientistas a questão dos biopolímeros esteja clara.




Mas, de onde vieram as ribozimas? Já sei... deus as criou!!! Ainda não.
Desde a experiência de Urey-Miller, passou-se a sintetizar em laboratório os componentes simples das moléculas complexas, submetendo-se misturas de gases simples a energias diversas. Com isso pôde-se obter aminoácidos, ATP, Bases nitrogenadas de DNA e RNA.



Leslie Orgel do Salk Institute descobriu uma molécula semelhante ao RNA, com 50 nucleotídeos formada espontaneamente a partir de sais de chumbo, e compostos de carbono simples, na ausência de células ou compostos complexos.
Manfred Eigen do Gottigen Institute, com sua equipe criou moléculas de RNA que se auto replicaram na ausência de células vivas.



Ao reagir consigo mesmo por 5 vezes, o ácido cianídrico (componente produzido no espaço interestelar e, provavelmente mais um dos candidatos a atmosfera pré-biótica), resultou em adenina, que compõe o DNA, RNA e ATP.


Uma vez que no mundo pré-biótico não havia proteínas, as quais interagem com moéculas numa reação, servindo como catalisadores, estes devem ser procurados entre os que estavam presentes no planeta.


Assim, metais e argilas possuem atividade catalítica e facilitam a reunião de cadeias curtas como as do RNA a partir de nucleotídeos.
Assim, é possível que o rRNA tenha se formado no mundo pré-biótico, o que resolve a síntese de proteínas, enzimas, RNA´s em geral e DNA.

A descoberta das ribozimas abre luz sobre a questão da origem da vida biológica.

Talvez, foram moléculas de ARN, ou parecidas, com capacidade de se autoreplicarem, as precursoras da vida. Estas pssíveis replicases de ARN haveriam evoluído até originar proto-células.
Creio que tal explicação em termos científicos reduz as dúvidas quanto ao problema proteína/RNA/DNA.]


Vejamos o que nos diz o ganhador do prêmio Nobel de Medicina Dr. Francis Crick:
Um homem sincero, armado com todo conhecimento de que dispomos agora, só poderia afirmar que, num certo sentido, a origem da vida parece no momento ser quase um milagre, tantas são as condições que teriam que ser satisfeitas para fazê-las existir.
[ix]



[Uma afirmação pessoal do Crick não torna o evento impossível. A origem da vida realmente é algo fantástico, que por enquanto escapa a nossa compreensão (este foi o intuito da frase de Crick).





Porém, mistificá-la como algo sobrenatural não é fazer ciência, mas é fazer a pseudociência do criacionismo (parte-se da crença, adapta-se a ciência, a fim de validar as crenças e varre-se para baixo do tapete aquilo que contraria a dogmática bíblica empedernida que reside na mente dos criacionistas). 






Argumentos da autoridade em ciências naturais não são nada. Todavia o senhor Xavier transforma uma frase de Crick nesta prática falaciosa, extremamente prezada nos meios criacionistas. Assim, esses textos fora de contexto não confirmam nem desconfirmam nada acerca do evento da vida.
 

Além do mais, Crick, como bom cientista, jamais “chutaria” o problema para deus ou se valeria de argumentos da autoridade, tanto que identificou as bases da vida como a conhecemos hoje.]   
E por que não falarmos do pai do ceticismo moderno, Carl Sagan, que arrebatou multidões em sua aclamada série Cosmos. Segundo Sagan a possibilidade do homem ter evoluído é de aproximadamente 1 em 10^2.000.000.000.[x]

Se fossemos escrever esse número por extenso seria preciso o equivalente a 20.000 livros de 100 páginas. Tal probabilidade nos mostra que tal evento simplesmente não ocorreu, fere os princípios básicos da segunda lei, a possibilidade de tal organização a partir da desordem é algo que simplesmente não pode ser concebido. Impossível?

Não, mas altamente improvável.


[De onde você tirou tal afirmação, ou seja, qual a fonte? Vc é mentiroso mesmo ein!!! como todos os criacionistas (será que é isso que Deus ensina na sua crença). Sagan jamais disse isso. Sou fã dele desde que tinha 5 anos de idade. Nasci em 1967; li seus livros, assisti e reassisti a série e nunca ouvi ou li isso.







Vejamos o que Sagan realmente disse a respeito disso tudo (extraído do livro Variedades da Experiência Científica - Uma Visão Pessoal da Busca por Deus - Carl Sagan Companhia das Letras pgs. 116 a 122 - adaptado com outros capítulos do livro, bem como do livro: SAGAN, Carl;
CRICK, F. H. C.; MUCHIN, L. M.. Comunication and Extraterrestrial Inteligence. MA: MIT Press. p. 46):

A Terra formou-se a partir do calapso de agrupamentos de matéria como meteoritos, cometas, e poeira cósmica. A água trazida de fora por mais impactos com corpos celestes ou existente no interior da Terra começou a se condensar na superfície, preenchendo as crateras dos impactos. Descargas elétricas e radiação ultravioleta, bem como ourtras fontes de energia (tectonia, calor dos vulcões), produziram matéria orgânica localmente.

Esta quantidade de matéria orgânica que pode ter sido produzidanas primeiras centenas de milhões de anos da história da Terra era suficiente para ter produzido no oceano atual uma solução com grande percentagem desta matéria.

Em laboratório é possivel separar moléculas orgânicas e pelos seus fragmentos formar os blocos de construção das proteínas e dos ácidos nucleicos e, por experimentos subsequentes, formar moléculas grandes e complexas.

A Terra somente se tornou adequada para a origem da vida há talvez 4 bilhões de anos, sendo que os primeiros fósseis são de cerca de 3,5 bilhões de anos, ou seja, estão a cerca de 500 milhões de anos além da origem da vida.


Entretanto, estes fósseis não se tratam de organismos simples. São os estromatólitos que são colônias de algas. Isso demonstra que a origem da vida foi rápida e, sendo assim, é um processo , que em certo sentido, é provável, ou seja maior a rapidez de um processo, mais provável ele se torna.


Embora seja difícil de se extrapolar a partir de um único caso, a evid~encia dos estromatólitos sugere que a origem da vida foi de certa forma fácil e, de certa forma, apoiada nas leis da física e da química. E, se isso for verdade, é um fato muito importante para se analisar a vida extraterrestre.


Há uma objeção clássica a este tipo de argumento sobre a origem da vida que, segundo Sagan fora proposta por Pierre Lecompte du Noüy, em 1947 no livro Destino Humano e costuma a ser redescoberta a cada meia década. Ela é mais ou menos assim:


Pensem em algumas moléculas biológicas. Não em todas. Vamos dar aos evolucionistas o benefício da dúvida. Vamos supor uma coisa pequena, simples, não algo com milhares de aminoácidos, ou seja, uma enzima com cem aminoácidos.

Um jeito de imaginar isso é  pensar em uma espécie de colar com cem contas. Há 20 tipos diferentes de contas e qualquer delas pode estar em qualquer posição. Para reproduzir a molécula com precisão, seria necessário colocar todas as contas (aminoácidos) em sua ordem correta.  

Se você estivesse de olhos vendados montando um colar com a mesma quantidade de contas a chance de colocar a conta certa no primeiro espaço é de 1/20, no segundo espaço de (1/20) ^2 e, no centésimo espaço de (1/20)^100 , o que resultaria em uma chance aproximadamente de 10^130 que é imensamente maior que o número de partículas elementares no Universo, estimado em 10^80.

Imaginemos que cada estrela no universo tenha um sistema planetário como o nosso, que um planeta tenha oceanos tão densos como os nossos, que cada oceano deste possua uma solução com  algum percentual de matéria orgãnica, que em cada volume minúsculo do oceano esteja ocorrendo um experimento uma vez a cada microssegundo em um número enorme. O que dewscobrimos é que esta sequência de experimentos durasse a história inteira do universo, jamais seria produzida uma molécula de enzima conforme a apresentada. 

E, na vardade pior ainda: se fizessemos o mesmo experimento uma vez a cada tempo de Plank (a menor unidade de tempo permitida pela física) ainda não conseguiríamos gerar uma molécula de hemoglobina. A partir desse fato, muita gente concluiu que Deus existe, pois do contrário de que outra forma poderiam ser feitas estas moléculas?


Parece ser um argumento bem convincente... Mas observemos novamente: Faz diferênça se removermos o ácido aspártico para colocarmos o glutamínico nesta molécula de hemoglobina? 

Na maioria dos casos não, pois cada enzima possui um sítio ativo que geralmente possui mais ou menos 5 aminoácidos e é este sítio que faz as coisas acontecerem. Quanto ao restante da molécula está comprometido em dobrar a molécula, ligá-la e desligá-la. 

Assim, não é preciso explicar 100 lugares, mas 5 para fazer as coisas funcionarem. Assim, nossa probabilidade cai para (1/20)^5 que é aproximadamente 3 milhões. Dá para fazer isso em cerca de uma semana.


Mas lembrem, o que estamos tentando fazer: não estamos tentando fazer um ser humano do nada, ou seja, fazer todas as moléculas de um ser humano cairem ao mesmo tempo juntas num oceano primitivo para que alguém saia nadando da água, que fora a probabilidade dada no exemplo de Sagan no livro Communication and Extraterrestrial Intelligence.

O que estamos pedindo é alguma coisa que dê início a vida, para que a peneira imensamente poderosa da seleção natural de Darwin possa começar a escolher os experimentos naturais que funcionem e a incentivá-los, deixando de lado aqueles que não funcionem.


 Fica claro aqui que se deixa de lado um ponto importante nessas aparentes deduções da intervenção divina pela observação do mundo natural. Uma declaração bastante contundente e dramática desse tipo foi feita pelas astrônomos Fred Hoyle e N. C. Wickramasinghe, sendo a idéia deles a história do Boeing 747 se formar espontaneamente pela passagem de um redemoinho em um ferro velho.


Devemos saber que um avião desse porte não nasceu prontinho no mundo da aviação, pois é um produto final de uma longa sequência evolutiva que remonta ao DC-3 até chegar ao biplano dos irmão Wright. Esta história torna mais fácil entender a origem dada no primeiro exemplo.


 Na verdade, referente à probabilidade, o que Sagan comentou acerca da questão probabilística sobre a evolução humana, não se referiu sobre a evolução tomar o caminho que ela tomou e não sobre a questão dela acontecer de fato.

O comentário dele apenas significa que se voltássemos ao passado da Terra, no início das origens da vida começassemos novamente, os resultados poderiam ser bem diferentes do que aconteceu. 

Como exemplo, se jogassemos 5000 moedas por várias vezes, as sequências de caras e coroas seriam bem diferentes umas das outras. Cada sequência teria a probabilidade de (1/2) ^5000 de acontecer, o que é be3m maior que o número proposto por Borel de 10^50.


Eventos improváveis acontecem todo o tempo (ganhar na loteria, um óvulo ser fertilizado por um espermatozóide e nascer um determinado indivíduo, a ordem no decaimento radioativo).


Quanto aos caminhas da evolução, há várias alternativas e muitos eventos neste interim. assim, em muitos casos os resultados podem ser bem diferentes, sem se tratar de nada espantoso ou inesperado.


Atualmente sabemos que nosso genoma possui em torno de 3,1 bilhões de bases nitrogenadas. Assim, a probabilidade de eu existir seria de (1/4)^3,1 * 10^9 (impossível!!!! Só mesmo um milagre divino!!!). Mas a probabilidade de um ser humano ocorrer numa relação sexual entre meus pais, dentro de um período fértil de minha mãe, seria bem alta. 


Dessa forma, a colocação aqui realizada por você, Xavier, é equivocada, pois confunde a probabilidade de um determinado resultado com a probabilidade dos resultados, ou seja, se eu jogo minhas moedas para o alto, a probabilidade de eu ter um resultado qualquer é 1, exceto se a força de deus fizer elas evaporarem no ar...


Quanto ás origens da vida, veremos o que de fato Borel disse mais adiante. Aduiantando um pouco, um evento que desconheço como ele funciona, sua probabilidade de cálculo é impossível.

 
 Aqui vai o que Sagan disse e se relaciona ao projeto SETI - A Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI):

“Alguns cientistas que trabalham na questão de inteligência extraterrestre, e eu estou entre eles, tentaram calcular o número de civilizações técnicas avançadas na galáxia Via Láctea - isto é, sociedades capazes de radioastronomia.


Tais estimativas são um pouco melhor que chutes. Elas requerem atribuir valores numéricos a quantidades como os números e idades de estrelas, o que nós sabemos bem; a abundância de sistemas planetários e a probabilidade da origem de vida dentro deles, a qual nós sabemos menos bem; e a probabilidade da evolução de vida inteligente e o tempo de vida de civilizações técnicas sobre as quais nós sabemos muito pouco realmente.

Quando nós fazemos a aritmética, o número que meus colegas e eu propomos é ao redor de um milhão de civilizações técnicas apenas em nossa Galáxia. Este é um número de tirar o fôlego, e é divertido imaginar a diversidade, estilos de vida e comércio desses milhões de mundos. Mas pode haver tanto quanto 250 bilhões de estrelas na Galáxia Via Láctea.

Até mesmo com um milhão de civilizações, menos que uma estrela em 250.000 teria um planeta habitado por uma civilização avançada. Considerando que nós temos pouca idéia de quais estrelas são as candidatas prováveis, nós teremos que examinar um número enorme delas. Assim a busca por inteligência extraterrestre pode requerer um esforço significante.”



Aqui segue outro comentário a respeito de vidas inteligentes evoluírem no espaço, ditos por Sagan.

“Some scientists working on the question of extraterrestrial intelligence, myself among them, have attempted to estimate the number of advanced technical civilizations in the Milky Way galaxy — that is, societies capable of radio astronomy. Such estimates are little better than guesses. They require assigning numerical values to quantities such as the numbers and ages of stars, which we know well; the abundance of planetary systems and the likelihood of the origin of life within them, which we know less well; and the probability of the evolution of intelligent life and the lifetime of technical civilizations, about which we know very little indeed. When we do the arithmetic, the number that my colleagues and I come up with is around a million technical civilizations in our Galaxy alone. That is a breathtakingly large number, and it is exhilarating to imagine the diversity, lifestyles and commerce of those million worlds. But there may be as many as 250 billion stars in the Milky Way Galaxy. Even with a million civilizations, less than one star in 250,000 would have a planet inhabited by an advanced civilization. Since we have little idea which stars are likely candidates, we will have to examine a huge number of them. Thus the quest for extraterrestrial intelligence may require a significant effort.”







Acho que todo o exposto aqui é bem diferente das baboseiras que você escreveu. Ou seja, para ser delicado, Xavier, você faltou com a verdade e valeu-se de extrema má fé o que parece ser algo patológico, de altíssima probabilidade, em cristãos fundamentalistas.

Cuidado... Deus castiga quem mente ein!

O inferno te aguarda! E o capeta vai lhe dar como lição estudar big bang, evolução e origens da vida, por toda a eternidade, pois como estas são suas ciências, nada mais divertido para ele. Assim, a biblioteca dele deve ser enorme, sem falar no número de cientistas que estão lá que serão seus futuros professores....(Hua hua hua hua hua!!!!)

Já, para os humanos, o mentiroso é desacreditado e perde o seu crédito.

Melhor consultar suas fontes e se policiar mais antes de mentir... deus está vendo...]

Para tratarmos dessa questão de probabilidade, e para que entendamos o que representa tais potências num sentido prático, faremos uso da chamada Lei de Borel, que nos mostra que estatisticamente um evento cuja probabilidade esteja abaixo de 1 chance em 10^50 simplesmente não ocorre. Ora se 10^50 não ocorre[xi], então o que dizer do10^2.000.000.000. Fatidicamente Sagan, assassinara, portanto, a teoria da evolução de uma vez por todas.


[Como Sagan não disse nada disso, sua afirmação é infundada.]

Marcel P. Schutzenberger da Universidade de Paris, França, calculou a probabilidade da evolução baseado na evolução e na seleção natural. Como muitos outros cientistas ele calculou que era algo inconcebível, porque a probabilidade de um processo ao acaso realizar isso é virtualmente zero, como vemos:

Não há probabilidade (10^1000) de ver esse mecanismo surgir espontaneamente e, se surgisse, menos ainda que se mantivesse...Para concluir, cremos que existe uma brecha considerável na Teoria Neodarwinista da evolução, e cremos que essa brecha é de natureza tal que não pode ser fechada dentro da concepção corrente da biologia.


[Quais os dados utilizados e as fontes para que o dito cujo calculasse tal probabilidade se é que ele calculou mesmo?

Qual sua fonte para afirmar isso?

Não encontrei nada que Marcel P. Schutzenberger calculasse a possibilidade da evolução em termos de probabilidades, nem dentro do Dedalus da USP nem nos sistemas da Universidade de Paris ou universidades americanas. Ao que parece, é mais uma das mentiras criacionistas.

Marcel apenas critica as falhas da teoria sem calcular qualquer probabilidade.]


Alguns evolucionistas tentam argumentar que em virtude do processo ser gradual não seria estranho que uma série de impossibilidades se acumulasse no decorrer do tempo, o fato é que o espaço entre uma possibilidade e outra, não é infinitesimal uma vez que para cada passo seguinte temos que esperar um verdadeiro milagre estatístico, e não é só o evento ocorrer, mas ele se manter para possibilitar o evento seguinte, uma vez que eles são interdependentes, ou seja quando se calcula uma probabilidade para um evento final como o surgimento da vida pelo acaso, se faz necessário que uma séria de eventos consecutivos e ordenados ocorra de uma maneira lógica a fim de gerar uma “simples” vida unicelular.


[Aqui vc começa a incutir o “deus das lacunas” o típico sofisma criacionista. Saiba que pequenas mudanças em genes reguladores (Hox) podem levar a mudanças gritantes nos fenótipos.


Se a mutação se revelar melhor para a espécie, ela será transmitida mais intensamente aos futuros descendentes.

Ao final de muitas gerações, podemos ter coisas muito diferentes do ancestral comum, como seria um gorila, um chimpanzé um bonobo e um orangotango.

Lembre-se: a regra é a extinção e a evolução é a exceção.]

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