segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O Mistério do Sexo Parte 12

7 - Aves
Os sexos das aves são separados, a fecundação é interna e ocorre a postura de ovos, como na maioria dos répteis.

O macho possui testículos - de onde saem os canais deferentes - que desembocam na cloaca. Algumas espécies têm pênis.

O sistema reprodutor feminino desenvolve-se geralmente, apenas no lado esquerdo, aumentando de tamanho somente no período reprodutivo, o que representa mais uma adaptação, pois diminui o peso da ave.

Diferentes de seus parentes répteis, que às vezes dão à luz a seus filhotes, todas as espécies de aves põem ovos, ou seja, as aves são ovíparas, com desenvolvimento direto e ovo, dotado de casca e anexos (amniotas). Os ovos recebem a proteção dos pais e os filhotes também, durante algum tempo após a eclosão.

Apesar dos ovos parecerem bastante frágeis, seu formato oval oferece grande resistência e eles podem suportar grandes pressões sem quebrar.

Como os ovos são pesados e incômodos de carregar, as fêmeas colocam os ovos assim que são fertilizadas, quase sempre em um ninho construído para proteger o ovo contra predadores e para mantê-lo aquecido durante o desenvolvimento do embrião.

Os óvulos recebem clara e casca - produzidas nas glândulas do oviduto - e são lançados para fora pela cloaca, tornando-se ovos.

Os ovos são chocados (pois são animais homeotermos) fora do corpo do animal. No interior do ovo, são encontradas as mesmas estruturas dos ovos dos répteis, ou seja, vesícula aminiótica, vesícula vitelínica, alantóide e casca porosa (rica em carbonato de cálcio), forrada internamente por membrana coriônica ricamente vascularizada para garantir a eficiência das trocas gasosas. Não há fase larval.

7.1 Classificação das aves:

A maior parte de nosso conhecimento atual sobre a classificação das aves vem de estudos de DNA, que pode ser usado para determinar as relações entre elas com uma precisão bem maior do que a observação de suas características morfológicas. Apesar dos testes de DNA revelarem algumas surpresas, em muitos casos eles confirmaram as suspeitas que cientistas já apresentavam.

Atualmente, a maioria das autoridades concorda que há entre 25 e 30 ordens de aves, contendo cerca de 148 famílias. Algumas autoridades dividem estas ordens em duas (e às vezes três) superordens:

Paleognathae (“mandíbulas velhas”) das aves conhecidas como ratitas.
Incluem avestruz, ema e, kiwi;








kiwi



Neognathae “(mandíbulas novas”), das aves carinatas.
Onde se encontra todo o restante.











A ordem mais populosa de aves é a Passeriforme, que inclui mais de 5 mil espécies – mais da metade de todas as espécies conhecidas.

As aves passeriformes incluem a o pintassilgo, o canário, o pardal, a cotovia, o sabiá e muitas outras espécies conhecidas.






Outras ordens importantes incluem:
Anseriformes (patos, cisnes e gansos);
Apodiformes (beija-flor);
Ciconiformes (cegonhas);
Columbiformes (pombos);
Coraciiformes (alcião);
Falconiformes (pássaros diurnos de caça);
Galliformes (aves como a galinha);
Pelecaniformes (pelicanos);
Psittaciformes (papagaios);
Sphenisciformes (pingüins);
Strigiformes (corujas).

8 – Mamíferos

Os mamíferos dividem-se em três grandes grupos em relação à reprodução, embora todos apresentem sexos separados, a fecundação seja interna e as crias sejam alimentadas com leite secretado pelas glândulas mamárias da fêmea.

Os mamíferos classificam-se em:

monotrématos
Neste grupo incluem-se o ornitorrinco e o equídna, animais que põem ovos semelhantes aos dos répteis.




ornitorrinco


Destes ovos nasce um minúsculo embrião que se desloca para uma bolsa, onde termina o seu desenvolvimento lambendo leite produzido pela mãe, pois não existem mamilos (ao contrário dos restantes dois grupos);

equídna





marsupiais
Neste grupo, onde se incluem os cangurus, entre outros, não existe placenta para nutrir o embrião durante o seu desenvolvimento no útero. Assim, ao nascer, os marsupiais não se encontram totalmente desenvolvidos. As fêmeas possuem um sistema reprodutor "duplo", com dois úteros e duas vaginas laterais.


As crias nascem através de um canal de nascimento central independente, que se forma antes de cada parto, podendo ou não permanecer aberto. Por esse motivo, em algumas espécies o pênis do macho é bifurcado.

A maioria das espécies termina o seu desenvolvimento no interior de uma bolsa externa no corpo da fêmea - marsúpio. Em muitas espécies as fêmeas acasalam novamente durante a gravidez, mas o embrião apenas se desenvolverá após a cria anterior abandonar o marsúpio - diapausa embrionária;

placentários
Neste é o maior grupo de mamíferos, dominando totalmente a classe e os hábitats terrestres atuais. Neste grupo se incluem os seres humanos.





Os ovos amnióticos são geralmente minúsculos e retidos no útero da fêmea para o desenvolvimento, com a ajuda de uma placenta que fornece fixação e nutrientes (oxigênio e alimentos). Em sentido contrário passam as excreções do embrião. Ao nascer, os placentários encontram-se num estado de desenvolvimento superior ao dos marsupiais.

Este método reprodutivo, embora implique a produção de um menor número de descendentes, permite um grande sucesso, pois aumenta grandemente as probabilidades de sobrevivência dos descendentes.





O leite produzido pelas fêmeas de mamífero é muito rico em gorduras e proteínas, o que o torna altamente nutritivo, mas fornece igualmente anticorpos que ajudam o juvenil a desenvolver-se saudável. Dado que os jovens não necessitam de procurar o seu próprio alimento nas primeiras semanas, permite um início de vida mais seguro que nos outros grupos de vertebrados.

As ninhadas podem ter até 20 crias ou apenas uma, com períodos de gestação de apenas 12 dias (bandicute, um tipo de marsupial onívoro) até 22 meses (elefante africano).
Os machos apresentam órgão copulador (pênis) e os testículos estão geralmente num escroto externo ao abdômen.

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