Um artigo publicado na BBC que revela uma grande descoberta, conforme segue abaixo chamou-me a atenção, não pelo seu conteúdo, mas pela confusão criada por criacionistas em queres adaptar eventos da era Mesozóica ao dilúvio bíblico.
vejamos:
vejamos:
Arqueólogos chineses disseram ter descoberto mais de 3 mil pegadas de dinossauro, todas apontando para a mesma direção. As marcas, que os cientistas acreditam terem sido deixadas por seis tipos diferentes de dinossauros há mais de 100 milhões de anos [sic], foram encontradas na província de Shandong, no leste do país. Elas variam de 10 cm a 80 cm e pertencem a várias espécies, como o tiranossauro, o hadrossauro e o celurosauro. Segundo a agência de notícias oficial da China, Xinhua, os arqueólogos creem que as pegadas representam uma migração ou uma tentativa em pânico de escapar de predadores.
Francamente, mais uma vez, não entendo a razão do “sic” após os 100 milhões de anos, o que não se trata de uma idade absurda para o tempo decorrido entre nós e os dinossauros. Será que o autor da nota entende que tal evento se deu há uns 5 mil anos? [SIC]
As marcas foram descobertas em uma vala localizada em uma encosta de rochas de cerca de 2,6 mil metros quadrados. Foram necessários três meses de trabalhos de escavação para chegar até o sítio arqueológico. Fósseis de dinossauros foram encontrados em cerca de 30 sítios arqueológicos na área de Zhucheng – tanto que a cidade de Zhucheng é também conhecida como "a cidade dos dinossauros".
Mas mais uma vez a nota demonstra ignorância e tendenciosidade, além de criar confusão àqueles que são pessoas leigas no assunto:
vejamos:
Nota: O que teria posto tiranossauros e outros grandes répteis para correr? Que predador terrível seria esse capaz de pôr três mil dinossauros em fuga? E se foi apenas migração, por que esses dinossauros de espécies diferentes estariam juntos e fugindo na lama? (Lembre-se de que para haver fossilização de pegadas é preciso que o animal pise na lama e que essa pegada seja coberta por mais lama, em seguida.) Mais parece que estavam fugindo de alguma catástrofe hídrica...[MB]
Primeiro: Três mil pegadas, não significa que havia três mil dinossauros correndo desnorteadamente. Estamos aqui tratando de 2,6 mil metros quadrados, o que é facilmente coberto por animais em fuga ou em migração, principalmente dinossauros.
Segundo: As hipóteses para tal corrida poderiam ser:
- Uma caçada em que tiranossauros estariam atrás de suas presas como hadrossauros. Já os celurossauros, embora predadores, que eventualmente estariam caçando nas cercanias, poderiam se tornar presas de grandes carnívoros.
Uma manada em fuga não corre desnorteadamente para qualquer lado. Pelo menos, hoje, gnus, zebras, antílopes, búfalos, etc., estabelecem um curso de fuga se o problema for predadores ou se o caso for uma migração.
- Um terremoto, o qual é um evento que assusta os animais, os colocaria em fuga do local. Vibrações infrassônicas que alertam tremores e erupções idem.
- Uma explosão vulcânica também é séria candidata para colocar animais em disparada.
- Uma tromba d´água repentina, que não o dilúvio com a arca de Noé ao fundo passando pela China. Tais trombas d´água são muito comuns em trechos montanha abaixo, como ocorre no Grand Canyon, encostas do Himalaya e nos Alpes.
Terceiro: Animais costumam gostar de ficar perto da água e, obviamente, onde há água há lama.
Cursos de água e margens de lagos freqüentemente secam em regiões de savana ou semi-áridos e deixam muitas pegadas impressas. Quando chega a época das cheias, se estas forem processos mais lentos que cheias repentinas, há formação de depósitos de lama sobre tais pegadas o que as preserva das ações do sol, chuva, ventos, etc..
Bons candidatos como locais para fossilizar pegadas são aqueles onde a água não possui tanta violência, como lagos e rios calmos ou várzeas.
Caso houvesse uma tromba d´água, os animais correriam para buscar regiões mais altas e, portanto, mais seguras.
Nestas regiões, o solo estaria molhado com uma lâmina de água com velocidade bem menor que na zona atingida pela tromba é propício a formação de pegadas fósseis.
Não necessariamente o dilúvio formaria pegadas fossilizadas ou levaria animais ao pânico a fim de colocá-los para correr. Muitas coisas podem causar pânico e correrias para os animais.
Quarto: não necessariamente estes animais estariam correndo de algo que os pudesse matar. Pode ser que, como ocorre hoje, por exemplo, nas savanas africanas, estariam em curso de migração, na busca de novos locais e/ou fontes de alimento ou de água.
Muitas vezes cursos de água e lagos secam e forçam animais a procurar outros locais para poderem sobreviver. Ao chegarem a um nível de lama, atingem seu limite para nao mais sustentarem manadas via fornecimento de água, pois esta se torna mineralizada e imprestável para beber.
Onde presas vão, os predadores as seguem. Isso ocorre até nos dias de hoje, pois nenhum animal deseja morrer de fome. Os exemplos para tal são: hienas, leões, guepardos, mabecos, leopardos que vão atrás de suas presas para onde elas forem.
Existe alguma coincidência entre a atualidade e o corrente evento acima descoberto?
Sim: hadrossauros eram presas. Quanto a celurossauros e tiranossauros, estes eram predadores que certamente estariam seguindo seu estoque de alimentos.
Dessa forma, relacionar dinossauros com um evento tal como o dilúvio não faz qualquer sentido.
Em primeiro lugar porque não há qualquer evidência que tal fato tenha ocorrido em escala global, por mera impossibilidade de não haver tanta água assim.
Segundo, fazer transparecer que humanos e dinossauros conviveram é demonstrar um conhecimento de paleontologia adquirido por meio do programa “Os Flintstones”. Não há qualquer evidência que sustente esta idéia.
Terceiro, os estratos onde dinossauros são encontrados não revelam presença de grandes mamíferos e terminam a 65 milhões de anos com o limite KT, a partir do qual começa a odisséia dos mamíferos e a difusão das aves.
Quarto o mundo em que os humanos viviam e ainda vivem é bem diferente daquele dos dinossauros. O mundo mesozóico estava fragmentado com parte indo para o oeste, parte para o norte, parte para o lesta e parte para o sul.
Quando os homens surgiram (há mais ou menos 200 mil anos), o quadro continental já estava bem definido, quase como o mundo atual.
Assim, essa relação entre a narrativa bíblica com o fato descoberto, não passa de uma tentativa disfarçada de confundir as pessoas e gerar mais confusões que esclarecimentos. Em resumo, não passa de bobagem, desonestidade intelectual e propagação da ignorância.
Não necessariamente o dilúvio formaria pegadas fossilizadas ou levaria animais ao pânico a fim de colocá-los para correr. Muitas coisas podem causar pânico e correrias para os animais.
Quarto: não necessariamente estes animais estariam correndo de algo que os pudesse matar. Pode ser que, como ocorre hoje, por exemplo, nas savanas africanas, estariam em curso de migração, na busca de novos locais e/ou fontes de alimento ou de água.
Muitas vezes cursos de água e lagos secam e forçam animais a procurar outros locais para poderem sobreviver. Ao chegarem a um nível de lama, atingem seu limite para nao mais sustentarem manadas via fornecimento de água, pois esta se torna mineralizada e imprestável para beber.
Onde presas vão, os predadores as seguem. Isso ocorre até nos dias de hoje, pois nenhum animal deseja morrer de fome. Os exemplos para tal são: hienas, leões, guepardos, mabecos, leopardos que vão atrás de suas presas para onde elas forem.
Existe alguma coincidência entre a atualidade e o corrente evento acima descoberto?
Sim: hadrossauros eram presas. Quanto a celurossauros e tiranossauros, estes eram predadores que certamente estariam seguindo seu estoque de alimentos.
Dessa forma, relacionar dinossauros com um evento tal como o dilúvio não faz qualquer sentido.
Em primeiro lugar porque não há qualquer evidência que tal fato tenha ocorrido em escala global, por mera impossibilidade de não haver tanta água assim.
Segundo, fazer transparecer que humanos e dinossauros conviveram é demonstrar um conhecimento de paleontologia adquirido por meio do programa “Os Flintstones”. Não há qualquer evidência que sustente esta idéia.
Terceiro, os estratos onde dinossauros são encontrados não revelam presença de grandes mamíferos e terminam a 65 milhões de anos com o limite KT, a partir do qual começa a odisséia dos mamíferos e a difusão das aves.
Quarto o mundo em que os humanos viviam e ainda vivem é bem diferente daquele dos dinossauros. O mundo mesozóico estava fragmentado com parte indo para o oeste, parte para o norte, parte para o lesta e parte para o sul.
Quando os homens surgiram (há mais ou menos 200 mil anos), o quadro continental já estava bem definido, quase como o mundo atual.
Assim, essa relação entre a narrativa bíblica com o fato descoberto, não passa de uma tentativa disfarçada de confundir as pessoas e gerar mais confusões que esclarecimentos. Em resumo, não passa de bobagem, desonestidade intelectual e propagação da ignorância.
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